O jantar tinha saído bem, as crianças tomaram a notícia melhor do que eu tinha imaginado. E eu esperava que as coisas continuassem bem. O meu relacionamento com o Christian continuava igual, a única coisa que nos unia eram os nossos filhos e iria continuar dessa forma.

Não vou negar que sua aparição na minha vida mexeu comigo, Christian fazia parte de meu passada, um passado não muito agradável e tudo o que sentia por ele foi desaparecendo na mesma medida em que meu sofrimento aumentava. Não sei se algum dia conseguirei confiar nele completamente, mas no momento farei o possível para ter um bom relacionamento com ele.

Depois que Christian foi embora, eu decidi tomar meu banho e deitar, estava me sentindo muito cansada, tinha sido um dia pesado. Leo tinha ligado informando que não passaria para nos visitar, estava enrolado com as contas do restaurante, pelo visto o contador estava cometendo alguns erros e tinha sobrado para ele. Deitei nada cama me sentindo muito cansada, mas demorou um pouco para que conseguir dormir, situação que estava acontecendo há algum tempo, mas finalmente consegui dormir.

Acordei cedo decida em aproveitar meu último dia de férias, era domingo e no dia seguinte voltaria ao trabalho. Aproveitei que os meninos ainda dormiam para me arrumar e preparar o café da manhã. Decidi fazer pancakes, as favoritas de meus filhos, mas sem descuidar a alimentação da Emma, então coloquei algumas frutas picadas e mel por cima. Estava quase terminando, quando ouvi alguns passos vindo em direção a cozinha, segundo depois, meus dois bebês apareceram vestindo seus pijamas e coçando os olhinhos.

_Bom dia meus amores. – Disse me aproximando deles.

_Bom dia, mamãe. – Responderam baixinho, mostrando que ainda estavam com nosso.

_Meus bebês ainda estão dormindo. – Perguntei brincando. Ambos balançaram a cabeça afirmando, o que me fez rir. _Nossa, então o que vou fazer com todas estas pancakes? – Disse olhando pra eles pelo canto do olho enquanto pegava os pratos e botava na mesa. No mesmo instante os dois pareciam super acordados, pulando em meu colo.

_Eu já acoldei, mamãe, eu posso comé tudo! – Disse meu filho tentando subir em uma das cadeiras me fazendo rir.

Emma apenas puxou a barra do meu vestido para que a pegasse no colo, o que me deixou um pouco preocupada, ela parecia fraquinha. Não que eu não estivesse acostumada, já que era sempre assim com ela, tinha dias que ela estava perfeitamente bem, outros ela parecia estar cansada e fraca, mas eu sempre me preocupada. Peguei minha filha e botei na cadeirinha, fiz o mesmo com eu filho e botei os pratos deles na mesinha. Fiquei de olho nos dois em quando comiam, mas dando uma atenção especial no comportamento de Emma, ela não comeu muito, mesmo sendo uma de suas comidas favoritas, sempre me preocupava quando ela não comia direito. A pesar de estar um pouco quieta, seu irmão conseguiu faze-la rir e se animar um pouco, Noah sempre consegue fazer isso com qualquer um.

Estava pensando em passar o dia no parque, mas tive que mudar de planos quando vi que Emma não estava se sentindo bem. Decidi ligar para Leo e ver se ele queria fazer alguma coisa com a gente, os meninos adoram passar tempo com ele e não queria que ele se sinto excluído pela constante presença de Christian na vida dos meninos.

_Bom dia, amor. – Disse assim que ele atendeu o telefone.

_Bom dia, minha linda! Como você está? – Perguntou.

_Morrendo de saudades de você. – Deixei escapar.

A cada dia que se passava me sentia mais livre e segura do meu relacionamento com o Leo. No começo eu estava insegura e me sentindo um pouco culpada por ter aceitado o pedido de namoro, mas hoje eu vejo que foi uma boa decisão. Eu amo o Leo, não posso negar isso, demorei muito para perceber, mas hoje eu conseguia ver que o único motivo que me impedia de ficar com ele era o medo.

_Eu também estou morrendo de saudades, estava pensando em fugir mais cedo do trabalho hoje e passar para visitar vocês. Vão ficar em casa? – Perguntou.

_Vamos sim, Emma acordou se sentindo um pouco mal e...

_Ela esta bem? – Perguntou preocupado.

