Five Nights at Freddy's 4: The Final Chapter escrita por Melehad


Capítulo 23
Capítulo 23: Vida ou Morte?...


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo! Próximo capítulo não será apenas o fim dessa história, será o fim de toda a saga de FNaF...



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Mas um dia de tristeza se iniciava na vida deles... Charles lentamente despertou de seu sono e enquanto acordava rezava para tudo ser um simples pesadelo, mas não era. Depois do grave acidente que o Fritz sofreu na pizzaria, ele começou a temer os animatrônics, eles poderiam machucar mais pessoas, até crianças, coisas que ele temia muito acontecer...

Fritz em mais uma noite intensa de trabalho acabou sofrendo um acidente terrível que poderia ser pior que a morte, os animatrônics o colocaram em um traje do Freddy e graças aos mecanismos complexos e fios dentro da roupa ele se feriu muito à ponto de ficar quase deformado, gritos de dor soaram como sinos macabros naquela noite e por sorte Charles e seu pai, Vincent, o socorreram... Os médicos falaram que ele não iria sobreviver por causa da gravidade dos ferimentos, mas Charles era persistente e esperançoso, ele contratou os melhores médicos e melhores tratamentos para curá-lo, porém nenhum médico disse que para salvá-lo iria ser muito arriscado, ele poderia morrer na mesa de cirurgia.

Charles despertou na cadeira fria do hospital, ele passou a noite em claro perto de seu amigo para não deixa-lo sozinho nesse inferno que se passava naquele dia. Charles sempre foi uma pessoa boa, se preocupava com os outros desde pequeno, houve uma época cruel para sua infância, quando um membro de sua família morreu e seu pai ficou depressivo, ele prometeu que mesmo nas dificuldades, sempre ser uma boa pessoa acima de tudo.

No momento ele pensava como os animatrônics poderiam ter feito isso, nenhum acidente desse porte aconteceu antes, ele não olhava com o mesmo olhar para o seus filhos robóticos, mas prometeu a si mesmo que encontraria o defeito e restauraria o causador desse ato acidental.

— Você vai conseguir amigo... Passamos por tantas coisas ruins, isso vai ser fácil para você, seja forte... — A porta do quarto se abriu e de lá saiu ele... Com aquela blusa branca meio amarelada, uma gravata borboleta rosa e um bigode bem arrumado, era Mark que depois de um bom tempo resolveu se encontrar com os velhos amigos e da pior maneira possível. Com um olhar triste e cansado, o velho amigo dos dois surgiu para dar sua força ao Fritz que estava desacordado na cama.

— Charles? — Perguntou Mark curioso com a presença do rival e amigo.

— Olá Mark, pensei que não viria ver Fritz, por causa de seu egoísmo e sua rivalidade de sempre. — Respondeu Charles nervoso com a presença do velho amigo que nunca mais apareceu desde o acidente de seu irmão. Se Charles soubesse o porquê de Mark ter se afastado, ele nunca iria falar desse jeito grosseiro com o amigo.

Mark também não viveu em uma época boa, seu pai era dono de uma pizzaria e por coincidência, rival de Vincent... Os dois garotos ficaram amigos em uma batalha não de rivalidade comercial, mas sim de um acidente que Charles e Mark tiveram que suportar quando crianças.

— Por favor, Charles, não vamos brigar agora ele precisa de nossa união e amizade agora. O passado fica para trás junto com nossas desavenças. — Ele aceitou, mas tinha um olhar torto por causa da visita de Mark.

Bem longe dali estava Henry, na minha casa com a cabeça debaixo do travesseiro pensando no que fez, na atitude que tomou, porém ele iria se arrepender muito mais depois...

— Se eu tivesse o avisado ele não estaria assim... Eu só queria que ele tomasse um susto, não estar agora em coma no hospital. Acho que a vingança pelo susto que ele me deu e a inveja de Carlos ter um amigo assim, encobriram a minha bondade e causou isso. — Por causa disso, crianças e várias pessoas, inclusive o próprio Fritz, irão sofrer a ira da dor e da morte.

Por coincidência, Fritz foi internado ao lado de meu quarto e finalmente estávamos ligados por um acidente, agora estávamos inseparáveis. Charles tinha esperanças de ele acordar, pois os seus órgãos não foram muito danificados e uma cirurgia mesmo complexa poderia salvá-lo desse coma.

