Como recuperar o tempo perdido? escrita por bells


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Pequeno desabafo: Gente, eu sempre reclama das escritoras que largavam as historias no mei, mas agora que criei coragem de postar uma eu entende porque muitas desistem. Eu adoro o comentario da maioria das leitoras, muitas de vocês são muito fofas e eu agradeço pelos comentario. Eu não e importo com criticas, principalmente se são construtivas, mas alguns comentarios são realmente desanimadores.
Eu sei que não dá pra agradar todo mundo, mesmo porque essa não é minha intenção, só queria ter a experiencia. Eu tinha penssado em fazer uma historia mais comprida, mas já recebi tantas criticas, que estou perdendo a vontade de postar. Não vou largar a historia no meio, mesmo porque detesto que faz isso, mas não vai ser como eu imaginei inicialmente.
Agradeço muito pelos comentario, espero que ninguém se sinta ofendida pelo meu desabafo, só queria compartilhar meu desconforto.

Espero que gostem do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633978/chapter/16

A felicidade que estou sentindo neste momento pode ser apenas comprada com a que eu senti quando a Sofia. A emoção que sento ao ouvir meus filhos me chamando de pai não pode ser explicado com palavras, é algo incrível e único. Saí da casa da Ana um pouco chateado, mas não foi o bastante para arruinar minha felicidade. Voltei para casa planejando todas as coisas que eu faria com meus filhos. Tinha tanto coisa que eu precisava fazer, começando por arrumar o quarto de meus filhos no meu apartamento, me preocupei em deixar tudo perfeito no apartamento deles, que acabei esquecendo que eles deveriam ter um espaço na minha casa.

A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi manda um e-mail para Andreia, eu precisava chamar os decoradores que arrumaram tudo no apartamento da Ana para poder reformar os quartos aqui em casa, queria tudo pronto este final de semana. Meu departamento estava vazio e escuro, Sofia estava com a mãe e os empregados já deveriam estar dormindo. Nunca me importei com ficar sozinho, mas desde que Sofia nasceu e depois de conhecer Noah e Emma, eu comecei a me sentir solitário. Os momentos que eu passava com meus filhos eram cheios de alegria, ficar longe deles era como se deixasse um pedacinho de mim junto com eles. Meu sonho é poder ter meus três filhos morando comigo e eu iria lutar para que as coisas fossem, assim.

[...]

Era domingo e tinha acordado muito animado, depois de minha corrida matinal, fui pegar a Sofia na casa da mãe, essa semana ela ficaria comigo. Como de costume, Elena não estava mais em casa, deveria estar no cabelereiro ou fazendo compras. Peguei Sofia no colo e Taylor pegou sua bolça. Chegamos em casa e fui direto ao quarto de minha filha, lá nos deitamos em seu tapete e ficamos rodeados de brinquedos.

_O que vamos fazer hoje, filha? – Perguntei para Sofia que brincava de jogar os brinquedos para o ar.

_Papa papa papa. – Disse jogando brinquedos na minha direção.

_Quer brincar de jogar brinquedos no papai? – Disse fazendo cosquinhas nela. Sofia se jogou no chão e começou a rir. _Sabe, princesa. Você tem dois irmãos, Emma e Noah. Eles são maravilhosos, assim como você. E ontem o papai contou a verdade para eles. – Sofia olhava pra mim sem entender minhas palavras, mas mesmo assim eu continuei. _Vocês vão se ver com mais frequência, daqui a pouco vou ter vocês três, aqui, pertinho de mim, sempre.

Continuei brincando com a Sofia por mais tempo, ela parecia cheia de energia, assim como Emma e Noah ontem. Nesse momento eu me vi imaginando os três brincando juntos, correndo em um jardim atrás de uma bola. Mal podia esperar para que isso acontecesse. Em quanto mais pensava, mais eu queria que isso acontecesse, foi então que decidi ligar para Anastásia, talvez pudéssemos fazer alguma coisa com os meninos. Liguei para Ana, mas ela já tinha planos com os meninos, queria aproveitar o restante das férias dela com os meninos e eu não iria tirar isso dela, então decidi deixar de lado e passar o dia com a minha filha. Sofia e eu tivemos um ótimo dia, fomos ao parque, almoçamos fora e assistimos seus filmes favoritos. Eram quase as seis da tarde quando Gail, minha empregada, bateu na porta.

