Mandamentos de Kentin: como conquistar uma garota escrita por Brenda


Capítulo 11
Dica extra


Notas iniciais do capítulo

Adivinhem quem foi a tonta que esqueceu de postar os últimos dois capítulos no Nyah? Sim, fui eu. Sei de demorou de montão, mas tá aí. Ainda falta um capítulo aqui, mas ainda to me recuperando do fato da fic ter acabado.T-T Mas bom, queria agradecer os comentários amorzinhos do último capítulo porque não lembro se respondi todos. Sério, muito obrigada! ♥



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Dica extra: Esqueça um pouco os mandamentos. Você não precisa segui-los, pois não existe receita de bolo para o amor. Faça seus próprios mandamentos e vai ver que as coisas não são tão simples assim.

Gostaria de finalizar a história com uma grande lição de moral, com a cura do câncer, o número do celular do Castiel ou com um manual de como irritar a Ambre, mas não será possível. Queria finalizar também, contando o meu futuro com Lynn, poder falar que tivemos dois filhos e que Alexy e Armin foram os padrinhos, mas não será possível. Porém, não desanime, vou terminar da melhor forma que eu puder!

– - -

Em pouco tempo já se espalhou o boato de que estávamos namorando. As garotas pareciam felizes com a notícia, principalmente Rosa — a própria que ajudou Peggy a espalhar o boato. Entretanto, nem todos aceitaram tão bem assim. Tenho que lembrá-los que outras pessoas estavam atrás do coração de Lynn, então, naturalmente, nem todos se deram bem. Durante semanas seguidas recebi diversos olhares frustados, mas com o passar do tempo tudo foi se estabilizando. E por ser o último ano, não demorou muito para ocuparem suas mentes com outras preocupações. Começando por Armin, o que mais pirou. Suas notas não estavam nada legais e assim, ele tomou a decisão de deixar de lado os jogos. Foi difícil, estive acompanhando sua luta de perto e aguentando as crises de abstinência. No fim, se deu bem, conseguiu até mesmo alcançar a Melody em algumas matérias. Okay, foi somente uma matéria...e artes, mas mesmo assim, é algo incrível! E depois? Bom, ele voltou para seu único e verdadeiro amor: os jogos.

O Nathaniel se deu bem também, pelo que Peggy andou escrevendo, ele está namorando uma defensora dos animais. O Castiel e o Lysandre não parecem preocupados com faculdade, ambos querem seguir com a banda. E para a felicidade da mulherada, estão solteiros, podem mandar currículos. Alexy e Rosalya seguirão carreira no mundo da moda e já estão se achando os profissionais do pedaço; todos os dias aguento os dois reclamando de minhas roupas e dando dicas sem sentido. Iris vai ao baile de formatura com Armin, por falar nisso. Tenho esperança que role algo, pois já passou da hora do Armin saber o que é mulher de verdade. E sabe a Ambre mudada e tediosa? Já se foi, para nosso azar e diversão. E sim, ela voltou ainda mais insuportável. Admito que prefiro a Ambre deste jeito todo torto e que às vezes passa dos limites. Ouvimos boatos de que ela vai ser modelo, por isso abandonou a alma santa que a amou — ou que foi obrigado a amar — por tão pouco tempo. Alma esta que não chegamos a conhecer, mas que não pareceu muito chateado em não ser visto do lado de Ambre. Quem ficaria chateado com isso afinal?

No fundo, vou morrer de saudades de todos, até mesmo dos paqueras bonitões.

– - -

— Que tal: "Prometo que cuidarei muito bem de sua filha"? — minha mão começou a suar. Logo, até minha camiseta novinha e bem passada ficaria com pizza na parte das axilas.

— Não, muito clichê, Kentin — Lynn falou distraída, pouco se importando pro meu nervosismo.— Que tal: "Estou namorando sua filha"?

— Assim dá a impressão que não ligo para a opinião dele. Não parece que estou pedindo autorização — comecei a andar de um lado para o outro no quarto. Parecia que o pai dela resolveu demorar um século para chegar do trabalho. E sabe no que pensei? Pensei no acontecimento da sala, onde ele me pegou tentando beijar Lynn. Isto não ajudou a manter a calma.

— Kentin, acha mesmo que ele já não percebeu? Ou que mamãe não contou? — ela foi até mim e segurou minhas mãos.— Ele te conhece, você vive aqui, pra que tanta formalidade?

— Porque quero fazer tudo certo — depositei um beijo em sua mão.— Não quero que Philippe pense que estou me aproveitando de você. Se bem que, me aproveitar não seria má ideia.

Sorri com malicia, enquanto Lynn apenas me dava uma cotovelada, eu sei o que ela estava pensado: que sou um careta por querer pedir permissão pra namorar. Meu nervosismo subiu quando alguém bateu na porta, lá estava o chefão que precisaria enfrentar: o pai da minha namorada. Ao seu lado estava a mãe, com um grande sorriso. As mães sempre se divertiam com esses tipos de coisas.