_Sim, só esta um pouco fraquinha.

_Não acho que é melhor leva-la ao médico?

_Não acho que seja necessário, o médico disse que os efeitos colaterais seriam quase os mesmo aos dos remédios antigos.

_Tudo bem, mas se ela piorar, em avisa eu vou até ai e as levo pro hospital.

_Pode deixar, no mento eu só quero que você venha aqui nos visitar.

_Não precisa falar duas vezes. Eu só vou poder sair daqui depois do almoço, então podem almoçar sem mim. O que você acha de levar as crianças ao cinema e sair para comer depois? – Perguntou.

_Acho uma ótima ideia, tenho certeza que elas vão adorar.

_Ótimo, então nos vemos mais tarde. Te amo!

_Até mais tarde, te amo.

Desliguei o telefone e fui ver se meus filhos tinham terminado de almoçar. Noah tinha comido tudo, mas Emma não estava nem na metade do prato.

_Emma, meu amor, você precisa comer mais um pouco. – Disse sentando do lado de minha filha.

_Mas eu não quelo mais, mamãe. – Respondeu sonolenta.

_Lembra o que o médico disse? – Perguntei e ela balançou a cabeça. _Você precisa comer tudo para poder se curar mais rápido.

_Eu sei, mas... – Ela ainda tentou argumentar, mas eu fui mais rápida.

_Eu falei com o tio Leo e ele disse que vai nos levar ao cinema depois do almoço.

_Selio!!?? – Disse os dois ao mesmo tempo.

_Sim, mas pra isso vocês tem que comer tudo para poder ficar fortes.

_Tudo bem, mamãe, vou comer tudo! – Disse minha filha pegando o garfo de novo. Ela não terminou que comer tudo, mas foi bom o bastante.

Despois do café da manhã decidi que deveríamos terminar de arrumar as coisas, ainda faltavam algumas coisas dos meninos e a maioria das minhas. Emma e Noah ficaram responsáveis em arrumar seus quartos, basicamente, guardar seus brinquedos e levar a suas roupas sujar até a lavanderia, era o que podiam fazer por em quanto. Eu terminei de tirar minhas coisas das caixas e comei a arruma-las nos armários.

_Mamãe, a gente já telminou! – Disse minha filha entrando pela aporta.

_Nossa, como vocês são rápidos! – Disse sorrindo pra ela. Eu já estava quase terminando, mas quando vi o relógio decidi começar a fazer o almoço. _O que vocês acham em me ajudarem a fazer o almoço? – Perguntei já sabendo a resposta.

_Sim! – Disse minha filha.

_Então vai chamar seu irmão e vamos até a cozinha!

No minuto seguinte estávamos os três na grande bancada da cozinha, tinha que admitir que gostava de algumas comodidades do novo apartamento, o espaço era incrível.

_Vamos fazer lasanha e salada. O que vocês acham? – Perguntei pegando os ingredientes na geladeira.

_Eu quelo lasanha, mas não quelo salada, mamãe! – Disse Noah fazendo biquinho. Emma nunca deu problemas em comer vegetais, o que era bom, mas Noah nunca foi um aficionado, então sempre dava problemas.

_O que eu falei sobre comer tudo, Noah. Se vocês não comerem tudo não vamos ao cinema. – Respondi e não ouvi mais reclamações.

Enquanto eu fazia o molho à bolonhesa, as crianças lavavam os vegetais e rasgavam as folhas de alface. Assim que terminei de fazer o molho começamos a montar a lasanha, as crianças colocavam a massa, o presunto e o queijo, enquanto eu despejava o molho. Não demoramos muito em terminar, colocamos a lasanha no forno e sentamos na sala para brincar um pouco enquanto esperávamos.

Assim que o alarme apitou fui tirar a nossa lasanha do forno, mas antes que pudesse chamar os meninos para comer, meu celular começou a tocar.

_Oi. – Respondi sem ver quem era.

_Oi Anastásia. Está ocupada? – Perguntou.

_Ah, oi Christian. Não, pode falar.

_Queria saber se posso ir visitar os meninos. Prometi levar o livro do pequeno príncipe e queria entregar pra eles.

_Desculpa Christian, mas hoje é meu último dia de férias e queria aproveitar com os meninos. Você pode deixar o livro outro dia.

_Oh... tudo bem. Espero que tenham um bom dia, eu passo aí outro dia para deixar o libro. – Disse um pouco desanimado.

