O Nosso Amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 30
O Nosso Amor.




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Apesar de estar nos braços de Rafael ainda tinha aquela insegurança que brotava dentro dela, mas à medida que ele a beijava com intensidade todo aquele medo ia se apagando e só o que sentia era o amor que dali emanava. Agora realmente podia sentir que ele a amava do mesmo modo que ela também.

Precisava viver aquele amor ou então morreria!

_ Eu te amo tanto Rafael, você não faz idéia do tanto que sonhei com esse momento.

_ Então isso é um sim?

_ E ainda dúvidas?

_ Não mais meu anjo, não mais!

Colando o anel no dedo dela foi como se ali estivesse sendo selada uma aliança eterna, onde apenas a morte poderia separá-los. E ela sabia que assim seria, porque a força desse sentimento era tão grande que foi capaz de levá-los ao esquecimento de quem realmente tinham sido e apenas se entregaram!

Os braços dele envolveram seu corpo numa caricia apaixonada e seus corpos lentamente foram em direção a cama. Naquele momento nada mais importava! Não existia passado, não existiam magoas! Tudo o que existia eram duas pessoas querendo apagar toda tristeza e momentos de sofrimento e por isso se amaram com extremo amor.

Rafael a beijou com grande carinho demonstrando assim o respeito que tinha para com o que ela sentia. Beijou seus lábios novamente numa promessa futura de muito amor. Mas não o amor carnal e assim o amor verdadeiro de duas pessoas que buscavam por saciarem seus corações, então eles se entregaram naquele ato apaixonado.

Ele passou a afastar sua roupa letamente e com a costa das mãos passou a acariciar seu rosto descendo em direção ao pesco e logo depois passou a fazer uma trilha de beijos em direção ao seu ventre e isso causou nela uma sensação tão boa.

E como na primeira vez, os dois estavam envoltos àquele momento onde somente os apaixonados são presenteados pela vida. Seu corpo estava tão leve e pouco a pouco ela foi se abandonando nos braços dele até o momento em que se tornaram um só corpo.

Rafael por alguns minutos ficou contemplando o rosto de Helena que o olhava de um jeito suave e feliz então ela perguntou:

_ O que houve?

_ Pensava no quanto sou sortudo por ter uma mulher maravilhosa como você.

Ela riu sentindo o rosto corar e escondeu a face entre os braços dele, mas Rafael fez questão que ela o fitasse.

_ Fica ainda mais linda quando está assim

_ Você não está ajudando, Rafael.

Ela se referia ao fato de que os elogios apaixonados dele faziam com que ela ficasse ainda mais envergonhada, por isso ele levantou as duas mãos em sinal de rendição.

_Tudo bem eu paro, mas antes não consigo me conter...

Antes que ela dissesse algo sentiu seus lábios serem tomados pelos dele num beijo profundo que de certa forma a deixou mole e então sentindo que estavam tomados de muita paixão ele parou e se afastou.

_ Veja o que você faz comigo!

Era o mesmo que ele causava nela, pensou Helena enquanto viu Rafael levantar e seguir em direção banheiro. Minutos depois ele retornou já vestido e sentou à beira da cama onde ela estava sentada ajeitando suas madeixas loiras.

_ Helena?

_ Oi.

_ Estava pensado... e não quero aguardar até nosso casamento. Quero que você venha morar comigo.

_ Você tem certeza disso?

Ele sorriu tocando de leve no queixo dela em sinal de carinho.

_ E você ainda duvida? Demorei muito tempo e agora não quero perder nenhum segundo longe de vocês.

Ela também tocou no rosto dele em sinal de carinho.

_ E você ainda pode pensar que eu não aceitaria?

_ Jamais!

Ele beijou de leve em seus lábios.

_ Quero que você venha hoje mesmo morar na minha casa!

Ela nem pensou em contestar, pois ansiava demais por partilhar de momentos juntos como uma família e apenas assentiu concordando.

_ Virei mais tarde buscar vocês.

_ Tudo bem.

Quando ele estava saindo do quarto, Helena sussurrou de leve o nome dele.

_ Rafael...

Ele virou antes de alcançar a porta.

_ Obrigada meu amor, por me fazer feliz.

_ Você também... Obrigado por me dar uma família linda.

