Falling in Love escrita por Luna Lovegood


Capítulo 5
We made a Vow


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!
Obrigada pelos comentários e favoritos, é sempre bom receber um feedback de vocês!
Espero que gostem!



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You and me, we made a vow

For better or for worse

I can't believe you let me down

But the proof is in the way, it hurts

For months on end I've had my doubts

Denying every tear

I wish this would be over now

But I know that I still need you here

You say I'm crazy

Cause you don't think I know what you've done

But when you call me baby

I know I'm not the only one

(I’m not the only one - Sam Smith)

 

Felicity Smoak

— Você não se juntou a mim no banho — falou lançando-me um meio sorriso sexy. Permiti-me voltar a respirar, mas eu ainda não estava completamente aliviada. Não, porque apesar das palavras e do tom de brincadeira, Oliver ainda parecia irritado com algo. Eu podia ver através do sorriso dele, definitivamente algo não estava bem.

Dei um sorriso nervoso tentando aliviar a tensão, era o melhor que eu conseguiria fazer, não confiava na minha voz para dizer algo. Provavelmente eu acabaria estragando tudo, eu tendia a ser uma péssima mentirosa. Oliver por sua vez sorriu de volta para mim mais cálido dessa vez, uma de suas mãos subiu até minha bochecha fazendo um pequeno carinho ali. Como alguém que tem uma arma era capaz de um gesto tão doce?

— Eu acho que mereço um pedido de desculpas por esse lapso não acha? — seu corpo rígido me pressionou contra o móvel.

— Hum... Me desculpe? — falei tão baixo que mal ouvi minha própria voz.

— O que eu faço com você? — sussurrou, olhando diretamente em meus olhos, me senti intimidada, acuada por aquele olhar tão intenso — Você está em cada pensamentos meu, eu perco a razão por sua causa. Eu deveria seguir um caminho, mas me vejo seguindo outro. Querendo outras coisas, coisas que eu não deveria querer — havia algo no tom de voz dele, Oliver parecia me culpar — você está mudando tudo. — deixou a última frase escapar.

— Oliver... — comecei falar, e minha voz saiu um pouco trêmula. Eu ainda estava abalada pelo o que eu havia encontrado na gaveta de meias dele, e agora ele vinha com esse discurso totalmente sem nexo — Sobre o quê você está falando? — ele suspirou, e fechou os olhos parecendo irritado e um pouco triste, eu não conseguia definir exatamente. Ele respirou fundo algumas vezes, parecia estar pensando seriamente sobre algo. Eu pensei em aproveitar a distração dele e sair dali, mas seu aperto era forte, quase possessivo.

Depois do que pareceram alguns minutos ele abriu seus olhos, ele parecia mais calmo agora, a raiva que eu vira queimando em suas íris parecera desvanecer, e dera lugar a algo diferente a um brilho quase predatório que eu conhecia bem.

— Eu estou falando sobre você, sobre esse seu cheiro que me atormenta — desceu seus lábios até meu pescoço e pressionou seu corpo contra o meu deixando-me sentir a intensidade de seu desejo por mim. Eu estava confusa, principalmente porque eu o queria também e isso me assustou. Eu havia encontrado uma arma escondida em nosso quarto, eu tinha certeza que Oliver não era a pessoa que eu pensei que fosse, mas o meu corpo parecia discordar da minha mente. Porque assim que corpo de Oliver colou no meu, eu me senti impelida para ele. Seus lábios quentes começaram a beijar e mordiscar o meu pescoço, e suas mãos desceram até minha cintura me apertando com força.

A barba por fazer dele arranhava a pele do meu rosto e essa sensação me deixava a arrepiada, quando dei por mim eu já estava ofegante. Seus lábios fizeram o caminho até a minha boca e ele me beijou passionalmente.

Eu estava me esquecendo de tudo, me esquecendo do que eu havia encontrado na gaveta dele, me esquecendo do aviso de “J” sobre eu estar em perigo, me esquecendo de que o homem que estava me beijando talvez não fosse o Oliver Queen com quem me casei, talvez ele fosse um completo desconhecido.