_Desculpe senhor, mas o perteiro anunciou que a senhora Elena está subindo. – Mas que diabos Elena queria? Sofia ficaria comigo a semana inteira, ela não deveria estar aqui.

_Pode deixar, Gail, já estou descendo. – Respirei fundo e desci as escadas com Sofia no colo.

Quando cheguei no andar de baixo Elena estava de pé, ao lado da cozinha, como um rosto não muito agradável.

_O que está fazendo aqui, Elena? – Perguntei sem paciência. Elena não respondeu minha pergunta, apenas andou até mim, com ódio no rosto.

_Quando pensava me contar que tinha outros filhos, Christian? – Perguntou me deixando sem palavras. Como demônios ela sabia disso? Eu não pensava contar nada até ter todos os documentos terminados.

_Como você ficou sabendo disso? – Perguntei sem intenção de esconder nada, no final das contas teria que dizer a verdade em algum momento.

_Isso não importa! – Gritou assustando Sofia, que se encolheu em meu colo.

_Primeiro abaixa o tom, porque você está na minha casa e está assustando a minha filha. – Ela pareceu entender e se calou. Chamei Gail e pedi que levasse Sofia ao quarto. Assim que Gail se foi a discussão continuou.

_Agora você vai ter que me explicar algumas coisas! – Disse apontando pra mim.

_Eu não tenho porque te explicar nada sobre a minha vida. Não somo mais casados, lembra? – Respondi com raiva.

_É ai que você se engana, se está relacionado com a minha filha eu tenho direito de saber.

_E desde quando você se importa com alguma coisa relacionada com a Sofia?

_Claro que eu me importa com ela! – Respondeu, mais baixo desta vez.

_Não me faça rir. O único motivo para você querer a guarda da Sofia é para me manter preso e infernizar minha vida, mas isso logo vai acabar.

_Você não sabe de nada, Christian. Foi você que arruinou nossa família. Você e seu amor ridículo por aquela vadia! – Gritou.

_Não se atreva a falar desse jeito da Anastásia na minha frente! Ela é mil vezes mais mulher que você, e uma mãe muito melhor! – Gritei cheio de raiva.

_Então é assim? Agora você vai defender aquela mulher só porque ela te deu dois bastardos?! – Ela estava mesmo querendo me tirar do sério.

_É a última vez que eu peço para você controlar seu vocabulário. Se desrespeitar meus filhos e Anastásia mais uma vez vou esquecer que você é mulher e mãe da minha filha.

_Que bom que você lembra que eu sou mãe da sua filha, ultimamente parece que você esqueceu disso. Você me trata como se eu não fosse ninguém!

_Para de drama, Elena. Você sabe que nosso casamento nunca foi de verdade, você sabe que eu nunca te amei, mas mesmo assim tentei ter um bom relacionamento com você. A única responsável da nossa situação atual é você. Foi você quem fez a nossa convivência um inferno! – Disse o que já estava cansado de falar.

_Nos podemos tentar de novo, Christian. – Disse mudando completamente, agora parecia um cordeirinho indefeso. _Podemos fazer dar certo desta vez, temos uma filha, ela merece uma família.

_Sim, ela merece uma família de verdade e eu pretendo dar isso à ela, mas não com você.

_E o que você pretende, casar com aquela mulher e criar nossa filha? – Perguntou voltando a ser a Elena que eu conhecia. _Pode sonhar! Por que eu nunca vou permitir isso, antes morta! – Gritou.

_Eu faço o que eu quiser com a minha vida, Elena. E vou fazer o que achar melhor para minha filha e o melhor pra ela é ficar longe de você!

_Você é um maldito bastardo! Mas eu juro que as coisas não vão ficar assim, Christian. Escuta o que eu vou dizer, você não vai ser feliz, não com aquela vadia e seus bastardos! – Gritou me tirando do sério.