— Quer falar comigo? — Philippe estava com cara de poucos amigos, engoli em seco o fato de ele estar com os punhos fechados. Ameaçador, bem ameaçador.

— Hã...eu...

E travei. Juro, não conseguia nem ao menos lembrar o que ia fazer naquele lugar. A sensação é como perder a memória por alguns segundos. Não desejo que nem que meu pior Dak...quero dizer, inimigo passe por isso.

Lynn bateu em minhas costa, tentando me despertar. Tombei um pouco para a frente, parecendo um pato.

— Parece que achamos alguém que te dê mais medo que o Castiel — falou, zombeteira. Ah, não, não deixaria ela falar assim.

— Para sua informação...

— "Você não tem medo, só quer evitar conflitos" — completou, imitando minha voz.

Novamente, me virei para Philippe, desta vez, decidido. Chega de fazer papel de idiota na frente do sogrão.

— Vim pedir a mão da sua filha em namoro.

Oh, que patético! Àquela foi de longe a pior frase da minha vida. Aí vai mais um conselho: nunca fale isto em voz alta. Muito menos ao lado da sua namorada que já te acha careta.

— O quê?! — ele levantou o punho, indignado.— Lucia, busque minha arma, por favor.

Acabei pulando para trás e tombando na cama mesmo tentando me manter em pé. Então, Philippe começou a gargalhar, seguido por Lynn e Lucia. Continuei ali, jogado, confuso, sem saber se ria junto ou se pulava da janela.

— Já sabia que estavam namorando, garoto. Não nasci ontem — ele caminhou até mim e me deu a mão, colocando-me em pé.— Parabéns, mas lembre-se: andar de mãos dadas só depois de um ano de namoro. E que a cena que vi na sala não se repita pelos próximos 30 anos. E sim, tenho mesmo uma espingarda.

Aquilo pareceu bem sério. Engoli em seco e tentei sorrir, mas minha boca estava trêmula demais e meu sorriso virou uma careta estranha.

— Philippe, você está assustando o garoto! — falou Lucia.

Assustar é pouco, Lucia, bem pouco.

Ela se virou para mim e completou: — Ele está brincando, querido. Menos na parte da espingarda, temos uma aqui para...

— Tudo bem, terminou a reunião — Lynn empurrou os pais para fora do quarto, acabando com o discurso de Lucia. Logo depois, fechou a porta, um pouco mal humorada. Ou melhor: trancou a porta. Oh.— Kentin...

E pulou em mim, me derrubando novamente na cama, desta vez, com ela por cima. Lynn me encheu de beijos, e naquele momento, fiz uma mini respectiva de tudo o que passamos juntos para chegar até ali.

— Você foi incrível — disse ela. Sabia que estava falando aquilo só para me animar. Ela mordeu meu pescoço e foi em direção ao meu ouvido, sussurrando:

— Você é incrível — mordeu minha orelha, e então, fez algo inusitado: desceu até a bainha da minha camisa e a ergueu, começando a beijar meu abdômen. Seu corpo estava meio empinado, me dando uma bela visão dali. Pude sentir não somente meu rosto esquentar, mas também outros lugares...

— E sabe no que andei pensando ultimamente? — ela perguntou, mordendo a região perto do umbigo. Não consegui juntar palavras suficientes para responder.— Que você voltou extremamente sexy do colégio militar.

Aquilo também era pra me animar, e como me animou! Não precisava falar mais nada, pois entendi o recado. A puxei para mim novamente e beijei. Quando percebi, minhas mãos estavam em sua cintura, e logo desceu para seu glúteo; ela respondeu tentando colar ainda mais nossos corpos, me dando a impressão de estar sendo puxado para dentro dela. E sério, sem trocadilho.

Levantei sua camiseta preta e a tirei por cima da cabeça. Ela ergueu os braços para ajudar. De sutiã dourado e de renda, analisei seu corpo delicado, devorando-a com o olhar. De tanto imaginar, finalmente eu estava aí, vendo tudo. Fiquei esperando sua reação. E ela agiu colocando a mão no fecho de minha calça e me ajudando a tirá-la, depois, fizemos o mesmo com minha camiseta. Ficar nu já não era um problema para mim. Com uma onda de calor me invadindo, não demorei nem mais um segundo para voltar a beijá-la de forma ainda mais intensa, enquanto arrancava sua calça. As unhas de Lynn passeavam por minhas costas e eu me segurava para não fazer barulhos. Afinal, a arma do meu sogro ainda estava por aí.

