Sob As Luzes de Paris escrita por Letícia Matias


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Estou aqui com mais um capítulo para vocês!!
Espero que todos tenham passado um Natal bom com suas famílias e pessoas queridas.
Boa leitura!! :)



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Alexander voltou logo depois com dois cafés. Quando ele abriu a porta do carro para entrar, senti o vento contra o meu corpo e estremeci, ele fechou a porta e me entregou o meu café.
– Obrigada. - falei baixinho.
Ele não respondeu e tomou um gole do seu café. Depois de um tempo, olhou para mim. Eu estava com os pés em cima do banco do carro, encolhida. Olhei para ele e sorri suavemente.
– Vamos voltar pra casa hoje, tudo bem?
Assenti.
Ele ligou o carro e começou a nos conduzir de volta para o hotel.
***
No quarto do hotel onde estava tudo quentinho e silencioso, eu não tinha muito o que fazer. Minhas roupas já estavam na mala e tudo o que eu queria fazer era deitar e descansar e foi o que eu fiz.
– Você está se sentindo bem? - Alexander perguntou enquanto arrumava a sua mala, dobrando algumas roupas.
Olhei para ele e sorri suavemente.
– Estou, só estou cansada.
– Tudo bem, acho bom você dormir um pouco mesmo.
Assenti e fechei os olhos. Minhas pálpebras pesavam tanto que não tive problemas para adormecer.
***
Eu tinha certeza de que estava sonhando e por mais que eu quisesse acordar,não conseguia. Eu estava na casa de Alexander e ele me olhava com os olhos furiosos, os meus estavam cheios de lágrima e eu sentia uma bile subindo pela garganta. Eu estava desesperada e queria implorar para ele não fazer aquilo comigo, mas, ele estava me mandando embora. Minha mão estava pousada na minha barriga. Com lágrimas nos olhos, virei-me e abri a porta para sair da sala que estava aquecida pela lareira. O vento atingiu violentamente meu corpo do lado de fora da casa, o chão era um cobertor branco espesso e o vento jogava contra mim flocos grossos de neve. Meu cabelo já estava ensopado e eu tremia de frio apesar de estar vestindo um suéter cinza de lã.
Eu obrigava minhas pernas a se moverem e meus pés andarem por cima daquele cobertor gelado e branco, eu mal conseguia enxergar com os olhos embaçados por causa das lágrimas.
Minha mão ainda pousada na minha barriga sentia chutes dolorosos da vida que eu estava carregando dentro de mim. O que faríamos? Por que Alexander tinha feito aquilo comigo? Estava tão frio, eu estava tão fraca e doente. Eu estava vendo tudo em terceira pessoa. Eu podia ver a mim mesma andando frágil e desolada em meio a nevasca. Meu o "eu" frágil parou e olhou para mim, que a observava e disse:
–É assim que vai acabar. Nos ajude, por favor!
A ventania ficou mais forte de uma hora para outra e eu comecei a chorar enquanto me olhava tão frágil e sem rumo. Gritei para ela vir até mim e estendi a mão.
Ela estendeu a mão e enquanto o vento violento nos atingia, ela andava com dificuldade até mim, estava se aproximando e então, Alexander apareceu e segurou o braço dela.
–Justice, acorda. - ele disse e deu um beijo em sua testa.
Meus olhos se abriram lentamente e eu pisquei algumas vezes. Meu coração estava disparado e eu estava feliz de ter acordado daquele sonho esquisito. Alexander tinha me dado um beijo na testa e agora ele olhava para mim, seu rosto estava próximo do meu.
– Oi. - falei baixinho e sorri.
– Você estava sonhando? - ele sorriu.
Assenti. Estava mais para pesadelo.
–Eu sabia. Você estava com a testa franzida. - ele falou e colocou o indicador no meio das minhas sobrancelhas.
Sorri para ele. Ele me conhecia bem demais. Suspirei.
– Me abraça?
Ele pareceu surpreso com o meu pedido,mas logo sorriu suavemente e me abraçou, deitando do meu lado trazendo meu corpo para perto do seu. Eu enterrei o rosto em seu peito e fechei os olhos. Ele me trazia uma paz indescritível. Eu o amava tanto...
–Você está bem? - ele perguntou enquanto acariciava os meus cabelos.
– Sim. - falei com a voz abafada.
Ficamos em silêncio por um momento.
