Falling in Love escrita por Luna Lovegood


Capítulo 11
It burned while I cried


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores!

Pelo que percebi no capítulo anterior vocês não ficaram muito contentes com a divisão né?! Hahaha.. mas aqui está a continuação!

Queria agradecer pela recepção calorosa do capítulo anterior, vocês são sempre os melhores! Obrigada pelos comentários e favoritos!

E Thay Thay, nem sei o que dizer sobre a sua recomendação. Foi realmente muito linda e eu fico muito lisonjeada com seus elogios ( uma das suas autoras favoritas na vida? Que responsabilidade!!! ), e eu espero muito que você continue amando essa história! E que seu Sherlock interior não desvende os segredos da história.. ou de um certo cubo! Preciso tentar surpreender né? Muitíssimo obrigada pela recomendação, eu realmente amei muito ❤❤❤

Sobre esse capítulo: Música da Adele https://youtu.be/JQjpqaMPouY

Espero que vocês gostem!



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I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me


My hands they were strong
But my knees were far too weak
To stand in your arms
Without falling to your feet


But there's a side, to you, that I never knew, never knew
All the things you'd said, they were never true, never true
And the games you'd played, you would always win, always win


But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

 

 

Felicity Smoak

Eu a amo Felicity, e eu não sinto muito por isso.

Eu ainda estava tonta com as palavras de Oliver, meu lado racional me dizia  para ir embora e nunca mais olhar para trás. Eu deveria escutar ao que meu cérebro dizia, mas ficou impossível de me concentrar  em qualquer coisa assim que as mãos de Oliver se colocaram delicadamente ao redor do meu rosto, seus polegares acariciando de leve as minhas bochechas, seus belos olhos azuis pelos quais sempre fui apaixonada agora estavam tristes e marejados, me fitando com arrependimento. E então ele diminuiu ainda mais a distância entre os nossos corpos e a eletricidade entre nós era quase palpável, percorrendo cada uma das células do meu corpo, eu conseguia sentir o meu peito subindo e descendo pela respiração ofegante apenas pela simples proximidade dele. Oliver desceu seus lábios até os meus pressionando-os delicadamente, sua língua tocando de leve meu lábio inferior apenas me testando. Tudo o que fiz foi arfar permitindo que aquele simples beijo se tornasse algo muito mais profundo, algo que eu queria desesperadamente, embora não devesse.

Não era um beijo que Oliver e eu já tivéssemos compartilhado alguma vez. Não, aquele era diferente. Era um beijo de alguém desesperado. Era um beijo cheio de temor. Cheio de amor. Era um pedido silencioso para que eu ficasse. E eu queria ficar, porque por mais que Oliver tivesse me quebrado eu precisava dele para me sentir inteira outra vez, para fazer meu coração bater acelerado dentro do peito e borboletas voarem em meu estômago, era ele quem me fazia sentir viva. Não era contraditório que a mesma pessoa que era a única capaz de me confortar era a mesma que havia quebrado o meu coração e me fazia necessitar desse conforto? Sim, era. Mas agora eu não me importava. Eu estava nos braços dele, ele estava juntando os caquinhos do meu coração e me fazendo inteira outra vez.

Senti como se uma parte vital tivesse sido tirada de mim no momento em que Oliver se afastou, dando um passo para trás. Eu ainda sentia o gosto que seus lábios haviam deixado nos meus, o rastro de calor onde suas mãos haviam estado, meu corpo ansiava tanto por ser tocado por ele que chegava a ser quase insano. Eu conseguiria viver sem sentir a pressão de seus lábios ou o calor de seu corpo? Eu seria capaz de ter uma vida feliz sem Oliver?

— Felicity... — Oliver disse apenas meu nome em uma voz baixa e carinhosa, e só isso bastou para que eu entendesse o pedido que estava escondido por trás de seus olhos vulneráveis. Ele queria que eu ficasse. Ele queria que eu o perdoasse e que superássemos isso.

