Sui Generis escrita por Human Being


Capítulo 19
Primeiro Comentário de O'Toole: Nenhum plano de batalha resiste ao inimigo


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior...
Finalmente o infame Deadpool, também conhecido como o mercenário tagararela, faz seu movimento para tentar por as mãos no temível mafioso Benicio Basili, também alvo da missão ultra-secreta em que nossos intrépidos defensores de Atena estão envolvidos. Depois de alguns percalços envolvendo Saga de Gêmeos e Afrodite de Peixes; Kanon de Gêmeos, também General Marina do ex-Pilar do Atlântico Norte, com o uso de sua inteligência imaginativa conseguiu evitar que o terrível mercenário conseguisse seu intento e assassinasse o grande chefe da Camorra, com a inestimável ajuda de Ikki de Fênix...



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Hotel Cassino Royale, Principado de Mônaco...

— Kanon...

— Mas o que é que você quer, Ikki?

— Eu quero que, pelo amor dos Deuses do Olimpo, a gente se mande desse lugar! - Ikki estava exasperado, tamanha era a teimosia da agora moça em abandonar a missão que estava claramente dando errado.

— Não, não e não! Nós vamos capturar o Benicio Basili, nem que essa seja a última coisa que eu faça! - A agora moça disse, atrás de uma porta de um dos quartos de depósito usados pela zeladoria do hotel, onde trocava seu estonteante vestido Dior por um desenxabido uniforme de copeira do hotel.

Ikki suspirou, com o rosto traindo sua desolação. Saga era mesmo um santo de ter que aturar aquela criatura teimosa.

— Kanon...

— P*** que pariu, Ikki, para de me encher o saco! Não tá vendo que eu estou tentando salvar essa missão?

— Essa missão não tem salvação, cara, 'vambora! - O ex-rapaz apenas bufou em resposta. - Aliás, pra quê você tá tirando o vestido?

— Porque o tal da máscara vermelha marcou minha cara! Estou arrumando um disfarce novo, oras!

— Certo, e ele bem que vai deixar de te reconhecer porque você tirou a roupa de festa pra colocar essa roupinha de copeira...

— Já é uma ajuda! - Disse Kanon, enquanto tentava lavar o rosto na pia do pequeno banheiro, e assim tirar a maquiagem; isso depois de certa luta para limpar os olhos do rímel que tinham lhe passado. - Agora, que coisa é essa que esse povo espirra no cabelo da gente pra ele ficar duro desse jeito? O que eu vou fazer com esse cabelo em pé, assim?

— Ah, sei lá, cara! - Ikki bufou, enquanto o ex-rapaz agora tentava assentar o cabelo, antes preso num coque fofo e topete, para fazer um rabo de cavalo simples. - Eu já disse, deixa esse assunto pra lá e vamos embora daqui! Daqui a pouco os outros vão aparecer, deixa que eles dão conta de pegar o cara!

— Ah, dão. Claro que dão. Isso se nenhum travesti infiltrado não cruzar o caminho deles antes. - Kanon bufou, enquanto a tarefa de arrumar o cabelo se revelava mais difícil do que imaginava, por conta dos grampos e do laquê usado para manter o coque e o topete no lugar. - Agora vamos falar sério: Você realmente acha que aquele bando de incompetentes consegue completar essa missão?

— Mas o Saga...

— O Saga é o mais incompetente daquele grupo, Ikki. Tá certo que todo mundo acha que ele é forte, poderoso, quase como que um Deus na terra, mas vamos ser francos aqui. Ele teve seus momentos, mas é uma besta quadrada pra esse tipo de missão. Cortesia do Fury, que teve essa grande ideia.

— O Shion já deve ter acionado o time de resgate...

— Por time de resgate você se refere ao Aiolia, ao Milo, ao Mu e ao Aldebaran? Uau, agora sim eu estou mais confiante! - Kanon bufou, em clara ironia. - Ikki, agora falando sério, eu já vi esses palermas em ação, ok?

— Cara, aquilo era totalmente diferente... Dá um desconto, vai. - Disse um cavaleiro de Fênix amargado pela lembrança do outro sobre a Guerra Santa contra Hades, especificamente a batalha contra Radamanthys de Wyvern, episódio que extraiu do General Marina os mais ácidos comentários possíveis; dizendo que se ele, que era ele, conseguiu chegar até o Inferno sem ter que passar por tamanho vexame justamente por saber que ali seus poderes estariam reduzidos, os outros três tinham a obrigação de chegar também a essa conclusão.