Sem delongas, tirei seu sutiã e desci meu beijo para seu pescoço, mordiscando o local com delicadeza. Com certo receio, minhas mãos foram até seus seios, mas Lynn não pareceu ligar, então, acariciei o lugar, depois, desci meus beijos até lá. Uma mão ficou responsável pelas carícias, enquanto minha boca se responsabilizava pelo restante. E ela, afobada, apenas terminou de tirar sua última peça de roupa; eu a inverti de posição, colocando-a por baixo e terminado de trilhar meus beijos até sua barriga, onde fiz questão de descer dando lambidas e fazendo vingança, e de lá continuei...

— Te amo, Kentin — sussurrou Lynn, com voz rouca. Ergui meu olhar para ver seu rosto corado. Preferi não falar nada, e assim que meus beijos alcançaram sua virilha, respondi continuando meu trabalho ali. Suas mãos agarraram meus cabelos quando alcancei o lugar que desejava. Ela arfou, e eu me agarrei a suas coxas tentando afastá-las umas das outras ainda mais. Lynn não pareceu nada relutante, muito pelo contrário, seu quadril começou a se movimentar no ritmo da minha língua.

Era estranho, mas eu me sentia pronto para fazer o que fosse. Assim, sem largar Lynn, também tirei minha última peça de roupa.

— Kentin...— a voz fraca chamava. Ela me agarrou pela nuca, me fazendo voltar até sua boca. E então, suas pernas se encaixaram no meu quadril, e eu novamente entendi o recado.
Mas bom, isso não se chama "Mandamentos para conquistar uma garota na cama".

– - -
Minutos depois, ainda deitados, algo importante se passou por minha cabeça. Interrompi o carinho que fazia em seus cabelos.

— Hey, Lynn. Se você não era a menina de branco e não apareceu no vídeo de Peggy, onde exatamente você estava?

Ela continuou deitada em meu peito e permaneceu em silêncio, achei que tivesse caído no sono. Mas por fim, suspirou.

— Ah, estava um pouco ocupada. Sabe, ocupada com alguém — ela se ergueu e me olhou.

Sua voz tinha um tom divertido. Minha boca se abriu em surpresa, então meu motivo de ciúmes não foi tão em vão.

— Beijou alguém àquela noite? — perguntei, começando a ficar neurótico.— Quem?!

— Nathaniel, Castiel ou algum outro paquera — minha boca abriu ainda mais —, foi algum deles. Não acha que você seria o único paquera a merecer um beijo, né? Afinal, todos se esforçaram da mesmo forma.

Seu tom brincalhão me deixou desconfiado. Ela apenas riu da minha cara de gente pasma. Sabia que pelo menos parte daquilo era verdade, pois as gravações de Peggy mostravam que Armin, Dake e Lysandre estavam ocupados àquela noite. Só sobrava Nathaniel e Castiel mesmo.

— Me fala, quem foi a menina que te beijou? — perguntou Lynn, sorrindo de forma estranha.

— Não sei. Ao contrário de você, eu não tinha nenhuma paquera — ela riu.

— E seu eu falar que sei quem foi?

A verdade é que talvez eu saiba, ficou um pouco claro depois das gravações de Peggy, então, chutei:

— Foi você, não foi? Você era a mascarada, Lynn?

A garota parou de sorrir e me lançou um olhar sombrio.

— Tire suas próprias conclusões, posso ter beijado você, assim como posso ter beijado Nathaniel ou o Castiel. Assim como posso ter beijado os três — ela falou de maneira séria, o que me deixou nervoso. Estaria ou não mentindo?

Faria sentido ser Lynn a linda bailarina de vestido verde. Aquele beijo foi especial, assim como nosso primeiro beijo no parque, onde tive a impressão de reconhecimento. Mas também não fazia, porque ela acabou de dizer que pode ter beijado outro cara. Eram tantas possibilidades...a primeira é: se Lynn fosse a mascarada, porque logo Castiel e Nathaniel sumiram? Mas, caso Lynn tenha beijado algum deles, fica a dúvida de quem seria minha mascarada e onde estaria o outro paquera que sobrou. Entretanto, Nathaniel está namorando, ele poderia estar com a namorada àquela noite, não poderia? Não sei, mas a ideia que Lynn tenha beijado Castiel não me animou. E se fosse possível, minha cabeça estaria pegando fogo de tanto juntar as peças que pareciam não acabar.

— Bom, então esse vai ser nosso segredo. O único entre nós, tudo bem? — ela propôs.

— Tudo ótimo — suspirei, cansado. Já não importava mais quem havia me beijado ou quem havia beijado Lynn ou se nós tínhamos nos beijado àquela noite; tudo é passado.

Simplesmente puxei o cobertor e mergulhei para dentro dele, levando Lynn junto comigo. A espingarda de Philippe não me parecia tão má.

E é assim que a história acaba para vocês. Aqui estão os mandamentos e a chave para o sucesso amoroso. Ou o fracasso, isto só depende de como vão encarar e fazer as coisas.


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