Eu não sabia se podia fazer isso, pelo menos não agora. Mas eu o queria, eu precisava dele. Eu o amava perdidamente. Por isso ergui meus braços num convite  para que ele retirasse a minha camiseta, era minha rendição pelo menos por essa noite.

Oliver suspirou satisfeito com a minha resposta e logo suas mãos estavam sob a barra da minha camiseta, ele a retirava lentamente e tão logo o fez seus lábios voltaram aos meus beijando-me com paixão. Estremeci quando senti o contanto de suas mãos frias sob a pele da minha barriga a acariciando subindo até o contorno inferior do sutiã. Era impressão minha ou as mãos dele estavam tremendo? Me surpreendi quando abri  meus olhos e encarei os dele inseguros e tristes.

Eu não pensei direito, naquele momento eu só queria tirar aquela tristeza dali eu queria que ele voltasse a sorrir com seus olhos, e que o azul intenso voltasse a brilhar, que ele fosse o Oliver que eu amo. Eu só queria uma bolha em que nos pudéssemos ser felizes em paz e todas as mentiras pudessem ser esquecidas. E foi o que o eu fiz. Eu construí uma bolha e nos prendi dentro dela, me permiti ser feliz por aquele momento. Eu sei que aquilo era errado, eu estava me enganando, mas Oliver estava ali comigo e isso era o suficiente para fazer com que todo o resto se tornasse ínfimo e sem importância. Por isso enlacei meus braços ao redor de seu pescoço o puxando ainda mais para mim e aprofundando nosso beijo. Logo minhas mãos desciam desesperadamente por sua camisa, procurando os botões que se recusavam a serem abertos.

— Calma amor. — Oliver sussurrou ao meu ouvido com a voz rouca e a respiração entrecortada, suas mãos seguravam as minhas me impedindo de continuar o trabalho de deixá-lo sem camisa. 

A boca de Oliver mordiscou de leve o lóbulo da minha orelha e a respiração quente dele me fez estremecer enviando uma onda de calor por cada terminação nervosa do meu corpo. Ele começou a descer seus lábios por toda a extensão do meu pescoço e clavícula, ora distribuindo beijos ora prendendo a pele entre seus dentes, marcando-me como sua.  Enquanto recebia a carícia continuei a brigar com os botões de sua camisa  mais devagar agora, saboreando o momento em que cada abertura me liberava uma porção nova de sua pele e eu podia me deliciar com seu torso perfeitamente esculpido.

Logo estávamos seminus, mas ainda assim eu precisava de mais. Oliver parecia concordar comigo porque e um momento suas mãos estavam deslizando em meu quadril e no outro ele me erguia em seu colo e me levava em direção a nossa cama. Ele me colocou delicadamente sobre  a cama sem quebrar o nosso beijo nem por um momento. Ter seu corpo sobre o meu me trazia tantas recordações... Me lembrei da nossa primeira vez, em como ele tinha sido tão cauteloso e amoroso comigo, mas em como parecia ter algo que eu não conseguia definir direito o que era, uma espécie de nuvem sobre o seu olhar, uma culpa que eu deliberadamente ignorei. Isso significava que aquilo também tinha sido uma mentira? Retesei ao pensar nisso. Quantos momentos que vivemos juntos não foram verdadeiros? Oliver notou a mudança no meu humor porque imediatamente parou de me beijar, seus olhos se prenderam nos meus a culpa novamente os assolava.

— Me perdoe amor — falou uma vez, beijando suavemente minha testa, suspirei com o toque carinhoso — Me perdoe. — enfatizou  pela segunda vez deixando um beijo sobre minha bochecha. — Me perdoe. Me perdoe.  Me perdoe. —   Em cada beijo Oliver me pedia para ficar, em cada toque ele deixava claro que me amava. Quando seus lábios disseram “me perdoe”  pela última vez eles tocaram minha boca levemente, e logo estávamos nos beijando outra vez, eu estava me esquecendo, me concentrando apenas em Oliver e  tudo o que ele me fazia sentir.

