Psycho Love escrita por Chocolatra


Capítulo 4
Fantasma


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Obrigada a todos que estão comentando nos capítulos, sério fico muito feliz e isso importa muito para mim.
Boa leitura!



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–Vamos acordando bonitão – escuto a voz de Katherine e o barulho da cortina abrindo.

Abro os olhos e a luz do sol penetra neles. Sento na cama, totalmente sonolento. Olho para Katherine e ela ainda está com a maldita camisola.

–Onde está o Sam? – pergunto.

–Foi buscar comida – diz.

Ela para em frente à cama e fica me olhando de um jeito estranho.

–Que foi? – pergunto.

–Só estou meio incomodada com você me comendo pelos olhos.

–Como?

Ela me encara.

–Você fica me olhando de cima a baixo, com essa cara de malicia.

Reviro os olhos.

–Para de se achar.

–Olha Dean, eu entendo, juro – ela se aproxima de mim sentando ao meu lado – não posso negar que você é muito gostoso e que quando eu te vi entrar naquele bar, eu pensei “meu Deus, que homem é esse?”, e pela sua cara você pensou o mesmo quando me viu, e sim te escolhi para ser a minha “vitima” para eu poder desfrutar do que você tem de melhor... Porém eu comecei a beijar seu pescoço, senti a pulsão do sangue e – ela fecha os olhos como se sentisse o gosto do sangue – eu não me aguentei. Me arrependo muito, porque como eu queria ter aquela noite com você – ela fica me olhando e eu faço o mesmo.

Essa mulher é sensacional. Ela não tem vergonha de nada, fala tudo o que pensa e não tem medo do que as pessoas irão pensar. Essa mistura de sarcasmo e provocação me deixa maluco, eu olho para ela só consigo imaginar ela nua na minha cama, porém tudo estraga quando me lembro de que ela é uma vampira sem coração.

–Eu só tenho uma coisa a te dizer: sinto muito – dou um sorriso sínico e me levanto da cama.

Vejo que ela não ficou feliz com a resposta. Olho para o canto do quarto e vejo uma mala, cheia de bolsas de sangue.

–Aquilo ali é bolsa de sangue? – pergunto.

–Sim, lembre-se bebo sangue.

–Então você rouba dos hospitais?

–Sim.

–Então por que mata pessoas? Sendo que rouba bolsas de sangue?

–Funciona assim: você ama hambúrgueres certo? Do jeito que você acha saboroso hambúrguer, eu acho saboroso sangue, então vamos pensar, se você comprar um hambúrguer e comer só no dia seguinte não é tão bom, né?

–É – digo.

–Mas se você comprar e já comer fresco, vai ser muito bom.

–Sim.

–Isso é a mesma coisa para o sangue, bolsas de sangue estão guardadas há dias, então não é tão bom quanto beber direto da veia de uma pessoa, ou seja, quando eu me canso de beber sangue velho, eu vou beber um sangue fresco.

Paro um pouco para pensar.

–Faz sentido – é estou surpreso.

–Está vendo? Não sou tão má.

–Mas mesmo assim mata pessoas.

Ela bufa e revira os olhos.

–É meu instinto, sinto muito.

–Vou tomar um banho – pego minha mochila e vou em direção do banheiro.

–Ah, e de uma coisa eu tenho certeza: você amou aquela noite tanto quanto eu.

–Blá, blá, blá – digo entrando e fechando a porta.

Tomo um banho demorado, tentando pensar em outra coisa sem ser o corpo da Katherine, todas as curvas e... Dean, foca no caso que vamos ter hoje. Saio do banho e vejo Sam sentado na cama comendo.

–Hambúrguer? – pergunto a ele.

–Aqui – ele joga.

Sento ao seu lado e dou uma mordida no hambúrguer.

–Ela tem uma mala cheia de sangue – diz Sam com nojo.

–Eu sei – digo com a boca cheia.

–Já que eu tomei meu café da manhã, irei tomar meu banho – ela pega sua mala e entra no banheiro.

POV Katherine

Estamos há alguns minutos no carro, indo a casa onde está sendo assombrada. Sinceramente, não sei como eles conseguem ter uma vida assim, salvando pessoas de coisas sobrenaturais, eu pouco me importo com os outros! Mas como eu estou atrás do maldito demônio, preciso ter que passar por isso.

Dean para o carro.

–É aqui – diz apontando para casa ao lado.

–Ótimo vamos lá – diz Sam saindo.

Dean sai e faço o mesmo. Vamos andando até a casa.

–Ei – chamo a atenção dos dois – vocês tem um plano certo? – paro.

Os dois param logo em minha frente e se viram para mim.

–Plano? – pergunta Sam.

–É um plano, ou vocês vão chegar ai, bater na porta e pedir para o cara sair, porque vocês precisam matar um fantasma?

