Five Nights at Freddy's 4: The Final Chapter escrita por Melehad


Capítulo 22
Capítulo 22: A Noite Nightmare...


Notas iniciais do capítulo

Antepenúltimo capítulo da história, nossa, ainda nem terminou e já estou triste por estar acabando.



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— Finalmente... — A noite final chegou e eu não sabia se ficava feliz ou com medo, Nightmare estava chegando da pior maneira possível... A última noite... Espero que consiga enfrentá-lo e vencê-lo para finalmente sair desse pesadelo terrível.

Estava sentindo algo estranho em mim, como um mau pressentimento que me consumia completamente. Perguntava-me se sobreviveria para revê-los, mesmo achando que não conseguiria, uma parte de meu coração dizia que era só acreditar que tudo ia ficar bem. Óbvio que não era tão fácil assim, eu tinha que encarar o maior desafio de minha vida e ele provavelmente não iria pegar leve comigo.

Abri meus olhos e estava no lugar de sempre, o chão enfestado de cinzas e com uma escuridão que deixava qualquer um morrendo de tensão e medo, sorte que tinha uma luz vindo do nada que me iluminava.

Despertei naquele cemitério de esperanças e comecei a olhar para um lado e para o outro a procura dele, Plushbear, ainda não perdi a fé de ele aparecer novamente e me ajudar, precisava de um apoio logo nessa noite.

Triste, eu me ajoelhei no chão e comecei a chorar, era a única coisa que eu poderia fazer no momento. Um barulho de vento me fez olhar para o lado e lá estavam eles, os meus amigos, os animatrônics só que estavam em forma de pelúcia, talvez para não me assustar. Eles estavam olhando para mim e uma coisa que me fez ficar feliz é que eles se aproximaram de mim e me abraçaram... E logo depois surgiu ele, eu sabia que ele voltaria e nunca me abandonaria...

— Plushbear... — Ele não veio até mim, apenas ficou no mesmo lugar que surgiu e começou a falar com uma voz diferente da sua:

Me desculpe... Você está quebrado... — Aquela voz... A pessoa se desculpando era meu irmão, sentia tanta falta dele que ao ouvir a sua voz doeu meu peito.

Nós ainda somos seus amigos, você ainda acredita nisso, não é? — Eram eles, Henry e seus amigos não me abandonaram e vieram se desculpar. Eles não tinham culpa, eles não sabiam o que poderia acontecer...

Eu ainda estou aqui... — Chorando mais ainda que antes, a tristeza de talvez nunca mais vê-los e a saudade bateram forte em meu coração e fazendo minha mente acreditar menos ainda que poderia enfrentar o desafio final. Eu olhei para as pelúcias e elas estavam desaparecendo, não queria que elas fossem embora, não tenho mais ninguém, por favor... Fiquem...

Eu vou te colocar de volta, juntos, nós não te esquecemos... — Todos desapareceram sobrando apenas eu e Plushbear naquele lugar mórbido. Ele veio até mim e eu o peguei no colo...

Amanhã é um novo dia, acredite... — Ele começou a desaparecer em meus braços, novamente estou sozinho, só a escuridão é a minha companhia.

— Por favor, não me deixem... Não... Vocês prometeram... — A luz acima de mim começou a sumir bem lentamente enquanto eu chorava um rio de lágrimas ajoelhado no chão à espera do meu pior pesadelo...

Noite Nightmare / 12 AM...

Meus olhos abriram de repente... Estava em meu quarto, pois reconheci o teto branco, olhei em volta assustado sem sair da minha cama... Estava escuro e minha lanterna não estava no mesmo lugar que sempre aparecia. No corredor direito eu ouvi um barulho, era um barulho alto como se alguma coisa pesada caiu fortemente no chão de madeira. Sabia que algo estava tentando chamar minha atenção para sair... Provavelmente Nightmare queria que eu saísse do quarto para me pegar, mas eu não vou sair.

A noite começou pra valer e agora é só esperar o Nightmare emitir algum ruído e saber em que parte da casa ele está... Fazendo o procedimento de antes, eu fechei os olhos focando apenas na audição e localizei o animatrônic, ele estava na porta direita. Fui até a entrada e lá estava o Nightmare olhando para mim pronto para me pegar, fechei a porta e encostei as costas me escorando, a porta estava tremendo, provavelmente ele estava tentando arrombar e entrar.