_Eu quero você fora da minha casa neste exato momento, ou meus seguranças vão te arrastar até a rua! – Gritei fazendo um sinal para que Taylor abrisse a portar. _E saiba que Sofia não vai mais voltar com você, meus advogados conseguiram a custodia dela até o julgamento e depois disso ela será só minha! – Disse me virando.

_Você vai me pagar, Christian Grey! EU PROMETO! – Gritou e logo em seguida ouvi a porta batendo.

Só Elena para conseguir arruinar meu dia. Essa mulher era maluca e eu percebi isso assim que nos casamos, mas graças a meu pai não consegui me separar antes. Voltei para o segundo andar e encontrei Sofia brincando com Gail no chão. Agradeci pelas paredes reforçadas do apartamento, eram muito boas para abafar os sons, não queria que minha filha ouvisse nossa briga, mesmo não entendendo nada.

_Obrigado, Gail, mas já pode se retirar.

_De nada, senhor Grey. Se precisar de alguma coisa é só chamar. – Disse e saiu do quarto.

_Agora você vai ficar com o papai pra sempre, princesa. Não vou deixar que a maluca da sua mãe se aproxime de você. – Disse pegando-a no colo. _Você merece uma mãe melhor, meu amor, uma mãe como a Ana. – Disse pensativo. Como eu queria que Ana fosse a mãe da Sofia, que fossemos uma família, mas, infelizmente, as coisas não eram assim. O destino brincou com a nossas vidas e nos levou por caminhos diferentes. _Eu prometo que um dia teremos uma família linda e grande, princesa. Eu, você, Anastásia e seus irmãos!

[...]

A semana seguinte foi um pouco agitada, Sofia permaneceria comigo e não por apenas uma semana, então teria que procurar uma babá, Gail cuidaria dela por enquanto, mas ela já tem muitas responsabilidades e vai precisar de ajuda. Sem contar as reformas que estou fazendo no apartamento, queria deixar tudo perfeito para meus filhos, o projeto incluía um quarto de jogos e quartos para os três. Pensei em comprar uma casa, mas acho que por enquanto ficaremos aqui.

A pesar de ter muito trabalho, sempre reservava um tempo para visitar meus filhos e levava Sofia comigo. Emma e Noah adoravam brincar com a irmã e Sofia estava começando a se sentir mais confortável com eles, o que me deixava feliz. As coisas entre eu e a Ana continuavam iguais, apenas conversávamos sobre as crianças e ela se livrava de mim assim que podia. Tentei, mais algumas vezes, explicar pra ela o que tinha acontecido anos atrás, mas ela se recusava a me ouvir dizendo que era coisas do passado e que não tinha mais importância. Isso me deixava irado, eu queria explicar o que tinha acontecido, queria que ela entendesse meus motivos e que me perdoasse. Mas pelo visto teria que esperar mais um pouco. Não queria pressiona-la, Elliot tinha razão, ela precisava de espaço e tempo e eu esperaria o tempo que fosse necessário, mesmo tendo que suportar vê-la com aquele imbecil. Também consegui resolver os papeis dos meus filhos, bastou apenas uma assinatura da Anastásia e os meninos eram oficialmente meus filhos. Agora eles eram Noah e Emma Steel Grey.

No final de semana as reformas tinham terminado, os quartos estavam prontos e o apartamento todo tinha sido modificado para que as crianças pudessem brincar sem se machucar, Emma e Noah gostam de correr e Sofia está começando a andar, então achei necessário deixar tudo seguro. Assim que tudo esteve pronto juntei coragem para ligar para Ana e pedir para ficar com os meninos no final de semana.

_Alô? – Disse Ana assim que atendeu o telefone.

_Oi, Anastásia. Tudo bem? Como estão as crianças? – Perguntei como sempre.

_Eles estão bem, estou indo pegar os dois na creche.

_Manda um beijo pra eles. – Disse sorrindo.

_Ana, eu queria te pedir uma coisa.

_Pode falar.