–Verdade – diz Dean pensativo.

Os dois se entreolham e depois olham para mim.

–O que foi? – pergunto.

–Você é o nosso plano – diz Sam.

–Como assim?

–É só você bater naquela porta, usar uma desculpa para entrar e depois usando seu corpinho e um sorriso sedutor, fazer com o cara que está lá almoce com você – diz Dean.

–Ah não – nego.

–Ah Katherine, é a nossa única opção! – reclama Dean.

–Não – cruzo os braços.

–Por que não? – pergunta Sam.

–Porque para um cara ser solteiro e morar nessa casa imensa, com certeza é um gordo obeso, que passa o dia todo assistindo futebol com uma pizza ao lado, e provavelmente é virgem.

–É, ela está certa – diz Dean para Sam.

Sam suspira.

–Olha, você não precisa beija-lo, ou ao menos tocar nele, só precisa tirar ele daqui, tá? Só isso! – diz Sam.

Dou um longo suspiro.

–Tá – digo emburrada.

Começo a tirar minha jaqueta preta de couro.

–Segura – jogo em Dean.

–O que está fazendo? – pergunta Sam.

–Algo que qualquer homem não resista, principalmente um virgem encalhado – tiro minha blusa preta mais folgada e somente sobra uma regata bem apertada preta. Abaixo-a deixando o volume dos meus seios mais amostra – se eu batesse na porta de vocês, vocês gostariam de transar comigo? – pergunto.

–Com certeza – diz Dean me olhando de cima a baixo.

Olho para Sam. Vejo que ele está desconfortado com a pergunta.

–Tenho que responder?

–Sim – digo.

–Eu gostaria – diz sem graça.

Sorrio.

–Ótimo – passo entre eles, ando em direção a porta e toco a campainha.

Os dois se escondem.

A porta se abre e aparece um homem gordo. Como imaginei. Ele me olha e logo olha para os meus seios. Novidade.

–Oi, desculpe te atrapalhar, é que meu carro quebrou e meu celular descarregou, preciso ir para casa, então queria te perguntar se você pode me emprestar seu telefone e pode me ajudar – digo com uma voz doce, que definitivamente não é a minha.

–Hã, claro, claro que posso – diz ele nervoso.

Virgens.

–Pode entrar.

Dou um sorriso meigo.

–Obrigada – entro.

Ele me guia até a sala, onde está passando futebol e tem uma caixa de pizza em cima do sofá. Como eu disse!

–Aqui pegue – ele pega o celular em cima da mesa de centro.

Pego o celular e disco o número do Dean.

–Alô? – diz ele.

–Oi mãe, desculpa eu estou atrasada, é que meu carro quebrou e meu celular descarregou...

–Desculpa você ligou errado – diz ele.

–E eu estou na casa de um homem pedindo ajuda dele, está tudo bem.

–Ah Katherine, eu não tinha reconhecido sua voz.

Reviro os olhos. Idiota.

–Logo eu estarei em casa, relaxa que ele vai me ajudar com o carro tá?

–Tudo bem querida – ele responde com uma voz engraçada.

Quase rio, mas consigo segurar a risada.

–Mãe eu te amo, beijo – digo.

–Beijo filha e usa camisinha! – ele responde.

Caio na risada. Ele é um idiota completo, mas eu gosto desse mané.

–Do que está rindo? – pergunta o homem.

Olho para ele.

–Nada, é que... – digo gesticulando com as mãos – esqueça.

–Tá – ele dá de ombros.

–Conhece alguém que possa me ajudar com o carro? – pergunto.

–Sim, meu vizinho é mecânico.

–Ótimo.

–Vamos lá, é aqui ao lado – diz ele saindo da sala.

–Espera! – me aproximo dele – é que eu estou faminta, a gente poderia almoçar – digo com uma voz sexy e olhando-o profundamente.

Que nojo! Quero vomitar, ele é muito feio, quero morrer agora!

Ele dá um sorriso horrível.

–Tá, pode ser – diz feliz, pega a carteira em cima da mesa, todo atrapalhado, parece que nunca saiu com uma mulher! – vamos, eu conheço um restaurante – ele sai e saio logo atrás, faço um sinal para Dean e Sam que estão ao lado do carro deles, disfarçando.

Dean começa a rir de mim, e então começa a gesticular com os braços como se eu estivesse beijando o homem. Mostro o dedo do meio para ele. Ele manda um beijo para mim. Reviro os olhos.

O homem me guia até uma caminhonete velha, ele entra e faço o mesmo.

–Eu nem sei seu nome – diz ele.

–Katherine – digo dando um sorriso.

–Sou o Phil – diz e começa a dirigir.

POV Dean

–Ela estava certa, é um gordo muito feio – digo entrando atrás de Sam.

