Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 13
O encontro - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoal :)
Eu resolvi postar hoje, por que eu não vou poder postar amanhã, pois esta semana é de provas, então eu não vou poder escrever nenhum dia =/ Já estou avisando ok? Provavelmente só tem próximo capítulo sexta feira, tá? E, analisando o final deste cap, tenho a leve impressão que vocês vão querer me assassinar. =)



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— Abre a boca — murmurou. Obedeci prontamente, fazendo com que Charlie abrisse um sorrisinho. Logo, senti um pedaço quente e delicioso de pizza na minha boca. Mastiguei com calma, saboreando toda aquela coisa deliciosa. É tão bom que não acho que o rotulo “comida” seja digna dessa pizza.

— Isso é... Perfeito — murmuro abrindo a boca para que ele colocasse mais.

— Vai com calma, gatinho — ele ri, colocando um pedaço em sua própria boca, ao invés da minha. Emburrei a cara em sua direção. — Não é minha culpa se você não pediu pra você, essa daqui é minha.

— Ah, não seja egoísta! Se você dividir, quando a minha chegar, eu te dou um pedaço.

— Óbvio que você vai me dar um pedaço — ele ri.

— Ih, quem garante? — provoco, bebericando meu suco de laranja.

— Eu e meu charme — sorri sedutor.

— Eu posso resistir muito bem ao seu charme, senhor Charlie — abro a boca novamente, torcendo para que ele me dê mais pizza. Após dar um sorriso fofo, ele concede meu pedido. — Acho que você que não resiste ao meu charme, viu? — zombo ainda de boca cheia.

— Talvez, quem sabe?

Sorrio, e somos interrompidos pela garçonete de olhos verdes.

— Pizza grande de calabresa, correto? — ela indaga gentilmente, colocando o pedido no meio da mesa. Senti minha boca salivar, apenas sentindo o cheiro delicioso.

— Sim, obrigado — Charlie responde por mim. Quando a mulher se afasta, ele ri de minha feição. — Agora eu já sei que posso te trazer aqui sempre que estiver de birrinha.

— Não sou eu o birrento aqui — murmuro, colocando um pedaço de pizza em meu prato.

— Aquilo não foi birra — revira os olhos. — Foi um plano muito bem feito.

— Foi covardia — sou sincero. — Me fazer sentir culpa daquele jeito.

— Desculpa...? — ele sorri da maneira mais fofa possível, acariciando meu rosto levemente.

— Tudo bem... Mas... Não força a barra, tá?

Ele franze a testa, e sua cabeça tomba levemente para o lado.

— O que quer dizer com isso?

Suspiro.

— Acho que não tem problema ficarmos juntos em público — gaguejo um pouco, desviando o olhar. — Mas... Não precisamos exagerar né? — encolho os ombros.

— Não se preocupe — ele abre o sorriso novamente. — Eu só havia pensado que você não queria ser visto do modo romanticamente comigo... Que tivesse vergonha de mim.

— Claro que não! — exclamo, sorrindo timidamente. — É que tudo isso é novo pra mim... Quero ir com calma.

— Vamos com calma então... — pisca para mim. — Como aqueles casais do colegial — pensei em dizer que eu sou do colegial, mas preferi ficar calado. — Tipo, ir no cinema... Parque... Piqueniques... — faz careta.

— Não precisa me levar nesses lugares se você não quiser... — eu realmente gostei da ideia de ir passear para esses locais “bobos”, porém, do que adiantaria se ele não gostasse?

— Se você estiver feliz, pode apostar que eu estarei também.

Depois, tivemos um momento de troca de olhares, com sorrisinhos tortos, igualmente aos filmes melosos de romance.

— Pensei que estivesse morto de fome... — sussurra ele.

— E estou, obrigado por me lembrar — sorrio, pegando o pedaço de pizza que estava no meu prato, com as mãos mesmo, e dando uma enorme mordida. — Você não vai querer?

— Ahn... — pensa. — Talvez mais tarde.

— Está muito bom — afirmo ainda de boca cheia. — Deveria provar...

— Uhum... — sorri. — E... Como está indo a escola...? Os professores...? Tipo... O senhor Joshua? — questiona um tanto desconfiado.

— Hum... Este final de semana está tão cheio que eu nem estava me lembrando que amanhã volto para a escola... Só de lembrar que terei aula com ele no primeiro horário novamente... — faço careta.

— Não gosta dele?