***

Como tinham combinado ainda naquela noite elas se mudaram para a casa de Rafael, que a partir daquele dia seria a casa deles. Helena precisou se habituar a sua nova rotina, pois agora era necessário acordar um pouco mais cedo devido a distancia até a empresa, mas nada que ela não pudesse fazer. Pelo menos ainda podia contar com o socorro de sua fiel amiga Melissa, que cuidava de Rebeca com extremo carinho.

Naquela noite após chegar em casa depois de um dia de trabalho, Helena olhava a filha que dormia como um anjinho. Por vezes sentia culpa por não estar sempre perto para acompanhar os momentos de brincadeira da menina, mas aos finais de semana não arredava o pé por nada!

_ Ela queria muito esperar você, mas não conseguiu.

_ Coitadinha do meu bebezinho. _ ela sentou ao lado da cama e virou para Melissa _ Você deve estar muito cansada de tanto brincar com essa travessa, não é?

_ Ela me fez subir numa arvora hoje. Confesso que quase morri.

Ela riu e se sentiu culpada por perder aquela travessura, então olhou para Melissa e disse:

_ Obrigada por cuidar tão bem dela.

_ Você sabe que gosto dela Helena.

_ Eu sei disso. Muito obrigada.

Vendo que Melissa bocejava devido ao cansaço ela comentou:

_ Pode descansar Melissa.

_ Boa noite.

_ Boa.

Assim que se viu sozinha com a pequena, Helena pensou até que ponto valia apena perder aqueles momentos valiosos ao lado da filha. Logo ela iria começar as aulas e os momentos diminuiriam ainda mais, por isso já há alguns dias vinha pensando sobre a possibilidade de mudar sua carga horária para passar mais tempo com ela.

Enquanto acariciava suavemente as madeixas claras da filha, Rafael entrou no quarto e silenciosamente se aproximou de onde elas estavam. No momento em que ele beijou o rosto da mulher que tanto amava percebeu que algo a inquietava.

_ O que houve?

Ela suspirou e olhou de relance para ele.

_ Estou me sentindo culpada por deixar minha bebe sozinha... Por isso tomei uma decisão.

_ Qual?

_ Vou mudar minha carga horária... Quero mais tempo ao lado dela.

_ O que você decidir, pra mim está ótimo!

Helena apoiou a cabeça no ombro de Rafael e se sentiu tão confortável.

_ Obrigada.

_ Também quero muito recuperar o momento perdido entre a gente... Por isso estive pensando num final de semana especial entre nós. O que você acha?

_ Você é maravilhoso!

Ele riu e beijou-a nos lábios e depois beijou o alto da testa da filha.

_ Vou tomar uma ducha.

***

Finais de semana entre família deveriam se repetir mais! Pensou Helena depois de um dia maravilhoso ao lado de sua filha e o grande amor de sua vida. Eles tinham optado por um dia apenas para os três, por isso fizeram um roteiro que passou pelo parque de diversões, almoço em família e por ultimo tiveram direito a uma sessão infantil no cinema onde passava um desenho que Rebeca tanto amava. Claro que a pequena amou mais que tudo!

Durante a vinda para casa ela contava as cenas engraçadas e todos riam dos gracejos feitos pela pequena, mas no momento em que estavam entrando, Helena notou que algo estava diferente. Havia mais alguém naquela casa!

Quem seria? Era a única pergunta que pairava em sua mente. Quase ninguém vinha na casa deles, não sem antes informar. E se algo tivesse acontecido a Armando? Ou a pequena Marcela?

Aquele receio a inquietou. Apesar de ter se afastado de Armando, procurou tentar a reaproximação já que eles eram uma família e tudo o que menos queria era que os irmãos entrassem em separação por causa dela. Aos poucos ele e Rafael iam se entendendo e isso trazia paz.

Acelerando os passos eles entraram na casa e assim que chegaram à espaçosa sala reconheceu de imediato sua visitante. Era ela! Maura, a mulher que foi sua mãe durante metade de sua infância. Mas não compreendia o que ela fazia ali naquela casa?

Rafael percebendo a apreensão no olhar dela descobriu de imediato que algo estava errado.

_ Você a conhece?

_ Essa é a Maura, a minha mãe.

Notando a presença da filha, Maura levantou e fitou em direção a porta.

_ Oi querida.

