Agora que Henry descobriu que Fritz matou o irmão de Charles, ele precisaria pensar se iria contar a verdade a Charles que Fritz é um assassino ou não contar nada...

— Meu Deus o que eu faço? Realmente é um segredo que acaba com aquele que sabe... Se Mark disse que se contasse algo para alguém o Fritz iria atrás dele isso também vale para mim. — Henry olhou-se no espelho e viu como estava abatido de cansaço, faz muito tempo que ele não conseguia dormir sem ter pesadelos horríveis comigo e com os animatrônics.

— É tudo culpa minha... Se eu não fosse tão idiota, você ainda estaria aqui. — Ele realmente estava muito arrependido por ter feito o acidente acontecer. Mesmo ele ter me defendido na hora, ele contribuiu uma parte para aqueles garotos me chatearem.

— Henry atenda a porta! — Grita minha mãe, a campainha estava tocando então meu irmão foi atender a porta:

— Sr. FunCat? O que está fazendo aqui? — Mark estava na porta com uma expressão preocupada e séria.

— Posso entrar? — Perguntou ele. Henry deixou e logo minha mãe foi tirar conclusões, mas meu irmão explicou tudo para ela que ficou mais calma.

— Deixe-me sentar aqui e... — Mark sentou no sofá e Henry no sofá oposto:

— Eu estou aqui, pois Fritz apareceu sem nenhum motivo na minha empresa apenas para conversar comigo. Acredito que ele está desconfiando de nossa conversa.

— Não é possível senhor, como ele saberia? — Perguntou Henry.

— Eu não sei, mas ele é esperto e sabe o que está fazendo. Ele planeja tudo antes de fazer o que quer, talvez por isso ainda esteja vivo. Se eu morrer o que ele vai dizer para minha família? Olhe... Eu vou contar a Charles tudo, tudo mesmo, e se der errado eu quero que você se proteja dele... Cuide-se garoto. — Depois da conversa ele foi embora deixando Henry mais perplexo ainda.

Fazia um bom tempo que Henry não tinha notícias dos garotos que causaram o acidente... O que será que aconteceu com eles depois de tudo? Ele não sabia, só sabia que não queria olhar mais para eles...

— Acho que já está na hora de visitá-lo... Ele deve estar precisando de uma visita. — Meu irmão pegou sua mochila, colocou o Plushbear nela foi pegar um ônibus até o hospital.

— Não se preocupe meu irmãozinho, eu não vou te abandonar... Nunca mais. — Ao chegar no hospital ele foi até meu quarto e entrou bem quieto... Ele colocou o Plushbear ao meu lado e me olhou naquele estado. O médico entrou na sala, pegou o estetoscópio colocando-o na nuca e aproveitando ele lá, Henry perguntou:

— Doutor ele está bem?

— Sim, mas seu irmão piorou, os batimentos cardíacos dele estão diminuindo cada vez mais e seu estado está ficando mais grave. — Quando meu irmão ouviu isso as esperanças dele caíram como um vaso de vidro se despedaçando no chão.

— Obrigado... — O médico saiu e Henry ficou me observando. Uma lágrima escorreu em seu rosto indicando a profunda tristeza que ele sentia naquele momento.

— Você vai conseguir você sempre consegue. Quando isso acabar vamos voltar para casa e eu vou te levar naquele parque de diversões que você queria tanto ir e vamos ter um dia maravilhoso... Vamos brincar, jogar jogos, comer muito e sacanear nosso vizinho chato que sempre fica tentando nos invejar dos seus brinquedos. — Ele estava chorando muito mesmo, as lágrimas estavam escorrendo em seu rosto e caindo na cama. Plushbear despertou e observou a cena... Seu olhar era como se ele sentisse o mesmo sentimento que eu e meu irmão sentíamos naquele momento.

— Não posso ficar aqui por muito tempo, mas eu vou voltar irmãozinho. Eu prometo que em qualquer lugar que eu estiver, mesmo longe, estarei contigo e sempre perto te observando. Snif! Eu nunca mais vou te abandonar. — Ele saiu do quarto e ficou um tempo parado na porta pensando. Quando ele resolveu ir embora, ele tomou um susto ao ver Fritz parado no final do corredor olhando para ele sorrindo.

