Psycho Love escrita por Chocolatra


Capítulo 7
Doutor Thompson


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Obrigada a todos pelo carinho e comentários lindos ♥
Boa leitura.



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–Chegamos a Indiana – diz Dean dirigindo e entrando na cidade.

–Qual é o caso? – pergunto no banco de trás.

–Dessa vez vamos atrás de um fantasma do doutor Thompson – diz Sam – ele trabalhou em um dos hospitais daqui, só que ele matava os pacientes e fazia experiências bizarras.

–Ele era bem esquisito – digo.

–Só que agora o doutorzinho voltou, está matando os pacientes e fazendo suas experiências – diz Dean.

Suspiro e me jogo no banco.

–Não sei como vocês conseguem lidar com tudo isso.

–Nem nós sabemos – diz Sam.

Depois de alguns minutos, Dean estaciona o carro na frente do hospital.

–Qual é o plano? – pergunto.

–Sam vai se fingir de paciente, ou seja, você vai hipnotizar algum médico para fazer ele de paciente – concordo com a cabeça – e eu vou ser o irmão preocupado, e você a namorada dele, tudo bem?

–Sim – digo.

–Então vamos – diz ele saindo.

Saímos do carro e vamos até o porta-malas. Dean pega armas e munição, dá para mim e para o Sam.

–Não tenho certeza se sei usar uma arma – digo olhando para ela confusa.

Ele suspira.

–Quando tivermos tempo eu te ensino, e caso você precise usar – ele mostra como deixar ela pronta para uso – você faz isso e atira.

Concordo com a cabeça.

–Vamos – diz Sam.

Escondemos as armas em nossas roupas e entramos no hospital. Sam finge que está passando muito mal e uma médica aparece, me aproximo dela.

–O meu namorado está muito doente, acho melhor você achar um quarto para ele – digo hipnotizando-a.

–Tudo bem, vamos – diz andando em direção ao um corredor, que todos nós seguimos. No corredor há vários quartos com pacientes, até que ela entra em um e nós a seguimos, tranco a porta e vou falar com ela novamente.

–Você vai fingir que ele está doente, fará tudo que for preciso para que ele possa ficar aqui, entendeu?

–Sim.

–Não quero nenhum médico aqui, somente você.

–Somente eu – ela repete.

–Ótimo, agora vá fazer a ficha dele.

Ela concorda om a cabeça e sai do quarto. Sam senta na cama e eu e Dean ficamos de pé, em sua frente.

–Tá e agora? – pergunto.

–Quando a doutora voltar, você vai hipnotiza-la para responder as perguntas do Sam, e nós dois vamos para sala do doutor maluco – diz Dean.

–E onde é essa sala? – pergunto.

–No último andar, ninguém a usa ou vai lá.

–Ok.

Depois de algum tempo, a doutora volta com a ficha de Sam.

–Agora, você vai responder todas as perguntas do Sam, não importa sobre o que seja, você só vai responder e não conte a ninguém o está acontecendo aqui – digo hipnotizando-a.

Ela concorda com a cabeça.

–Vamos – diz Dean indo até a porta e eu o sigo.

Andamos pelo corredor, até achar o elevador, entramos.

–Qual é o andar? – pergunto.

–Talvez seja esse – ele aperta o último botão e o elevador começa a descer.

O elevador para e saímos. Ele olha em volta.

–Não é aqui – diz.

–Como sabe? – pergunto.

–Eu vi as fotos e a planta do hospital, é mais embaixo.

–Tem que ter alguma escada então – digo.

–Pode ser – começamos a andar a procura de alguma escada.

–Quem são vocês? O que estão fazendo aqui? – pergunta um médico nos parando.

–Esqueça que nos viu – digo hipnotizando-o.

Ele volta a andar.

–Isso é muito bom – diz Dean com um sorriso.

–Nem me fale – concordo.

Depois de andar por todos os lugares, achamos uma porta e entramos. Vejo uma escada que leva até lá embaixo.

–Acho que achamos – diz ele.

Dou um sorriso e começamos a descer. A escada é imensa e tem o formato de caracol, mas finalmente chegamos. É um grande corredor, com paredes velhas e o chão sujo. Tem pouca luz aqui e não vejo ninguém circulando. Há várias portas enferrujadas e está em total silencio.

–Isso é aterrorizante – digo.

–Pelo jeito estamos no caminho certo – ele começa a andar e vou atrás dele.

Passamos alguns minutos olhando e procurando a antiga sala do Thompson, porém nada.

–Será que não tem nada mais para baixo? – pergunto.

–Não, esse é o último andar, é aqui – diz ele.

Voltamos a andar, até que aparece um segurança.