Fora que, depois, ele derrubou o espectro sem armadura. Tudo bem que ele morreu para fazer isso, mas Kanon não ia se ater em detalhes tão pequenos.

— Pronto, agora eu estou de cara nova. - Disse a agora moça, dando uma última ajeitada no cabelo.

— Kanon, vai por mim, cara... Você não está parecendo com uma copeira...

—Bom, frango frito, eu bem que concordo com você de que os genes foram bacanas comigo, mas por agora, isso aqui vai ter que servir.

Ikki suspirou novamente, desconsolado.

— O que você tá fazendo? - O japonês estranhou ao ver o ex-rapaz enfiando as roupas e acessórios que usava dentro de um saco de lixo preto. - Vai guardar o vestido pra usar de novo?

— Não, tonto, tô guardando as coisas pra guardar tudo aí dentro da tua mochila, que depois eu vou dividir as coisas que usei entre as meninas.

— Hã? - Ikki não podia acreditar no que estava escutando. Desde quando Kanon era dado a presentear os outros? - Cê tá falando sério que cê vai dar as coisas pra elas de presente?

— Bom... Na verdade eu estava pensando em vender...

— Vender?! Poxa, Kanon, as meninas te ajudaram um bocado aí e você vai vender pra elas sua roupa usada?! - Ikki bufou, entre surpreso e decepcionado.

O ex-rapaz até pensou em retrucar, mas ao ponderar melhor sobre o assunto, percebeu que talvez, dessa vez, o colega poderia ter razão.

— Bem... Não é hora de pensar nisso agora. Depois eu vejo se eu dou, se eu empresto, se eu alugo, ou sei lá o quê. Agora nós temos que achar o mafioso de novo, porque estamos na estaca zero.

— Não tão na estaca zero assim... - Ikki observou, olhando Kanon colocar na mochila um cheque ao portador de valor polpudo e a chave vermelha com o cavalinho de metal entalhado em seu corpo. - Sério que cê levou aquele pote? Com uma Ferrari dentro?

— Levei, e levei com estilo. - Kanon tomou a chave das mãos do outro, para colocá-la dentro do saco. - Agora pare de agourar minha Ferrari e minha grana, que nada disso aqui é pro teu bico, não. Agora vamos lá procurar o velho babão de novo.

— Sei não, cara. Eu ainda acho que vou ficar lá só pra segurar vela.

— Eu já te mandei à m**** hoje, não mandei? - Kanon irritou-se.

— Já, e eu tô criando rugas de tanta preocupação. Mas acontece que eu estou querendo te levar embora dessa confusão toda, e você tá insistindo tanto em ficar, só pode ser porque você realmente está caidinha pelo velho...

— Caidinha vai ficar sua cara se você continuar falando essas besteiras. Eu já disse que vou completar a missão, e eu vou completar a missão; ponto final. Eu não sou que nem vocês que acham que missão é brincadeira de criança.

— Epa, pera lá. - Ikki protestou. - Nem vem falar bobagem que pra nós missão também é coisa muito séria.

— Então, se você entende isso, pra quê querer me atrapalhar na hora de completar a minha?

— Porque a minha missão é zelar pela sua segurança, e não dá pra eu fazer isso com você arriscando seu pescoço por aí.

— Bom, então o problema é seu de aceitar uma missão sem pé nem cabeça que nem essa. Porque era só o que faltava, o Shion achar que eu precisaria de guarda-costas.

— E não precisou? Porque se eu não chegasse a tempo, você e o mafioso lá iam estar em um tórrido beijo de amor...

Kanon bufou, chegando à conclusão de que era inútil seguir discutindo com o cavaleiro de Fênix.

— Seguinte, frango: Quer me tirar daqui em segurança? Me ajude a encontrar o Basili! A gente tira ele daqui e se manda dessa enrascada. Eu fico feliz, você fica feliz, o Fucker fica feliz, todo mundo fica feliz. Assim tá bom?

Ikki derreou a cabeça, pois sabia que simplesmente não conseguiria tirar o ex-rapaz daquele maldito hotel sem o mafioso.

— Ok, você venceu, Kanon. Cê quer pegar o mafioso, então a gente vai pegar o mafioso...

OOO

Enquanto isso, Milo, Aiolia e Mu entravam dentro do agora parcamente iluminado complexo do cassino, enquanto Aldebaran se mantinha dentro da van para bater em retirada assim que o time voltasse.

— E aí, Mu, você acha que consegue rastrear o pessoal?

Mu suspirou, já irritado com um princípio de enxaqueca lhe martelando a fronte.