_Já terminei com as reformas no meu apartamento e queria saber se poderia ficar com os meninos este final de semana. – Disse de uma vez. Ana e eu já tínhamos falado sobre isso, mas não chegamos a nenhum acordo. Ana demorou um pouco para responder.

_Este final de semana? – Perguntou insegura.

_Sim, queria passar um final de semana com eles.

_Christian, você tem certeza que consegue cuidar de três crianças sozinho?

_Eu dou conta. Além do mais não vou estar sozinho, a senhora Jones vai estar aqui e estou pensando em contratar uma babá. – Respondi.

_Bom, tudo bem... se você acha que dá conta acho que não vai ter nenhum problema. – Disse um pouco insegura.

_Obrigado! Eu prometo que vai dar tudo certo. Posso pegar os meninos depois do trabalho?

_Pode, vou arrumar as coisas dos meninos e deixar tudo pronto.

_Obrigado, de novo, Anastásia.

_Tudo bem, só não faça eu me arrepender. – Disse desconfiada.

_Jamais. – Respondi e desliguei o telefone.

Estava tão animado que queria terminar logo meu trabalho e correr a apartamento de Ana, mal podia esperar pelo final de semana. Fiz tudo o que tinha que fazer, peguei minhas coisas e pedi à Andreia que não queria ser incomodado durante o final de semana, resolveria tudo na segunda. Saí correndo da empresa, Taylor me esperava do lado de fora como tinha pedido. Dirigimos até o apartamento de Ana, entrei e subi até o andar como sempre fazia. Toquei a campainha e segundo depois Ana apareceu na porta.

_Oi, Anastásia.

_Oi, Christian, pode entrar. Os meninos estão terminando de arrumar suas coisas. Eu arrumei quase tudo, mas aparentemente não era o bastante. – Disse resmungando, o que me fez rir.

_Não precisava de nada disso, eu fiz questão de equipar o apartamento com tudo.

_Bom saber que está preparado, mas crianças costumam ter objetos preferidos, brinquedos, cobertores e até roupa.

_Vou lembrar disso. – Respondi.

_Papai! – Gritaram meus filhos que vinham correndo pelo corredor carregando um monte de coisas.

_Oi meus amores! – Disse me agachando e pegando os dois no colo.

_Estão prontos? – Perguntei.

_Sim! A gente tlousse tudo! – Respondeu Emma.

_Eu percebi.

_Acho que vocês exageraram um pouco. – Disse Ana. _Vocês não precisam disso tudo, é só um final de semana, filhos.

_A mãe de vocês tem razão. Além do mais o papai comprou algumas coisas pra vocês.

_Selio? – Perguntou Noah.

_Sim, assim vocês tem coisas com a sua mãe e coisas na casa do papai.

_Ta bom. – Responderam os dois.

_Podem escolher um brinquedo para levar e o resto fica aqui. Tudo bem? – Disse Ana negociando, os dois balançaram a cabeça e abriram as mochilas à procura de seus brinquedos. Assim que acharam o que queriam as crianças voltaram correndo.

_Estamos plontos! – Disse Noah sendo seguido pela irmã.

_Então podemos ir! – Disse feliz, mas Anastásia pareceu incomodada. Senti como ela se remexeu ao meu lado. Ela se agachou ficando da altura dos meninos e is chamou para perto.

_Quero que vocês obedeçam o pai de vocês e que se comportem, OK? – Disse parecendo triste. Os dois balançaram a cabeça e abraçaram a mãe.

_Vai com a gente mamãe! – Disse Emma.

_Não meu amor, mamãe tem que ficar aqui, vocês vão ficar com o pai de vocês.

_Polque? – Perguntou Noah. _Papai, a mamãe pode ir também, não pode? – Claro que ela podia, era o que eu mais queria, mas antes de que eu cometesse o erro de dizer essas palavras, Ana falou.

_Amor, a mamãe já falou que não pode. Eu vou fazer companhia para a tia Kate, lembra? – Perguntou e Noah balançou a cabeça._Tenho certeza que vocês vão se divertir muito com o pai de vocês e na segunda eu estarei aqui esperando por vocês. – Ambos balançaram a cabeça e deram um beijo nela. _Tenham um bom final de semana, meus amores!

