Férias Inesquecíveis. escrita por Júnionline


Capítulo 3
Ao olhar pela fechadura.


Notas iniciais do capítulo

De grão em grão, a galinha enche o papo. De passo em passo, os tolos caminham para sua morte.



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Já eram 03:07 AM, ninguém havia dormido. Depois que Paula voltou empolgado da orla da cidade, ela esperou todos se reunirem para contar em detalhes o que o Padre havia lhe dito. - O Fundador ficou tão transtornado com a morte da filha que nunca mais foi o mesmo - Paula dizia sentada na janela - Ele começou a ter surtos, ameaçava as pessoas de mortes e foi visto em diversas ocasiões agredindo sua espoja.

— Ninguém fez nada para ajudar a mulher dele? - Gabriel perguntou.

— Não podiam, a mulher na época era somente um objeto que pertencia ao marido - Manda respondeu.

— Ele só se acalmava quando lhe davam a boneca da réplica da sua filha - Paula saiu da janela e trancou, sentando calmamente na cama - Ele conversava com a boneca como se fosse sua própria filha, ele chamava a boneca de Marybelle, o nome da sua filha.

— Isso é bem esquisito - Igor dizia.

— Fica pior - Paula respirou fundo - O Padre disse que muitas pessoas desesperadas entravam na igreja dizendo que viam a boneca responder de alguma forma.

— E você quer que nós entremos nesse casa para investigar o quê ta havendo?! - Cris questionava.

— Na mesma casa que possivelmente é assombrada? - OJ continuou.

— Fala sério - Gerson interrompeu a discussão - Não vão me dizer que acreditam nisso.

— Tudo indica que essas coisas estão mesmo acontecendo - Paula levantou para debater com Gerson - Essa cidade esconde um segredo horrível.

— Claro, isso é tão real quanto o Monstro Do Lago Ness.

— Ei - OJ exclamou - O Ness é real.

— Isso são apenas histórias para atrair turistas

— Gerson - Bia tocou seu ombro - Por favor, só vamos ver um pouco, vai ser até legal.

— Então tá - Ele disse - Uma única visita na casa, mas se não acontecer nada, vocês desistem dessa maluquice.

— Vou ficar muito feliz quando ver você borrar as calças - Paula se deitou com um sorriso enorme no rosto.

— Será que só eu to curioso para saber como vamos entrar? - Nathaniel disse indo para cama por último - Sério, não me lembro de ninguém ter falado de nenhum plano.

Naquela noite ninguém conseguiu ter uma bela noite de sono, estavam todos muito empolgados para bancarem os detetives como Scooby-Doo ou Sherlock Holmes. Mal se lembravam que nos filmes, somente 1 sobrevive no final. E na continuação, esse que sobreviveu, sempre é o 1° a morrer. Foi uma noite longa. Cheia de barulhos de móveis se arrastando e alguns gemidos pelo quarto. Coisas normais em uma viagem de amigos.

Na manhã seguinte, todos acordaram energizados. Se arrumaram rápido e tomaram café rápido. Depois foram todos para orla esperarem que o 1ª ônibus turístico passasse, para que assim, colocassem o plano em ação. Quando o ônibus passou pela frente da casa, eles observavam a Guia fazer o mesmo discurso cansativo, até que o ônibus seguiu em frente.

— Essa é a nossa chance, não tem ninguém - OJ foi correndo para o portão da casa.

— O plano é simples: - Paula contava sua grande ideia empolgada - Cris e o Gabriel passarão todos nós pelo muro, e quando estivermos do lado de dentro abriremos a porta para eles entrarem.

— Por que Cris e eu?

— Verdade - Cris afirmou com o amigo - Por que vamos ter que passar vocês?!

— Okay, então vamos pedir pro Gustavo e pra Bia - Paula pegou o braço dos dois para mostrar como eram finos.

— Tá dizendo que somos "fortinhos" ?! - Gabriel perguntou meio ofendido.

— É que preciso de homens de verdades para esse serviço - Paula tocou o ombro do seu namorado - Ou prefere que eu ligue pro Eevee vim me ajudar ?!

— Mas ele não é homem o suficiente - OJ e Bia falaram ao mesmo tempo enquanto faziam um gesto obsceno com as palmas da mão.

Depois de finalmente convencerem Cris e Gabriel a passarem seus amigos, 9 das 11 pessoas do grupo ja estavam dentro. Enquanto abriam o portão para os outros dois entrarem, percebiam o quanto o jardim da casa era enorme. De fora, parecia um jardim pequeno de uma idosa que não sabia mais o quê fazer da vida e ficava horas regando flores. Mas de dentro, parecia um campo de futebol florido com uma casa no final. Já com o grupo completo dentro daquela área, foram na direção da casa. Andaram bastante, parecia que o universo tirava sarro da situação. Chegaram na sacada da casa e encararam a porta por alguns segundos. Respiraram fundo e depois que OJ conseguiu abrir a fechadura, todos entraram de uma vez. Ao se depararem com seu interior, todos ficaram bambos, por um momento todos esqueceram de como se falava, até que Gerson, em seu senso humano, disse:

— Nossa.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo, amados leitores.



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