As mãos dele desceram até a base da minha blusa e a retiraram num movimento rápido e fluido, meu sutiã também se foi com a mesma rapidez. Eu estava meramente consciente de que Oliver estava me carregando para a cama, tudo na verdade era um grande borrão ao meu redor.

O corpo de Oliver estava sobre o meu, suas mãos estavam retirando minhas calças, me tocando de formas provocantes, sua boca em meu corpo provando-o.

Eu apenas sentia que Oliver precisava de mim, e que meu corpo não queria parar de corresponder as carícias dele. Eu precisava dele também, eu precisava de seus beijos e seus carinhos, eu precisava me esquecer da confusão que era a minha mente. E foi isso o que fiz, deixei que o corpo de Oliver me fizesse esquecer. Deixei a sensação de nossas peles se tocando, nossas respirações ofegantes se misturando e nossos corações acelerados, deixei que tudo isso tomasse conta de mim e dos meus pensamentos.

Por isso quando ele me preencheu eu me senti satisfeita e completa. Senti como se mais nada existisse no mundo. Eu me esqueci de tudo naquele momento. Só havia nós dois nos movendo no mesmo ritmo, nós dois buscando pelo prazer e no fim o encontrando.

Aconcheguei-me nos braços de Oliver quando acabamos, nenhuma palavra foi dita, nós apenas dormimos depois disso. Mas eu sabia que tudo estava diferente agora.

Eu acordei poucas horas depois me sentindo culpada e confusa. Culpada por ter usado o sexo para esquecer. E confusa porque apesar de todos os segredos de Oliver eu sentia que o amava ainda mais. O sexo havia sido um erro, um erro muito bom, mas ainda assim um erro. Sentei-me na cama e fiquei apenas olhando as costas nuas dele por um tempo, suspirei. Era a hora de encarar a realidade e tomar algumas decisões.

Eu precisava ser racional. Oliver pode ter uma arma, mas isso não faz dele um assassino ou significa que ele vai matar alguém. Certo? Bem... Para quê mais serve uma arma? Questionei-me. Eu precisava de respostas, e eu precisava estar longe de Oliver para obtê-las. Levantei-me e comecei a vestir minhas roupas rapidamente, quando coloquei a calça chequei se o cartão de “J” ainda estava lá.

— Aonde você vai? — Ouvi a voz rouca e sonolenta de Oliver dizer, eu estava sentada na beira da cama calçando meus sapatos.

— Eu preciso ir ao trabalho, Isabel me ligou e eu não queria te acordar. — menti, agradecendo por estar de costas para ele e não ter que encará-lo. Eu era uma péssima mentirosa, mas isso tendia a piorar consideravelmente quando eu fazia contato visual com a pessoa.

***

Oliver Queen

Observei Felicity sair do quarto, algo estava estranho nela, eu normalmente conseguia identificar o que era porque ela era o tipo de pessoa que deixava transparecer todos os seus sentimentos, pelo menos para mim. Ela era verdadeira.

Essa foi uma das coisas que me fizeram duvidar de Amanda Waller. Felicity não parecia o tipo de pessoa perigosa, não parecia o tipo de pessoa com as quais eu estava acostumado a lidar. E definitivamente não era o tipo de pessoa que merecia ser usada da forma como eu a estava usando.

Lembro-me da primeira vez que a vi, no dossiê que Waller havia me entregado. Uma garota loira, com óculos, formada em tecnologia da informação pelo renomado M.I.T., ela era a típica garota nerd. Eu fiquei surpreso quando ela me disse que Felicity Smoak era filha do assassino do meu pai. Porque eu não conseguia ver como alguém que parecia ser tão boa poderia ter algo em comum com um assassino frio e inescrupuloso.

Mas ainda assim eu aceitei a missão, eu me aproximei dela. Tornei-me seu amigo primeiro e depois algo mais, ela se abriu comigo, eu fiz ela se apaixonar por mim. Merda. Eu deveria ter percebido antes, todos os sinais estavam lá! Se eu apenas não tivesse me deixado envolver tanto, talvez as coisas estivessem diferentes hoje. Talvez Felicity estivesse segura e longe disso tudo.