_Tchau, mamãe. – Disseram os dois.

_Tchau, Anastásia. Eles vão ficar bem, eu prometo. E pode me ligar quando quiser falar com eles.

_Eu sei que eles vão estar bem. Me liga se acontecer alguma coisa, qualquer coisa. Os remédios da Emma estão na mochila dela, no bolso da frente. Coloquei os horarias dentro da caixa e ela precisa comer alguma coisa antes de cada remédio, pode ser um biscoito, sanduiche ou uma vitamina... – Disse tudo rapidamente.

_Anastásia, eu já sei tudo isso, você me mandou um e-mail, lembra?

_Eu sei, desculpa. Nunca fiquei tanto tempo longe deles. – Admitiu triste.

_Tudo bem, prometo te ligar se algo acontecer. Eu vou deixar eles na creche na segunda, se quiser posso pega-los e traze-los de tarde.

_Não precisa, posso passar por eles depois do trabalho.

_Tudo bem, até logo Anastásia.

_Até, bom final de semana. – Disse e fechou a porta assim que entramos no elevador. Antes da porta fechar, pude notar o rosto de tristeza de Anastásia. Me partia o coração vê-la desse jeito. Queria que as coisas fossem diferentes, queria que estivéssemos juntos, que pudéssemos passar o final de semana como uma família. Mas eu precisava de tempo com meus filhos queria poder participar da vida deles de forma mais ativa.

Botei meus filhos em suas cadeirinhas dentro do carro e me sentei no meio deles. Taylor dirigiu de vagar até o Escala. As crianças fizeram perguntas o caminho inteiro. Sobre o apartamento, seus quartos e sobre o que faríamos no final de semana. Quando chegamos fomos recebidos por Gail e Sofia que estava sem eu colo. Sofia sorria e esticava seus bracinhos em minha direção.

_Oi princesinha! – Disse pegando-a no colo. _Papai tem um presente pra você! Olha que veio com comigo. – Me agachei para que os meninos pudessem ver a Emma.

_Oi Sofia! – Disseram Emma e Noah. Sofia apenas bateu palminhas e riu.

_Meninos, esta é a senhora Jones, ela trabalha aqui em casa. – Disse apontando para Gail que permanecia de pé.

_Oi crianças, vocês são muito lindos. – Disse emocionada. Já tinha mostrado algumas fotos para Gail, ela dizia que os dois pareciam muito comigo, a pesar de achar que a Emma é a cara da mãe.

_Oi – Disseram os dois tímidos.

_Eu preparei um lanche para vocês. Seu pai me falou que vocês gostam de leite achocolatado. – Na mesma hora a timidez sumiu e um sorriso se formou no rosto dos dois.

_Primeiro vamos deixar as coisas nos quartos e depois podemos lanchar.

Com a ajuda de Gail, levei os meninos até o segundo andar, onde se encontravam os quartos dos três. Ana disse que Noah e Emma ainda dormem juntos, mas mesmo assim achei melhor fazer um quarto para cada um, Sofia já tinha o dela há muito tempo, apenas fiz algumas mudanças.

Emma e Noah amaram seus quartos, eles eram parecidos aos do apartamento de Ana. Eles esqueceram do lanche por alguns minutos enquanto admiravam os quartos, mas não durou muito, Noah lembrou do lanche e quase nos arrastou até a cozinha.

Estávamos os quatro sentados na mesa, Emma, Noah e Sofia em suas cadeirinhas e eu estava na frente dos três. Gail me ajudou na hora de comer, já que não conseguia lidar com a bagunça de Noah e Sofia ao mesmo tempo. Emma, por outro lado, comia sozinha e sem fazer muita bagunça. Assim que terminaram o lanche decidi dar banho nos três, a banheira do meu quarto era grande o bastante, então achei que daria conta. Mas me arrependi nos primeiros 3 minutos.