— Eu sei o que fazer, vou fazer de tudo para salvá-lo... Fique aqui e cuide dele para mim. — Charles saiu e deixou Mark lá de olho no Fritz caso ocorra algo de ruim com ele. Surpreendentemente depois de Charles sair, a porta abriu devagar e Henry entrou segurando um pequeno vaso de flores igual a que tinha em meu quarto ao lado só que estas eram roxas, cor preferida de Fritz.

— Sr. FunCat posso falar com ele um pouco? — Perguntou Henry com um olhar triste. Mark saiu, meu irmão colocou o vaso de flores na mesinha ao lado da cama de Fritz e o observou todo enfaixado e dormente...

— Antes eu senti muita culpa e tristeza por você ter sofrido esse acidente, mas eu me lembrei do que você fez, a verdade é que eu sabia que os animatrônics estavam defeituosos. Sim, talvez se eu contasse para você essa cama estaria vazia, porém eu sabia que um susto não faria mal para você e o que não previ era que os robôs iriam quase te matar... Mas você mereceu um pouco seu assassino desgraçado. Espero que demore muito aí nesse coma e que sofra pelo Richard Fazbear, uma pessoa que tinha um futuro brilhante e você o matou e nem se arrependeu! — Quando ele terminou a frase, Fritz mesmo enfaixado abriu seus olhos e eles estavam completamente pretos com apenas a tradicional íris branca. Ele não estava em coma e olhou para Henry com um olhar de ódio e raiva constante como se depois de sair dali ele ia fazer uma coisa muito ruim.

— Você não está em coma... — Meu irmão deu um passo para trás espantado por falar aquilo achando que ele não ia ouvir e pior, para um possível assassino. Henry começou a ficar ofegante e sentiu um medo que nunca sentiu antes, olhando atentamente para aqueles olhos mortíferos e sanguinários ele percebeu que fez algo muito ruim arriscando sua vida quando Fritz se curar.

Com muita dificuldade de falar, pois sua garganta estava danificada, Fritz mesmo assim tentou falar sem desgrudar o seu olhar do meu irmão assustado...

E...eu vou... atrás de você... É melhor... fugir para bem longe... — Com certeza não era o mesmo homem roxo que conheci, não era aquele que perdoou Henry depois do que ele fez... Ele parecia ter uma sede eterna de sangue e mortes que futuramente ia transformar o significado de morte em outra palavra... Púrpura.

Henry saiu correndo enquanto Fritz se esforçava para dar a sua tradicional risada que arrepiava só de ouvir. As risadas ecoaram no quarto e na cabeça do meu irmão.

Ninguém sabia, mas dentro da cabeça de Fritz, no seu pesadelo, ele lutava contra a loucura e a dor para manter sua humanidade como estava acontecendo comigo no coma, se o Nightmare me pegasse, eu morreria ou ficaria louco ainda nessa idade tão jovem.

Henry estava indo ao meu quarto quando topou com uma pessoa, ele usava um terno preto com uma gravata vermelha, tinha um curativo na testa e um crachá de uma empresa, ele não viu direito o nome da empresa só viu do homem, que era Jeremy “Alguma coisa”.

Agora eu percebo que todas as pessoas envolvidas nessa tragédia estavam interligadas por algo, por que Jeremy estava no hospital logo naquele dia? Será que Fritz o escolheu para ser seu sucessor por ter visto ele no local e sentido que ele era a pessoa certa? Realmente agora depois de saber de toda a história, eu vejo que realmente a cabeça explode, parece ser até uma conspiração por trás de tudo.

Henry entrou no quarto escuro e mórbido me olhando de longe, ele já estava acostumado de me ver assim e por isso não se emocionou a ponto de chorar novamente. Ele foi até a cama e se perguntou o porquê da luz estar apagada. Ele pegou o Plushbear na cabeceira da cama e olhou bem para os seus olhos...

— Ele não merecia isso... Se eu pudesse fazer alguma coisa para ajudá-lo, com certeza faria sem hesitar... Como eu queria trocar de lugar com ele, meu irmãozinho não mereceu isso. — Meu irmão colocou de volta a pelúcia perto de mim, bem no meu peito e estava indo até a porta quando ela abriu... Eram eles, os amigos de Henry, aqueles mesmos que me colocaram na boca do Fredbear.

