O Nosso Amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 18
Nosso Louco Amor.




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“Nosso louco Amor é assim desse jeito:

É fogo e desejo; é loucura e paixão;

Não tem limites e nem fronteiras:

Rompe as barreiras do tempo e do espaço.

Percorre milhas e léguas sem sinal de cansaço. (...)”

Conforme ele havia pedido colocou apenas dois vestidos e uma sandália baixa e antes de sair encontrou Melissa que entrava na sala.

_ Você vai sair?

Helena sorriu e disse:

_ Vou fazer uma loucura.

_ Meu Deus!

_ Eu sei, também pensei a mesma coisa, só que às vezes precisamos arriscar um pouco.

_ Que tudo dê certo. Mas e se o seu Antonio ligar?

Ela pensou por alguns segundos, mas não conseguia pensar em nada então apenas disse:

_ Invente algo e diga que depois retorno. Vou indo Mel, torça pro mim!

_ Vou fazer isso Helena.

Ela encontrou com Rafael no veiculo que estava estacionado do lado de fora, sem olhar para traz ele partiu rumo a estrada. Logo ela foi percebendo que estavam ficando longe da capital e foi inevitável ficar admirando a bela paisagem. Apesar de morar ali se sentia quase como uma turista sem conhecer nada.

_ Admirada da beleza?

Helena virou para Rafael que estava centrado em dirigir o veiculo.

_ Sim, é tudo muito bonito. Impossível não se encantar.

_ Quando chegarmos ao lugar onde pensei em te levar você vai adorar.

Depois de cerca quarenta e cinco minutos eles chegaram a um local muito belo e ela começou a reconhecer pequenos barcos e avistou a praia logo adiante.

_ Onde é isso?

_ Praia dos pescadores, em Ericeira.

_ E bonito!

_ Eu gosto de vim aqui. Sempre que quero relaxar do dia agitado ou quando preciso recarregar as pilhas _ ele riu e estacionou o carro em frente a uma bela casa que ficava de frente para aquela beleza de mar. _ Eu aluguei essa casa pra gente. Tenho certeza que você vai gostar muito.

De fato ela adorou o interior da casa, que apesar de não ser muito grande, possuía um aconchego único e ela amou cada pedacinho que visitou.

_ E tudo perfeito!

_ Vamos ter tempo para isso. Vem, tenho certeza que você está com fome.

_ Morrendo.

_ Imaginei. Tem um lugar ótimo para a gente comer.

Ela nunca tinha desfrutado de um dia tão perfeito em toda sua vida! Poderia viver dez anos, mas jamais se arrependeria de ter deixado seus medos de lado e se entregado àquele momento. Apesar de saber que não seria para sempre queria aproveitar ao máximo! Eles foram a um restaurante e aproveitaram das iguarias locais, depois saíram para um pequeno passeio pela vila e a praia.

Naqueles momentos eles se esqueceram de quem eram e desfrutavam da companhia um do outro como um casal de namorados. Rafael era atencioso e carinho demais respondendo a cada duvida que ela tinha e com beijos demonstrava tudo o que estava sentindo. Quando retornaram para casa já era tarde, mas eles não estavam cansados, apenas queriam desfrutar do que aquele dia ainda teria para eles.

Rafael fechou a porta atrás de si e antes que Helena se afastasse ele a trouxe em sua direção e beijou-a com intensidade e logo o beijo virou um prenuncio do que viria depois. Com ansiedade eles buscavam demonstrar com caricias tudo o que estavam sentindo.

_ Helena! Minha queria Helena, estava tão louco por te beijar assim.

Ela riu com uma sensualidade até então desconhecida para ela mesma, pois aquele beijo tinha despertado nela uma centelha de paixão.

_ Também te quero demais!

Dessa vez a iniciativa foi dela e demonstrando a ousadia que tinha começou a desfazer de sua roupa enquanto olhava para Rafael que não conseguiu se conter e a tomou em seus braços.

_ Deixe esse prazer para mim.

