O Manaísmo escrita por HellaAdams


Capítulo 5
Aula 1 (Uke x Seme) - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

uuuuuuuuuuh, aproveitem o capítulo, pessoinhas legais ♥
até as notas finais :*



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“Para Mana-sama não existem coisas como o bem e o mal. Só os mauzinhos que comem e os bonzinhos que são comidos.

Ou os mauzinhos que assaltam e os bonzinhos que são assaltados.

E assim vai...”

 

 

– Você? – Kouyou levantou as sobrancelhas. Ficou desconcertado, não sabia o que falar. Fitava-o com um sorriso inocente como se não tivesse perguntado nada demais – Como vou saber?

 

– Sei lá... – encolhi os ombros. Não sabia o que acontecia, mas estava com uma imensa vontade de fazê-lo sofrer um pouquinho. – Só posso te dar um exemplo.

 

Uruha me olhou curioso e preocupado enquanto me aproximava vagarosamente do sofá. Estendi uma mão para que segurasse e o puxei para mim. Atônito, deixou-se levar e arfou quando lhe dei uma rasteira, levando os dois ao chão.

 

– Ah! – Kou soltou um muxoxo ao sentir a cabeça latejar pelo baque. Olhou-me com olhos marejados e por um instante, só por um instante, fiquei com pena.  Mas logo recompus meu lado maquiavélico e sentei-me sobre seu ventre. Dei uma de minhas famosas e sacanas reboladas por cima de Uru, que entreabriu os lábios respirando profundamente. Suas mãos seguraram firme o carpete dos dois lados de seu corpo.

 

– Uke... – rebolei novamente para enfatizar; não parecia constrangido de jeito nenhum. Deslizei até ficar sobre seus joelhos e fiz um caminho com minhas mãos, que antes estavam sobre seu peitoral, até o volume em sua calça jeans. Senti-o ficar tenso, mas não me demorei muito ali. Continuei o percurso até o meio de suas nádegas e Uruha inconscientemente separou as pernas –... Ou seme? É simples.

 

Ele levantou o torso respirando rápido. Devia estar se perguntando que tipo de aula era aquela, porém eu não podia deixar de notar que ele estava gostando.

 

– Aoi... seu maldito – sorriu, para a minha surpresa. Ficou apoiado em um único braço e me puxou pela cintura com o outro. Se fosse por mim, já estávamos nos agarrando ali mesmo, mas ele parou antes que nossos lábios se encontrassem – Eu duvido que você não seja seme... Mas eu adoraria vê-lo de uke.

 

Sorri também e o puxei pela nuca, finalmente sentindo o sabor daqueles lábios pecaminosos. Como um cavalheiro, pedi gentilmente passagem para aprofundar o beijo e, com a permissão concedida, ficamos um bom tempo travando uma batalha territorial com nossas línguas.

 

Separamo-nos para respirar. Nesse instante lembrei-me que era um professor agora... Ofegante e contra minha vontade, me pronunciei:

 

– Podemos.. retomar... a aula?

 

Uruha, que já estava corado pelo beijo, ficou um tom mais vermelho. Ajudei-o a se levantar e voltei para perto da lousa. Uma pequena parte de mim se sentia culpada (era isso que chamavam de consciência?), pois mesmo sabendo que Kou estava ali para aprender a seduzir outro homem, lá estava eu me aproveitando dele. Isso não parecia certo...

 

Espera!, desde quando eu ligava para consciência? Que se foda ela, eu quero mais é o Uru!

 

– Tudo bem, sensei? – Kouyou me perguntou preocupado. Por quanto tempo eu tinha ponderado sobre aquilo?

 

– Tudo ótimo – tentei sorrir – Vamos retomar?

 

– Ok – disse.

 

Esperei mais alguns segundos antes de recomeçar, precisava estar concentrado nas palavras que saiam da minha boca, para não dizer besteira.

 

– Então... Agora você já sabe que eu sou seme... – sorri de lado – Mas eu preciso saber o que você costuma ser, para te ensinar o jeito certo de seduzir alguém.

 

– E-eu? – ele gaguejou.

 

– Siiiim, você.

