A Herdeira escrita por Amigo Anônimo


Capítulo 7
É primavera.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de dedicar esse espaço para agradecer a todos os favoritos e acompanhamentos. É muito importante para mim saber que meu trabalho é reconhecido ^-^ E assim imagino ser para todos os escritores.
E também peço desculpas se encontrarem erros nesse capítulo ou repetição de palavras. De fato preciso ampliar meu vocabulário e estou em busca de assim fazê-lo.
Tenham uma boa leitura!~



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Uma noite mal dormida era o previsto. Revirou-se e forçou mil vezes seus olhos a buscarem pela visão da escuridão do hibernar, mas parecia que seu corpo não lhe obedecia ao simples comando de deixar o sono a tomar.

Ainda se perguntava do porquê de seu pai ter lhe dado aquele sermão. Perguntava-se o que era aquela sensação estranha que teve quando tocou Natsu. E, o mais curioso de tudo: O que tinha naquele quarto secreto?

Com a mente perturbada, ânsia lhe dominando até a ponta dos dedos, desistiu de descansar. Deslizou sua mão para a beirada da cama, então empurrando seu corpo para frente. Sentou-se e ficou encarando o nada, até que então lhe surgiu uma ideia.

Sendo levada pela impulsividade e ânimo do momento, levantou-se e acendeu as velas de seu quarto para que pudesse enxergar algo. Buscou pelo seu guarda roupa e passou algum tempo olhando para cada vestido que tinha dentro dele. Eram muitos, mas nenhum a satisfazia. O lugar para onde iria exigia que ela não exibisse o seu sangue de nobre na forma como se vestia.

Vasculhando entre panos, um de cor branca se destacou. Retirou o vestido do armário e suspirou ao ver que não era o que queria. Ele era enfeitado demais, assim como os outros e ela queria algo totalmente oposto a isso.

Sentou-se na cadeira que ficava em frente à penteadeira segurando o vestido branco cheio de enfeites. Ficou olhando fixamente para as roupas dentro do guarda-roupa e depois abaixou o olhar para o vestido em suas mãos. Queria realmente sair de casa, mas não podia com aquelas roupas extravagantes demais.

— E se...

A loira abriu a gaveta de sua penteadeira, retirando dela uma tesoura de costura com pontas afiadas. Ajeitou o vestido branco no colo e começou a por a tona sua criatividade do momento. Pedaços de pano caiam no chão um por um, junto com babados e alguns laços rosa. A tesoura era manejada com a melhor precisão que tinha, as linhas que juntavam pano com pano foram frouxadas e se soltavam.

Irradiou seus olhos de orgulho com o resultado final de seu trabalho rápido. Não sabia costurar, mas ao menos conseguia desatar linhas costuradas, e era somente daquilo que ela precisava no momento.

Arrumou-se o melhor que podia no pouco tempo que tinha. Tinha pressa, pois temia que a noite pudesse acabar a qualquer momento e nunca mais teria essa oportunidade de cometer tal loucura.

A garota abriu a porta de seu quarto, espreitando pela parede para ver se não tinha ninguém acordado a andar pelos corredores. Seus passos e sua respiração eram praticamente as únicas coisas que se davam para escutar naquela casa onde todos dormiam. Já estava indo em direção à escadaria, quando então passou pela porta de onde ficava o quarto de Natsu. Cessou os passos e virou de frente para a porta daquele quarto. Na indecisão de bater na porta ou não, escolheu antes conferir se ao menos ele estava dormindo.

Foi com surpresa que viu Natsu acordado e que ainda por cima ele aceitou sua proposta dos dois saírem de casa. Mas agora ele demonstrava... Preocupação? Era difícil ler as expressões de Natsu, pois ele quase sempre exibia uma feição indiferente.

Mesmo quase tentando convencer Lucy a mudar de ideia por essa reprimida preocupação, decidiu ligeiramente deixar isso de lado e apenas obedecer a sua senhorita. O rapaz trocou-se tão depressa quanto espantou a ideia de desobediência.

Os dois saíram de casa com a sorte de ninguém os perceber. Se fossem pegos, Lucy teria que inventar qualquer desculpa que lhe viesse à mente e ela com certeza não era boa em mentiras.

— Natsu, já fostes para um festival? — Lucy deixou a dúvida sair de sua boca, na tentativa que não deixar aquela caminhada até o seu destino muito silenciosa. Em resposta, o garoto afirmou que sim com a cabeça. — Deve ser maravilhoso! Ouvi dizer que nesses festivais têm um monte de pessoas, música, dança, bastante comida e... Enfim, muitas coisas. Eu sempre quis ir a um, mas nunca pude... — O seu olhar se baixou para o chão e inconscientemente acabou deixando uma feição triste no rosto. Mas, sabendo da presença do garoto de cabelos rosados, logo recuperou o seu sorriso. — Bom, ao menos eu tenho essa oportunidade agora.