— O que estão fazendo aqui? Vocês não tem coração? Vão embora! — Henry não gostou da presença deles, nem eu gostaria que os culpados por essa desventura estivesse perto de mim. Mas eles não vieram aqui para brigar... O garoto que era representado pela máscara do Freddy se aproximou de meu irmão e disse:

— Por favor, nós viemos aqui para tentar reverter isso. Eu sei que o que eu fiz... Que todos nós fizemos foi cruel e irreversível, porém se eu pudesse trocaria de lugar com ele, como acredito que qualquer um daqui faria. — Henry abaixou o olhar e saiu da frente para entrarem, uma bela atitude que meu irmão tomou... Eu já os perdoei, éramos só crianças que não tínhamos compreensão no que poderia acontecer, mas não sei se Henry os perdoou de verdade.

— Olá amiguinho... Nós vimos aqui para pedir desculpas. — Falou o Bonnie.

— Nós não o abandonamos, sempre estaremos pertos... Você vai conseguir sair dessa, e quando conseguir acordar nós iremos ser grandes amigos, todos nós. — Falou o que era representado com a máscara da Chica. Agora só faltava falar o Freddy, ele se aproximou de mim e olhou bem para meus olhos fechados...

— Você está quebrado, sabe?... Nós ainda somos seus amigos... — Ele começou a se emocionar e continuou: — Eu sei que nós somos uns idiotas, mas você ainda acredita nisso? Ainda acredita que somos seus amigos?— Henry se aproximou da cama e ficou ao lado do Freddy...

— Eu ainda estou aqui, Carlos... Nós vamos te colocar de volta... Juntos, você irá conseguir irmão... — Todos estavam chorando, realmente eles se arrependeram pelos seus atos cruéis, por que não perdoá-los? Errar é um dos fatores que nos faz ser humanos e perdoar os erros dos outros é o que nos faz ser mais humanos ainda.

O silêncio foi quebrado... O eletrocardiograma indicou o meu destino. O meu coração parou enquanto ainda estava preso em meu pesadelo. O som de fundo não era mais a vida e sim a morte...

A porta abriu e de lá entrou Fritz, ele ouviu o aparelho de seu quarto e veio dar sua última despedida. Henry e os outros deram passagem para ele que mesmo com dificuldade para andar, conseguiu se levantar e sofrer essa dor para dar uma olhada em mim pela última vez...

Esse não era seu destino, você poderia ter vivido por tanto tempo... Você sempre achou que fui eu que te fez sorrir depois de sua vida começou a mudar, porém você me fez sorrir, mesmo parecendo normal eu estava em uma profunda tristeza antes de te conhecer... E agora irei ficar mais uma vez... Não sou bom com despedidas, nunca fui, mas quero que acredite que você estará em um lugar melhor que esse... Adeus amigo, eu nunca te esquecerei... — Fritz estava voltando ao seu quarto, entretanto antes de sair pela porta meu irmão tomou coragem, foi até ele e falou:

— Sempre te julguei pelo seu ato maníaco por ter feito aquela coisa ruim, contudo agora vejo que você realmente é o que Carlos sempre falava... Não queria dizer isso, mas obrigado por ter feito esses dias, dias maravilhosos para ele. — Ele não respondeu nada, apenas foi indo escorando as paredes até seu quarto com uma expressão séria em seu rosto. Fritz já não era mais o mesmo de antes, ele se tornou outra coisa...

Henry se aproximou novamente e as crianças ficaram atrás dele, as suas lágrimas escorriam e caia em minha cama, ele tirou os fios do eletrocardiograma que não parava de apitar do meu peito e desligou o aparelho...

— Não sei o que dizer... Desculpas é a única coisa que posso pedir, não queria que isso acontecesse com você e agora eu tenho, nós temos que aguentar essa culpa o resto da vida. — O Freddy chegou mais perto e olhou bem para meus olhos...

— Eu vou chamar o médico... — O Freddy saiu e os outros decidiram deixar Henry a sós comigo. Meu irmão entrou em uma profunda depressão naquele momento, os seus sentimentos estavam ficando instáveis e ele estava ficando paranoico.

