Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 12
O encontro - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Haaaallloo!
Eu não sei se notaram, maas, eu não postei ontem. Por isso estou postando hoje. Eu sei que ficou pequeno e pah, mas é por que adoro colocar suspense, e quis dividir o encontro do Sebo e do Charlie em duas partes (ou mais, quem sabe?). Então... AAAH! Mano, estou MEGA feliz com a recomendação da Amanda, linda, perfeita! OBRIGADAA (de novo)! Dedico esse cap á você



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— Você está... Lindo — Charlie sorri pra mim, mostrando (para variar) suas covinhas. Apenas aquele gesto me fez torcer os lábios em um sorriso um tanto tímido.

— Obrigado... — coloco as mãos por cima da touca, confirmando se ela estava no lugar.

— Apesar de um pouco emo — riu, ligando o carro finalmente e o arrancando logo em seguida. Com uma leve espiada, confirmei se mamãe já estava dentro de casa, e não me espiando pela janela, como nos filmes. Na verdade, eu acharia isso bem divertido, mas acho que ela nunca desconfia que eu esteja ‘saindo romanticamente’ com um... Homem. Por isso não há a necessidade de ficar me observando.

— Ei — soltei uma risada baixa voltando a encara-lo, que olhava para frente. — Não estou emo, só mudei um pouquinho o visual.

— Mudou o visual para emo, — continua a me zoar. — Mas, não se preocupe pequeno Sebastian, você fica fofo até “emorizado”.

— Essa palavra nem existe, Charlie — reviro os olhos.

— Ficou emburrado, pequeno? — ele passa os olhos sobre mim por meros segundos, voltando a olhar para frente.

— Não!

— Ficou sim! — riu novamente. — Olha só, tá escrito na sua testa. Sem falar nesse biquinho aí.

— Não to fazendo biquinho — olho fixamente para ele. Novamente, suas safiras vão parar em mim. Isso me fez sentir um arrepio percorrer toda a minha: apenas ser o foco do seu olhar. Estranho.

— Não faça isso — murmura, voltando, mais uma vez, a fitar a rua. — Se você me olhar desse jeito é capaz de bater o carro!

— Eu não te olhei de jeito nenhum... — não evitei sorrir, olhando para rua.

— Tá cheio de birrinha hoje, Sebastian? — seu tom era de provocação. — E, olhou sim. Esse olhar de cachorrinho abandonado, pedindo um beijo meu. Quer me deixar louco, né, senhor?

— Você está precisando de óculos, Charlie! — senti meu rosto esquentar quando ele adivinhou exatamente o que eu queria. Um beijo. Eu fiquei apenas um dia sem sentir o gosto dessa boca deliciosa, porém, pareceu tanto tempo. Se eu pudesse (e não fosse nos matar) eu pularia nele nesse exato momento, e atacaria aqueles lábios avermelhados. Beijando-os até ficarem inchados.

— Sei...

— Óbvio que eu não pensei isso — insisto, sem conseguir desviar o olhar da rua.

— Você pode não ter pensado naquela hora. Mas aposto que agora, você está tento pensamentos absurdos comigo.

Aí meu Deus. Ele é vidente.

— Charlie! — reclamo. — Aposto que é você que está pensando nessas coisas!

Finalmente, olho para ele novamente, presenciando a linda cena do moreno estar passando a língua no lábio inferior. Arrepio.

— Nisso você está certo — solta uma risada maliciosa. — Tenho pensamentos um tanto pervertidos com você.

— Eu não precisava saber disso — afirmo gaguejando, sentindo meu rosto esquentar novamente.

— Ih, você gostou — fala convencido, e, antes que eu pudesse retrucar, ele para o carro. Olho em volta, a pizzaria onde estamos estava um tanto cheia, com vários carros no estacionamento. — Pronto para engordar? Por que a pizza daqui é fantástica.

— Nada melhor que passar um domingo á noite engordando — murmuro, enquanto saímos do carro. Depois de trancar o automóvel, Charlie anda até mim, um tanto receoso, e coloca suas duas mãos em meu rosto, obrigando-me a olhar para cima.

— Corrigindo: nada melhor que passar um domingo á noite com você... Sebastian — sussurra, pressionando seus lábios carinhosamente contra os meus. Mais um de seus selinhos surpresa.