Natsu escutava tudo em silêncio e, ao fim das falas dela, não pode impedir de olhar para seu rosto. Mesmo que tivesse sido rápido, ele viu a expressão de alguém que parecia que fazia muito tempo que não se lembrava do significado de liberdade. Era semelhante aos sentimentos ruins que ele tinha que conviver no seu dia a dia de escravidão eterna. Achava que os ricos sempre tiveram toda a autonomia que ele sempre quis para si mesmo, mas ao ver Lucy, não podia dizer o mesmo.

Seus olhos se cruzaram com os de Lucy intencionalmente. Ela parecia curiosa ao olhar para ele, como se perguntasse o porquê dele a estar encarando. Em poucos segundos, Natsu conseguiu arranjar qualquer desculpa para não ter que continuar naquele clima estranho que tinha acabado de se formar. Tudo isso graças à sua percepção e um pouco de sorte.

— Nós não estamos no caminho errado? — Ele fez a observação, desviando os olhos dos de Lucy.

Os dois estavam se afastando da área residencial mais rica da cidade, indo próximo ao caminho onde levava até a área comercial onde Lucy tinha ido com a tia, no mesmo dia onde encontrou Natsu pela primeira vez. Há uns metros atrás deles existiam duas escolhas de entrada e os dois acabaram entrando no errado ao distraírem-se. Assim que Natsu apercebeu-se disso, os dois voltaram às pressas e pegaram finalmente o caminho certo. Relaxaram o corpo e acalmaram a respiração, voltando a ficar com passos mais lentos.

As vozes do silêncio novamente vieram à tona nos primeiros minutos de caminhada. Até que Natsu tomou coragem e decidiu perguntar:

— Por que tu nunca foste para um festival antes? — Tentou não parecer intrometido, pois isso era a impressão que menos queria causar.

Inicialmente Lucy ficou surpresa por Natsu estar dirigindo uma palavra para ela e acima de tudo para saber sobre algo dela. Não se sentia incomodada, e sim feliz por enfim os dois conseguirem ter alguma conversa decente.

— Meu pai nunca deixou. Ele acha que só por minha herança do sangue de uma classe mais alta eu não devo me misturar com pessoas de classe menor — Explicou, não conseguindo abster a vontade de bufar ao lembrar-se da péssima personalidade do pai. — Sempre foi assim desde que minha mãe foi embora.

— Tu queres dizer que ela fugiu?

— Ela faleceu — Ela respondeu calmamente.

Assim que obteve essa resposta, o rapaz calou-se e concentrou-se no barulho dos seus pés contra o chão de terra. Ele se sentia criminado em ter que pensar que provavelmente trouxe para Lucy lembranças desagradáveis com sua pergunta. Sentiu certo arrependimento de se ter deixado ser tão intrometido na vida da garota.

— Não precisas se sentir culpado — Lucy falou assim que notou o claro incômodo de Natsu. — É algo com que eu tenho que conviver e já estou acostumada com isso. Portanto, não precisa hesitar em perguntar algo para mim.

Natsu apenas confirmou com a cabeça sem falar nada.

Assim que o som da música, das pessoas rindo e conversando alto alcançou os ouvidos de Lucy, suas pernas insistiam em querer correr até onde vinha esse barulho. Buscou manter a calma, que quase foi totalmente perdida assim que os dois haviam chegado ao festival.

Pessoas dançavam e comemoravam. Músicos se divertiam com suas próprias notas musicais produzidas pelos instrumentos. Crianças brincavam e corriam ao redor do local, se afastando um pouco de onde os adultos estavam. Era uma bagunça totalmente agradável de ver.

Lucy não queria se adiantar muito, mas não pode evitar e acabou andando depressa para o meio das pessoas. Buscou observar cada detalhe, gravar cada imagem que podia. Queria nunca poder se esquecer daquele momento.

A primeira coisa que fez foi começar a experimentar da comida de época. Os doces derretiam em sua boca, os pratos maiores a faziam salivar de tão deliciosos que aparentavam ser; e de fato eram.

Depois de se dar por satisfeita com a comida, nem quis esperar que digerisse um pouco para que não passasse mal. Logo correu para o meio de onde a música tocava. Nunca tivera aprendido as danças dos plebeus, mas não se deixou abalar por isso. Começou a movimentar seu corpo todo, desde os braços até as pernas. Pulava, girava e movimentava sua cintura, de uma forma desajeitada, porém a felicidade contida em cada passo transformava isso em uma arte.

Os rapazes olhavam encantados e interessados na moça. As mulheres admiravam e algumas até invejavam. A beleza e o ânimo da loira se destacavam entre todos, fazendo com que abrissem uma roda para que ela dançasse. Lucy, envergonhada, acabou parando de movimentar-se por segundos ao ver que a atenção da maioria ali se centrava nela, mas assim que começaram a bater palma, tornou a dançar. Convidou moças e rapazes para se juntarem junto a ela, dizendo que era muito mais divertido se todos dançassem juntos.