_Tudo bem. Tchau Christian.

_Até logo, Anastásia. – Disse desligando o telefone. Eu me senti um pouco mal por ele, mas ele tinha que entender que os meninos e eu temos uma vida, não posso ficar mudando nossa agenda por causa dele.

_Meninos, o almoço está pronto! – Gritei chamando os meninos.

Eles chegaram e os coloquei em suas cadeiras. Comemos como sempre, conversando e rindo das brincadeiras de meus filhos. Emma parecia um pouco mais animada e com mais energia. Estávamos quase terminando quando minha filha fez uma pergunta.

_Mamão, o papai pode ir no cinema com a gente? – Perguntou. Droga! O que eu vou responder agora? Eles são pequenos demais para entender o que acontece. Na cabecinha deles os pais deveriam estar juntos e eles deveriam poder ver o pai deles quando eles quisessem. Mas não é bem assim que funciona no nosso casso.

_Meu amor, a gente vai sair com o tio Leo hoje. Lembra?

_Eu sei, mas o papai pode ir junto. – Rebateu.

_Filha, o pai de vocês não pode ver vocês todos os dias, já falamos sobre isso. Hoje a gente sai com o tio Leo e outro dia vocês podem ver o pai de vocês.

–Tudo bem. – Disse um pouco triste. Não podia suportar ver minha filha assim.

_Não fica triste meu amor. Assim que o pai de vocês ajeitar tudo vocês vão poder passar mais tempo com ele.

_A gente vai poder dormir na casa do papai? – Perguntou Noah, me deixando um pouco nervosa. Ainda não tinha digerido essa ideia. Não conseguia pensar em me separar de meus filhos por muito tempo, e muito menos deixá-los aos cuidados de Christian. A pesar de já ter me demostrado que se importa pelas crianças e que realmente quer ser o pai delas, ainda tenho dificuldades em confiar nele completamente.

_A gente vai conversar sobre isso depois, OK?

Os dois apenas balançaram a cabeça entendendo que não iria mais discutir sobre o assunto. Terminamos de almoçar e os meninos foram escovar os dentes e se arrumar para esperar o Leo chegar. Ficamos um tempo assistindo desenhos enquanto esperávamos. Leo não demorou muito em chegar. As crianças ficaram muito felizes ao ver o Leo, o que me deixou muito contente, porque eu sabia como isso era importante para ele. Ele já estava se sentindo um pouco descolado com a chegada do pai dos meninos, eu sabia que estes momentos eram importantes.

_Eu estava com saudades de vocês, pequenos! – Disse Leo abraçando os dois.

_A gente também, tio. – Disse meu filho sorrindo.

_A gente vai no cinema, tio? – Perguntou Emma.

_Vamos sim. O que vocês querem assistir? – Perguntou Leo, sem saber o erro que estava cometendo.

_Diveltida menente!

_Os mininons! – Gritaram os dois ao mesmo tempo. Eu e Leo rimos por como eles falaram o nome dos filmes, mas nossa alegria durou muito tempo, logo eles começaram a briga!

_Não, Emma, a gente vai assistí os mininons! – Gritou Noah.

_Mas eu quelo assistí diveldida menente!

_Mamäe! – Gritaram os dois ao mesmo tempo.

_Desculpa. – Disse Leo baixinho.

_Sem problemas, estou acostumada. – Respondi indo em direção aos meninos.

_Primero, vamos parar de brigar, vocês são irmãos e isso é muito feio; segundo, já que os dois querem filmes diferentes, vamos ter que fazer um sorteio, mas quem perder tem que aceitar a decisão. Se continuarem brigando não vamos a lugar nenhum. Entendido? – Perguntei e os dois balançaram a cabeça. Eu sabia que mesmo eles aceitando, no momento, no final sempre haveria alguém reclamando.

Peguei dois papeis e escrevi o nome dos filmes em cada um deles. Logo pedi para que o Leo pegasse um dos papeizinhos na minha mão.

_Bom, o vencedor é: Divertida Mente. – Disse Leo lendo o papel.

_Siiiim! – gritou minha filha.

_Mas eu não quelo assistí esse filme! – Reclamou meu filho.

_Amor, a gente já falou. Desta vez a sua irmã ganhou, da próxima vez podemos assistir o seu filme, OK? – Disse tentando acalmar a situação.