Mas eu fui tolo e quando dei por mim eu já havia me esquecido da missão, eu só queria estar com ela. Acho que só assumi a mim mesmo que a amava no dia do nosso casamento, eu nunca fiquei tão nervoso na minha vida. Foi algo planejado por Amanda, mas definitivamente era algo que eu queria, eu estava ansioso por isso. Esse sentimento foi crescendo em mim tão gradualmente que eu nem notei, quando dei por mim ela já havia me tocado e eu estava completamente entregue a ela. Eu era alguém mais feliz, mais leve só por estar com Felicity. E eu gostava dessa sensação, eu gostava dessa outra versão de mim.

Fechei meus olhos e respirei fundo, o cheiro de Felicity ainda estava na cama. Na nossa cama. Sorri com esse pensamento, esse casamento pode ter começado por motivos errados mais no que dependesse de mim ele continuaria pelos motivos corretos. Lembrei-me da conversa esclarecedora que tive mais cedo com a líder da ARGUS. Tudo mudara por causa dessa conversa...

Amanda! — Exclamei, assim que entrei na sala e olhei para a mulher de pé olhando para uma tela do computador. Ela era uma pessoa tão fria, a essa altura eu já devia estar acostumado com os métodos nada ortodoxos dela de conseguir o que queria Você mentiu para mim!

Você precisa ser mais específico Sr. Queen, eu minto sobre várias coisas diariamente Me respondeu calmamente com certo descaso. Um sorriso cínico pendia em seus lábios.

— Felicity. Ela não está envolvida nisso tudo está? — perguntei diretamente.

— Você quer saber se ela é inocente? — sorriu para mim enquanto enxotava as demais pessoas da sala — Inocência é algo muito relativo Senhor Queen... — falou.

— Pare de brincar comigo Amanda! — esbravejei, ao mesmo tempo em que batia os punho sobre uma das mesas, ela não se assustou com a minha ação. Eu honestamente duvidava se alguma coisa no mundo era capaz de assustá-la — Eu exijo a verdade!

— Oh, você exige? — zombou do tom — Então eu não tenho outra escolha se não te dar a verdade. Mas você não vai gostar. — meu coração começou a bater freneticamente dentro do meu peito, eu sabia que o que ela iria me dizer mudaria tudo.

 Diga!

 Talvez eu tenha exagerado quando afirmei que a senhorita Smoak mantinha contato com o pai. falou caminhando calmamente pela sala enquanto o meu olhar a seguia E provavelmente exagerei um pouco mais quando disse que ela estava o ajudando a se esconder.

Senti um peso sobre o meu coração, eu estava certo afinal. Felicity era uma pessoa boa, e eu me sentia imensamente culpado por ter me aproximado dela com as intenções erradas. Culpado por tê-la colocado nessa vida, ela estava melhor sem mim.

— Você acha que exagerou? — ironizei — você brincou com a vida de alguém Amanda! — mas Amanda parecia não se importar com o que eu havia dito, apenas deu de ombros como se o que tivesse feito, ou melhor me feito fazer não fosse grande coisa.

Mas o ponto é que, James Smoak em toda a sua vida como fugitivo, sempre se manteve perto da filha. Ele se importa com ela, e isso nos dá uma vantagem. Nós temos algo que ele quer proteger.Amanda falou animada, ela parecia ignorar os inocentes que sairiam magoados nessa nossa busca.

Você fez tudo isso para atraí-lo até ela. — constatei irritado que Amanda estava tratando Felicity como uma moeda de troca Assim fica mais fácil pegá-lo.

Viu? É um plano simples. Não há nada com o que se preocupar. — falou despreocupada e virando as costas para mim, voltando o seu olhar para o computador.

Não é certo. Nós não usamos pessoas inocentes e a sujeitamos ao perigo só para conseguir o que queremos. exclamei, e Amanda se virou para mim, o sorriso cínico não estava mais em seu rosto, seus olhos se estreitaram na minha direção e seus lábios estavam apertados em uma linha fina, ela estava claramente aborrecida com aquela conversa.

