Sob As Luzes de Paris escrita por Letícia Matias


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Como vocês estão?
Primeiramente quero desejar um Feliz Natal para todos vocês e em segundo lugar, mas não menos importante, quero pedir desculpas por ficar tanto tempo sem escrever... Desde outubro se não me engano... Foi bem difícil conciliar último bimestre na escola... E eu não tinha muito tempo para escrever... Mas quero dizer que não desisti da história e agora sempre que tiver tempo vou postá-la...
Obrigada por não desistirem... Ainda tem muito para acontecer.



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Por um momento, pude jurar que parei de respirar. Meu coração estava acelerado e eu estava imóvel, olhando para o monitor, onde um embrião pequenininho era contornado por um círculo para que pudéssemos ver.
O doutor John olhou para mim e disse:
– É por isso que está passando mal. Não é nenhuma intoxicação alimentar, você está grávida.
Eu não disse nada, Alexander também não. Eu não conseguia nem ouvir ele respirando.
–O exame de sangue deu positivo. Aparentemente, você está com 3 semanas.
Engoli em seco e então John continuou:
–Eu vejo que vocês estão bem surpresos então, vou dar uns minutos para vocês e depois, voltamos a conversar.
Ele levantou-se da cadeira ao lado da maca e acendeu a luz, o que me obrigou a estreitar os olhos.
O doutor saiu da sala e fechou a porta. Eu não sabia o que falar, eu queria olhar para a cara de Alexander, mas tinha medo do que eu veria na sua expressão. Permaneci imóvel e calada.Permanecemos assim por mais ou menos três minutos , até que Alexander veio para o meu lado e sentou-se na cadeira que minutos atrás estava sendo ocupada pelo médico.
Olhei para ele, analisando sua expressão. Será que ele estava com raiva? Não era o que parecia, mas, eu não sabia de nada.
–Você está bem? - pergunto.
Ele suspira e pega minha mão.
– Por que está me olhando com medo?
– Porque não sei o que você está sentindo. - confessei.
– Estou chocado. - ele respondeu e deu de ombros.
Olho para o teto, tentando não me desesperar e começar a chorar. Não quero nem pensar nas centenas de perguntas sobre o meu futuro que meu subconsciente está prestes a atacar para cima de mim.
Engoli em seco e evitei olhar para Alexander. Mas pelo canto do olho, eu vi que ele me analisava.
–Será que você pode dizer alguma coisa? - ele perguntou.
Dizer o que? Eu não sabia o que dizer! Eu sentia uma bile subindo por minha garganta, me sufocando. Eu estava prestes a ter um ataque de choro. Mas, por que eu estava com vontade de chorar? Eu sempre quis ter uma familia, nunca quis ter filhos velha de mais... Mas eu também queria ter uma carreira profissional! Era muito cedo.
Sentei-me na maca e aproximei-me da tela do monitor para poder enxergar melhor aquele pontinho. Eu tinha feito aquilo, tinha uma... Vida dentro de mim naquele momento. Eu tinha alguém para proteger, alguém para cuidar, alguem para me preocupar. Era assustador, mas era lindo.
Com aquele pensamento comecei a chorar enquanto meu dedo indicador pressionava o pontinho preto no monitor pequeno.
Alexander se levantou da cadeira e se colocou de pé do meu lado. Colocou as duas mãos nos meus ombros.
– Você esta feliz? - perguntei tentando parar de chorar.
Ele sorriu.
– Estou sim. - ele disse.
O tom dele era preocupado. Ele até poderia estar feliz, mas estava tão chocado quanto eu.
– Eu também.
Ele me abraçou forte enquanto com o meu queixo apoiado em seu ombro, eu olhava pra vida dentro de mim.
***
O caminho de volta ao hotel foi silencioso. Eu não conseguia falar nada e Alexander também não se pronunciou. O médico tinha recomendado voltarmos para Paris e algumas outras coisas relacionadas a alimentação. Alexander dissera antes de entrarmos no carro que compraria as passagens para hoje a noite. Não fiz objeções porque eu estava louca para voltar para o meu apartamento.
– Você quer comer alguma coisa? - ele perguntou enquanto estacionava em frente a uma cafeteria.
– Um café com caramelo. - respondi.
Ele saiu do carro e fechou a porta. Subiu uma escadinha e entrou dentro da loja. Ele estava muito perturbado, mas não queria demonstrar. Eu podia sentir que ele estava tão apavorado quanto eu. Será que íamos superar isso?
Suspirei e involuntariamente minha mão pousou na minha barriga. Olhei para ela. Eu estava quase com um mês. Dentro de um mês eu tinha bebido muito, transado, tinha desmaiado, tinha tido uma concussão! Como não descobrimos isso antes? Eu me arriscara tanto sem saber que tinha uma vida dentro de mim.
Enquanto eu olhava para minha barriga, evitei pensar no meu futuro acadêmico. Eu não queria pensar nos problemas, não queria ver o lado ruim e sim o lado bom.



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Notas finais do capítulo

Espero vocês no próximo capítulo! :)



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