Minhas mãos desciam vagarosamente pelo contorno de suas costas largas, como se memorizassem cada um de seus músculos, os lábios de Oliver desceram pela extensão do meu corpo, ele retirou o meu sutiã e tão logo se desfez da peça deu atenção aos meus seios, sugando-os e beijando-os fazendo-me arfar cada vez que sentia seus lábios quentes sobre minha pele sensível. Sua língua continuou a provar meu corpo descendo pela barriga, parou apenas para desabotoar a calça, ergui o quadril ajudando-o a deslizá-la juntamente com a calcinha. Logo eu estava nua,  e Oliver estava de pé em frente a cama apenas me observando com um olhar repleto de luxúria.  Percebi que estava em clara desvantagem já que ele ainda estava vestido, me levantei e me aproximei de Oliver ficando de joelhos sobre a cama, em seu rosto havia um olhar intrigado.

— Vamos igualar as coisas. — falei, levando minhas mãos ao seu cinto e abaixando suas calças. Ele sorriu com a minha espontaneidade, seus olhos estavam um pouco mais leves agora ao perceber que eu o queria tanto quanto ele. E Oliver me queria muito, eu podia dizer isso olhando para a evidente excitação dele que sobressaia de  sua cueca box. Senti meu rosto arder quando notei que Oliver observava com atenção a direção do meu olhar havia tomado.

— Você fica linda quando está envergonhada. — disse, espalmando suas mãos sobre minha bunda e me puxando de encontro a ele, enquanto sua boca tomava a minha com possessividade, num beijo quente e intenso.

Eu não sei ao certo em que ponto eu terminei de retirar as roupas de Oliver, eu só entendia aquela urgência que crescia dentro de nós, aquela vontade de tê-lo em mim.  Tão logo Oliver estava despido, deixou seu corpo cair sobre o meu, sem as barreiras das roupas cada toque era muito mais intenso. Sua mão percorria as partes mais sensíveis de meu corpo subindo pela parte interna da minha coxa, seus dedos habilidosos me faziam sempre implorar por mais. E sua boca, essa era minha perdição! Parecia disposta a testar meus limites, me provando, me enlouquecendo. Eu também o tocava, eu também o beijava, eu já não era mais dona do meu corpo, ou dos meus pensamentos e minhas ações, tudo o que eu fazia era apenas comandado pelo desejo incessante de estar com Oliver.

— Nunca me deixe Felicity. — Oliver sussurrou a suplica em meu ouvido  — Eu não sobreviveria sem você.

"Eu também não" tive vontade de dizer,  mas segurei as palavras, porém quando a boca de Oliver deixou o meu pescoço e voltou procurando meus lábios,  ele parou por alguns momentos. Seus olhos se perderam nos meus e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios,  eu tive certeza que apesar de não ter dito a minha resposta, de ter guardado aquele pequeno segredo, Oliver conseguiu ver a verdade apenas olhando em meus olhos. Eu sei disso porque eu vi que no momento em que o sorriso mínimo surgiu em seus lábios um brilho de esperança cruzou seus olhos, ele sabia que eu o amava.  E por isso eu não era capaz deixá-lo.

E então ele me beijou apaixonadamente, nossos sexos apenas se tocando provocativamente. Nossos corações batiam em sincronia, não era apenas sexo para Oliver também. Eu me negava a acreditar que ele conseguiria fingir esse tipo de emoção até mesmo nisso.  Não se  finge o amor, não desse jeito.

E então numa estocada firme ele estava dentro de mim, se movendo com destreza lenta e torturantemente, entrando fundo e saindo quase que completamente. Seus olhos nunca deixando os meus, sua boca provando cada suspiro meu, prendendo meus gemidos e todas as vezes em que seu nome saiu de meus lábios, era quase como se quisesse guardá-los para si.

