Psycho Love escrita por Chocolatra


Capítulo 25
Por que eu nunca sou a escolhida?




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Desço os degraus e chego ao pátio da grande casa, percorro meus olhos pelo local e não vejo Dean e Sam. Vejo Caroline sentada em um sofá, mexendo em seu celular. Aproximo-me dela.

—Você viu o Dean ou o Sam? - pergunto.

Ela levanta os olhos para me olhar.

—Eles foram embora.

—Como?

—Você está surda? Eu disse que eles foram embora!

—Eles disseram o por quê?

—Talvez – ela levanta – por causa disso – ela me entrega o seu celular, estranho o gesto, pego o celular e vejo uma foto minha e de Rebekah se beijando há minutos atrás. Olho para ela furiosa - você que tirou essa porcaria?!

—Talvez... - ela sorri - tá eu admito, fui eu.

—Sua loira vagabunda – jogo o celular no chão com toda a minha força, ouço o barulho dele estilhaçando no chão - fez isso por causa da sua vingança idiota?!

—Claro que fiz! Você matou o Matt, que era o meu namorado! Eu o amava!

—Ah agora está falando do loirinho dos olhos azuis? Não foi culpa minha! Ele disse que ia espalhar para todos que eu era uma vampira, não podia deixa-lo fazer isso, tive que calar a boca dele!

—Matando-o?

—Vê outra alternativa? Se ele tivesse calado a boca, estaria vivo até hoje! Mas provavelmente, sofrendo por você estar com o híbrido original... Ah Caroline, eu sei que você não gosta dos mocinhos, nunca gostou.

Ela me olha com raiva e dá um tapa em meu rosto, olho para ela surpresa.

—Hum, a Barbie está mostrando suas presas?

—Eu não deveria ter impedido o Klaus de te matar! - ela grita.

—Ei! O que está acontecendo aqui?! - escuto a voz de Rebekah, a vejo se aproximando de nós duas.

—A queridíssima Caroline, tirou uma foto nossa se beijando e mostrou para o Dean, e ele acabou indo embora!

—Por que fez isso? - pergunta Rebekah a Caroline.

—Porque Katherine o ama, e queria que ela o perdesse – diz Caroline cheia de ódio.

Rebekah me olha, em seus olhos azuis vejo que estão machucados.

—Você o ama? - pergunta.

Ah que droga! Nem eu sei se eu o amo!

—Eu... Eu... - suspiro – eu não sei.

Ela abaixa a cabeça e respira fundo. Ela está muito machucada, a única coisa que eu faço é machuca-la!

—Desculpa, Bekah, mas eu te avisei – digo.

Ela me olha.

—Tudo bem... Eu só preciso aceitar.

—Eu tenho que ir, preciso acha-lo – digo – nenhum de vocês nunca mais irão me ver - começo a andar e sinto uma mão macia em meu pulso, olho para trás e vejo Rebekah.

—Eu vou te ajudar encontra-lo, isso vai me ajudar a me desprender de você, me deixe te ajudar.

Sorrio e concordo com a cabeça.

—Ótimo, meu carro está atrás da casa, podemos ir até uma bruxa e localiza-lo.

—Então vamos – digo e saímos andando.

Encontramos o carro, ela senta no banco do motorista e eu ao lado. Ela começa a dirigir pelas ruas movimentadas de Nova Orleans, sempre me impressiono com a quantidade de turistas essa cidade recebe. Não acredito que o Dean caiu nessa, ele devia ter falado comigo, eu podia explicar tudo a ele, mas não, ele decidiu ir embora e me deixar para trás.

—Chegamos – diz estacionando em frente a uma loja.

Saímos do carro e entramos na loja. Olho ao redor e vejo que é uma loja de bruxas, cheia de frascos e grimórios. Logo atrás de um pequeno balcão marrom, tem uma jovem lendo uma revista. Ela levanta os olhos.

—Rebekah Mikaelson – diz ela endireitando sua postura.

—Davina Claire, minha bruxa preferida.

Davina sorri cinicamente.

—E quem é você? - pergunta Davina me olhando.

—Katherine Pierce.

—Hum... Já ouvi falar de você, não tem um histórico muito bom.

—E que vampiro tem? – digo.

Ela ri.

—O que querem em minha loja?

—Um feitiço localizador – diz Rebekah.

—Pelo preço certo, faço o que quiserem.

Rebekah tira algumas notas de 20 dólares e entrega a Davina. A mulher conta o dinheiro e depois o guarda no bolso de trás da calça.