— O que ele está fazendo aqui? — Henry quis entrar no quarto novamente, porém ao retornar o olhar ao corredor Fritz não estava mais lá.

— Acho que já estou começando a ficar louco... É muita coisa na minha vida. — Henry começou a andar até o elevador, mas antes de chegar lá, ele ouviu um barulho no almoxarifado... De lá alguém o puxou para dentro:

— Achou que era uma alucinação? Está muito enganado... — Fritz estava lá segurando Henry pelo braço e com seu sorriso medonho e seus olhos pretos com apenas a íris branca brilhando.

— Me solta! Socorro! — Henry tentava se soltar e gritar por ajuda, mas ninguém ouvia.

— Um passarinho roxo me contou que você sabe muitas coisas do meu passado, coisas que deveriam ser enterradas para sempre...

— Que você matou o irmão de Charles e ameaçou o Mark FunCat? Eu tinha razão desde o começo, você é um monstro! — O sorriso dele sumiu e de lá saiu uma expressão de raiva e ódio combinados com um toque de vingança, Fritz segurou o pescoço de Henry e começou a enforca-lo.

— Para! Argh! Socorr...o...

— Bons sonhos garoto, você irá precisar... — Henry desmaiou caindo no chão. Fritz o pegou colocando-o no seu ombro e cuidadosamente observou pela frecha da porta se havia alguém no corredor. No momento que a enfermeira saiu, Fritz correu para a escada de incêndio e desceu até o térreo.

Ele reparou que a recepção estava bem cheia, mas por sorte dele, estava quase na hora do almoço e os funcionários iriam trocar de turnos com outros, que daria tempo o suficiente para ele fugir com meu irmão.

— Espere aqui e fique quietinho... Eu vou dar uma olhada nas câmeras. — Fritz deixou Henry escondido atrás da escadaria e seguiu normalmente até a sala de segurança, onde um guarda vigiava tudo. Ele se aproximou devagar, bateu na porta e o segurança foi atender achando que não era nada.

— Olha se você trouxe a pizza errada eu... Quem é você e o que quer? — Na última palavra do guarda, Fritz deu um belo de um soco no cara o fazendo cair desmaiado no chão.

— Espero que você não se levante... — Fritz desligou as câmeras do hospital e colocou o sistema para reiniciar ligando as câmeras um bom tempo depois dele já ter saído. Estava tudo acontecendo como ele planeou só que ele deveria ter dado o soco um pouco mais forte... O guarda acordou e reparou o que aconteceu, ele pegou seu walkie-talkie e quando ele ia chamar os outros guardas, Fritz pegou a tesoura da mesa e a enfiou na barriga do pobre homem.

Ele caiu sufocando com seu sangue e Fritz estava lá olhando pra ele com uma maior calma do mundo:

— Eu falei para não se levantar, hoje não queria matar ninguém, contudo você praticamente pediu pra morrer não é? Então que vá... — Com as câmeras desligadas, Fritz pegou a tesoura que estava presa na barriga do cara, limpou na blusa do homem que ainda estava vivo e a guardou no bolso para evitar provas. O sinal tocou e os funcionários começaram a ir almoçar dando a oportunidade de ele fugir... Ele conseguiu chegar ao seu carro, colocou meu irmão lá e dirigiu para bem longe...

...

— Onde estou?... Que dor... — Henry acordou. Ele estava caído no chão frio e xadrez, era a Freddy Fazbear's Pizzeria. Meu irmão levantou ainda meio confuso e observou o lugar que estava todo escuro...

— Quem está ai? — As luzes acenderam e o lugar estava tudo normal, exceto pelo fato dos animatrônics não estarem no palco. E de lá mesmo as cortinas abriram e Henry se espantou com o que estava lá...

— Que bom que acordou... Vamos brincar? Hahaha....