Aiolia devia saber que um lugar como aquele era o pior pesadelo de um telepata, porque reunia tudo que alguém com poderes psíquicos, como ele, não quer: uma multidão ensandecida à beira de um ataque de nervos e uma situação de crise, que apenas torna a turba ainda mais próxima do pânico.

E ele não conseguia evitar que essa sensação de desconforto e urgência que emanava daquelas pessoas todas terminasse por contaminar um pouco de sua própria percepção.

Era por isso, em parte, que Mu era tão dado ao isolamento das outras pessoas.

— Aiolia, entenda que pra eu sentir vocês por perto no meio desse povo enlouquecido no meio de um blecaute já é pedir demais. E como o Kanon não pode usar o cosmo, achá-lo vai ficar bem mais difícil do que o costume.

— Vamos ter que procurar à moda antiga, gatinha. - Milo bufou. - E temos que fazer isso rápido, que o chefe acha que tem alguma coisa errada aqui. E, vamos combinar, tem mesmo.

— Muito bem colocado, bicho, mas você já parou pra ver o tamanho desse lugar? Achar os caras no meio desse povo todo, no escuro, vai ser bem complicado. Fora que eles se separaram pelo lugar, o que só dificulta nosso lado.

— Ninguém disse que ia ser fácil, então vamos lá. - Milo cortou o assunto, com a lanterna nas mãos. - Camus e Shura estavam no Salão de Jogos, e Zeus sabe onde o Saga e o Afrodite foram parar...

— Ngh... - Mu sentiu uma pontada na parte de trás da sua cabeça, algo bem diferente da sensação de pânico iminente generalizada no lugar. - Gente, tem alguma coisa errada...

— Claro que tem, babacas. - Os três mal tiveram tempo de desviar de uma pequena explosão vinda de um disparo de arma. Levantaram os olhos, para ver o mercenário Deadpool diante deles. - Vocês, aqui. Isso está errado, erradíssimo. Mas não é nada que não tenha jeito, não é mesmo? Agora façam o favor de ficarem quietinhos...

Outro projétil veio na direção dos três, imediatamente capturado pelos poderes de Mu.

— Ahá, então esse esquisitinho aí é o tal que é telepata e telecinético, né? Bom saber. - Deadpool apertou um botão no relógio em seu pulso, e subitamente o projétil que Mu mantinha suspenso no ar caiu no chão, junto com o cavaleiro de Áries que veio ao chão de joelhos, segurando a cabeça como se ela fosse explodir.

— O que você fez? - Aiolia trincou os dentes, resistindo ao máximo à tentação de elevar seu cosmo, já que ele sabia que fazer isso em um ambiente fechado e cercado de andares cheios de gente no meio de um blecaute seria má ideia.

— Ruim, não é? - O mercenário sorria maleficamente. - O problema com vocês cavaleiros é esse... Vocês acham que só porque tem esse negócio aí chamado cosmo, vocês são invencíveis. Não são, porque esse tal cosmo não é nada que um pouco de inteligência, planejamento e tecnologia não possam contornar. Mas, matando sua curiosidade, isso que eu acionei é um embaralhador psíquico. Funciona muito bem para neutralizar telepatas e telecinéticos feito esse rapazola de cabelo roxinho aí. E você, pelo que eu saiba, deve estar bem reticente em levantar seu cosmo em ambiente fechado, e já que não está armado...

Milo reluziu seu cosmo, e Aiolia deu um passo para trás.

— Olha só, é um dublê de Johnny Tempest(1)! E o que você vai fazer? Vai cantar 'The Final Countdown' pro pessoal com um show de luzes? Ou vai tentar derrubar o andar na nossa cabeça, hein?

Milo mostrou a unha vermelha do seu indicador direito, agora aparente devido ao seu cosmo elevado.

— Cruuuuuzes, que ataque vai ser esse? Você vai me arranhar até eu morrer?

— Diferente do meu outro colega, meu cosmo pode ser usado em lugares mais fechados sem problemas... - A unha de Milo reluziu, enquanto seus olhos brilhavam perigosamente. - E, bem, você vai receber bem mais do que um arranhãozinho!

O mercenário recebeu uma das agulhas escarlates de Milo com um grito de dor. Deu um passo para trás e ergueu a cabeça, rindo.

— Dolorido isso é... Veneno, hein? Consigo sentir. Pra sua infelicidade, porém, eu tenho um fator de cura... - Deadpool avançou para cima de Milo, que não recuou. - Vamos dançar, garotão.

OOO

Em outro ponto do cassino...

— Milo... - Camus disse, subitamente alerta.