Ela teve seus lábios tocados pelo dele e logo depois Rafael a tomou no colo e seguiu rumo ao andar superior onde ficava o quarto e não teriam mais como fugir e ela nem queria! Tudo o que mais desejava era perseguir e se entregar totalmente, pois era tão bom está nos braços dele e sentir seu corpo transmitir aquela paixão que havia descoberto. Mas apesar de tudo ainda era difícil afastar da mente o medo e se sentiu esmorecer.

Rafael percebeu o corpo dela enrijecer e para afastar o temor tocou de leve com as mãos nos fios de cabelo dela, pois não queria que ela sentisse medo e sim que se entregasse sem reservas.

_ Está tudo bem meu amor... _ disse ele beijando-a na nuca e viu que ela desfrutava daquela caricia, pois ela pressionava o lábio inferior com força como se estivesse contendo-se.

Nossa! Era tão bom sentir aquelas caricias e ela não conseguiu resistir e se entregou cada vez mais. À medida que fazia isso, o beijo foi se intensificando até o ponto em que ambos ficaram arfantes e ele se afastou um pouco segurando o rosto dela entre as mãos e disse:

_ Eu te amo, Helena!

Ela também estava com a respiração ofegante, mas segurando o rosto de Rafael fez com que ele a encarasse.

_ Rafael eu também te amo... e você nem imagina o quanto.

Pronto! Não tinha mais medo de dizer o que sentia e que agora tudo ficasse a cargo do que tinha que ser! Ela o fitou e Rafael tinha um riso bobo nos lábios e logo a beijou de modo carinhoso como se quisesse tirar de uma vez por todos os fantasmas que cercavam eles.

_ Sua boba, porque você fugiu do que eu já sabia?

_ Eu tive medo.

_ E agora você tem medo?

Ela gesticulou em negativa e sussurrou:

_ Agora tenho você e sinto algo estranho... E como se eu fosse capaz de tudo. Sabe como é isso?

_ Pode crer que sei sim.

O modo que ele a beijou foi carinhoso e suave e lentamente ele começou a se desfazer de sua roupa e Helena da dele. O corpo dela tremia, pois tudo era tão diferente de quando estava com Antonio que sempre era tão bruto, mas Rafael era tão atencioso em esperar que ela desse o primeiro sinal de que poderia seguir.

Quando sentiu o toque suave dos lábios dele em seu ventre um arrepio percorreu seu corpo e ela fechou os olhos se entregando à ele . Lentamente se desfez totalmente das roupas que vestia e antes ele segurou seu rosto e a fitou nos olhos perguntando:

_ Tudo bem?

Se sentindo tímida ela assentiu e Rafael riu beijando-a e deitando sobre seu corpo e lentamente as mãos dele passeavam em seu corpo numa carícia torturante e ao mesmo tempo tão maravilhosa que queria viver aquilo com intensidade.

Sem mais receios se deixou guiar por Rafael que tinha uma maior experiência e então o ato de amor se deu entre eles. Enquanto estavam ali naquela conexão silenciosa entre seus corpos ela sentiu algo tão bom, já que nunca havia experimentado isso com ninguém, era como se seu corpo estivesse tão leve e uma alegria tão grande lhe invadiu por isso deixou que lágrimas rolassem em seu rosto.

Ao ver que ela estava chorando Rafael a fitou se sentindo confuso, pois aquela tinha sido a maior experiência em toda sua vida.

_ Você se arrependeu?

_ Não! E que eu nuca senti isso e... É como se meu corpo fosse explodir de felicidade. Obrigada Rafael.

_ Por quê?

_ Porque eu nunca vivi isso... A vida me ensinou coisas duras, mas você me ensinou o que é amor. _ Ela se lançou nos braços dele e Rafael a apertou forte ao sentir que ela tremia e por alguns segundos ficaram assim.

_ Fico feliz por ter te dado esse presente então.

Helena dormiu se sentindo tão leve enquanto que Rafael apenas vigiava seu sono em silêncio. Não conseguia colocar em ordem tudo o que estava se passando dentro dele, pois tinha planejado aquela situação, mas não conseguia pensar em deixar aqueles braços tão aconchegantes.