—Venham – diz passando por uma cortina que leva a outro cômodo, nós a seguimos.

Essa sala tem uma grande mesa no centro redonda e está cheia de prateleiras com livros e frascos. Ela caminha até uma prateleira, pega um mapa e alguns ingredientes, posiciona na mesa.

—Quem estamos procurando? - pergunta ela.

—Um... Um amigo meu – digo.

—Tem algo dele?

Droga, não tenho nada dele, o que vou fazer?

—Não... Não tem como fazer o feitiço sem nada?

—Eu preciso de algo dele – insiste Davina.

—Mas eu não tenho nada!

—Vejamos – diz fechando os olhos e mexendo seus dedos – aqui – diz segurando um fio de cabelo – estava em você.

—Em mim?

—Sim, estava preso em seu cabelo... Parece que não são somente amigos – diz em um tom malicioso.

Dou um sorriso, porém vejo o desconforto de Rebekah com o comentário da bruxa, então paro de sorrir.

—Esperem um minuto – diz Davina enquanto faz o feitiço.

Um pó preto vai formando no mapa um caminho.

—Ele está se movimentando, é bom vocês irem rápido, e pelo preço que me pagaram, posso deixar que o mapa atualize quando ele se movimentar.

—Obrigada – digo pegando o mapa – muito obrigada.

Eu e Rebekah saímos da loja, paramos em frente ao carro. Ela olha para o mapa.

—Ele está à quase duas horas daqui, talvez consigamos alcança-lo – diz Rebekah.

—Ótimo - digo satisfeita – vamos?

—Calma, vou buscar umas bolsas de sangue no hospital, vamos fazer uma viagem.

—Tudo bem, te espero aqui – digo.

Ela concorda com a cabeça e caminha pela larga rua. Fico olhando a movimentação das pessoas, todas sorrindo e animadas por estarem aqui, eles deveriam estar felizes por serem humanos, o que eu não daria para voltar a ser uma? Mas o que? Pisco novamente e vejo que não estou enganada, vejo Elena Gilbert e Stefan Salvatore do outro lado da rua, em frente a um carrinho de pipoca. Elena me vê e fica me olhando, fala algo ao ouvido de Stefan e começa a se aproximar. Droga! Por que ela não ficou quieta e seguiu a vida dela?

—Por acaso está nos seguindo? - pergunta cruzando os braços.

—Seguindo vocês? - pergunto quase rindo.

Ela não mudou quase nada, continua com o cabelo liso e a cara de sonsa, o que o Stefan viu nela? Pelo jeito continua humana, sinto o cheiro do sangue correndo pelo seu corpo.

—Vai me dizer que foi por acaso que nos encontramos aqui?

—Sim! Se você acha que eu ainda estou atrás do seu namorado, eu não estou! Segui em frente.

—Não acredito em você!

—Ai já não é um problema meu!

—Elena? Está tudo bem? - pergunta Stefan se aproximando e passando os braços em volta da cintura da namorada. Ele contínua lindo, com os mesmos olhos verdes penetrantes.

—Está, só estou surpresa por ela ainda estar atrás de você.

—Atrás dele? Você não me ouviu? Eu segui em frente, não ligo se estão juntos, ou o que fazem, não me importo!

—Espero que seja verdade, porque eu não quero te encontrar novamente, senão terei que te matar - diz ele.

—Antes você não pensava em me matar, e sim fazer outra coisa – digo provocando.

—Sua... – diz Elena tentando me atacar, mas Stefan a segura.

—Não vale a pena, vamos embora – diz ele e os dois dão as costas para mim, e saem andando.

Que dia maravilhoso! Estou lavando a roupa suja do meu passado, isso está me enchendo o saco!

—Vamos? - escuto a voz de Rebekah, vejo que está em minha frente.

Concordo com a cabeça e entramos no carro.

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Já anoiteceu, cada vez mais ficamos mais perto de Dean, mas ainda não conseguimos alcança-lo, porém não vou negar que esse momento com Rebekah não está sendo bom, muito pelo contrário, cantamos nossas músicas preferidas, bebemos muito sangue e conversamos muito, como nos velhos tempos.

—Devemos parar – diz ela.

—O que? Não! Estamos perto.

—É quase meia noite, vamos dar uma parada de quatro horas em um hotel, precisamos descansar e tomar um banho.

Suspiro.

—É, você está certa.

Passamos mais alguns minutos na estrada, esperando um hotel aparecer, porém a única coisa que têm são motéis.