Em um momento ele parou de tentar entrar a força e eu sabia que ele mudou de posição... Armário! Fui até lá, a lanterna apareceu ao lado do armário então eu a liguei no Nightmare, realmente ele estava lá então fechei a porta e esperei alguns segundos antes de sair.

Estava com muito medo, sentia um mau pressentimento de que algo de ruim ia acontecer de qualquer jeito. Olhei a cama e a cabeça dele estava lá emitindo aquele som estático, liguei a luz na cara dele até a criatura sumir...

Você não vai conseguir... Você é fraco... — O jogo mental dele estava surtindo efeito, cada vez estava ficando mais nervoso e me desconcentrando mais.

Fraco... Inútil... Esquecido... — Encostei a minha cabeça na parede e fechei os olhos, essas palavras não saiam de minha mente.

— Para! Deixe-me em paz! — Gritei causando um eco em meu quarto.

Esquecido... Abandonado... — Estava sentindo uma raiva que estava me queimando por dentro, eu sabia que o Nightmare estava fazendo isso para me deixar assim, mas não conseguia me segurar.

Morto... — Eu não me aguentei, soltei um grito tão alto, tão alto que rachou o vidro dos quadros borrados do meu quarto. Fui até a porta esquerda e liguei a lanterna na cara dele e logo fechei a porta.

— Já disse para parar!!!

1 AM: Ele tentou me colocar medo, tentou me deixar triste e agora está tentando me deixar com raiva para eu perder o controle. Ele é esperto até demais, como ele pode ser tão inteligente assim? É só um pedaço de minha mente perturbada me pregando peças.

Nightmare não parava, sempre falando palavras que me deixava desmotivado ou raivoso...

— Para! — Corri até a porta direita novamente e esperei um pouco antes de ligar a lanterna. Ele parou de falar e isso me deu um certo alívio, mas agora o som de fundo era suas risadas longas e assustadoras. As risadas faziam o mesmo efeito das falas, me desconcentrar, pelo menos elas eram som de fundo e não vozes na minha cabeça.

O mau pressentimento retornou e veio junto com uma friagem que me arrepiou todo, barulhos nas paredes e um vento forte era o que via e sentia naquela noite de terror, Nightmare soube muito bem escolher um clima favorável a ele.

— Eu vou conseguir... Eu tenho que conseguir. — Estava ofegante e com uma ansiedade tremenda, estava quase a ponto de desmaiar por causa disso. O monstro parou um pouco de aparecer e eu estranhei, o que será que aconteceu? A luz da minha lanterna começou a falhar e sentia abaixo de mim um leve tremor como um mini terremoto de escala fraca.

— O que é isso? — Olhei pela porta direita e visualizei o corredor, ele estava normal, porém algo estava acontecendo do lado de fora... O tremor continuava e parecia que alguém estava batendo fortemente no chão, fui até a janela e ao invés de ver o campo perto de minha casa ou até mesmo o borrão roxo que via nas primeiras noites, o que estava lá era como se o campo estava rachando e os pedaços de terra estavam caindo em um buraco enorme, escuro e sem fim. As batidas começaram a ficar mais fortes e mais rápidas e a luz da minha lanterna voltou ao normal, então presumi que o Nightmare iria surgir também.

— Eu não intendo o que está acontecendo... Será que isso significa que... Não pode ser, estava tão perto... — Teorizei que o lado de fora sendo consumido por um enorme buraco e essas batidas forte poderiam mostrar que estava morrendo, já que isso não aconteceu antes. Comecei a chorar olhando as fotografias que antes mostravam a mim e minha família e agora mostra apenas um quadro branco... Minhas memórias morreram.

Sentei na minha cama e tentei me lembrar, fiz o máximo o possível, no entanto não conseguia me lembrar de muitas coisas que aconteceram comigo depois da festa. Charles, Henry e seus amigos, até mesmo Fritz, já desapareceram da minha vida...

2 AM: Sentia-me estranho... Estava meio desligado, ou seja, meio desatento ao meu objetivo. Olhava para um lado e para o outro e minha mente estava viajando, pensando em outra coisa. Estava lentamente perdendo os sentidos do meu corpo e cada vez mais perdia as esperanças de sair daqui...

— Por que não me deixou morrer logo? Por que eu tinha que sofrer isso ao invés de ir para o céu... Por quê?... — Levantei com raiva e comecei a quebrar tudo em meu quarto, as fotografias, o meu telefone de brinquedo, o meu ventilador, mas ao pegar o robozinho roxo eu me lembrei de Fritz... Ele não aceitaria que eu me entregasse, ele falaria para eu lutar pela liberdade e nunca desistir, pois quando acreditamos, nós conseguimos...