— Que tem ele? - Shura perguntou, mais concentrado em encontrar os outros cavaleiros do que no cavaleiro de Escorpião.

— Não está sentindo? O Milo está usando o cosmo dele.

— Ah... - Shura coçou a cabeça, com um riso irônico no rosto. - Esqueci que vocês dois tem esse lance aí de 'amigos pra sempre'... Meio esquisito isso, sabia, cara?

Camus fez um muxoxo, percebido pelo outro colega mesmo apesar da pouca claridade do local.

— Bem... Independente da esquisitice de vocês dois aí, é mau sinal o Milo estar usando o cosmo. - Shura ficou subitamente sério. - Você sabe o quanto isso complica a situação da gente, não sabe?

O francês suspira, balançando a cabeça em concordância.

— Mas eu disse que essa missão era fria, cara. Eu disse. Ninguém pode falar que eu não disse.

— Vamos lá, Shura, coragem. - Camus replicou, estoico. - A gente tem que achar esse pessoal, quem quer que seja: Kanon, Saga, Afrodite, Máscara da Morte, Milo...

— Milo. - Shura disse, um tanto mais decicido. - Se você consegue sentir o cosmo dele, vai ser mais fácil de achá-lo.

— Nem tanto. - Camus suspirou novamente. - Do jeito que isso aqui está cheio de gente...

— Deixa de conversa, cara. - Shura o cortou. - Ele não é seu 'amigo especial'? Cê se concentra aí nele e vamos atrás.

— O que exatamente você quer dizer com 'amigo especial'? - Camus estreitou os olhos e a temperatura do local caiu alguns graus, já que Shura tinha tocado em um dos poucos assuntos que realmente o tiravam do sério: Os boatos maldosos que cercavam sua amizade com o cavaleiro de Escorpião. - Só porque o cara é meu amigo vocês ficam com isso?

— Tá, cara, calma aí. Eu tava só brincando. - Shura levantou as mãos espalmadas para desculpar-se, sentindo a fria animosidade do colega no ar. - Mas de qualquer jeito, vocês dois tem esse lance aí de amizade e tal, é mais fácil de achar o Milo do que os outros. Vamos lá?

Camus seguia com os olhos estreitos, mas a temperatura parou de cair.

— Vamos ver o que eu posso fazer...

OOO

Enquanto isso...

Milo seguia enfrentando o mercenário conhecido como Deadpool, em uma batalha que parecia bem mais fácil antes de começar do que agora.

O dito mercenário era durão. Ágil e rápido, conseguia contrabalançar as agulhas escarlates com o tal fator de cura, e até mesmo acertar alguns golpes bem encaixados no cavaleiro; já que Milo agora se afastava para limpar o canto da boca que sangrava um pouco depois de um cruzado de direita do oponente. A luta se estenderia mais do que ele previa, e Milo conseguia ler no outro uma resistência e uma experiência que podiam estendê-la ainda mais.

Enquanto isso, Aiolia seguia tentando ajudar um Mu que seguia apertando a cabeça entre as mãos como se ela fosse explodir a qualquer minuto. Tinham de admitir que foi uma bela jogada do mercenário neutralizar justamente aquele com poderes que poderiam desequilibrar um embate num ambiente como aquele, já que Aiolia usando seus poderes era uma situação fora de questão.

— Gente, o que eu posso fazer?

— Desligue... aquela... coisa... que ele... está... usando... - Mu respondeu ao colega, sua voz rouca e sofrida denotando o imenso esforço que ele empregava para simplesmente falar.

— Mas eu não posso usar meus poderes! - Aiolia exasperou-se. - Eles têm razão quando dizem que, se eu soltar um relâmpago de plasma, eu posso colocar o prédio abaixo!

— ...Restriction! - Milo tentava usar, pela enésima vez, o golpe paralisante no mercenário, que o contrabalançava com seu fator de cura. Funcionava apenas por alguns segundos, onde ele o acertava com uma Agulha escarlate, que também era revidada pelo fator de cura do inimigo.

Mas em um dos golpes de Milo, Aiolia conseguiu ver que a guarda do mercenário baixou por alguns instantes, e resolveu aproveitar a deixa para lhe dar uma rasteira. Pelas costas.

— EI! - Ao invés de ficar grato, Milo se ofendeu. - Essa luta é MINHA!

— Isso NÃO É uma luta, bicho, é uma MISSÃO! - O outro devolveu, tentando agora dominar o mercenário com os próprios punhos.