As investidas de Oliver se tornaram cada vez mais rápidas e exigentes, cravei minhas unhas em suas costas quando senti que eu estava quase lá, eu tenho certeza que aquilo deixaria uma marca.  Oliver separou seus lábios dos meus alguns centímetros me fazendo arquear o corpo em busca de sua boca, as mãos dele rodearam meu rosto, seus olhos azuis puxaram  os meus os obrigando a se perderem na vastidão de sentimentos que transmitia o seu olhar. “Eu te amo” sussurrou, e eu sorri, sentia meu coração se aquecer com aquela frase,  coloquei minhas mãos sobre as dele, e eu vi os olhos de Oliver serem tomados por uma emoção indecifrável

Continuamos assim, presos um nos olhos do outro as mãos unidas enquanto ele se movimentava de uma forma tão deliciosa dentro de mim que deveria ser pecado. Mais algumas investidas e logo chegamos ao êxtase, prazeroso e intenso como sempre era quando estávamos juntos. Só que dessa vez tinha sido mais emocional, tinha sido sobre não deixar o que tínhamos acabar, tinha sido sobre ouvir o coração tem a dizer.

E o meu dizia que era muito mais do que sexo.

Ele dizia que aquilo definitivamente era amor.

Aconcheguei em seu peito forte  enquanto sentia aquela letargia misturada com prazer ainda espalhada em mim e esperava as batidas aceleradas do meu coração se normalizarem, ou pelo menos se acalmarem um pouco já que ele sempre se comportava mal quando estava com Oliver. Eu senti as mãos dele rodearem o meu corpo, me puxando para o dele daquele seu jeito possessivo que eu já estava habituada, só que dessa vez eu conseguia distinguir algo diferente, não era possessividade, na verdade nunca foi, era medo. Medo de que eu o deixasse, medo de me perder, por isso ele me segurava firme e me mantinha tão perto dele.

— Eu a amo Felicity, — falou colocando uma das mãos em meu queixo o erguendo para que nossos olhares se encontrassem.  Seus lábios desceram até os meus e os tocaram de leve  — Eu vou provar isso a você.

Queria dizer que ele não precisava me provar nada. Eu sentia o seu amor por mim, eu sentia isso em seus beijos carinhosos, no jeito em que fazíamos amor ou na forma protetora que ele sempre se comportava comigo, Oliver me amava eu tinha certeza disso, mas era apenas doloroso demais pensar que todo esse amor nasceu de uma mentira, que todo o começo da nossa história não foi real. Era como se houvesse uma mancha preta e feia no meu lindo conto de fadas.

Pensei em perguntar a Oliver em que momento a farsa se tornou verdade, e só de pensar nisso meu estômago embrulhou, aquela parte de mim que ainda estava magoada demais tentava adentrar nos meus pensamentos e comandar minhas ações dizendo que apesar  de Oliver  me amar  isso não mudava o fato de que ele havia me usado uma vez, o que o impediria de me usar de novo? Essa era uma linha de pensamento perigosa, mas para a sorte de Oliver eu estava cansada demais para pensar e seus dedos mexendo delicadamente em meus cabelos contribuíam ainda mais para que o sono se apoderasse de mim, e logo acabei adormecendo embalada nos seus braços. Nos braços do homem que eu amava.

***

Oliver Queen

Acordei  de uma única vez assim que ouvi o barulho de uma porta sendo fechada.  Meu coração palpitava ao perceber o significado do vazio ao lado de mim na cama, corri meus olhos rapidamente pelo quarto não havia sinal de Felicity em lugar algum ou da mala que ela havia feito ontem a noite. Me levantei apressadamente e vesti a calça que estava jogada no chão e comecei a procurá-la por outras partes da casa chamando-a  sem obter uma resposta, meu coração batia aceleradamente dentro do peito. "Não, não, não" minha mente repetia num mantra, Felicity não podia ter me deixado!  Não depois da noite incrível que passamos juntos! Eu pensei que estivéssemos bem, que acordaríamos hoje e conversaríamos calmamente e eu pediria perdão novamente, na verdade eu pediria quantas vezes fosse necessário até que ela entendesse que eu tinha sido um idiota, mas um idiota que a amava e que estava disposto a lutar por esse amor.