— Estou com tanta saudade... Por você e por todos, eu vou conseguir sair daqui e vê-los novamente... — Coloquei o brinquedo no lugar, magicamente as coisas que quebrei voltaram ao normal e Nightmare estava entrando no quarto, corri até lá e fechei a porta na cara dele. Ele mereceu.

Agora o armário... Ele estava lá e tradicionalmente vou e fecho a porta, só que não contava com ele aparecer na cama ao invés de aparecer na porta esquerda. Quando eu fui até o corredor esquerdo, o robô apareceu dentro do meu quarto e me segurou soltando aquele chiado.

Game Over garoto... — Olhando aqueles olhos vermelhos e brilhantes eu percebi que não tinha saída, pronto para me morder e dar o último Jumpscare, eu tinha que pensar em algo rápido se não queria estar em um caixão no fundo da terra. Aproveitando a minha estatura baixa, me soltei do braços do monstro, me agachando consegui passar por debaixo de suas pernas e corri até a porta direita.

Ao invés de fugir, eu saí do quarto e me encolhi perto da parede, um plano arriscado, porém poderia surtir efeito se feito da maneira correta. Nightmare veio até a porta e como eu pensei, ele veio para fora na intenção de me pegar, mas eu voltei ao quarto por trás dele e fechei a porta.

Esperto, mas só a esperteza não irá te ajudar a passar essa noite... — Abri a porta novamente e liguei a lanterna em sua busca, ele desapareceu em fumaça na minha frente e pelo barulho ele apareceu na porta esquerda...

3 AM: O tempo passava cada vez mais lento, parecia que era o próprio animatrônic que o controlava. Falando nisso, ele parou de dificultar um pouco... Era como se alguém tivesse abaixado a dificuldade da noite, ou será que sou eu que fiquei tão bom? Não é hora de me gabar, já que o problema era o Nightmare.

Ouvi algo estalando, não era o monstro, parecia ser algo se quebrando. Olhei atrás de minha cama e a parede estava rachando, a rachadura era bem pequena, mas provavelmente irá aumentar se for o que estou pensando...

Estou ficando sem tempo, se eu não vencer o Nightmare eu nunca mais vou acordar. Essas coisas estranhas acontecendo aqui são sinais de que minha mente não está mais suportando o coma... Eu irei morrer... Irei ficar sozinho, preso na escuridão até uma hora que o meu coração parar e finalmente me libertará desse lugar, porém isso pode demorar anos, décadas ou pior... Não quero imaginar enfrentar o Nightmare a minha vida toda.

— Talvez esteja certo, preciso fazer o animatrônic ficar ao meu lado como aconteceu com os outros, só que não sei como... — Se ele é uma parte minha tem que ser algo que me atormentava. Cada animatrônic representa o que sinto, Freddy é a dor, Bonnie é a perda, Chica provavelmente é a tristeza e Foxy a saudade por ele me lembrar do meu irmão. Mas Fredbear e Nightmare são o que complica, talvez o pesadelo não seja o medo... O medo é o Fredbear já que ele desferiu a mordida em mim.

— O que ele é? Tem que ser algo profundo por ele ser o mais difícil. — Talvez não seja uma representação direta a um sentimento, mas sim algo mais material... Como a morte. Nightmare é a morte, a representação da minha morte, por isso ele tem o Jumpscare diferente e toma a maior parte de minha mente.

Como posso vencer a morte? É praticamente impossível! Só poderei vencê-lo se eu viver, ou seja, acordar... Que confusão! A minha cabeça está explodindo! Ele disse que a noite é seu domínio e a única coisa que pode detê-lo é o amanhecer, então é só esperar dar as 6 AM? É muito óbvio, ele não vai deixar tão fácil para mim.

Se ele é o fim e eu ainda não morri, eu posso controlá-lo ou fazer pelo menos ele sumir... A verdade é que só eu, apenas eu posso vencê-lo e o Plushbear sabia disso, ele não está comigo porque só eu posso acabar com isso e decidir se vivo ou morro... E eu escolho ficar vivo.