–Nem todos tem sorte, né? – diz ele.

Começamos a vasculhar a casa e nada. Não encontramos nada.

–E agora? – pergunto.

–Não sei, é que na reportagem o marido dela a enterrou aqui, nessa casa.

–Então estamos esquecendo-se de algo – digo.

–É, mas do que? Olhamos tudo.

Passamos mais alguns minutos olhando.

–Que merda! – reclama Sam.

Suspiro.

–Talvez seja a casa errada.

–Não é, é aqui mesmo!

Escutamos a porta abrir.

–Droga! Quem será? – pergunto.

–Talvez o fantasma – diz Sam.

Nos escondemos atrás da mesa da cozinha, apontamos nossas armas de sal e ficamos olhando. Começo a escutar barulho de passos, de salto alto precisamente.

–Com certeza é ela – sussurro.

–Pegamos a vadia – diz Sam.

Vejo botas passando no corredor.

–Vamos? – pergunto.

–Agora.

Levantamos e atiramos. Katherine se vira rapidamente e segura as balas.

–Estão loucos?! – grita ela.

–Pensamos ser o fantasma – diz Sam.

–Com uma bota de salto alto?

–Vai saber – digo.

Ela revira os olhos.

–Acharam algo? – pergunta ela.

–Não, precisamos achar os ossos dela, mas não achamos – diz Sam.

–Por que precisam achar os ossos dela?

–Para queimarmos, assim que se mata um fantasma – digo.

–E ela foi enterrada aqui?

–Sim – diz Sam.

–Cadê o seu namorado? – pergunto.

Ela me encara. Dou de ombros.

–Primeiro: ele não é meu namorado. E segundo: eu o amarrei no carro.

–O que?! – pergunta Sam.

–Ele queria vir para casa e vocês precisavam de mais tempo, então eu o amarrei.

–Depois ele vai nos denunciar na policia, ou algo do tipo! – digo.

–Eu o hipnotizo, gênios! E então? Vamos procurar os ossos ou não?

–Tá – diz Sam.

Voltamos a procurar.

–Espera – diz Katherine parando – estou sentindo cheiro de sangue.

–Sangue? – pergunto.

–Sim, vem lá de baixo – ela aponta para o chão.

–Mas não tem porão aqui – diz Sam.

–Poderia ter anos atrás – diz ela.

–Sabe exatamente de onde vem o cheiro? – pergunto.

–Calma – ela começa a andar devagar sentindo o cheiro, até que para – exatamente aqui.

–Tá, vamos quebrar – digo.

Eu e Sam nos aproximamos, pegamos martelos e começamos a bater, mas conseguimos alguns arranhões.

–Não querem ajuda? Tenho força – diz Katherine.

Dou meu martelo a ela. Ela levanta o braço e bate com toda a força. O chão começa a rachar e caímos.

–Ah que droga – reclamo da dor da queda.

–Que dor – reclama Sam.

Katherine se levanta e estende a mão para mim, seguro sua mão e ela me levanta. Vou até Sam e o levanto.

–Não estou vendo nada de osso, só esse cheiro de sangue – diz Sam.

–Nem eu – digo.

Começamos a procurar.

–Aqui, achei algo – diz ele perto de um baú.

–Será que ele pôs ai? – pergunto.

–Se ele a matou, por que gastaria tempo com um caixão? – pergunta Sam.

–Abre logo – diz Katherine.

Ele abre e aparece os ossos, e um cheiro horrível inala no porão.

–Que nojo – reclama Katherine – vou me afastar disso, estou quase vomitando com esse cheiro – diz ela indo para trás.

Pego a bolsa e procuro o isqueiro.

–Dean! – grita Katherine.

Olho para trás e vejo o fantasma segurando o pescoço dela, e indo pegar uma estaca.

–Cuidado! – grito pegando minha arma e atiro. O fantasma some. Corro até ela – você está bem? – pergunto.

Ela passa a mão sobre o pescoço.

–Sim – diz.

–Ótimo, se ver ela atire algo de ferro – ela concorda com a cabeça, dou as costas para ela e vou em direção a Sam.

–Dean se abaixa – me abaixo e ela joga um pedaço de ferro, olho para trás.

–O fantasma estava atrás de você – diz.

–Se saiu bem – olho para a parede e vejo o ferro preso nela – com muita força – primeiramente fico impressionado, mas lembro de que ela é uma vampira, então tem força sobrenatural, porém ainda sim estou impressionado com sua coragem.

Ela dá um sorriso convencido, me levanto e vou até Sam. Ele joga o isqueiro.

–Adeus, vadia – digo.


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Notas finais do capítulo

E ai?! O que acharam? Comentem, favoritem, recomendem... Façam de tudo gentem, porque assim estarão no meu core