Bota-los na banheira foi fácil, tirei as roupas de Emma e Noah primeiro, deixando a Sofia por último, mas assim que os três estiveram dentro a bagunça começou. Sofia começou a bater na agua, molhando os irmãos, o que Noah considerou um ataque, então começou a jogar agua de volta. Emma não sabia muito bem de que lado estava, então jogava agua para todos os lados, me colocando no meio da disputa. Despois de alguns minutos de guerra desisti de dar um banho de verdade neles, então os tirei da banheira. Tive que pedir a ajuda da Gail para troca-los, já que eram três e eu estava ensopado. Deixei Gail com os meninos e corri ao meu armário para trocar de roupa, peguei uma calça moletom e uma blusa branca, quando voltei, Gail já tinha vestido Emma e Sofia. Como ela conseguiu? Pensei.

_Obrigado, Gail.

_De nada, senhor. Precisa de mais alguma coisa?

_Não, pode ir descansar. Eu me viro com os três monstrinhos.

_Boa noite, senhor. Boa noite crianças.

_Boa noite. – Respondi e as crianças também. Gail saiu do quarto me deixando sozinho com meus filhos.

_O que acham de assistir um desenho antes de dormir? – Perguntei.

_Sim! – Responderam juntos. Me ajeitei na cama com Emma e Noah a cada lado; e Sofia deitada em cima de mim. Coloquei um canal de desenhos e as crianças começaram a assistir. Emma e Noah discutiam sobre o desenho, Sofia apenas assistia e sorria quando acontecia algo engraçado. Não demorou muito para Sofia dormisse, falei para os meninos que ficassem no quarto enquanto colocava Sofia no berço. Assim como todas as noites, coloquei minha filha no berço e dei um beijo nela, que se remexeu um pouco, mas continuou dormindo. Quando voltei Emma e Noah continuava na mesma posição.

_Está na hora de dormir, pequenos. – Informei.

_Mas não to com sono. – Disse Noah bocejando.

_Claro que não. – Disse rindo e pagando os dois no colo. _Vamos lá, não querem dormir na cama nova? – Nenhum dos dois respondeu, apenas encostaram a cabeça no meu ombro, claro sinal que já estavam morrendo de sono. Levei os dois até o quarto da Emma, que era o mais próximo. Um dia eles deveriam dormir nos próprios quartos, tinha que conversar sobre isso com a Ana, mas por enquanto dormiriam juntos. Os arrumei na cama e fui pegar o livro do pequeno príncipe, que tinha comprado pra eles. Os dois estavam quase dormindo, mas quiseram ouvir a história mesmo assim. Mal consegui chegar na segunda página e os dois já estavam dormindo, dei um beijo em cada um deles, assim como fiz com Sofia e saí do quarto. Deitei na minha cama me sentindo incrivelmente bem. Tinha meus ters filhos dormindo no meu apartamento, pertinho de mim. Era uma sensação incrível. Dormi pensando no dia seguinte, já tinha tudo planejado.

[...]

Acordei cedo, super animado. As crianças ainda estavam dormindo, então aproveitei para correr um pouco. Quando voltei Gail já estava preparando o café da manhã. Perguntei se as crianças já tinham acordado, mas elas continuavam dormindo nem mesmo Sofia que costuma acordar cedo. Decidi subir e acordar meus filhos, tínhamos muitas coisas para fazer.

_Bom dia, princesa. – Disse pegando Sofia no colo. Ela levantou a cabeça e bocejou coçando o olhinho.

_Vamos acordar seus irmãos para tomar café da manhã.

_Vamu! – Disse minha pequena ainda sonolenta.

Quando entramos no quarto de Emma, os dois já se encontravam acordados. Emma estava tentando descer da cama enquanto Noah resmungava, provavelmente por ter sido acordado pela irmã.

_Bom dia, meus amores. – Disse entrando.

_Bom dia, papai. – Disseram os dois.

_Está tentando fugir filha? – Perguntei para Emma, que já estava no chão. Ella sorriu sem graça e correu na minha direção.

_Eu ia ploculá você. – Disse me abraçando.