4 AM: Nightmare voltou com força total agora que ele reparou que faltam duas horas para terminar a noite, ele deve estar furioso... Olhei a porta direita e liguei a lanterna, ele estava lá parado olhando para mim e pronto para atacar o quarto. Fecho a porta e aguardo os cinco segundos até ele sumir e desparecer novamente.

— Por que está tanto querendo me pegar? Por que quer tanto que eu me entregue a essa tortura eterna de te enfrentar pelo resto da minha vida? Responda minha pergunta! — Como sempre, sua cabeça surgiu na minha cama e eu direto lá ligando a luz na cara dele...

Você nunca mais irá acordar, desista, é mais fácil para nós dois... Lembre-se de tudo que aconteceu em sua vidinha miserável, lembre-se de seu irmão malvado e de todas suas travessuras que ele fez contigo, lembre-se de sua solidão, lembre-se de seu abandono, de seu acidente, de sua morte...

— Eu me lembro... Eu me lembro de ter um irmão travesso e irresponsável, mas que daria sua vida por mim se pudesse, eu lembro que meus amigos eram brinquedos, mas nunca me abandonaram, lembro-me de uma pessoa que me fez sorrir no mar de tristeza, lembro-me de um acidente que não foi proposital e lembro dos garotos se perdoando pelo que fizeram comigo... Tudo o que você falar não vai adiantar mais comigo, eu superei isso. Eu os perdoei, somos crianças e não aprendemos que uma simples brincadeira poderia machucar alguém...

Se seu irmão daria a vida dele pela sua, porque ele não deu? Porque ele não está no seu lugar? Você fala sobre perdão e superação, só que lá no fundo de seu coração você ainda sente a dor e a tristeza por estar aqui e sabe que a culpa foi deles... Você ainda quer vingança! Estou errado? — Ele estava certo, uma parte de mim, mesmo bem pequena queria que eles sofressem um pouco. Eu não queria que eles sofressem mais, só queria que eles sentissem a dor que eu sinto agora, que sinto aqui nesse lugar horrível.

— Você sabe que eu tenho um remorso, eu não minto, porém eu sou uma pessoa boa que mesmo com essa sensação consigo jogar esse sentimento para o fundo do meu peito e perdoá-los...

Você está morrendo, não adianta fugir do seu destino, de qualquer jeito eu vou vencer... Ou você morre aqui comigo ou você morre pelo coma.

— Eu não vou me entregar, pare com esse jogo mental que não adianta! Eu vou conseguir e você sabe disso, pois você nunca se preocupou em fazer isso antes, admita que está sem opções! Admita que não irá me pegar! — Um grito assustador ecoou não só em meu quarto, mas em toda a casa mostrando a indignação do Nightmare em relação a mim, parece que o jogo mental voltou-se a ele.

5 AM: A última hora... A decisão de tudo está bem na minha frente e eu só tenho que agarrá-la e não soltá-la até isso acabar. O animatrônic se mostrou sem saída, eu dominei tudo o que ele colocou para me deter, eu consegui vencer ele tantas vezes que já perdi a conta e agora tinha que ser a última chance...

Ele não podia me parar agora, estava indo com tudo em direção as 6 AM e até mesmo ele conheceu que perdeu, mas a única coisa que poderia acabar comigo era eu mesmo. O coma estava se espalhando, paredes rachando, tremores e memorias enfraquecendo eram sinais que estava sucumbindo à morte bem lentamente e o que ele disse antes, que de qualquer jeito eu ia morrer parecia ser bem evidente.

— Só tenho que aguentar... — O relógio estava indo cada vez mais devagar e as risadas do Nightmare estavam sendo substituída pelo apito do eletrocardiograma, a última hora eu não iria enfrentar o animatrônic, iria enfrentar o fim, a morte.

Os tremores e as batidas no chão aumentaram de frequência e agora já tinha certeza do que eram, eram as batidas do meu coração que ecoavam na minha cabeça. Tudo estava acabando, fragmentos do papel de parede de meu quarto estravam voando em meu quarto e as rachaduras cresceram quase desmoronando pedaços da madeira.

Engoli o medo e dei um fim a tudo de ruim que sentia, se era meu destino morrer, que eu morra tentando sair daqui e talvez em um futuro próximo eu reencontre minha família em outro lugar que não é tão assustador assim.

— Vamos terminar com isso... — O teto que parecia ser de gesso começou a rachar e quebrar só que os pedaços não caiam em direção ao chão, eles ficavam voando pelo quarto. Os corredores ao meu lado já não eram mais visíveis, provavelmente toda a casa já foi consumida pela minha mente e só sobrou meu quarto porque ainda estou aqui...