— Nem um pouco — afirmo com certeza na voz. As aulas daquele professor demoram muito para passar, é o maior tédio. Ele sempre fica passando pela minha mesa enquanto explica a matéria, e, de vez em quando, sinto sua mão passar superficialmente pelo meu cabelo ou pescoço.

— Eu também não era muito fã — revira os olhos. — Ele ficava me assediando... Mas ele não faz isso com você, faz? — me fita, aguardando uma resposta.

Desvio o olhar, fitando a pizza em meu prato.

Hum...— murmuro constrangido com o rumo que a conversa estava tomando.

— Sebastian? — insiste.

— Um pouco — suspiro vermelho.

— O que? — ele exclama, com o tom exalando surpresa. — Sério?

— Ahn... Sim — gaguejo. — Por que o espanto?

— Eu não sei — admitiu. — Eu já devia saber. Você realmente faz o tipo do velhote pervertido.

— “Tipo”? — dou um sorriso mínimo.

— É... Sabe, você é pequeno e bonitinho, com esse rosto lisinho, o cabelo arrumadinho... E essa boca deliciosa que pede para ser beijada. Deve ter deixado o Joshua louco — passa a mão no cabelo aflito.

— Mas... Você não é pequeno... Você é grande e forte...

— Ele não resistiu aos meus encantos — pisca para mim.

— Entendo completamente — digo baixinho.

— E... Não vai precisar mais se preocupar — sua mão vai até minha bochecha, acariciando-a. — Eu não vou deixar ele te importunar.

— O que vai fazer? — indago confuso.

— Você verá, pequeno Sebastian — ri maléfico. — Nem que eu tenha que te levar e buscar na sala de aula.

Solto uma gargalhada.

— Não, nem pensar — balanço a cabeça. — Você não vai fazer isso.

Emburrando a cara, ele murmura:

— Por quê? Tem vergonha de mim? — faz um biquinho irresistível.

— Claro que não — reviro os olhos. — Só... Sei lá, não seria estranho?

— Seria eficaz — mostra as covinhas. — Iria afastar os urubus de perto de você.

Gargalho de novo.

— Ei, garanhão, eu não sou um pedaço de carne não, tá?

— Que pena, por que eu adoro comer carne — sorri malicioso.

Coro instantaneamente e desvio o olhar.

✂✂✂✂✂✂✂✂

— Charlie — chamo, enquanto andávamos em silêncio em direção ao carro. Ele vira-se para mim, com os olhos azuis brilhantes semelhantes ás estrelas que ocupavam todo o céu naquela noite. — Obrigado... Por essa noite. Foi incrível.

Com um sorriso, ele se aproxima de mim o suficiente para que me faça levantar a cabeça para fita-lo.

— Que bom que gostou — ele sussurra. — Eu... Quero te deixar mais confortável com essa situação de me beijar.

— Pois está funcionando — fixo meu olhar em seus lábios.

— Me deixa conferir... — não tive tempo para responder, logo, nos envolvemos em um beijo calmo e romântico, como se alguém tocasse música clássica como trilha sonora do momento. Envolvo seu pescoço em um abraço carinhoso, e o sinto acariciar com uma mão, minha bochecha ardente de vergonha, enquanto a outra enlaçava meu tronco e o pressionava contra si.

O beijo não durou muito, e quando seu rosto se afastou, ele continuou a me segurar em um abraço, que transmitia uma sensação de segurança.

— Acho melhor irmos — proponho e ele sorri, assentindo.

Como não estávamos muito longe do carro, em poucos passos Charlie estava abrindo a porta para mim e dando a volta no carro, sentando-se no banco do motorista.

— Seu carro é incrível — murmuro me ajeitando no lugar confortavelmente.

— Ganhei á uns anos... É meu bebê — ri fazendo beicinho. Solto um riso um pouco alto com sua ‘atuação’.

Segundos depois, quando iria dar partida no carro, sinto alguma coisa batendo em minha cabeça, milésimos adiante, algo gelado escorre por meu cabelo e pescoço, chegando até a blusa. Levo á mão automaticamente, reconhecendo gelo e um líquido bem gelado, refrigerante, talvez.

Sebastian? — vagamente ouço Charlie me chamar, mas o ignoro. — Sebastian! — ele repete.

Estranhando e olhando para o lado, vejo um daqueles copos que vêm com canudinho do McDonalds jogado no chão, e, poucos metros do carro, um grupo de adolescentes fumando, rindo e olhando para gente descaradamente.

Viados! — um deles grita mostrando o dedo do meio. O resto todo caiu na gargalhada. — Vão se comer em outro lugar, boiolas!

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, e ouço Charlie ranger os dentes ao meu lado.


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