O Manaísmo escrita por HellaAdams


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

não me matem, o cap não ficou tão pequeno assim
aproveitem a leitura, suas pessoas depravadas, nos vemos nas notas finais :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/63386/chapter/2

Todas as pessoas possuem seu próprio livre-arbítrio, mas acima de tudo, enquanto estiver lendo esse livro, obedeça fielmente seu Deus.

E não esqueça: relações homossexuais são altamente recomendadas.

 

 

 

Sentado no meu sofá, eu ria abertamente lendo as loucuras que Mana inventara. Até podia imaginar que realmente existiam pessoas que seguiriam palavra por palavra o que o meu novo ‘Deus’ escrevera. Deixei o livro do Manaísmo de lado, pegando o Kama Sutra, como o parágrafo em que parei sugeria.

 

Passados alguns minutos, a campanhia tocou; não me lembrava de ter visitas hoje...

 

– QUEM É? – gritei do sofá mesmo, com uma grande preguiça de me levantar.

 

– É O KOU!

 

– PODE ENTRAR! – continuei sem me mexer, com a exceção do pequeno movimento da mão para mudar de página. Ouvi a porta sendo aberta com um ‘click’  e logo fechada novamente.

 

– Não mereço nem um bom dia? – Uruha bufou, enquanto deixava suas coisas na mesa da minha sala de jantar.

 

– Ah... Bom dia – repliquei, levantando minimamente o rosto com um sorriso de lado em meus lábios. Abaixei minha cabeça novamente, observando pensativo as imagens super decentes daquelas páginas.

 

Passaram-se alguns segundos de silêncio, em que ninguém se pronunciava.

 

– Credo Yuu, não liga mais pro seu colega de banda, não?!– ele formou um lindo biquinho com seus lábios desenhados. – Nem conversa mais comigo!

 

– Desculpa, Uru... – de novo levantei o rosto em sua direção – Pode pegar um pouco de saquê lá na cozinha, por favor? – seu semblante instantaneamente se iluminou com meu pedido; eu sabia que ele não recusaria nada relacionado a bebidas...

 

Pela terceira vez, voltei minha atenção às imagens, retomando a concentração.

 

– Ei, Aoi, o que é que você está lendo aí? – Uruha apontou para o livro em minhas mãos, agora que voltava à sala. Trazia dois copos e uma garrafinha de saquê no outro braço, tentando manter o equilíbrio.

 

– A Bíblia, Kou – respondi finalmente dando uma olhada em seu rosto sorridente, que acabara de mudar para feições confusas. Ele chegou mais perto, não se convencera.

 

– Mas, Yuu... Isso é o Kama Sutra! – exclamou perplexo quando leu o título na capa grossa. Quase derrubou tudo de seus braços e eu ri sonoramente.

 

– Exatamente, Uru-baby. Essa – levantei um pouco o livro – é a Bíblia segundo Mana-sama. – E fechei o exemplar, sentando corretamente no sofá. Entretido, observava a expressão de ponto de interrogação que o loiro-mel fazia.

 

– A-ahn... Tá... né?  – Uruha balbuciou com a testa franzida, voltando à realidade. – Espera! Não me diga que você comprou a obra do Mana?! – ele exclamou de repente.

 

– É, Kou, comprei... – Rolei os olhos, jogando os dois livros pra qualquer canto visível – Agora dá pra sentar? Não vou deixar a minha visita de pé enquanto tenho um sofá tão confortável assim... – Bati duas vezes na almofada vazia ao meu lado.

 

Eu diria que, mesmo que nós dois não tivéssemos nada, Kouyou não era de se desperdiçar. Não, ele não era nem de se ignorar! Lamentava por ele querer só uma relação profissional com todos da banda, embora algumas vezes suas ações mostrassem coisas totalmente diferentes.

 

-:-

 

Depois que comecei a ler o livro do Manaísmo, algo me dizia que eu tinha que tomar alguma atitude quanto a minha vida amorosa.

 

Como ele diz:

 

No Universo segundo minha pessoa, as coisas não acontecem por acaso. Enfrente os obstáculos que deve enfrentar, não pegue um atalho. Sempre siga em frente, resolva as questões pendentes de sua vida social e amorosa. E se der, pare num puteiro no meio do caminho.

 

É, Mana-sama sabia como influenciar as pessoas...

 

– Diga-me Uru, porque passou aqui? – peguei um dos copos que ele deixou na mesa-de-centro quando se sentou, logo abrindo a garrafa de saquê. Ele ficou um instante sem falar, pensando profundamente em algo. Muito provável não ter conseguido achar um jeito direto de falar, então mentiu descaradamente.

 

– Nada, Aoi, só me deu vontade... – ele disse, suas bochechas saltadas assumindo um leve tom rosado. É lógico que tinha coisa ali.

 

– Takashima Kouyou, eu te conheço... Desembucha.

 

Kou rapidamente virou o rosto em direção à pequena mesa, mostrando-se altamente concentrado em colocar bebida no copo que sobrara. As mechas loiras que caiam gentis em seu rosto não me permitiam vê-lo, então não conseguia entender o que acontecia.

 

Ainda sem olhar para mim, virou o líquido todo do copo num gole só. Eu sabia que ele não ficava bêbado facilmente, por ter se acostumado com tantos anos de bebedeira, mas ele parecia encontrar uma paz no álcool que nenhuma pessoa além dele mesmo entendia.

 

Fez careta e finalmente me encarou. Fitando-me com seus olhos castanho-misteriosos, botou as cartas na mesa:

 

– Aoi, preciso que você me ajude.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

booom, mais um capítulo dessa história podre que eu fico feliz que tenham gostado tanto, já que eu recebi um número de reviews maior do que eu esperava ser possível =D
Fico realmente feliz, obriagado a todos.
E também queria agradecer às outras 143 pessoas que leram e não comentaram, mas eu peço que dessa vez, considerem meus sentimentos também, afinal não mata ninguém escrever algumas palavras pra autora desesperada aqui, certo?
Parando com a chatice, rs, espero que tenham gostado do cap, e vamos ver no que o Kou vai pedir ajuda, né OO'
 
Nos vemos na continuação... Não esque~çam dos Reviews, Mana-sama é do mal quando quer, e adora caçar pessoinhas que não mandam comentários depois que leem um capítulo o/
Beijão. fico por aqui :*