Eu mando nessa organização. Eu decido o que é certo e o que é errado. — falou num tom alto e decidido. Eu devo lembrá-lo de que você é meu empregado? Você está novamente deixando uma garota qualquer atrapalhar a sua missão! Eu devo lembrá-lo da Rússia? Em como a garota Rochev conseguiu te enganar facilmente?

Aquilo foi diferente. me defendi. Minha situação com Felicity não tinha nada em comum com aquela missão. Aquele foi um caso isolado e depois disso eu sempre obtive sucesso em minhas missões.

Não, foi exatamente a mesma coisa. Você ficou com pena da pobre garota e a deixou fugir arruinando toda uma missão. Amanda jamais me deixaria esquecer isso, o fiasco que minha primeira missão na ARGUS havia sido.

A questão aqui Amanda, é que você me fez casar com Felicity! Eu acreditei nas suas palavras de que ela não era uma pessoa boa e eu acreditei em você. Eu pensei que ela seria alguém que eu não me importaria em machucar no fim, mas agora... comecei a jogar as palavras com desespero.

Mas agora o quê? O que o fez mudar? Você se importa com ela? — seus olhos grandes e escuros se fixaram em mim, ela estava me escaneando tentando ver além do que eu mostrava. Mantive-me firme, se Amanda descobrisse meus reais sentimentos por Felicity ela me tiraria da missão, ela me tiraria Felicity. Estou vendo o que está acontecendo aqui, gelei com a possibilidade dela realmente ter percebido Ela pode ser doce e encantadora, mas ela ainda é filha do homem que matou o seu pai. deixei as palavras dela me atingirem, eu sabia quem era o pai dela. Eu o tenho procurado desde o dia que me juntei a ARGUS há dez anos. Mas eu não conseguia ver nela qualquer sinal do homem frio que matou meu pai. Não, ela era boa. Disso eu tenho certeza.

Eu sei de quem ela é filha, mas isso não faz dela culpada também! exclamei.

Nós temos uma chance de pegá-lo e eu não vou deixar você estragar isso. finalizou com a voz autoritária. Ai está algo sobre a Amanda que eu nunca compreendi bem, ela não moveria o mundo só para ir atrás de um ex-agente que matou o próprio amigo. Tinha algo a mais nessa história, algo que ela não dividia comigo Ela é apenas um rostinho bonito, vá para casa durma com ela e eu espero que você volte mais racional. Eu não discutirei isso novamente.

Mas Amanda... tentei, porém logo ela me interrompeu.

Faça como eu disse Oliver, ou eu terei que remover você dessa missão e usar o plano “B”, a escolha é sua. falou secamente me lançando um olhar frio. Eu não podia deixar que Felicity caísse nas garras da Amanda, eu precisava protegê-la.

Ok. Eu fico com a missão. suspirei vencido. Amanda apenas assentiu e sinalizou para que eu deixasse a sala.

Sai da sala da Amanda tentando conter a minha raiva. Se eu abortasse a missão agora eu não sei o que ela faria com Felicity. E eu precisava seguir em frente com o plano, e encontrar uma forma de não machucá-la no processo, de tentar deixá-la fora de tudo. Encostei-me em uma parede tentando avaliar minhas opções: 1) Eu poderia contar tudo à Felicity, e deixar que ela me odiasse - esse seria o mais correto - Ou 2) Eu poderia tentar achar o pai dela antes de Amanda e fazer tudo isso sem que Felicity descobrisse, depois de tudo resolvido eu largaria meu emprego na ARGUS e me mudaria com ela para um lugar tranquilo. Definitivamente esse era o plano mais estúpido, e com certeza era o que eu escolheria.

Você parece atormentado. Ouvi a voz do meu amigo John, eu estava tão distraído que sequer notei o homem corpulento se aproximando de mim Isso é sobre a garota? Correção, sua esposa? olhei diretamente para ele, John Diggle era uma pessoa perceptiva, ele me aconselhou a desistir dessa missão logo no início, quando havia notado o quão envolvido eu estava. Eu devia ter o escutado, mas sempre fui orgulhoso demais.

Amanda mentiu sobre ela. — contei.