O olhar dela em sua direção causou tremor, pois sabia que ali possuía muita falsidade. Helena virou para o marido e pediu:

_ Por favor, leva a Rebeca para o quarto.

_ Você tem certeza que tudo bem?

_ Sim.

Rafael pegou a filha no colo e subiram para o quarto.

Helena então se aproximou de Maura já imaginando o motivo de sua vinda ali naquela casa.

_ Por favor, sente!

Ela o fez e com um riso comentou:

_ Seu marido é muito atencioso. Muita sorte ter encontrado alguém assim.

_ Acho que foi uma compensação da vida depois de tudo o que passei... Mas vamos sem rodeios! Diga, porque você veio?

_ Mudaste muito minha filha.

_ Por favor! Você nunca quis que eu a chamasse de mãe, agora sou eu que não quero esse titulo de você. Vamos diga logo a que veio?

_ Você tem razão.

Ela levantou e se aproximou de onde ela e disparou.

_ Quanto você esta disposta a pagar por uma informação?

_ Dinheiro? _ Helena riu cínica, pois já imagina que esse fosse ser o teor da conversa _ Porque ainda me admiro? Será que a quantia que deixei não serve para te satisfazer?

Quando devolveu a casa para Maura, ela fez questão de deixar uma grande quantidade em dinheiro para que ela pudesse viver por algum tempo. Mas não se admirava que aquele dinheiro já tivesse acabado.

_ Você sabe... Dinheiro acaba rápido.

_ Cínica!

_ Você ainda não sabe do que se trata.

_ Então fala logo e, por favor, saia da minha frente!

Ela esfregou as mãos em sinal de ansiedade e começou a relatar do que se tratava a tal informação.

_ Tua mãe está viva e eu sei onde ela estar.

Saber que sua mãe estava viva deveria lhe trazer muita alegria. Não é verdade? Por muito tempo ansiou saber noticias sobre sua verdadeira mãe. Se ela estava viva. Quais os motivos para tê-la deixado naquele lugar. E agora aquela informação de que ela estava viva a deixava atônita sem saber como reagir.

_ Onde ela está?

_ Bem isso depende de quanto você vai me pagar por isso.

Helena olhava para aquela mulher que por muito tempo desejou chamar de mãe e tudo o que conseguia sentir era repulsa e nenhum sentimento bom.

_ Não faça essa cara Helena, tudo nesse mundo gira em torno de dinheiro. Você sabe!

_ Eu sei... Quanto você quer?

Após dizer o valor, Helena apenas puxou o cheque e fez o valor que ela pediu.

_ Suficiente?

_ Sim.

_ Onde ela estar?

_ Ela se chama Tereza e sempre morou próximo de nós.

_ Como você disse que ela se chama?

_ Tereza.

_ A tia Tereza?

_ A própria.

Ela levou a mão à cabeça em aflição e logo sua mente foi tomada por uma enxurrada de lembranças. Durante boa parte de sua infância conviveu próxima àquela mulher que costumava chamar de tia, devido a aproximação entre elas.

Tereza sempre foi uma mulher muito batalhadora e digna de admiração! Essa era a visão de Helena, pois quando comparava aquela mulher à Maura, a diferença era imensa. Ela lutava arduamente para sustentar sua pequena filha... Mas e ela? Porque tinha acontecido aquilo?

_ E porque ela quer me ver agora, já que durante tanto tempo ficou afastada?

_ A resposta é simples. Porque só agora que ela descobriu que você é filha dela.

Maura pegou o cheque e guardou na bolsa. Como já tinha terminado o motivo de sua vinda, ela se despediu.

_ Minha visita aqui já se findou... Vou indo embora. Acredito que não nos veremos mais então isso é um adeus!

Assim que se viu sozinha Helena sentou no espaçoso sofá e pressionou os dedos como se fizesse uma prece e foi assim que Rafael a encontrou.

_ O que houve amor?

_ Minha mãe Rafael. Ela está viva.

_ Você esta feliz, não é?

_ Não sei... Mas sinto que preciso conhecer ela ou então vou enlouquecer com tantas perguntas.

_ Vai da tudo certo, eu estou aqui com você.

_ Obrigada Rafael.

***


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Notas finais do capítulo

Gente , estou muito feliz pelo grande alcance da historia e fico triste porque o próximo sera nosso ultimo capitulo , então desfrutem bastante da leitura.



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