 

– Eu...

 

– Você... – incentivei-o – Tudo bem se você for uke, Uruha, eu não vou criticar – Iria até amar se fosse assim, completei em meus pensamentos.

 

– N-não... é isso. – dava para sentir o nervosismo dele de longe – E-eu n-nunca...

 

– Nunca... – Ok, essa brincadeira já estava perdendo a graça, mas eu estava super curioso agora!

 

– Eununcatranseicomumhomemnaminhavida.

 

– WTF? Repete!

 

Fuzilou-me com suas lindas orbes castanhas e provavelmente me deu tudo que era nome em sua mente. Respirou fundo muitas vezes antes de voltar a falar.

 

– Aoi, seu filho da puta! Eu disse que eu nunca transei com um homem na minha vida. Satisfeito? – virou o rosto para qualquer direção em que não pudesse me ver; seu rosto estava completamente vermelho.

 

OMFMANA! Como assim? Um ser com aquelas coxas não podia ter desperdiçado tantos anos de sua vida só comendo mulherzinhas por aí!

 

– Espero Uru, essa é a primeira vez que você gosta de um homem? – indaguei.

 

– É. – sibilou. Um grande bico se formava em seus lábios. – Por que você acha que eu preciso de ajuda?

 

Ah, se ele soubesse de seus próprios dotes...

 

– Tudo bem, Uru. Já calei – aproximei-me dele pacificamente. Passeei com minhas mãos por seus cabelos num gesto gentil que eu esperava que o acalmasse. Kou olhou para cima com grandes olhos pidões e meus joelhos tremeram por um segundo. Ó, desejo...

 

– Yuu-sensei, você vai continuar me ajudando? Só confio em você pra isso. – É, Kou, destrói os outros mesmo! Por que você acha que precisa de um professor pra Arte da Sedução se você já consegue ter tanto apelo sem nenhuma ajuda?! Sem perceber, franzi o cenho em descontentamento – Tudo bem, Aoi? Eu sei que estou sendo irritante, não queria exigir tanto de você... Pode me mandar embora a hora que quiser.

 

– Não! Estou bem, juro, só estava pensando. Vamos terminar aqui e você já pode ir, certo?

 

– Ta bom, ta bom, sensei... – contentou-se. Voltei ao meu posto de professor e pensei em como finalizar aquele assunto por hoje.

 

– Como está escrito aqui, Kou, e que vem muito a calhar nesse momento... – apontei para a frase de Mana – É você que decide se vai ser seme ou uke. A única coisa que eu quero que você saiba, é que cada um tem seu próprio jeito de seduzir, entende?

 

– Hum... – olhou para um canto qualquer, assimilando – Entendo sim.

 

– E quero, como tarefa de casa, que você pense muito sobre isso e me traga sua decisão amanhã – disse sério. Mas era verdade que eu só podia começar as aulas se ele tivesse certeza se queria agir como o uke ou o seme.

 

– Está anotado – sorriu e bateu com o indicador na cabeça, como se tivesse guardado na mente. Levantou-se do sofá me seguindo até a porta.

 

– Mais uma coisa – caraca, quando é que eu ia parar de falar? – Amanhã acaba nossa folga, então a aula será na gravadora mesmo, depois dos ensaios.

 

– Hai, hai, entendi – deu um beijo em minha bochecha – Até mais, sensei.

 

Eu ri.

 

– Até mais, pupilo. – e fechei a porta quando Uruha foi embora.

 

Mana-sama, onde é que eu estava me metendo?!


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Notas finais do capítulo

Nossa, tive que avisar um monte de gente O:
 
Mas quem gostou desse cap me deixa um 'EBA )o)' nos reviews -wtf?
Porque eu adorei escrever ele -q, e mostrar esse lado inseguro do Uru e o maquiavélico do Aoi
Também mostrar que o Uruha é um babaca que não tem conhecimento da grande sedução que ele é
 
Acho que é isso, nee? Cheguei a 670 leitores, mas tenho tão pouquinhos reviews comparando -q
Porém, fico imensamente feliz com o aceitamento dessa fic, to adorando isso
 
Beijão gente, até o próximo cap :*