Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 22
Charlie.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pimpolhos.
Sim eu estou postando exatamente ás 00:56. E sei que quase ninguém vai ler por agora... Mas fazer o que. Eu não poderia postar amanhã (hoje, só que mais tarde), e hoje passei todo o dia fora... E tenho que postar logo esse capítulo incrível! Que talvez muita gente me mate depois de ler... Enfim. Sem mais delongas... Enjoy.



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Charlie.

Ao abrir os olhos, a primeira coisa que senti foi a sensação que minha cabeça explodiria em qualquer momento daquele dia. E o pior é que não me lembro de ter encostado a boca em qualquer líquido alcoólico ontem á noite. Pelo menos eu acho. Afinal, faz tempo que não bebo, já que Camily vive enchendo minha cabeça de que álcool mata neurônios, e que neurônios são indispensáveis para me formar na faculdade. Acho que ela leva o estudo a sério demais.

Remexi um pouco na cama, sentindo outro corpo ao meu lado. Hum?

— Bom dia, amorzinho — quando reconheci aquela voz extremamente irritante (um tom se forçando a ser manhoso), revirei os olhos rapidamente, soltando um suspiro logo em seguida.

— Daniel... — resmungo, olhando-o. Seu cabelo loiro, que ao chegar aqui em casa estava em um topete, se encontrava todo bagunçado. Até que ficou bonitinho. — Por que ainda está aqui?

O garoto se agarra em meu braço, esfregando seu peito nu e quente em mim.

— Você queria mesmo que eu fosse embora? — faz um biquinho. — Já era tarde.

— Foi o que eu disse, não foi? — fecho os olhos novamente, sentindo a dor de cabeça atacar de novo.

— Não seja malvado — ele se estica até tocar minha bochecha com seus lábios úmidos.

— Eu já disse que não quero nada sério com você — digo firme. — É você que insiste em continuar vindo aqui... Não espere gentileza.

— Um dia eu vou conquistar você, Chacha, vai ver.

— Boa sorte então — passo os dedos em meu cabelo, jogando-os para trás.

— Por que você não gosta de mim? — pergunta do nada, me obrigando a abrir os olhos e encara-lo novamente. — A gente se conhece á tanto tempo... Tantos garotos já se apaixonaram por mim! Por que você não?

— E por que eu me apaixonaria?

— Por que eu sou bonito. E inteligente. E fofo.

— E modesto — abro um sorriso sarcástico.

falando sério, Charlie — ele me encara melancólico.

— Desculpe se não me apaixonei por você, Daniel... Mas não vai rolar.

O loiro bufa irritado.

— E por que não?! Você foi o único cara que eu realmente amei... E ainda amo! Por que não pode corresponder?

— Quer que eu minta para você? — franzo a testa impaciente com o drama. — Tudo bem.

— Eu só quero que você se esforce para me amar também...

— E quem disse que eu quero te amar? — retruco.

Daniel fica em silêncio por algum tempo, e a única coisa que consigo pensar é que ele poderia ficar assim com mais frequência.

— É aquele loiro, não é? — sussurra.

— Hum?

— O seu novo vizinho. A sua nova presa.

— Tá falando do Sebastian? — Dani assente. — O que tem ele?

— Você se apaixonou por ele... — afirma.

Desvio um olhar por um tempo. Não acho que isso seja mentira...

— Isso... Não é da sua conta...

— Nem negar você nega, seu cretino!

— Cretino? — reviro os olhos.

— É! Exatamente, cre-ti-no — Daniel se levanta depressa, pegando algumas de suas peças de roupa, que se encontravam espalhadas pelo quarto todo (ops) e começou a se vestir com pressa. — Não se pode... Não se pode falar que está apaixonado por outra pessoa para alguém que se acaba de... Fazer o que fizemos ontem!

— Eu não pedi pra você bater na minha porta ontem. Veio por que quis. Deu por que quis. Então chega de drama.

— Você é muito insensível — grunhiu. — Nem sei como me apaixonei por você. Sabe... — ele dá uma pausa. — Seria tão bom se esse tal de Sebastian... Partisse seu coração. E quero ver isso de perto, pra te ver sentindo tudo que você me fez sentir.