— Por quê? Por que não eu? Ele era só uma criança, uma simples e inocente criança que poderia ter uma vida longa e próspera pela frente, sempre acontece isso com as melhores pessoas... — Henry se virou de costas e ajoelhou-se no chão frio enquanto chorava brutalmente, ele olhou para Plushbear e percebeu que seus pontos brancos haviam sumido de seus olhos pretos, ele pegou a pelúcia e a arremessou no chão em um momento de raiva e tristeza, a cartola roxa dele que era leve voou pela janela a fora e algo chamou sua atenção... Ele ouviu um barulho... Um barulho bem fraco vindo de minha boca, ele encostou seu ouvido perto de mim e ouviu uma fraca respiração, no momento ele paralisou e ficou pálido por achar que estava ficando louco, mas depois em um reflexo meus olhos abriram e eu me levantei ficando sentado na cama. Ofegante e não entendendo o que acabara de acontecer, meus olhos estavam cinza e não enxergava nada, porém a visão voltou ao normal depois e vi meu irmão pálido me observando com um olhar de surpresa.

— Henry? Onde eu estou? — Meu irmão voou em cima de mim com um grande abraço e na hora não soube o que aconteceu. A porta abriu, o médico tomou um susto deixando cair o estetoscópio no chão enquanto o garoto que usava a máscara do Freddy tremia quando me viu vivo novamente...

Eu tinha conseguido, eu consegui sair de meu coma e vencer o Nightmare, mas não sabia disso... Depois de alguns exames o doutor constatou que estava completamente saudável, ele disse que nunca viu uma recuperação tão rápida e até parecia ser um milagre. Minha mãe chegou e foi logo ao meu quarto, as crianças ficaram do lado de fora e também ficaram felizes antes da conversa com o médico...

Depois dos constantes abraços e dizeres de eu te amo, o doutor pediu para minha mãe e Henry saírem para conversar...

— Fiz uns exames e incrivelmente o menino está bem, apenas a ferida na cabeça é um problema só que irá melhorar rápido. O que me preocupa é que seu filho teve um efeito colateral ao coma intenso, depois de fazer umas perguntas e analisá-lo bem constatei que ele teve uma perda de memoria... Devido ao ferimento ter tocado uma parte de seu cérebro que controla a memoria, o menino perdeu a memória mais ou menos um pouco antes do soturno acidente que ele sofreu. — Explicou o médico.

— Mas ele ficará bem? Por favor, diga que sim... — Perguntou Henry com muita preocupação.

— Ficar bem ele irá, mas acredito que como a perda de memória é relacionada ao seu ferimento ele não deve se lembrar de nada que aconteceu. Talvez se ele se lembrar do dia que aconteceu a tragédia e se lembrar de coisas que aconteceram nessa época, acredito que isso irá causar um choque colateral em sua mente e pode acontecer o pior... Então é melhor fazer ele não se lembrar dessas coisas. — O médico falou que se eu me lembrasse de algo relacionado com a mordida como as crianças, Plushbear até mesmo Fritz, eu poderia entrar em coma de novo por causa do choque de memoria já que a parte que fui ferido foi o lóbulo frontal.

Sem memória e com minha mãe preocupada com as minhas lembranças, Henry falou com os garotos para não voltarem a me visitar e ninguém mais da família. Eles ficaram tristes, mas meu irmão parecia não ter mais coração, eles sofrendo lá e ele sério sem esboçar expressão alguma. Depois das crianças irem embora, ele cuidou precisamente de tudo para fazer eu não me lembrar do que aconteceu.

Ele pegou Plushbear que estava sem a cartola roxa e o escondeu debaixo da cama, qualquer indício do que aconteceu foi apagado do hospital...

— Acho que é melhor ele não saber... — Henry discutia consigo mesmo sobre contar a Fritz que sobrevivi, porém ele não quis avisá-lo com medo de ele fazer algo de ruim conosco e agora sei que talvez se Fritz soubesse que estava vivo, ele não iria ser o assassino que conhecemos agora.

Quando ganhei alta, que não foi muito tempo depois, antes de ir para casa meu irmão fez uma limpa em toda a residência se livrando das memórias ruins. Ele pegou o velho e vazio baú do papai que ficava em baixo da cama da mamãe e o abriu, o baú de ferro de aparência antiga continha dois cadeados e seria o suficiente para esconder tudo de mim...

O que ele colocou lá não se sabe, mas depois logo voltei ao meu lar com uma surpresa, uma pequena festa de aniversário atrasada com apenas uns amigos e parentes próximos.