Por que será que isso não surpreende? Eu sinto muito por isso falou solidário Felicity Smoak é tudo menos uma má pessoa. sorri, Diggle já havia me dito isso outras vezes, mas eu estava cego demais para notar.

O que eu faço agora John? perguntei, esperando que ele tivesse uma solução para o meu impasse.

Eu não faço a menor ideia, homem. falou e minhas esperanças caíram ainda mais, eu estava perdido.Mas, se serve de alguma coisa eu acho que você e Felicity foram feitos um para o outro. Não estrague isso, não deixe Waller estragar isso. me deu um tampinha nas costas e saiu.

Voltei para o apartamento algumas horas depois, tentei ignorar a presença de Felicity, eu precisava pensar, eu estava com raiva. Com muita raiva de mim mesmo de não perceber todo o jogo da Amanda antes, eu estava com raiva de ter me apaixonado por Felicity. E estava com raiva por que agora era tarde demais, eu não poderia deixá-la sabendo que Waller não desistiria dela. Eu não poderia deixá-la nem mesmo se eu quisesse.

Fui diretamente para o banho e deixei a água fria do chuveiro cair em meu corpo numa tentativa vã de me relaxar. Tentei organizar meus pensamentos e pensar no que fazer. Eu queria encontrar o assassino do meu pai, queria fazê-lo pagar por ter destruído a minha família. Mas eu não usaria Felicity Smoak para isso, eu queria protegê-la. Eu precisava desesperadamente protegê-la. Talvez fosse uma forma de me redimir pelo que fiz a ela inicialmente.

Agora eu estava decidido, eu não iria trancar meus sentimentos. Não importa o que Amanda dissesse ou fizesse. Não importa quem era o pai dela. Eu havia feito uma escolha. Eu escolhia Felicity. Além disso, eu havia feito um voto no dia do nosso casamento e eu iria cumpri-lo.

Deixei o banheiro com esse pensamento, a encontrei encostada ao móvel parecendo um pouco assustada. Provavelmente ela deve ter percebido que algo em mim não estava certo, eu ainda estava com raiva de toda essa situação. E só havia uma coisa que me deixaria melhor: eu precisava dela, eu precisava que ela me acalmasse.

***

Felicity Smoak

Sai pela rua sem destino certo estava anoitecendo, era inverno e o vento gelado ardia em meu rosto, eu sai com tanta pressa de casa que sequer me lembrei de pegar um casaco. Mas eu precisava respirar, precisava ficar longe de Oliver e pensar com racionalidade. Eu parei em um parque qualquer, me sentei em um banco e peguei o celular e cartão do “J”. Fiquei ali tentando tomar coragem para fazer a ligação, eu não estava pronta para encarar a verdade, eu sequer sabia se aquele homem iria me dizer a verdade. Mas ainda assim eu deveria fazê-lo.

O telefone chamou uma única vez, e eu ouvi o barulho de um celular tocando próximo a mim, olhei para trás e ali estava ele com um sobretudo e o seu inconfundível chapéu.

Como você... — comecei a perguntar.

Eu estava te seguindo Licity falou com toda a naturalidade, enquanto se sentava ao meu lado no banco. Eu gostaria de dizer que não gostava desse homem, mas eu deveria admitir que ele era carismático Sabe, não é muito esperto sair sozinha por aí, você nunca sabe quando vai encontrar um velho estranho de chapéu que gosta de seguir garotas loiras bonitas.

Um estranho como você? perguntei contendo um sorriso.

Exato. respondeu sorrindo abertamente, e inconscientemente eu sorri de volta. Havia algo de familiar na forma como ele sorria para mim, e eu adicionei isso aos seus conhecidos olhos intensos e finalmente compreendi. Eu tinha uma ideia de quem “J” poderia ser, mas isso não ajudava porque para mim esta pessoa estava morta.

Eu quero saber de tudo falei, e o homem de chapéu sorriu satisfeito.

 


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Notas finais do capítulo

E ai me digam o que acharam? Próximo capitulo saberemos mais sobre esse homem de chapeu e a razão do interesse dele na Felicity... Todo mundo pensa que é o pai dela... Mas será?