Os dias se passavam e o meu medo aumentava, meu irmão encontrou nisso um jeito de me assustar e minha amizade com Plushbear aumentava, pois cada vez eu precisava mais de alguém para conversar.

Certa manhã eu estava no meu quarto como sempre e a campainha tocou, fui até a escada e me escondi entre os corrimões pra ver quem era... era o Fritz com aquele jeito culto e educado de sempre falou:

— Boa tarde senhora, eu sou Fritz Smith o segurança da Fredbear’s, mas e não vim a mando do Sr. Fazbear mesmo que ele esteja muito preocupado com seu filho... — Ela o deixou entrar.

— Sinto muito pelo acidente... Ninguém deveria ter visto aquele homem principalmente daquele jeito. Ele já recebeu alta no hospital e recebeu uma indenização de Charles.

— Vou chamar Carlos com licença...

— Espere... Eu vim aqui para falar com a senhora, acidentes acontecem não deixe que isso influencie em seu filho, deixe-o ir visitar o restaurante...

— Acho que essa ideia é inútil já que meu filho não quer mais ir lá. Ele agora tem medo dos robôs, o acidente deixou um trauma nele. — Fritz se expressava triste e preocupado. Eu via através daquele rosto enigmático dele, mas minha mãe não via o que eu via... Ela achava que uma amizade entre um adulto e uma criança é perigosa, contudo sabia que Fritz era uma boa pessoa e que só queria me ajudar.

— Sinto muito... Eu tenho que ir, só vim para pedir avisar isso, dê meus cumprimentos ao garoto. — Ele saiu e minha mãe me viu na escada ouvindo a conversa.

— Toda vez que fechos os olhos eu vejo aquele moço com o Spring Bonnie, mamãe... O que eu faço para fazer isso acabar? — Perguntei. Ela olhou para mim com um olhar que me acalmava e falou:

— Não tenha medo querido, são apenas máquinas e não podem te ferir sabe por quê?

— Por quê? — Perguntei.

— Porque eu estou aqui contigo e seu irmão também. — Falando isso eu fiquei mais calmo e Henry passou por mim... Quando entrei no quarto ele trancou a porta me prendendo lá novamente...

— Para! Deixe-me sair! — Ele dessa vez fez de propósito, para me chatear. Ele não abriu a porta e ainda ficou rindo do outro lado... fui até o outro lado do cômodo e deitei-me nas pelúcias dos animatrônics...

— Snif! Esses são meus amigos... — Plushbear apareceu em minha cama e desta vez eu fiquei um pouco mais assustado com ele pelos simples motivo de que em minha mente várias risadas macabras ecoavam.

— O que ele fez dessa vez? Ele te trancou no quarto de novo... Não tenha medo. Eu estou aqui com você... — Aquelas risadas me deixavam tenso e com mais medo ainda, não era o Fredbear que conversava comigo nas horas difíceis. Ainda chorando comecei a andar pelo quarto em busca de algum lugar para fugir. O Plushbear não parava de me seguir com aqueles olhos que nunca vi antes, parece que ele mudou...

Fui até a porta e bati, bati e bati, mas ninguém abria ou ouvia então eu deitei no chão e chorei mais ainda.

— Minha mamãe, meu irmão, ninguém se importa comigo... Snif! — Falei isso e o Plushbear ainda me observando falou:

— Amanhã é um outro dia... — Meu melhor amigo, Plushbear estava diferente e eu não sabia o porquê.

— Por que fala sempre isso? — Gritei e fui até ele.

— Porque amanhã você pode mudar... é um outro dia. — Entendi o que quis dizer, que sempre há tempo para mudarmos nosso comportamento. Mamãe ouviu o grito e percebeu a porta trancada.

— Ele fez isso não foi? Vou conversar com ele, venha cá... — Ela me abraçou me acalmando.

— Tem certeza que não quer ir ao restaurante? Podemos ir lá pelo menos para comer alguma coisa. — Pensei muito por causa dos animatrônics, será que eles irão me machucar? Será que irão se descontrolar e ferir alguém? Resolvi tentar o medo e aceitei ir com minha mãe. Ela ficou feliz e então fomos... Quando chegamos lá não seguimos para a sala principal onde ficava o palco, seguimos para uma sala no outro lado.

Sentamos-nos à mesa e ouvimos a partir de uma caixa de som Charles falando:

— Bom dia a todos eu quero interromper o show um pouco para avisar que os novos animatrônics estão sendo expostos na sala 2, são totalmente modernos com o mais atual sistema e estarão em breve alegrando vocês na Fredbear’s... — Ao ouvir isso ou olhei para o canto da sala e vi os novos animatrônics lá. Estavam desligados, apenas para as pessoas verem quem será os futuros amigos das crianças.

— Mantenha a calma Carlos, eles estão desligados e não podem fazer nada com você. — Fiquei mais calmo por eles estarem desligados, mas quando me virei de volta o ator na fantasia do Fredbear estava conversando com alguém na mesa... Não aguentei, o medo me possuiu e gritei. Todos da mesa me olharam e então eu fui debaixo da mesa me “proteger”.

— Seu irmão é muito covarde... — Henry chegou à sala com aqueles amigos dele. Minha mãe me pegou e me levou para fora e me colocou no carro. Os amigos do Henry começaram a rir de mim e ele não falou nada, apenas ficou me olhando com uma cara de raiva por eu ter de alguma maneira envergonhar ele na frente dos garotos.

— Depois quero conversar com você em casa Henry... — Eu e minha mãe quando estávamos saindo, um carro roxo chegou... Dele desceu Fritz só que ele estava diferente. Estava mais sério que antes e não nos viu dentro do carro, portanto fomos embora.

...

— Por que você está tão sério Fritz? Aconteceu algo?

— Charles... A culpa do funcionário se machucar foi porque eu entrei no traje antes dele e provavelmente soltei a mola que causou o acidente. Acha que falar que ele sobreviveu é mesmo uma boa ideia?

— Não podemos chamar a atenção Fritz, logo agora que o local está em seu auge... Nada pode estragar o meu momento...