A minha cicatriz em minha testa curou-se bem rápido, nem deu para perceber depois de alguns dias. Tudo estava muito bem esquecido e nossas vidas estavam bem tranquilas, por enquanto... Ao passar dos dolorosos anos para Henry, as crianças, e Charles, minha vida era como de um garoto normal... Charles tentou de tudo para ajudar Fritz a sobreviver e depois de bastante tentar ele conseguiu ajudá-lo a se recuperar, o meu amigo estava, finalmente, bem recuperado e nem sabia que estava vivo. Depois de saber que Fritz estava se recuperando, meu irmão se preocupou em ele vir atrás dele e dos seus velhos amigos.

— Estava indo tudo tão bem... — Lamuriou-se Henry. Ele tentou avisar as outras crianças sobre o que Fritz se tornou, mas já era tarde demais...

Em 1987, a época mais famosa dessa incrível história, estava tudo calmo... Fritz ainda não havia se manifestado e após, Charles finalmente havia criado outro estabelecimento que conseguiu ser mais famoso que o anterior.

Jeremy Fitzgerald, uma pessoa que mesmo um pouco ranzinza e séria, tinha um bom coração e conseguiu ser corrompido pelo Fritz, que se autodenominou Purple Guy, e causou os assassinatos mais famosos de todos os tempos. Mas meu amigo era esperto, ele queria fazer as crianças que me colocaram no Fredbear sofrerem, então ele o fez, mas de uma maneira diferente...

Quando já era tarde demais para Henry avisá-los, ele viu que estava em perigo e foi ficar uns dias com uns parentes de outra cidade. Receoso em chamar a polícia e ser morto, ele não os avisou, apenas fugiu sabendo que eu estaria bem já que ele não sabia que estava vivo...

Depois dos assassinatos acontecerem, mais uma vez eu fui atraído para aquele lugar. A Freddy Fazbear’s Pizza era tão incrível e novamente um animatrônic de lá chamou minha atenção... Foxy The Pirate.

O animatrônic pirata me encantou com aquelas histórias de batalhas, tesouros e navios. Como minha mãe não avisou a ninguém de lá sobre minha recuperação, Charles e Fritz não me reconheceram, no entanto senti que quando o segurança roxo me observou no show da raposa, uma memória bateu em seu coração frio.

Aí chegou aquele dia, o meu aniversário... Estava na plateia quando Toy Freddy me chamou e falou para ir até o palco:

Eu soube que tem um aniversariante na plateia... Venha aqui e fale seu nome menininho! — Eu subi no palco enquanto as outras crianças me aplaudiam e me encorajavam a ir até lá. Eu falei meu nome, mas Charles estava conversando com algumas pessoas e infelizmente não ouviu.

Estava tão feliz com aquilo, era como o sonho de minha vida se tornasse realidade. O mar de alegria transbordou quando as cortinas roxas da Pirate Cove se abriram e Foxy me chamou... Era meu herói chamando meu nome e indo brincar comigo.

— Você é meu herói, Capitão Foxy! — O que era antes um oceano de felicidade se transformou em um oceano de sangue. Essa era a minha última mordida e a que causaria o maior hematoma de minha vida... Primeiro Fredbear e depois o Foxy... A Mordida de 87 nasceu.

Caí no chão sangrando muito e com um enorme buraco em minha cabeça, o líquido escarlate escorria em meus olhos transformando minha visão em um terrível mar vermelho. Tremendo pelo grave ferimento e ainda mantendo meus olhos nas pessoas, vi as pessoas desesperadas, vi Jeremy sorrindo em um canto escuro da sala e vi minha mãe entrando na pizzaria se deparando com o que acabara de acontecer.

Charles paralisou, além de mais uma criança ser ferida por um de seus animatrônics, ele já iria saber mais tarde que essa criança era a mesma que sofreu a anterior.

A ambulância chega, os enfermeiros me colocam na maca e me levam até o hospital ao lado de minha preciosa mãe que estava completamente desnorteada...

Guarde esse nome na cabeça Charles Fazbear, lembre-se que você o matou... — Isso era o final de tudo, a última parte sólida do coração de Charles se rompeu ao relembrar-se de meu nome.

— Ele estava vivo... Por quê? Ele sempre foi uma boa criança e parece que sempre irá sofrer pela maldade dos outros. — Em um momento de clareza dentro da ambulância eu jurei ver mais alguém lá... Era um homem bem jovem, alto e vestia um terno cinza com uma gravata borboleta roxa. Ele olhava para meus olhos com uma expressão de tristeza...

Eu sempre estarei contigo... Amanhã será um novo dia, acredite...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!