_Podemos fazer outro solteio? – Perguntou insistindo.

_Não Noah. O sorteio já foi feito, da próxima vez você escolhe.

Noah ficou calado, mas continuava chateado. Eu tinha que lidar com isso com alguma frequência. Os dois podiam se amar e se dar bem a maior parte do tempo, mas sempre que tínhamos que tomar uma decisão, as coisas se complicavam. Noah era até o mais razoável dos dois, Emma não era uma boa perdedora e sempre que descordava de alguma coisa fazia questão de que todos soubessem disso. Como eu disse, Emma tinha o temperamento do pai.

_Pronto, então vamos. Vão pegar seus casacos. – Disse me levantando. As crianças correram até o quarto e voltaram com os casacos em mão.

_Então, vamos. – Disse Leo pegando Noah, que ainda estava emburrado, no colo e eu peguei Emma.

Fomos até o shopping mais próximo de casa no carro do Leo. Ao chegar lá, Noah parecia um pouco mais animado, ainda não tinha esquecido a derrota, mas ir ao cinema era sempre bom.

_Vou compras as entradas. Porque vocês não vão comprar a pipoca e as bebidas? – Disse Leo entrando na fila

_Tudo bem. – Disse pegando os meninos e indo até o balcão. _O que vão querer? – Perguntei.

_Pipoca! – Responderam os dois.

_OK, pipoca e sucos para todos. – Não gostava que os meninos bebessem refrigerante. De vez em quando eu até permitia, mas não sempre. _Vocês querem suco de quê?

_Lalanja. – Respondeu Emma.

_Uva. – Pediu Noah. Então decidi comprar duas pipocas grandes, dois sucos de uva e dois sucos de laranja. Antes de que nos entregassem tudo, Leo já estava ao nosso lado.

_Precisamos correr, o filme está pra começar! – Disse pegando tudo

Entramos no cinema e acomodamos as crianças nas cadeiras. Emma e Noah estavam sentados no meio, então Leo e eu estávamos separados. O filme foi muito bom, as crianças riram muito, enquanto eu achei o filme um pouco triste. Noah gostou tanto do filme que acabou esquecendo do outro. Saímos do cinema carregando os meninos no colo porque eles estavam um pouco sonolentos.

_Então? Onde vamos comer? – Perguntou Leo.

_Vome comé pizza! – Disse meu filho, parecendo mais acorda. Era engraçado como Noah mudava de ânimos quando falávamos de comida.

_Alguém acordou. – Brinquei com ele.

_Eu tava acoldado, mamãe. A gente vai comé pizza?

_Podemos, se todo mundo concordar. – Disse. _Leo, Emma? – Perguntei.

_Por mim tudo bem, como o que vocês quiserem. – Disse Leo olhando para Noah. Acho que ele estava querendo compensar Noah pelo filme.

_Eu quelo pizza. – Disse minha filha ainda sonolenta.

_Então está decidido, vamos comer pizza. Tem alguma pizzaria aqui? – Perguntou Leo.

_Eu acho que não, a praça de alimentação é pequena, mas tem uma pizzaria perto de casa. O que acham de comprar a pizza e comer em casa? – Perguntei olhando para Emma, que ainda parecia um pouco cansada.

_Eu acho uma boa ideia. - Disse Leo.

_A gente pode blincá com o tio Leo antes de dolmi! – Disse meu filho animado.

_Muito bem, então vamos comprar nossa pizza e vamos pra casa.

Pegamos os meninos e fomos até o carro, paramos na pizzaria. Foi difícil escolher o sabor, então acabamos comprando duas pizzas, cada uma com dois sabores. Chegamos em casa e decidimos comer na mesinha da sala, sentados no chão. Foi muito bom, fazia um tempo que não ficávamos assim e podia ver que Leo estava feliz, talvez assim ele fica mais seguro sobre o lugar que ocupa na vida dos meninos.

_Bom, já terminaram de comer, é hora de escovar os dentes e se arrumar para dormir.

_Mas eu ainda não tô com sono! – Reclamou meu filho, como sempre.

_Noah, está tarde e amanhã vocês vão à escolinha nova.

_Tudo bem. – Resmungou, mas ficou de pé e foi junto com a irmã para o quarto.

_Aproveitou seu último dia de férias? – Perguntou Leo se sentando mais perto de mim.

