O Nosso Amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 17
Enfrentando a Realidade.




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Assim que Helena entrou no quarto Antonio veio logo atrás e bateu a porta com força e em seguida a segurou pelo cabelo e lhe pressionou contra aporta. Quando ela o fitou em seus olhos percebeu que a fúria que o consumia.

_ Eu avisei Helena!

_ Eu juro que não fiz nada... Nós apenas fumos ao cinema porque eu queria muito e...

Ele não deixou que ela concluísse, pois a pegou pelos braços e lhe jogou sobre a cama. Helena em comparação a Antonio era pequena demais e por isso não se atrevia a fugir, apesar do medo que sentiu quando ele pressionou as duas mãos em seu pescoço e ela sentiu o ar faltar.

_ Eu juro que não faço mais isso.

Lágrimas do pânico que a consumia naquele momento já que sabia o que ele poderia fazer.

_ Prometo que quando sair da empresa eu venho direto para casa e...

Mas ele não queria ouvir. Então segurando seu cabelo com força fez com que ela o fitasse e disse friamente:

_ Eu avisei uma vez! Não ouse me trair ou você morre!

Antonio se desfez de sua blusa com rapidez e ela virou o rosto quando ele tentou beijá-la.

_ Por favor, não... _ Ela suplicou já sabendo aonde isso os levaria e detestava os momentos ele que ele exigia seus direitos de marido, apesar de suas lagrimas para que não o fizesse. Mas ele não parou e segurando seu o rosto a beijou com raiva tanto que seus lábios ficaram doloridos. Logo em seguida ele se debruçou sobre o corpo dela e passou a acareá-la com agressividade e as marcas da agressividade se tornavam evidente.

Helena se debatia na tentativa de se soltar dos braços dele até que ela conseguiu e saiu correndo em direção ao banheiro e trancou a porta, mas ele não aprecia se importar nenhum pouco com isso e disse:

_ Você sabe que não pode fugir! Você está presa a mim. Eu te comprei, e eu sou teu dono. Nunca se esqueça disso!

Com o rosto banhado de lágrimas e o corpo tremulo Helena apoiou a costa sobre a porta para ter certeza de que ele não entraria caso tentasse entrar no banheiro, mas os minutos passaram e houve silencio no quarto. Ela sentou no chão e levou as duas mãos ao rosto em sinal de desespero, pois a coisa que ela mais queria era fugir. Sumir daquele lugar! Mas toda vez se lembrava daquela maldita divida e da casa que estava nas mãos de Antonio!

Ela saiu do banheiro e o quarto estava vazio e deu graças por aquilo então houve uma batida de leve na porta e o coração dela bateu devido à adrenalina já que pensou que fosse seu marido retornando, mas ao ouvir a voz de Melissa sentiu alívio.

_ Posso entrar?

_ Pode sim, Melissa.

Ela entrou no quarto e ao ver o rosto inchado da patroa se espantou e correu em sua direção para saber o que havia acontecido.

_ O que houve?

Ela relatou as sucessivas situações de abuso que vinha sofrendo ao longo desses nove meses tudo por causa de sua vida que estava nas mãos de Antonio e por isso ele a ameaçava expulsar Maura e sua irmã pequena e deixá-las na rua, isso sem contar as outras ameaças que ele havia feito de até matá-las, coisa que não duvidava que ele fosse capaz.

_ Eu não fazia idéia.

_ Você não imagina o que é viver esse inferno todo dia. Eu sinto que ele nunca vai me liberar dessa maldita prisão!

_ Você já tentou falar com o Armando? Ele pode...

_ Não posso! Eu tenho medo do que o Antonio pode fazer e também não tenho garantias que o Armando vá me ajudar. A minha esperança é quitar logo essa divida e eu ficar livre desse casamento.

_ Até do Rafael?

Helena levantou o olhar para a moça e pensou “Talvez nunca conseguisse se livrar das lembranças de Rafael, pois sempre que recordava do toque suave de seus lábios aquela centelha de paixão se acendia dentro dela” Nunca tinha vivido algo assim com ninguém!

_ Acho que isso jamais aconteceria porque ele se tornou algo mais forte do que eu havia imaginado.

_ Talvez o seu Rafael possa te ajudar...

Ela gesticulou em negativa, pois não tinha essa mesma esperança.

_ Talvez ele também se sinta algo. Ainda agora ele e seu Armando estavam discutindo e cheguei a escutar eles falarem no seu nome.

Helena suspirou, pois se sentia cansada de tudo aquilo. O que sempre sonhou foi uma família que a amasse, mas tinha caído naquele lugar onde todos parecia mais se odiar.

_ Onde eles estão?

_ O seu Armando está no quarto porque viaja cedo e o Rafael esse ai não sei onde se meteu.

_ E o Antonio?

_ Esse saiu feito fera! Não sei onde ele foi. Mas deixou avisado que precisava sair com urgência e não iria retornar hoje.

Ela deu graças e então pegou a roupa de banho.

_ Vou tomar uma ducha e cair na cama. Preciso deixar minha cabeça em ordem ou então eu enlouqueço. Boa noite Mel.