_Papai chegou antes. – Disse pegando-a no colo. _O que acham de ir tomar café da manhã? Gail fez muitas coisas gostosas.

_Café da manhã! – Gritou Noah pulando na cama. Eu ri e me aproximei para ajudá-lo a descer. Noah desceu as escadas, devagar, na nossa frente e eu estava com Emma e Sofia no colo. Assim que entramos na cozinha, Gail em ajudou a coloca-los nas cadeirinhas e começamos a tomar nosso café. Emma comeu que nem um passarinho, Sofia comia sua compota com as mãos e Noah parecia esfomeado. Nunca pensei que ver crianças comendo fosse tão divertido, a pesar de serem pequenos, cada um já tinha sua própria personalidade e demostravam isso até comendo.

Assim que terminado de comer, fomos tomar banho, só que desta vez tive ajuda da Gail, ela deu banho nas meninas enquanto eu tomava banho com o Noah. Com as crianças arrumadas e a mochila montada, saímos do apartamento em direção à garagem, onde Taylor nos esperava no carro. Ajeitei as crianças no banco de trás e percebi que precisava de um carro maior. Sentei no banco da frente e nos dirigimos ao nosso primeiro destino, um parque de diversões.

Assim que chegamos as crianças enlouqueceram, queriam entrar em todos os brinquedos. Pedi à Taylor que ficasse sempre perto de nós, caso uma das crianças decidisse sair correndo. Tive que subir em todos os brinquedos com eles, de vez em quando Taylor ia junto.

As crianças gritavam e riam o tempo todo nos passeios, mas o que elas mais gostaram foi a fazenda de filhotes. Ela era grande, cheia de filhotes de todas as espécies, desde cachorros até pôneis.

_Olha Emma, uma olvelha! – Gritou Noah correndo em direção ao animal, que se assustou e correi na direção oposta. Não consegui resistir e acabei rindo da cena, até Taylor teve que rir com essa. _A olvelinha fugiu, papai. – Disse chateado.

_Você não pode gritar e correr atrás dos animais desse jeito, filho. Eles podem ficar assustados. Você tem que chegar bem devagarinho.

_Ok, papai. – Disse e logo em seguida se aproximou de outra ovelha. Ele foi bem devagar e conseguiu fazer carinho nela, mas... _Eu consegui, papai! – Gritou assustando o pobre animal. Mas uma vez ri da delicadeza e sutiliza de Noah, nesses momentos ele realmente parecia com a mãe.

_Papa, tuelho! – Gritou Sofia, que estava no meu colo. _Tuelho!

_Sim, meu amor, um coelho. Você quer pegar nele? – Ela balançou a cabeça a coloquei no chão para que pudesse pegar no coelho.

_Papai! Olha, uma vaca! – Gritou Emma do outro lado. _Posso subir nela!? – Perguntou, já tentando subir. Essas crianças não tinham limites.

_Não Emma, você não pode subir. – Gritei, mas ela continuou tentando. _Taylor fica de olho na Sofia e no Noah. – Disse e saí correndo para pegar minha filha. Graças a Deus consegui pega-la antes que a coitada da vaca a derrubasse tentando se livrar dela.

_Eu falei que não podia, Emma. Você poderia ter se machucado.

_Mas ela era pequena, papai! – Contrapôs minha filha.

_Tudo bem, vamos procurar seus irmãos. Depois de brincar muito com os bichinhos, as crianças começaram a ficar com fome, então voltamos pra casa, onde nosso almoço nos esperava. Almoçamos na mesma bagunça de sempre e passamos a tarde assistindo filmes. As crianças dormiram cedo, já que tiveram um dia agitado. Amanhã eu tinha planejado algo especial, só espera que desse certo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Respondendo alguns dos comentario: Muitos acham as ações de Ana erradas. Mas gente, vamos combinar, pessoas erram. Ana só quer continuar em frente com a vida dela, esquecer as merdas que aconteceram e ser feliz. Talvez esteja no caminho errado, mas foi o jeito que ela achou pra ser feliz. Pelo menos do meu ponto de vista.