— Boa sorte com isso — digo simplesmente, mas, na verdade... Não. Isso... Isso não vai acontecer.

— Passe bem, Charlie — abriu a porta do quarto. — Na verdade... Passe mal. Muito mal, idiota.

Dei ombros e fechei os olhos, dormindo quase que instantaneamente.

~*~

Tive um sonho muito estranho. Não me lembro muito bem dos detalhes, mas sei que envolvia o Sebastian e que eu acordei suando frio. Vamos fingir que o que o Daniel disse que torcia para que o Seb partisse meu coração não esteja envolvido. Vou esquecer isso rápido, eu sei. Sempre esqueço.

Saí apressado do quarto depois de vestir roupas confortáveis, sentindo meu estômago reclamar de fome. Estava me sentindo bem melhor do que quando Daniel me acordou mais cedo; a dor já havia desaparecido e eu já me sentia muito mais disposto do que antes. Fui até a cozinha em um pulo, já abrindo a geladeira no mesmo momento.

Não tem nada comestível (além de mim) nessa casa? Caramba.

— Olá, Bela Adormecida.

Saí de dentro da geladeira e girei meu corpo, encontrando Camily com várias sacolas, que foram colocadas em cima da bancada. Opa.

— Bom dia maninha — sorrio, procurando algo gostoso, prático e rápido dentro das sacolas.

— Boa tarde, você quiser dizer, né? — ela cruzou os braços sob a bancada.

— Desculpe, mas a noite de ontem foi cansativa, precisei dormir para recuperar as energias — sorri malicioso, fazendo com que Camily jogasse um pano de prato em mim com uma careta.

— Seu nojento — xingou. — Parece que a manhã também foi cansativa... O Daniel saiu daqui vermelho... Aconteceu alguma coisa? — murmurou baixinho, encolhendo os ombros.

— Nada demais... Ele ficou com ciuminho do Sebastian e disse que não merecia isso... Ou sei lá. Alguma coisa assim — achei um pacote de biscoito recheado e abri, pegando vários de uma vez.

Camily me olhou com desdém, e depois desviou o olhar para bancada, onde começou a passar os dedos como se tivesse pintando.

— Você não acha que ele tem razão? Quer dizer... Talvez ele mereça, por que sabe o que você faz... Mas o Sebastian...

Reviro os olhos.

— Ah tá falando sério?

— Qual é, Charlie. Você está enganando o Seb! E eu gosto dele de verdade! Somos amigos! Não estou aguentando mais ver você usá-lo desta maneira, como você usa qualquer um dos seus... Sei lá o que esses meninos são! Você não tem consideração por ele? Nem um pouquinho?

— Não é que eu não goste dele, na verdade, gosto mais dele do que já gostei de alguém desde que me conheço por gente — retruco. — Mas eu também não estou fazendo nada de errado. Não me lembro de ter assumido relacionamento sério com ninguém.

— Você sabe que ele pensa que vocês estão juntos, seu idiota! O Seb é inocente! E você tá dando a ilusão que é o cara perfeito para ele se entregar... Você... Você nem esperou ele se apaixonar por você antes de dar o bote! Simplesmente o beijou, assim, do nada. Acelerou as coisas! E... Eu aceitei te ajudar... Mas só por que pensei que você tinha gostado mesmo dele... E que pararia de ter esses seus casinhos de uma noite! Me enganei totalmente.

— Camily... Você não entende...

— Não entendo o que, Charlie? — cruzou os braços.

— Eu simplesmente não consigo... Não consigo me firmar em um relacionamento...

— Ah é? E por que não?

— Eu me sinto inseguro... É difícil...

— E você já tentou? — ela perguntou ainda na ofensiva.

— Não... Mas...

— É o seguinte — deu uma pausa. — Ou você para de sair com o Sebastian e continua com essas suas ‘traições’ a vontade... Ou você termina com ele e continua com essa sua vida hipócrita. Se você não se decidir, eu mesma conto para ele. E ele decidirá. Ou escolhe continuar apenas tendo esses casos com você, que não terão futuro nenhum, assim como Daniel. Ou então ele te manda pra puta que pariu. Eu sou á favor da segunda opção.


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Notas finais do capítulo

Bang.



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