Se o barulho de porta batendo assim que acordei tinha sido dela, então Felicity não poderia estar muito longe. Sai de casa e peguei as escadas descendo-as o mais rápido que conseguia, eu não estava com paciência para esperar o elevador.  Assim que cheguei ao térreo recebi um olhar zangado do porteiro que analisava com certa repreensão as minhas vestes: eu estava apenas de calça jeans e descalço.

— Minha esposa passou por aqui? — perguntei arfando pela corrida.

— Ela saiu agorinha. — respondeu parecendo menos zangado e se compadecendo com o meu evidente desespero. Eu apenas assenti já correndo para a rua, ela não poderia ter ido muito longe. Meu coração se acalmou por alguns momentos quando a vi do outro lado da rua.  Mas logo a calmaria desapareceu e fui tomada pelo pavor quando vi que havia um Sedan preto parando logo a sua frente, e um homem vestindo um sobretudo e chapéu abria a porta para ela. O olhar de Felicity encontrou o meu por alguns segundos e fui tomado por um aperto em meu coração, seus lábios pareceram dizer algo como “me desculpe” ela enxugou uma lágrima do rosto e entrou no carro.

Eu não aceitava isso. Eu não aceitava perdê-la. Eu sabia que não a merecia, principalmente depois do que eu fiz à ela, mas eu a amava, eu esperava que talvez ela me perdoasse e talvez pudéssemos juntos encontrar uma forma de consertar tudo isso.  Eu tentei correr atrás dela, eu me recusava a perdê-la assim, sem uma última conversa, uma última chance de pedir para ela ficar. Atravessei a rua na frente dos carros, sem me importar com os xingamentos dos motoristas, tudo o que eu precisava era chegar até ela, fazê-la entender. Quando cheguei até o outro lado da rua o carro já dava partida, eu corri atrás dele batendo no vidro  do passageiro tentando chamar a atenção de Felicity, esperando que ela obrigasse o  motorista a parar, mas ele apenas acelerou ainda mais.

— Felicity! — gritei desesperado enquanto o carro se distanciava cada vez mais, eu ainda corria atrás dele mesmo sabendo que  não tinha chance de alcançá-lo e ainda assim eu não podia desistir,  jamais desistiria de Felicity. Mas logo o carro desapareceu virando numa esquina qualquer. E eu o perdi de vista, e com ele eu perdi a mulher que eu amava.

***

— Oliver. — Diggle disse o meu nome, enquanto eu levava o copo de whisky a boca, aquele devia ser o sexto ou sétimo e não era nem meio dia. Mas quem se importa? Eu não estava contando mesmo. — Você vai ficar aqui nesse bar pelos restos de seus dias se lamentado pelos seus erros?

— Já faz dois dias John, dois malditos dias!  — enfatizei — O telefone dela está desligado, ela não apareceu no trabalho.  Eu não consegui rastrear o celular dela. Ela simplesmente desapareceu! Ela entrou num carro qualquer e fugiu de mim...  E eu fui tão incompetente que sequer olhei para a placa do carro. — Levei a bebida mais uma vez à boca, o líquido desceu queimando. Diggle arrastou o banco ao meu lado e fez um sinal para que o garçom lhe trouxesse uma bebida também. — Ela me odeia tanto que deve ter ido para o outro lado do mundo.

— Ela só precisava de um tempo Oliver, você vai ver logo ela vai aparecer. — falou calmamente tentando me confortar.

— Eu entendo John, entendo que ela ainda esteja com raiva de mim. Mas eu precisava que ela apenas me dissesse que está bem. Eu não consigo lidar com o não saber. Eu preciso ouvir a voz dela uma última vez, eu preciso dizer...  — elevei minhas mãos até a cabeça afundando os dedos entre os fios de cabelo e fechei meus olhos, estava tão cansado, havia tantas coisas que eu gostaria de dizer, coisas que eu já tinha dito e queria apenas repetir.  — Que eu sou um pedaço de merda e ela está bem melhor longe de mim. — conclui.