—No próximo a gente para, não aguento mais procurar por hotel.

—Nem eu – digo exausta.

Aparece um grande motel vermelho, cheio de luzes, entramos no lugar, pagamos por um quarto e caminhamos até ele. Rebekah abre a porta e entramos, todo vermelho, uma grande cama vermelha redonda no meio dele, um móvel cheio de champanhe e outro com brinquedos eróticos e camisinha.

—Por que todos os motéis tem que ter a grande cama vermelha redonda? - pergunta Rebekah sentando na cama e tirando sua bota.

—Me pergunto a mesma coisa – sento-me ao seu lado e tiro a minha bota também.

—Pelo menos temo champanhe e uma grande televisão.

—Melhor do que nada – digo e rimos.

—Vou tomar um banho – diz ela levantando e caminhando até o banheiro.

Retiro minha jaqueta de couro, deixando somente a regata preta, prendo meu cabelo em um coque. Pego o controle da televisão e fico procurando algo bom. A porta do banheiro abre e escuto Rebekah limpar a garganta, olho para trás e a vejo parada em frente ao banheiro, somente de lingerie preta e vermelha, com os cabelos louros caídos sobre seus ombros. Meus olhos param em seus seios fartos, eles ficam tão bonitos com essa lingerie. Desvio meu olhar e volto a olhar para os seus olhos.

—O que está fazendo? - pergunto levantando.

Ela se aproxima lentamente, mexendo cada curva do seu corpo sensualmente, me controlo para não olhar.

—Já que você vai encontrar o homem que você ama amanhã, e depois disso eu nunca mais vou te ver – ela desliza seus dedos lentamente pelo meu braço nu – achei que podíamos nos despedir, e eu finalmente poderia estar livre de você - ela aproxima seu corpo mais ainda do meu – o que acha? - ela passa seus dedos pelo meu rosto e leva-os até meus lábios, e os passa lentamente, ela morde o seu próprio lábio.

Fico calada, não sei o que fazer, não vou negar que eu estou desejando ela, ela sabe como me deixar excitada, sabe que eu amo vê-la de lingerie preta e vermelha. Eu a quero, mas não sei se devo ceder a isso.

—Pode olhar, sei que está lutando, eu coloquei sua lingerie preferida – diz sorrindo maliciosamente.

Ela passa suas mãos pelos meus braços e chega à ponta da minha blusa, a puxa para cima e eu levanto meus braços, ela joga a blusa para longe, então olha para os meus seios e morde o lábio. Ela toca em minha cintura levemente e me aproxima do seu corpo, sinto seus seios contra os meus, meu corpo está fervendo de prazer, ela aproxima seu rosto do meu lentamente, encosta seus lábios nos meus e brinca com eles, antes de me beijar, ela sempre fazia isso, sabia que me deixava louca. Mas o que eu estou fazendo? Dean foi embora por eu ter beijado outra pessoa, e agora vou transar com essa pessoa? Eu realmente gosto dele, e sei que ele sente o mesmo por mim, então por que estou fazendo isso? Antes que as nossas línguas pudessem se encontrar, eu ponho minhas mãos sobre as suas que estão na minha cintura, e as retiro, ela me olha confusa, me afasto dela.

—Foi por isso que veio? Para me levar para cama? Você nunca veio aqui para realmente me ajudar, você tinha planejado isso o tempo todo.

Ela me olha confusa.

—Não! Eu... Eu...

—Você mentiu para mim, me enganou!

Ela bufa.

—Sim! Eu menti! Disse tudo aquilo só para tentar te reconquistar, ou para pelo menos conseguir transar com você pela última vez, mas parece que eu não vou conseguir nenhum dos dois né?

—Eu disse que eu queria que você se desprendesse!

—Eu não consigo! Por que você nunca dá uma chance para mim? Você sempre escolhia o Kol ao invés de mim, e agora está escolhendo ele! Por que eu nunca sou a escolhida?!

—Eu não sei! Seria tudo mais fácil se eu te escolhesse, mas não consigo! - digo – eu estou apaixonada por um caçador! Você não sabe o quanto eu queria te escolher, mas eu não consigo! Desculpa, mas não consigo – desvio-me dela e vou para o banheiro com os olhos cheios de lágrimas.


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Notas finais do capítulo

E ai?! Seria só eu que estou shippando Rebekah e Katherine? E esse encontro entre Kath e Stefan e Elena? PROTEJAM A REBEKAH, TADINHA DELA! Comentem amores, beijos!