And In This Pool Of Blood escrita por gaara do deserto


Capítulo 7
Seguindo Gerard Way


Notas iniciais do capítulo

Esse deu o maior trabalho de escrever...



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Cap. 7 - O garoto da Igreja


Saí da sala na hora do intervalo com o Bert. Criticas a parte daquela menina que eu não me lembro o nome (apesar dela exigir que JAMAIS esquecesse o seu nome), não ligamos Andamos por aí, conversando, e fomos parar no canto mais afastado do gramado, onde crescia umas árvores e ninguém ficava enchendo o saco.

"Por favor, a gente SÓ tava conversando!"

De repente, o Bert começou a falar de música de novo. Fingia que escutava, ficava olhando, perdida, para o gramado. As pessoas vinham e iam, até que entre elas eu vi o Frankie. E reparem só... com uma garota. Não sabia se ria, se me surpreendia, de nada. Mas, pensei em uma coisa: se ele viesse com uma gracinha pra cima de mim, eu já tinha com o que rebater.

Era uma garota bonita: tinha cabelos curtos e pretos, usava o mesmo uniforme feminino que eu (dããã!) e tinha uma aparência bem inocente. O completo oposto do Frankie.

"Mas, é como dizem: os opostos se atraem!"

- Você tá me escutando?

Olhei dessa vez para o Bert. Corei um pouco por não ter escutado nada. Então, admiti:

- Desculpa mesmo, mas eu não entendo nada de música.

Ele pareceu um pouco desapontado.

- Tudo bem - ele disse depois - Mas me senti falando com as paredes.

- Okay, dose extra de culpa pra mim!

Ele riu.

- Dessa vez passa, Natallie - concedeu - Mas...

- Mas... O quê?

- Você vai ter que ouvi algumas músicas.

- Quê?

- Seguinte: eu trago uns Cds, você escuta e fica tudo bem.

- Tá. Sim, senhor, Capitão! - exclamei, fazendo uma continência. A campa tocou e voltamos para a sala. O Way continuava emburrado. Eu ligo? NÃO!

Porém, numa coisa eu prestei atenção: ele não tava assistindo à aula (que surpresa...). Estava escrevendo algo em seu caderno, enquanto o Prof. Donnovan explicava a matéria de Biologia. Way estava tão concentrado que eu pensei que poderia estar fazendo algo muito sério.

"Nossa! Será que ele... pensa?". Já estava morrendo de curiosidade. Espanto, eu nunca me interesso por essas coisas...

*Que maldade!*

Tinha decidido uma coisa: ia segui-lo depois da escola. Idéia estranha, né? Mais estranho é o que eu vou encontrar.

*Outra música do Arquivo X*

O professor passou um trabalho parar ser entregue na semana que vem. Bert gemeu.

- Não se preocupa, eu vou te ajudar - disse à ele.

- E Física?

- Também.

Aula de Geografia agora! E depois... Inglês!

*Quanta coisa boa num só dia, hein?*

Quando a aula acabou, Bert disse que não podia ir comigo hoje e como sabia que Frankie também não iria, isso me convinha perfeitamente.

Quando o Way saiu, deixou cair a folha de papel em que estava escrevendo. Foi embora, sem olhar pra trás. Como era uma das ultimas a sair, peguei sem hesitar o papel. Olhei-o.

Fiquei parada, com o papel na mão, lendo até o fim. Nunca pensei que Way pudesse escrever coisas desse tipo. Mas também, nada mais podia me surpreender. Guardei o papel na mochila e corri atrás do Way. Tinha que descobrir o que ele tava fazendo. Corri muito até encontra-lo; ele seguiu, de repente por uma rua diferente da que vinha todos os dias. Não hesitei, segui-o. Tomava cuidado para não ser pega, mas não perdia ele de vista.

Estava me distanciando muito de casa, mas não ia parar agora. Way seguiu por outras ruas até chegar em uma grande, onde ficava a única igreja de Beleville - A Igreja Nossa Senhora da Misericordia.

*Sempre achei esses nomes estranhos...*.

Me escondi atrás de uma arvore que havia perto quando ele olhou para trás. Depois vi quando ele entrou na Igreja.

"O que será que ele tá fazendo? Eu tenho que ir embora daqui!"

Mas não iria; a curiosidade me prendia ali. Após alguns minutos, percebi que era seguro segui-lo. Andei até a pequena escadaria e espiei pela porta. Mesmo longe, não havia como enganar-me: era realmente o Way - sentado em um dos bancos, de cabeça baixa.

Entrei sorreteiramente e sentei no ultimo banco, tomando cuidado em fazer silêncio.

"Por que ele tá aqui? Por que eu tô aqui?"

Pelo que pude notar, seus labios se mexiam silenciosamente - ele devia estar rezando.

"Rezando???"

Way permancia de cabeça baixa, seus lábios se movendo, quando uma pessoa entrou na igreja: era mais ou menos do meu tamanho, envolta de um xale verde-água. Me escondi mais ainda naquele banco e essa pessoa passou direto por mim, até que parou perto do lugar onde o Way rezava. Ela tirou o xale:

Era a minha avó.

*Socorro! Eu me perdi na história!*

Me levantei cuidadosamente - já vira o suficiente. Andei até a porta e saí corendo pela rua. Como eu tinha a chave de casa, não foi surpresa nenhuma encontrá-la vazia. Subi para o meu quarto sem ver o aviso:


Querida Natallie,

 Tive que sair por uns instantes. A comida está em cima do fogão. Não irei demorar.

Vovó.


Tranquei-me no quarto e me encostei na parede, escorregando até cair. Então minha avó conhecia o Way. Mas de onde?

E o que ele estava fazendo naquela igreja. E rezando?

    A minha memória era maravilhosa às vezes. Ele começava a rodar como um filme bem antigo e aos poucos o quebra-cabeça se recompõe.


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Notas finais do capítulo

OHHHH (música de suspense)
O que será que há no papel?
E a lembrança da Natallie???
Veja no próximo cap. dessa novela-não-mexicana!!!



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