_ Boa noite.

No dia seguinte era final de semana por isso ela não se preocupou em ter que acordar cedo. Apesar da hora avançada relutou muito em sair da cama, mas como não poderia ficar ali o dia todo, teve que levantar! Bocejando e esfregando os olhos ela foi se arrastando até o banheiro onde tomou um banho rápido para poder espantar a preguiça e depois desceu para o café.

Notou que estava sozinha em casa e teria que tomar café sem sua habitual companhia, por isso relaxou e depois aproveitou para pegar um pouco de sol já que nadar estava fora de questão!

Colocou uma saída de praia sobre o biquíni e foi em direção à piscina aproveitar o sol que naquele dia estava ótimo. Um barulho no alto a da arvora a distraiu e ela saiu a procura de quem fazia aquilo então viu um pequeno gatinho na árvore que chorava para descer.

Helena não era mais uma garota que subia em árvores, mas ainda lembrava vagamente como se fazia, por isso com esforço subiu nos galhos até que alcançou o pequeno animalzinho.

_ Que sapeca você, não é menina?

A gatinha miou e ela ajudou o animal a descer, mas quando chegava próximo ao chão escorregou e foi em direção ao chão onde caiu sentada. Apesar do susto ela riu, pois a um bom tempo não fazia isso, mas logo a mão começou a arder e ela viu que estava sangrando então apenas limpou o sangramento na roupa.

_ Agora você menina, vamos achar um lugar pra você!

Ela viu o animal e reconheceu como sendo a gatinha de Marcela. Depois que a garota tinha ido para o colégio, Antonio deixou bem claro que não a queria mais ali, por isso teria que ser um local onde ela pudesse ficar sem que ninguém a visse. Foi então que se lembrou que tinha uma coberta na parte de traz da casa.

Caminhou em direção ao local e arrumou um cantinho para o felino.

_ Você vai ficar aqui, viu? Logo vou encontrar um lugar pra você.

Como se entendesse o que ela falava o animal se esfregou em suas penas e ela riu e foi em direção a casa onde conseguiu um pouco de leite para o gatinho. Quando colou o alimento no pratinho a gata atacou demonstrando que estava com muita fome.

_ Quando vi você sair com aquele leite pensei: “Aonde essa maluca vai?” Mas estão o que eu vejo?

Ela virou o corpo para se deparar com Rafael rindo da cena que via.

_ Oi Rafael. Achei a gatinha da Marcela engatada na árvore _ ela riu quando viu o animal se lambuzar todo no leite _ Apenas dei algo pra ela comer.

_ Não conhecia esse lado seu.

Helena pensou em dizer que ele não conhecia muita coisa sobre ela, mas se limitou a ficar calada e tentar se afastar dele que havia se aproximado demais, mas não contava com o azar e acabou tropeçando na pedra só que antes que seu corpo tivesse contato com o chão ele foi amparado por Rafael que rapidamente a segurou.

_ Cuidado!

_ Eu sou uma tonta mesmo, desculpe.

Quando ela foi se desvencilhar dos braços dele, Rafael tinha outros planos e a apertou mais sobre seu corpo e pôde sentir que ele não pretendia deixá-la ir. A mão dele lentamente tocou de leve em seu rosto e os lábios dele se aproximaram do dela. Helena umedeceu os lábios na expectativa de ser beijada, mas ele apenas encostou sua testa à dela e disse próximo o seu ouvido:

_ Eu sei que você também quer isso, mas da ultima vez eu prometi que somente a beijaria se você me pedisse.

Como ele poderia torturá-la daquele jeito? Estava louca para beijá-lo e saciar a vontade de está junto com ele novamente, mas ele a afastou de si. Então ela estendeu a mão e o impediu de ir embora e criando coragem deixou sair por seus lábios tudo o que se passava em seu coração.

_ Por favor, não vai!

Quando Rafael se voltou de frente ele a trouxe em sua direção tomando seus lábios aos dela em um beijo intenso e apaixonado. Ela não queria fugir! Ela apenas queria se entregar para aquele sentimento que explodia dentro do seu peito.

_ Eu quero ficar com você Rafael, eu te amo!

Ele olhava para Helena e sentia uma alegria tão grande ao ouvir aquelas palavras e foi como se tivesse ganhado o presente mais belo.

_ Eu também estou apaixonado por você e a única coisa que penso é poder está junto com você.

_ Mas eu tenho medo do que possa acontecer...

_ Eu sei o que você está temerosa, mas vamos deixar isso e pensar no que estamos sentido. Vamos para longe daqui!

_ Mas...

_ Por favor, vamos esquecer tudo e apenas viver isso, nem que seja apenas uma vez! Tudo bem?

Apesar de sentir medo e pensar nas conseqüências ela assentiu concordando com ele que abriu um sorriso de alegria.

_ Vou está te esperando na saída. Pegue pouca coisa o que a gente precisar compra depois.

_ Aonde nós vamos?

Ele a beijou e riu dizendo “Surpresa!”

Da ultima vez que ele disse isso tinham ido para a casa dele, mas suspeitava que dessa vez seria diferente.

***


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