As duas portas laterais quebraram e um vento começou a sugar tudo de dentro do quarto para fora, consegui me manter firme no chão e tudo estava sendo consumido pelo grande buraco do lado de fora...

— Então esse é o fim... — O meu peito começou a doer só que dessa vez foi muito pior, era como uma sequência de facadas diretas em meu coração. Sentia uma falta de ar horrível, não conseguia respirar direito e estava perdendo minha visão...

O aparelho cada vez mais apitava devagar e de longe eu consegui ver algo entrando no quarto pela porta, tinha certeza que era o maldito Nightmare, parece que ele não desistiu. O animatrônic se segurou na parede e mesmo sendo sugado para dentro do abismo, ele ainda queria terminar comigo de uma vez por todas.

Eu não desisti ainda... — Me ajoelhei no chão por causa da enorme dor e agora para piorar, o local onde fui mordido também está causando um tremendo desconforto. Nightmare conseguiu entrar no quarto e agora usando seu peso a seu favor, começou a vir em minha direção lentamente...

Você é meu... — Ele chegou bem perto, me pegou brutalmente do chão e me ergueu no alto se preparando para dar o meu último Jumpscare...

— Vamos, acabe logo com isso... — Nightmare abriu sua enorme boca com aqueles dentes afiados e olhou bem para os meus olhos...

Você não sente medo? Antes você sentia tanto medo que eu ficava com pena, mas agora sumiu tudo do nada? Não importa, o que realmente importa agora é a sua morte e minha vitória. — Olhei profundamente em seus olhos vermelhos cor de sangue e ele tinha verdade, eu já perdi o medo dele, já perdi o medo da morte há muito tempo...

O monstro se preparou e foi em direção para me morder... Não fechei os olhos e nem implorei para me soltar, apenas fiquei confiante e até mesmo agora acreditava que poderia ficar tudo bem... O dente dele foi direto em minha cabeça e eu senti uma dor extrema, só que não foi tão ruim quanto a dele, os dentes do Nightmare quando tocaram em minha cabeça quebraram em mil pedaços e começaram a voar por aí...

Não é possível... Como você conseguiu?... — Ele começou a rachar em todo seu corpo e de suas rachaduras saiam uma luz tão forte que me cegava, realmente era o fim e nesse final eu consegui derrotá-lo.

Os dentes dele quebraram porque eu tinha perdido não o medo dele, mas sim o medo de morrer que era o que ele era, a morte. Do nada uma tosse surgiu me deixando tonto, não podia morrer agora, estou muito perto do fim... Eu já o derrotei... Passei a mão na minha cabeça e o local onde o Fredbear me mordeu na minha festa começou a sangrar.

Eu te avisei, você ia morrer de qualquer jeito e vai ficar preso nesse lugar até você morrer e espero que só morra quando estiver bem adulto para que sofra bastante! Você podia ter aceitado eu te matar, seria menos doloroso que isso... Isso! Se arrependa, eu sei o que você sente agora um remorso por não ter se rendido a mim... — O seu corpo todo estava rachado e eu tive a leve impressão de que se a última parte de seu corpo rachar ele irá explodir em mil pedaços e com certeza irá terminar comigo junto.

O seu pesadelo apenas começou... — Depois de estar completamente destruído, ele começou a brilhar e acertei bem em cheio, ele ia explodir. Não conseguia me mexer, todas as dores possíveis estavam me prendendo ali e não podia fugir ou me proteger... Aceitei a única opção que tinha que era apenas ficar parado e observar os fogos de artifícios.

Nightmare explodiu em um raio de luz enorme e ao mesmo tempo o eletrocardiograma apitou a minha morte... No momento da explosão, antes da luz me pegar eu olhei para o lado e o vi, Plushbear estava lá esse tempo todo me observando e parece que sempre estará...

— Obrigado... — Fechei os olhos e uma lágrima escorreu enquanto me lembrava de algumas coisas de meu passado... Quando ganhei o meu ursinho dourado de Charles, quando meu irmão veio se perdoar por ter me tratado ruim antes de minha festa, me lembro, agora eu vi a vida toda passando pela última vez diante dos meus olhos...

— Eu nunca vou esquecê-los... Eu... nu... nunca... vo.. vou... esquec...

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Notas finais do capítulo

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Até o próximo capítulo!