— Auto piedade não combina com você. — explicou enquanto o garçom servia a dose de bebida dele — Você não pensa isso realmente. Se ela aparecesse aqui nesse momento, você iria até ela e a beijaria. Você lutaria por ela  até o fim.  O Oliver Queen que eu conheço pode até fazer algumas burradas, mas ele sempre dá um jeito de consertá-las.

— Ela me amava — meu tom era apático, todos os meus dias estavam sendo assim desde que ela havia me deixado uma coleção de vários vazios  sem uma emoção sequer — eu fiz ela me amar e eu fiz ela me odiar. Como eu posso consertar isso? Se não fosse por Amanda eu jamais teria cruzado o caminho dela, eu jamais a teria feito sofrer dessa forma... Eu nunca deveria ter a conhecido. — Constatei, e meu coração protestou apenas de imaginar como a minha vida seria miserável sem Felicity, bem eu estava tendo uma ideia bem clara de como seria tomando por base os últimos dois dias.

— Mas se você nunca a tivesse conhecido aí sim você seria um pedaço de merda. Você pode não perceber, mas ela te mudou, te tornou alguém melhor. — Olhei para Diggle mais atentamente —  Nós estamos aqui falando sobre ela, em nenhum momento você falou do pai dela, ou do seu projeto de vingança. Tudo o que você se importa é com Felicity. Ela mudou todos os seus conceitos, homem aceite isso. — Ele estava certo, constatei assustado  — Sabe Oliver, a vida as vezes segue por caminhos estranhos, tortuosos e confusos e com muitas encruzilhadas, mas não duvide nem uma vez que essa garota era  para ser sua.

 Dei um pequeno sorriso, John sempre sabia como melhorar o meu humor. Ele ergueu o copo num convite a um brinde, eu não tinha muitas coisas para brindar em agradecimento. Por hora eu brindaria a presença do meu bom amigo, que estava aqui para me impedir de me afundar ainda mais.

— Vocês estão celebrando, que meigo — escutei aquela voz conhecida e imediatamente o pouco progresso que John tinha feito desapareceu. — Senhor Queen — cumprimentou — Não esperava encontrá-lo numa pocilga como essa. — disse, se referindo ao bar de esquina que ficava em um bairro duvidoso — Normalmente seus gostos costumam ser um pouco mais refinados.

— Você contou a ela?  — Olhei para John acusadoramente, ele apenas negou com a cabeça.

— Como se alguém precisasse me contar algo. —  a mulher revirou os olhos — Eu tenho meus outros informantes, bem melhores que você e definitivamente nenhum pouco comprometidos com a missão. Eu sei que Senhorita Smoak te deixou há dois dias.

— O que você quer? — perguntei a contra gosto, apenas queria saber, depois a enxotaria sem cerimônia.

— Bem, eu preciso do meu agente. — disse com um sorriso amável.

— Vá para o inferno Amanda, eu não trabalho mais para você. E definitivamente não irei em nenhuma das suas “missões”. — voltei a virar um gole da minha bebida.

— Você vai, porque eu sei onde a sua amada Felicity está e a sua missão é pegá-la.

 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Odiaram? Querem me matar...?

Eu só queria deixar duas explicações aqui:

1) eu sei que muitos queriam que eles se acertassem e tudo ficasse as mil maravilhas, mas não dava a Fel precisa de um tempo para assimilar tudo e reorganizar o coração, espero que entendam.

2) Eu sei as vez parece que estou protelando em todos esses segredos, mas eu não estou. Tudo será revelado no tempo certe, e não se preocupem nao vai ser no ultimo capitulo... mas daqui a alguns algumas coisas ficarao muito claras.

Bem é isso. Falo com vocês nos comentários, beijos!



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