— Imagina, moços, agora que a luta está interessante de verdade! - Apesar da rasteira tê-lo deixado em desvantagem, Deadpool ainda assim conseguiu levantar-se e contra-atacar. - Porque bem que eu estava me perguntando quando que o mocinho aí ia parar de pajear o esquisito pra vir aqui entrar na roda! É só uma pena que você esteja tão relutante de usar seus golpes... Mas eu, ao contrário de vocês, não tenho muita intenção de poupar danos materiais à construção.

Dizendo isso, Deadpool mostrou uma granada.

— Bem, amiguinhos, é uma pena mas eu vou encerrar o show por aqui. Eu sei que eu vou sair vivo da explosão, mas quanto à vocês... Desde já, meus sentimentos pelos estragos causados...

Antes que Deadpool pudesse desarmar o explosivo, a temperatura do lugar caiu assustadoramente.

— Você pode sair vivo da explosão, mas não sairá vivo se eu o congelar. - A voz de Camus se sobressaiu no lugar, junto com Shura. - Renda-se agora, ou eu o congelarei.

— Ah, sim. - O mercenário suspirou. - Chegou a cavalaria... - Puxou o pino e jogou a granada na direção de Mu, obrigando Camus a usar a totalidade do seu cosmo para conter a explosão enquanto ele fugia.

— E aí, todo mundo inteiro? - Shura perguntou. Passado o aperto, todos estavam bem; mas o mercenário tinha desaparecido.

— Tirando o gelo espalhado pelo lugar, tá tudo ótimo. - Disse um Milo razoavelmente dolorido. - Aiolia, e o Mu?

— Eu estou bem. - Disse o lemuriano, agastado pela vergonha de ter sido facilmente dominado pelo embaralhador psíquico. - Agora temos que achar os outros.

— Gente, que frio... - Aiolia estremeceu, enquanto começavam a caminhar pelo ambiente agora congelado.

— Pra quem tava reclamando tanto do calor na van... - Milo rebateu de pronto. - Credo, mas nunca tá bom pra esse cara...

OOO

Saga, Afrodite e Máscara da Morte seguiam por outro ponto do cassino, empenhados em encontrar Kanon.

O que já se revelava uma missão inglória.

— M****. - Máscara da Morte tentava usar o ponto para se comunicar com a base, sem sucesso. - Cortaram nosso sinal.

— Nossa, que bom. - Afrodite resmungou. - Não falta mais nada pra dar errado nessa porcaria.

— Mas lembrem-se do que disse o Nick Fury. Se fosse fácil, a CIA resolvia. - Saga rebateu. - Sinceramente, a gente não ganha pra isso...

— Ganham mais do que merecem, isso eu garanto. - A voz rouca da que se dizia Kathleen Bismarck soou no ambiente, e os três se viraram para verem a loira apontando uma arma para os três.

— Ô boneca, abaixa essa arma antes que eu te mande pro inferno, literalmente. - Máscara da Morte ameaçou. - E não pense que eu pego leve com senhoritas, até porque você não é uma senhorita.

— Nem que não pegasse, brucutu. Você só me nocauteou porque me atacou pelas costas. - A loira sorriu. - Meio difícil de fazer isso agora, não?

— Senhorita... - Saga destilou ironia na palavra. - É o último aviso que nós damos. Saia do nosso caminho, ou sofra as consequências.

— Vocês são uns imbecis, isso sim. - Retrucou a pretensa Kathleen. - Não sou eu que estou no caminho de vocês, vocês é que estão no meu. Sabem quanto tempo eu demorei para me infiltrar nesse grupo de mercenários? Vocês estão estragando tudo...

— Como assim? - Perguntou Afrodite, já formando uma rosa nas mãos.

A loira não respondeu, mas nem precisaria. O já presente Nick Fury interrompeu o sueco, numa exclamação de puro assombro.

— ...Verônica?

OOO

Conseguirá o time de resgate efetivamente resgatar os cavaleiros envolvidos na missão, apesar do envolvimento do perigoso Deadpool? Conseguirão Kanon e Ikki encontrar o mafioso Benicio Basili e assim concluir mais esse trabalho em nome da Justiça? E.. Quem na verdade é Verônica, e de onde Nick Fury a conhece?

Tudo isso e muito mais nos próximos capítulos!

Stay tuned!


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Notas finais do capítulo

Jukebox:

1- The Final Countdown: Sucesso do Grupo oitentista de Metal Farofa conhecido como Europe, cujo vocalista era Johnny Tempest; a viva imagem de Milo de Escorpião segundo essa que vos escreve. Ou Dave Mustaine, do Megadeth, ele também serve muito bem.



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