O Universo, como explica Mana-sama em seu livro, realmente surgiu com um Big Bang. Não no sentido que pensam, mas houve uma grande explosão e tudo mais.

Ele explica: “Primeiro, havia o nada. Depois, havia eu e o nada. Logo decidimos que precisávamos acabar com aquele tédio e fizemos sexo. Então, o Universo foi criado numa grande explosão quando eu tive um orgasmo.”

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Havia duas semanas que eu, Shiroyama Yuu, conhecera o Manaísmo. Não exatamente essa expressão, mas foi por essa época que Mana lançou seu livro de pirações altamente à base de álcool e drogas sobre a criação do Universo e sua própria religião.

Tudo bem que o cara não falava muito em público, mas ele sabia escrever bastante besteira quando queria.

De início eu decidi ignorar, afinal era só mais uma das coisas idiotas e sem sentido que os J-Rockers faziam em seus dia-a-dia. Também não duvidava que Ruki me aparecesse com um livro “A Iniciação ao Rukismo” na minha frente, já que era bem provável. Quer dizer, cada um com sua opinião sobre a vida, o universo e tudo mais¹, e tudo bem quererem se fazer de deuses por certo tempo... Contanto que não me metessem no meio de tudo isso.

Mas então, duas semanas atrás, eu pensei, enquanto passava por uma livraria: “Por que não? Estou com tédio e não tenho nada a perder mesmo...”, e entrei no recinto.  Vagueei pelo lugar até achar os exemplares da obra de Mana, pegando um para mim.

Ali, embrulhado em conjunto com “O Livro do Manaísmo”, havia um grosso Kama Sutra. Ok, isso estava ficando decididamente estranho... E mesmo assim era tão interessante!

Fazia tempos que eu não me interessava por nada, além da música. Não tirava um dia de folga se quer para me divertir, eu precisava de alguma coisa para distrair minha mente!

Paguei o conjunto no caixa, sob o olhar intrigado da vendedora, que provavelmente pensava “Por que ainda tem gente que consegue pagar por tal besteira?”, mas eu nem ligava. Já conseguia imaginar as risadas que viriam quando eu pegasse aquele livro para ler.

Já fora da livraria, tirei o plástico envolto nos dois exemplares, jogando-o fora numa lixeira qualquer, e deixei o Kama Sutra de lado. Então, seguindo em direção de casa, voltando ao meu destino original, abri na primeira página.

E lá estava escrito:

“Mana-sama é seu Deus a partir de agora.”