–O que fazem aqui? Vocês não tem permissão para vir aqui em baixo! – diz ele bravo.

–Esqueça que estamos aqui – digo hipnotizando-o.

–Por que eu faria isso? – pergunta ele confuso.

Droga, ele usa verbena.

Engulo em seco, Dean e eu nos olhamos e depois voltamos a olhar o homem.

–Estou esperando a resposta, porque senão vocês terão grandes problemas.

–Nós nos perdemos – diz Dean finalmente.

–Se perderam? – pergunta ele duvidando.

–Sim, meu namorado está aqui no hospital e não sabemos onde ele está – digo desesperada.

–Ele é paciente?

–Sim – diz nós dois ao mesmo tempo.

Ele fica parado, nos olhando.

–Tá, eu acredito. Os quartos estão a partir do terceiro andar – diz ele.

–Obrigada senhor, e desculpe te incomodar – digo segurando o braço de Dean e o puxando para fora dali.

–Ele usa verbena – diz ele.

–Eu sei – digo.

–Ele sabe sobre vampiros... Será que ele percebeu que você é uma?

–Espero que não – subimos as escadas, pegamos o elevador e depois de andar bastante, chegamos ao quarto de Sam.

Ele olha para nós dois entrando.

–E ai? – pergunta deitado na cama.

–Nada – responde Dean.

–Tinha um segurança que nos impediu de achar a sala, ele usava verbena – digo.

–Um segurança usando verbena?

–Sim – digo.

Ele respira fundo.

–Teremos outras oportunidades – diz ele.

Dean concorda com a cabeça.

–E o que descobriu com a doutora gostosinha? – pergunta Dean.

Olho para ele e ele olha para mim.

–O que foi? – pergunta dando de ombros.

Reviro os olhos.

–Ela me disse que isso é um mistério, ninguém entende o que acontece. Os pacientes recebem alta e quando estão próximos de irem embora, morrem.

–O que? – pergunta Dean confuso.

–Eles morrem da doença que tinham, sendo que essa doença foi curada – diz Sam.

–Que esquisito – digo.

–Nem me fale – diz Dean – acho que vou a cidade e ver o que eu descubro – ele vai até a porta e sai.

Sento-me em uma poltrona ao lado da cama de Sam.

–Acha que vamos conseguir? – pergunto.

–Sempre conseguimos – diz ele.

Solto um suspiro.

–O que você e Dean conversaram naquele dia? – pergunto.

–Ele me explicou o porquê de estar estranho.

–E?

–Ele disse que ficou meio incomodado por eu ter quase transado com a mulher com quem ele quase transou.

–É bem estranho.

–Sim, mas ai ele me disse que não se importava e que estava tudo bem.

Fico surpresa. Eu realmente pensei que ele estava com ciúmes.

–Bom – me levanto e vou até a cama de Sam – já que ele disse que não se importava – sento na cama e engatinho até Sam, sentando em cima dele, com uma perna de cada lado.

–Katherine...

–Não tem o porquê de ficar apreensivo – ponho minhas mãos em seu rosto e o beijo.

–Katherine, aqui não – diz ele tentando lutar contra o beijo, porém continuo, até ele se render.

Ele põe suas mãos em minhas costas e as desliza rapidamente, fazendo um movimento bem feroz. Nosso beijo está bem quente e rápido, é como se nossas bocas precisassem uma da outra. E quando perdemos o ar, vou até sua orelha e dou uma pequena mordida, que percebo que ele se arrepiou. Volto meu rosto em sua direção.

–Sabe que não podemos fazer isso aqui – diz ele.

–Por que não?

Ele sorri.

–Temos muito tempo tá? Só não me faça transar em um hospital – ele faz uma careta.

Rio.

–Tudo bem – dou mais um beijo nele e saio da cama.

Volto a me sentar na poltrona, pego minha bolsa e dela tiro minha garrafa cheia de sangue.

–Isso é sangue? – ele pergunta.

–Sim, preciso me alimentar – começo a beber.

–Não consigo me acostumar com isso.

–Vai ter que acostumar – dou de ombros.

Depois de conversarmos, Sam cai no sono e eu também. Sinto algo furando meu pescoço, tento abrir os olhos, porém acabo adormecendo de novo.

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Começo a abrir meus olhos com dificuldade, sinto meu corpo fraco. Abro os olhos e olho ao meu redor, não estou no quarto do Sam. Estou em uma sala velha, presa em uma cadeira, com cordas cheias de verbena. Nessa pequena sala só tem eu e uma cadeira a minha frente, e a luz fraca no teto. Parece uma daquelas salas do corredor totalmente sinistro. Começo a me mexer para me soltar, mas a verbena começa a queimar minha pele. Maldita verbena! Olho ao meu redor para ver se acho algo para me ajudar a sair daqui, porém sou interrompida ao ouvir a porta ranger, olho para frente e vejo o mesmo segurança que usava verbena. Ele entra com um sorriso e uma estaca de madeira na mão.