– Acho que já está na hora de se arrumar para irmos para o aeroporto.
Assenti e me afastei um pouco para olhar para seu rosto.
–Te amo. - falei.
Ele sorriu.
– Eu também te amo.
***
Pegamos um táxi que nos levou para o aeroporto. O trajeto não foi muito demorado, mas minha mente viajava a todo momento que pareceu que ficamos horas sentados naquele táxi olhando pela janela. A cidade estava linda com tanta neve... Tudo estava decorado com luzes de Natal e a cidade estava calma por causa da nevasca, quase não se via pessoas na rua por causa do feriado e por causa do clima. O braço de Alexander estava em volta dos meus ombros enquanto eu analisava tudo pela janela. Eu sentia que ele estava me olhando e eu não queria encarar aqueles olhos castanhos quentes que me fariam perguntas. Eu queria evitar todas as perguntas porque eu já tinha milhares na minha cabeça.
***
No aeroporto, as filas para fazer o check-in estavam absurdamente grandes. Se passavam das sete e meia da noite e o voo seria ás oito, eu já estava irritada com aquela demora enquanto estava abraçada com Alexander que era tão mais alto do que eu.
– Você está com fome? - ele perguntou olhando para mim.
– Não.
– Mas você só tomou um café o dia inteiro. Acho melhor você comer alguma coisa.
– Não quero.
Ele queria insistir, mas apenas balançou a cabeça e então por um milagre de Deus, chegou a nossa vez.
Uma mulher de cabelo preto preso em um coque apertado olhou para nós com curiosidade. Na certa estava pensando o que ele estsva fazendo comigo.
–As passsgens, por favor? - ela perguntou e sorriu para Alexander que entregou as passagens para ela com a mão que não estava na minha cintura.
Vi as bochechas dela ficarem coradas e revirei os olhos. Eu não suportava aquilo. Eu já sabia que ele tinha um efeito arrebatador nas mulheres, mas será que TODAS elas tinham que corar quando olhavam para ele? Com certeza eram os seus olhos castanhos.
Ela digitava alguma coisa no computador enquanto olhava para as passagens. Nossas malas foram para a esteira e ela entregou as passagens de volta para Alexander.
–Tenham uma boa viagem. - ela falou olhando para ele e depois para mim.
Eu olhava para ela com a cara emburrada. Não conseguia evitar o meu mal humor quando via aquelas mulheres agirem daquele jeito perto do meu homem.
–Obrigada. - Alexander falou e nós saímos da fila.
Nos dirigimos para perto do portão de embarque e paramos em frente ao grande portão de vidro onde podíamos o avião na pista.
–Por que você está emburrada? Só porque a mulher ficou vermelha...
Olhei para ele e revirei os olhos. Ele estava sorrindo.
– Tenho certeza de que você acha a maior graça. -falei com os braços cruzados.
Ele riu.
– Eu não acho graça nelas, eu acho graça em você ficando com raiva. A culpa não é minha.
–Claro que não,a culpa é minha. - falei e suspirei.
Ele pegou o meu braço que estava cruzado e os envolveu em volta da sua cintura de modo em que eu o estava abraçando e ele me abraçando.
–Quantas vezes eu vou ter que falar que só tenho olhos pra você?
Escondi meu sorriso enquanto enterrava meu rosto no seu suéter preto de lã.
–Desculpa, eu estou mal humorada mesmo. Mas é que eu fico com tanta raiva dessas mulheres. Qual é o problema delas? Elas ainda olham para mim me menosprezando por estar com um homem como você.
Ele deu uma risadinha e segurou meu rosto com as duas mãos.
–Elas não têm a menor chance contra você.
–Que bom. - falei e sorri.
Alexander também sorriu e me deu um beijo.
Uma voz masculina soou nos alto-falantes indicando o número do nosso voo, o portão de embarque e o horário.
– Vamos pra casa. - Alexander murmurou no meu ouvido e eu sorri.
Era estranho, mas realmente Paris nunca pareceu tanto como minha casa.




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Notas finais do capítulo

E aí, vocês gostaram? Espero que sim! Vou tentar postar com frequências o capítulos okay? Mas não prometo não kkkkkk
Um beijo e até o próximo capítulo ;)



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