Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 4
Turn down for what!


Notas iniciais do capítulo

Oin, gente *-*
Eu não consegui enrolar o capítulo para dar 2.000 palavras, mas como eu queria parar exatamente naquela parte, preferi deixar com apenas 1,000.
Outra coisa, o título do capítulo! A música só tem referência a uma parte do cap, mas como eu adoro-a, quis colocar como título *-*
LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Finalmente, sexta feira. Estava tão ansioso com o tal acampamento na casa de Camily que nem dormir direito noite passada consegui. Como consequência, fiquei o dia inteiro bocejando, batendo em paredes e tropeçando em meus próprios cadarços. Amie e Sam ficaram rindo de mim, e, especificamente Samanta, falando como minhas olheiras se destacavam em minha pele pálida. Oh, obrigada, garotas, por me lembraram de sou branco como papel. Muito obrigada.

— Eu já volto — anuncio me levantando da arquibancada, enquanto esfrego meus olhos.

— Aonde vai? — Amie franze a testa me fitando desconfiada.

— Tenho que pegar um trabalho no meu armário... — digo. Eu havia me esquecido completamente que prometi que o traria para o professor Alexandre hoje.

Samanta, que até então estava concentrada em seu suco de ameixas, levanta o olhar desesperado.

— Hoje é a entrega de algum trabalho? — exclama.

Levantei uma sobrancelha em sua direção.

— Eu entrei na escola no meio do ano, está lembrada? — sorrio torto, achando graça de seu desespero. — Tenho, tipo, vários trabalhos pendentes.

Com um suspiro aliviado, ela solta um riso.

— Eu havia me esquecido — murmurou risonha.

— Que menina lerda — provocou novamente Amie, com um sorriso sarcástico nos lábios.

— Cale a boca, Martinez! —grunhiu a outra, sem paciência. Ambas se encaravam com raiva. Podia sentir as faíscas resultantes das trocas de olhares entre as garotas.

— Venha calar, Miller — soprou de leve o rosto da ruiva, enquanto eu apenas as observava. Tão fofas.

— Então, como eu disse antes... —suspirei. — Eu já volto meninas.

E então dei as costas, começando a andar o longo cainho até a área dos armários, que, para a minha sorte, ficava próxima a sala dos professores, onde, muito provavelmente, o professor Alexandre estará. Vai ser tão constrangedor interromper seu lanche para lhe entregar o trabalho. Pelo menos, como ele é gentil, não achará ruim, e, se achar, não vai demonstrar.

Os corredores estavam vazios, já que os alunos estavam distribuídos entre enfrentar a fila enorme para comprar o lanche ou assistir o jogo de basquete decisivo entre segundo e terceiro ano, ambos do ensino médio. No jogo passado, o primeiro ano (minha sala), quase conseguiu vencer o segundo, por poucos pontos ficamos em terceiro lugar. Para mim tanto faz se ficassem em primeiro ou último; porém Amie ficou arrasada, disso algo de como vai ser humilhante escrever uma reportagem dizendo que minha própria sala ficou em terceiro lugar.

Os jogadores também saíram emburrados do campo. Mas, eu aposto que se eles conseguissem ir para a final, perderiam para o terceiro ano. Afinal, a maioria dos alunos (no masculino) está atrás de uma bolsa de estudos na faculdade através do próprio basquete ou futebol americano; obviamente, eles são muito bons, têm que ser. Quer dizer, Samanta me disse que ano retrasado o último ano do ensino médio perdeu para o primeiro e o segundo, respectivamente. Então deve ser por isso que minha sala estava com tanta esperança que podia vencer o jogo.

Distraído em meus pensamentos, nem notei quando cheguei nos armários próximos a sala dos professores, e acabei esbarrando em alguém. Alguém muito forte, visto que minha cabeça bateu em seu peitoral, e, uau. Não mais forte que o chão, na verdade, e meu traseiro pode confirmar isso, já que todo meu peso foi jogado nele quando caí de bunda no chão.

— Huum — choraminguei, sem olhar para cima, envergonhado. Afinal, a culpa foi minha.

— Senhor Johnson? — oh, droga! Não acredito. De tantos professores, tinha que ser o Joshua?

Subi meus olhos castanhos, até encontrar seus fios pretos jogados um pouco sobre seu rosto bronzeado, no qual continha um mínimo sorriso.

— Professor Joshua! — exclamei, com ainda mais vergonha. — Me desculpe, estava distraído — gaguejei.

— Não se preocupe com isso, Sebastian — estendeu a mão para mim. — Se machucou?

— Não... Estou bem — murmurei, sendo puxado por ele para cima. Já em pé, pude fita-lo melhor. — Obrigada.

— A culpa também foi minha — sorriu mais abertamente. — Como não pude ver um garoto tão atraente como você vindo em minha direção? — Não disse nada, apenas o encarei, sentindo minhas bochechas esquentarem. — Você fica tão fofinho quando está com vergonha, Sr. Johnson — passou a mão levemente em meu pescoço, me fazendo recuar um passo. — Aliás, o que faz aqui em pleno intervalo? O jogo não estava tão interessante assim?

— Eu tenho que entregar um trabalho para o professor Alexandre — digo, talvez rápido de mais, exalando nervosismo.

Ele parou por um instante, e ficou apenas observando, ainda sorrindo.

— Então... — suspiro nervosamente. — Com licença, tenho que ir... Pelo contrario, o sinal vai bater e não vou encontrar o professor.

Ele assentiu.

— Eu acabei de vê-lo na sala dos professores — foi gentil.

— Certo — murmurei. — Obrigada, senhor Joshua.

— Pode me chamar de Joshua, se quiser — passou os dedos no cabelo.

— Não quero tal intimidade com você, obrigada — nego ríspido, começando a andar sem olhar para trás. Gostei tanto da minha performance, que mentalmente, ouvi a música turn down for what tocar, e me imaginei de óculos escuros. Sorri, e rapidamente peguei o trabalho no meu armário, já que ele não estava tão longe dali.

Não demorei encontrei a sala – com a palavra professores em cima, e letras douradas – , já que não tive mais importunas interrupções no caminho. Bati na porta, e, para minha felicidade, o próprio prof. Alexandre apareceu com um sorriso bobo os lábios e um sanduíche em uma das mãos.

— Senhor Johnson — me cumprimentou. — O que lhe trás aqui?

— Você pediu para que trouxesse o trabalho sobre Império Bizantino — digo calmamente.

— Oh, é mesmo — ele encara o conjunto de papeis na minha mão. — Eu havia me esquecido!

Rio falsamente.

— Aqui está — estendo o trabalho para ele, que logo pega.

— Obrigado. Vou corrigir o mais rápido possível.

Assenti e fiquei mais uns segundos parado ali, para finalmente ir embora. Enquanto caminhava pelo corredor, notei que havia um armário de vidro, cheio de troféus e fotos. Achando aquilo divertido, resolvi parar e observar um pouco . Havia tantos artistas naquela escola! Ginastas, gênios da computação, desenhistas, jogadores de basquete.... Meus olhos se arregalaram ao ver Charlie, com loira peituda do lado. Ela possuía olhos verdes brilhantes e abraçava o moreno de lado, vestida de líder de torcida. Ele parecia feliz ao seu lado, o que me fez revirar os olhos de raiva, enquanto cruzava os braços.

Raiva? Ah, raiva por que?


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Notas finais do capítulo

Ei, leitores, vocês achariam ruim se eu postasse apenas dois capítulos por semana? *-* me falem por favorzinho nos comentários!!