–Você acordou – diz ele se aproximando.

–Não, eu estou dormindo de olhos abertos – digo totalmente nervosa.

Ele ri.

–Adoro ironias – diz – gosto de pessoas assim, porém se eu fosse você tentaria ser mais amigável.

–Vai para o inferno!

–Eu não acredito que eu vá nem tão cedo, mas você está mais perto do que imagina.

–É um caçador? – pergunto.

–Sim, caço somente vampiros. Me infiltrei nesse hospital, porque hospitais são os lugares preferidos de vampiros, onde tem muita bolsa de sangue e gente morrendo, então é o lugar mais fácil de atacar e sair ileso.

–Inteligente.

–Obrigado – ele dá um sorriso – agora que fomos apresentados, podemos ir para parte que eu te mato – diz ele se aproximando de mim.

Começo a me mexer para se livrar das cordas e a verbena volta a me queimar, porém não ligo. Começo a gritar por estar ardendo muito, mas não paro de tentar me soltar.

–Isso grita, adoro quando vocês gritam de dor – diz ele com um olhar diabólico.

Ele aproxima seu rosto bem próximo do meu.

–É uma pena eu ter que te matar, você é tão bonita.

Cuspo em seu rosto.

Ele ri.

–E bem esquentadinha – ele levanta o braço e dá um tapa bem forte no meu rosto – não deixo vadias cuspirem na minha cara!

Olho para ele fuzilando-o.

–Vamos acabar com isso – ele levanta o braço novamente, mas para dar impulso para enfiar a estaca, porém ele recebe algo na cabeça e cai desmaiado. Olho o corpo cair e depois olho para a minha frente, vejo Dean.

–Graças a Deus – digo aliviada.

Ele dá um sorriso sexy.

–Sou seu herói – diz.

Rio.

–Com certeza é.

Ele desamarra as cordas e me levanto.

–Está machucada? – pergunta.

–Só a verbena – mostro meus pulsos queimados – estou bem.

Ele concorda com a cabeça. Olho para o desgraçado no chão, me ajoelho rapidamente e ataco seu pescoço.

–Não! Katherine! – Dean grita, mas não me importo, eu vou matar esse desgraçado, não vou deixa-lo vivo.

Depois de sugar todo o seu sangue, levanto minha cabeça e olho para Dean. Vejo que ele não gostou da minha atitude, levanto-me e passo meus dedos na minha boca para tirar o sangue.

–Não era para mata-lo – diz ele.

–Ele não era vitima – digo – ele ia me matar!

Ele suspira.

–Tá, vamos – ele sai da sala e vou atrás dele – eu acho que a sala é naquela porta – ele aponta para uma grande porta no final do corredor.

–Provavelmente – digo.

–Achei vocês – escuto a voz de Sam, olho para trás.

–Onde estava? – pergunto.

–Te procurando, eu e Dean nos espalhamos pelo hospital. Você está bem?

Concordo com a cabeça.

–Vamos – diz Dean e eu e Sam o seguimos.

Chegamos até a porta, Dean a abre e vemos o doutor cortando um homem morto. Ele olha para nós.

–Não podem entrar no meio de uma cirurgia! – grita ele nervoso.

–Ninguém se importa – Dean aponta a arma e atira, porém antes da bala acertar o fantasma ele some – Katherine pega os ossos dele, estão dentro daquele baú – ele aponta para um baú velho no canto da sala.

–Os ossos dele estão aqui? – pergunto correndo em direção do baú.

–Ele amava tanto trabalho, que pediu para colocarem seus ossos na sala dele – diz Sam.

O fantasma aparece novamente e os dois atiram. Ajoelho-me em frente o baú e vejo que está trancado. Tento abrir com a minha força, porém não consigo.

–Está trancado – digo.

–Tenta abrir – diz Dean antes de ser arremessado ao outro lado da sala.

–Katherine, vai logo! – grita Sam sendo enforcado pelo fantasma.

Chuto o cadeado com toda a minha força e ele acaba quebrando. Abro o baú, pego o sal e jogo em cima dos ossos, acendo o isqueiro, porém sinto uma mão no meu ombro, que me joga para longe do baú. Dean se levanta e corre até o baú, vejo o fantasma atrás dele, me estico e pego a arma caída no chão, aponto e atiro, consigo atingi-lo, ele some novamente. Dean acende o isqueiro e joga sobre os ossos, e começa queimar.

Respiro aliviada.

–Conseguimos – digo.


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Notas finais do capítulo

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