_Sim, você sabe que eu amo ficar com você e com meus filhos, estava difícil ter momentos assim. – Disse desanimada.

_Eu sei, mas daqui a pouco as coisas se ajeitam.

_Assim espero.

_Como os meninos receberam a notícia?

_Melhor do que eu esperava, na verdade. Eles já tinham perguntado pelo pai, mas ficou nisso, não pensei que eles fossem reagir tão bem.

_Ele conseguiu ganhar os meninos, mesmo.

_Ele está se esforçando.

_Ana, eu... – Começou, mas não conseguiu terminar.

_O que foi? – Perguntei me aproximando.

_Olha, não quero que me leve a mal, nem que pense que eu desconfio de você ou algo parecido, mas... Você ainda sente alguma coisa por ele? – Perguntou de uma vez.

_O quê? – A pesar de saber que isso iria acontecer em algum momento, a pergunta me pegou de surpresa.

_Eu sei que ele está tentando te reconquistar. Eu sou homem eu consigo reparar nessas coisas. Está na cara que não são só as crianças que ele quer na vida dele. – Disse suspirando logo em seguida. _Olha Ana, eu sei que você deu uma chance para nós sem ter certeza se isto daria certo e eu aceite seguir em frente porque te amo, mas eu preciso saber se a gente realmente pode ter um futuro juntos.

As palavras de Leo me chocaram, eu sempre fui sincera com ele, mas não sabia que ele tivesse essas dúvidas, pelo menos ele nunca demostrou. Eu me ajeitei e sentei de frente pra ele, o mais próximo que eu consegui.

_Leo, eu não vou mentir pra você, a aparição de Christian mexeu comigo de varias formas. Eu tive medo, raiva, saudade de uma vida mais simples e em algum momento eu pensei ainda sentir algo por ele. Mas por primeira vez depois de anos, eu consegui analisar o que acontecei com a gente. Eu amei o Christian, ele foi meu primeiro amor, e esse nunca se esquece, mas nossa história acabou, ela acabou no momento em que ele quebrou meu coração. Eu quero seguir em frente com a minha vida. Não sou mais aquela menina apaixonada, que acreditava em contos de fadas, agora eu sou uma mulher, uma mãe e é assim que eu preciso pensar. Christian pode tentar o que quiser, mas ele perdeu a sua chance comigo à muito tempo. – Era a primeira vez que eu falava isso em voz alta e estava me sentindo bem. _Eu sei que nosso namoro começou um pouco tumultuado, tinha acabado de receber a notícia da doença da Emma e não tinha certeza de nada na época, mas agora eu tenho certeza do que eu quero. Eu quero você, Leo. Eu te amo e agora eu sei que não tem ninguém melhor pra mim que você. – Mal terminei de falar e Leo me beijou.

_Obrigado, não faz ideia da paz que eu estou sentindo agora.

_Não tem com que se preocupar, amor.

_Não vou mais. – Os dois sorrimos e estávamos prestes a nos beijar de novo, mas fomos interrompidos por gritos vindo do quarto dos meninos.

_Acho que esquecemos dos monstrinhos. – Eu disse rindo. _É melhor ir ver o que eles estão fazendo. – Disse levantando.

_Não, pode deixar que eu vou. Estou com saudades de botar eles na cama. Vai tomar seu banho e eu te encontro depois.

_Tudo bem. Boa sorte.

Leo foi ver o que os meninos estavam aprontando e eu fui para meu quarto. Não sabia se ele dormiria comigo hoje, mas eu estava disposta a convence-lo. Tomei banho e me arrumei o máximo que pude. Quando Leo entrou no quarto eu já estava deitada na cama vestindo a melhor camisola que tinha e tentando parecer sexy.

_Nossa! – Exclamou ao me ver. _Essa produção toda é pra mim? – Perguntou sorrindo.

_Claro que sim, é minha tentativa de fazer você ficar esta noite. – Leo riu.

_Devo dizer que é uma ótima tentativa, você está linda.

_Então? Consegui te convencer?

_Você sempre consegue. – Disse se deitando em cima de mim. _Você me tem em suas mãos, Anastásia Steele. – Disse me beijando logo em seguida.

Eu estava feliz, depois de muito tempo, eu finalmente me sentia segura, me sentia completa. As coisas com Leo podem ter começado de forma extranha e injusta, mas hoje eu posso dizer que o amo e que quero formar uma vida com ele.