Não podia ser emocional justamente no momento final! Mas era impossível não se deixar envolver por aquele momento maravilhoso porque nunca tinha partilhado de algo tão mágico com nenhuma outra mulher. Com ela foi diferente, houve uma paixão que ainda não conhecia. Olhou para ela e ajeitou alguns fios de cabelo atrás da orelha e lentamente acariciou a face dela que dormia profundamente com a cabeça apoiada em seus braços.

Rafael se levantou lentamente e se vestiu em silêncio para que ela não acordasse. Pegou o notebook de trabalho que apenas ele tinha acesso e por alguns minutos permaneceu pensando nas palavras que Helena havia dito “A vida me ensinou coisas duras, mas você me ensinou o que é amor...” Nunca tinha lhe perguntado nada sobre sua vida anterior ao casamento com seu pai.

Talvez se ela tivesse estudado ou tido uma chance a vida poderia ser diferente, mas nem todos tinham a sorte de nascer um herdeiro de uma das maiores famílias de Portugal! Mas porque de repente tinha começado a desenvolver afeição por aquela mulher? Sabia muito bem que ela era uma interesseira que tinha se metido com seu pai apenas pensando na fortuna, mas os dias dela estavam contados!

Como tinha planejado tudo com bastante cuidado tratou de conseguiu uma boa filmagem do que tinha acontecido entre eles durante a visita noturna na casa dele onde ela confessava que o que sentia. Além de algumas fotos deles durante o passei ali em Ericeira.

Com todo aquilo ela não tinha como se defender e teria que sair de uma vez por todas da vida de Antonio, ainda que seu pai o odiasse por aquilo, jamais se arrependeria de ter livrado aquela família de uma grande golpista.

Outra vez aquela voz veio a sua mente “Eu vou morrer... Mas aquela mulher não pode ficar com teu pai...”Tinha feito uma promessa a si mesmo que mostraria a verdadeira face de Helena, então assim seria! Ele salvou o vídeo e fechou o notebook e sem pensar mais partiu daquele lugar sem olhar para trás!

Helena sentiu o calor do sol em seu rosto e abriu os olhos para olhar no relógio e se espantou ao ver que eram oito da manhã. Não era seu costume dormir tanto assim, mas há tempos que não sentia seu corpo tão relaxado. Olhou envolta a procura de Rafael e supôs que talvez ele estivesse na cozinha, mas para sua surpresa ele não estava!

Por isso logo começou a sentir uma ansiedade e nervosismo e preferiu deixar as horas passarem até ele chegar, só que chegou meio dia e nada de Rafael. Então agora realmente sentiu medo de que algo tivesse acontecido, por isso pegou o celular e ligou para casa em busca do telefone dele.

_ Oi Mel, você tem o numero do Rafael?

_ Mas ele não está com a senhora?

_ Depois eu explico, mas me passa o número dele, por favor.

Após anotar o número ele desligou e ligou em seguida para ele só que apenas caia na caixa postal e então algo que talvez tivesse realmente acontecido algo. Estava muito aflita, pois não sabia como retornar para casa já que estava sem dinheiro. Levando as duas mãos à cabeça ela sentou na tentativa de se aclamar foi nessa hora que viu um pequeno papel branco sobre a mesa. Era uma carta de Rafael!

As palavras eram poucas, mas pelo que percebeu, ele havia retornado para Lisboa. Mas tinha lhe deixado sozinha? O que estava acontecendo? Varias perguntas lhe vierem a mente, mas apenas uma parecia obvia demais! Talvez tivesse se enganado e tudo aquilo dia lindo foi apenas sua imaginação. Pedia que não fosse!

***


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Notas finais do capítulo

Parece que realmente o Rafael levou a vingança a sério.. Qual a consequência disso para a vida deles? Só no próximo capitulo que até o final da semana estarei trazendo.

Obrigada a todos que estão acompanhando.



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