— Charlie... — resmungo, sem saber o que dizer. Meu rosto, que voltara ao normal á pouco tempo, começava a queimar novamente.

— Você fica uma gracinha todo vermelhinho — afirma descendo sua mão até chegar à minha.

— Hum... Obrigado, eu acho — sorrio, gostando do contato de seus dedos com os meus. — E...

— E? — indaga quase que imediatamente.

— A gente não tinha combinado que, por enquanto, não iríamos nos beijar em público?

— Eu tentei cumprir o combinado — passa a outra mão no cabelo, bagunçando-o um pouco mais. — Mas... Não consegui. Beijar você é muito irresistível — bufa. — Você se importa?

— Hum... Não sei — fui totalmente sincero. Essa história de ficar com o Charlie continuava me incomodando. Apesar do beijo dele ser muito bom... Continuava sendo estranho, porém, quero evitar falar isso, afinal, vai que o moreno interpreta errado e acha que eu não gosto dele?

— Tudo bem — ele sorri compreensivo soltando lentamente minha mão. Eu me senti tão seguro com seu toque, queria essa sensação novamente.

Mas também, fui falar merda pra que? É só questão de costume, certo? Eu só me sinto assim, por que é uma coisa nova para mim; tanto beijar, como beijar um homem.

Andamos em silêncio, e eu senti uma leve tristeza em seu olhar, o que me fez ficar um tanto pra baixo. Em questão de segundos, já estávamos dentro da pizzaria, sentados em uma mesa, um de frente para o outro. Eu o fitava, e ele olhava com interesse para o cardápio.

— Charlie?

— Sim? — ele não me olhou.

— Está tudo bem?

— Sim.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Mas...

— Eu estou ótimo Sebastian. Por que?

— Você parece triste — fiz menção que iria tocar gentilmente sua mão, que não estava muito longe da minha; e ele a puxou, colocando-a em cima de sua própria perna. — Eu fiz alguma coisa?

— Hum? Não. O que poderia ter feito?

— Eu que te pergunto.

Ele dá ombros e levanta o braço, chamando a garçonete. A moça, loira, alta, bonita e de olhos verdes chamativos, anda até a gente com um sorriso gentil nos lábios rosados.

— Boa noite, sejam bem-vindos, posso anotar o pedido de vocês?

— Quero uma lata de coca-cola, por favor. E uma pizza pequena de frango a bolonhesa — Charlie diz, e, virando-se para mim, fecha a cara. — E você, Sebastian? Vai querer o que? Eu pediria para você, mas acho que você não gostaria disso, não é? — foi grosso.

Abri a boca sem fala.

— Ahn — gaguejo. — Só um suco de laranja, por enquanto.

— Certo, garotos, trarei o pedido de vocês em breve — ainda sorrindo, a moça dá meia volta.

— Charlie! — exclamo. — Para com isso! O que foi? Por que está tão bravo? — na verdade, eu até desconfiava do motivo, porém, preferia que ele mesmo me falasse.

— Impressão sua — volta a olhar o cardápio interessado.

— Vai continuar assim?

— Assim como? — franze a testa.

Irritado.

Bravo.

Puto.

Furioso.

Zangado.

Sentia tantas emoções ao mesmo tempo... O engraçado, é que todas tinham o mesmo significado.

— Quer saber? Tô sem paciência hoje, Charlie — murmuro, e, em um momento misto de coragem e vergonha, levanto e me curvo sobre a mesa, segurando o moreno pela gola da camisa e tomando sua boca em um beijo um tanto possessivo. Sim, eu sei. Estávamos em uma pizzaria... Pessoas... Provavelmente algumas homofóbicas, mas foda-se. Se ele continuasse a me tratar com essa indiferença, só por que eu pedi para não nos agarrarmos em público, eu vou enlouquecer.

Senti o garoto sorrir durante o beijo. E, por um momento, sinto que tudo isso foi planejado por ele.

Gemi com a mordida que ele deu em meu lábio, e pude sentir o piercing que possuía ali.

Quando nos separamos, abri os olhos e encontrei aquelas safiras brilhantes.

— Você é bem safado quando quer, pequeno Sebastian.


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