Contos de Ninguém escrita por Just a Writer


Capítulo 14
Um Herói Humano


Notas iniciais do capítulo

Heeey, estou de volta com mais um capítulo! Fiz esse capítulo pensando nas brigas bobas que eu tenho com os meus amigos, em como nós nos ofendemos mesmo sem querer... (Estranho, né?) Espero que gostem, e boa leitura!



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O céu nublado daquela tarde, que não permitia a passagem de um raio de luz sequer, combinava perfeitamente com seu estado de espírito. O garoto sentou-se na grade do terraço, com cuidado para não desequilibrar-se. Apesar disso, ele não ficou ali por muito tempo, levantando-se em seguida e andando de um lado para o outro.

Não sabia definir com perfeição suas emoções. Era algo entre irritação, tristeza e nervosismo. Mentalmente, criava milhares de justificativas em sua mente. Ora, ele não havia feito nada demais! Não precisavam ter enfurecido-se por uma brincadeira boba...

Mas por um momento, o garoto parou, e avaliou a situação. Pensando melhor, ele também ficaria bravo se alguém fizesse algo assim consigo. Mesmo assim, não fora por mal. O sangue simplesmente subiu-lhe a cabeça e ele não mediu seus atos... Como sempre.

Bufando, jogou-se no chão, e pôs-se a observar a paisagem deprimente e cinza. Um pensamento atravessou aleatoriamente sua mente, e ele focou-se um pouco nele. Lembrou-se dos jogos, séries e filmes que já vira, onde o protagonista, por mais estranho e idiota que fosse, conseguia sempre ser um herói.

Isso levou-o a divagar ainda mais. Mas o que seria um herói, afinal? Alguém que salva o mundo? Não, não era aquilo... Definiu que um verdadeiro herói era alguém que fazia somente o bem. Mas como alguém poderia sempre fazer coisas boas? Ele mesmo fazia ações ruins sem perceber. Isso fazia dele um vilão?

Entristeceu-se um pouco com aquilo, até que tomou consciência de outro fato. Não existiam pessoas inteiramente boas, e nem inteiramente más. Não existiam heróis ou vilões. Só... humanos. Pessoas que cometem erros, e os repetem várias vezes. Mas se optarem pelo caminho do bem, continuam tentando acertar, independente de quantas vezes errem.

Humanos não eram perfeitos. Não eram heróis. Mas talvez, só talvez... heróis não precisassem ser tão perfeitos. Não precisavam nunca errar, e sim admitir seu erro e continuar tentando fazer o bem. Um herói humano não lutaria com vilões, e sim contra ele mesmo, seu lado sombrio.

Com aquilo em mente, o garoto levantou-se, determinado a desculpar-se por seu erro. Determinado a tornar-se um herói humano. E, enquanto isso, o sol começava a abrir caminho por entre as nuvens, lutando para lançar sua luz pelo mundo.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Comentem se puderem, e até a próxima!



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