No meio dessa confusão musical, Lucy conheceu uma garota por meio da dança. Essa garota tinha pouca estatura, cabelo rebelde azul curto e preso em um laço amarelo. Suas características a transformavam em uma garota extremamente fofa. As duas, mesmo sem se conhecerem direito, deram as mãos, giraram, dançaram e riam juntas mesmo de coisas simples. Já cansadas, a garota convidou Lucy para sair um pouco daquele “palco”. Afastaram-se e sentaram-se em um local perto de uma enorme fogueira. Esperaram que a respiração voltasse ao normal para que começassem a conversar de forma apropriada.

— Ainda não me apresentei. Eu me chamo Lucy He... Hmm... Chame-me apenas de Lucy — A loira estendeu a mão em uma forma de cumprimento. Quase deixou escapar o seu sobrenome, o que não seria bom se descobrissem que ela era uma Heartfilia.

— Me chamo Levy — A jovem apertou a mão de Lucy de volta. Permitiu-se rir um pouco com a formalidade do cumprimento. — É um prazer!

As duas conversaram bastante alegremente e descobriram que tinham alguns gostos em comum, como, por exemplo, em questão as comidas que gostavam. Por mais singelos que parecessem os assuntos que tinham, acabaram se divertindo e trocando várias gargalhadas por coisas que pessoas da família de Lucy considerariam idiotice. Dialogaram até que suas bocas ficassem dormentes de tanto falarem e suas barrigas doessem de tanto rir.

— Tu gostas de ler? — Lucy perguntou normalmente.

Huh? Como assim? — Levy balbuciou, incrédula.

— Ler livros, sabe... Aqueles com folhas juntas e com palavras escritas nelas. Com histórias...

Levy pediu que Lucy fizesse silêncio, colocando o dedo indicador próximo aos lábios. Ela solicitou que se levantasse para que elas conversassem agora em outro local, olhando para os lados antes, como se verificasse que ninguém estava escutando as duas. Lucy, sem entender o motivo para tanto mistério, apenas deixou que Levy a guiasse para um lugar mais distante de onde tinha muita gente.

— Levy, o que foi? Por que de repente ficaste estranha desse jeito?

A garota parou de andar assim que percebeu que já estavam em uma distância segura do festival. Virou-se para Lucy e começou a falar:

— Sabes que não pode falar sobre isso por aqui — Sussurrou.

— Não estou entendendo. Explique-me, por favor.

Levy ainda não conseguia acreditar na tamanha ingenuidade de garota a sua frente. Mesmo que pudesse julgar Lucy por alguém mais velha, parecia que ela não sabia de nenhuma das restrições que o reino impunha à sociedade. Era como se ela tivesse pisado pela primeira vez no mundo real hoje.

— Lucy, — Iniciou sua explicação, falando de forma como se o que estava dizendo era uma das coisas mais óbvias do mundo. — Os livros são proibidos para pessoas como nós. A educação é algo dispensável na visão do rei, então só é dada para os sacerdotes para que possam ler os livros sagrados e, às vezes, para alguns ricos. Mas poucos se interessam de verdade. Vais dizer-me que não sabias disso?

Desde que Lucy se entendia por gente, foi cercada por livros e histórias magníficas que sempre a cativavam. Não podia acreditava que as pessoas eram tão limitadas e restringidas de experimentar algo que, para ela, era essencial.

— Eu... — Olhou para Levy, com medo que sua resposta fizesse com que ela suspeitasse da sua identidade. Decidiu que não queria mentir para aquela amiga que acabara de fazer. — Não, eu não sabia.

Quebrando a tensão do momento, Levy sorriu sem mostrar os dentes e cruzou os braços, deixando um suspiro escapar de seus pequenos rosados lábios.

— Em que mundo que tu vives, Lucy? Todos os aldeões sabem disso.

— Acredite, não vais querer saber em que tipo de mundo que eu vivo — Disse retribuindo o sorriso. Aliviou-se ao saber que Levy não iria a conjecturar por não saber de tal regra que era desconhecida por ela.

Com aquela conversa, a loira lembrou-se que não tinha vindo sozinha para aquele festival. Tinha se esquecido completamente de Natsu assim que pôs os pés no lugar e teve o egoísmo de aproveitar tudo aquilo sozinha sem nem mesmo trocar uma palavra com ele. Colocou a mão na boca, com medo que não conseguisse encontrar mais o rapaz naquele local amontoado de pessoas.

— Desculpe-me, Levy, acabo de lembrar-me de que preciso encontrar alguém agora.

— Oh... — Não pode evitar de entristecer-se por ter que se despedir da colega agora. — Tudo bem. Posso acompanhar-te até o festival de volta?

Lucy confirmou com a cabeça. O caminho até onde ocorria o festival infelizmente era curto, então logo tiveram que se despedir. As duas se abraçaram, ambas sentindo que não queriam que nunca mais se vissem. Naquele abraço, Levy alcançou a mão de Lucy e discretamente lhe entregou um papel.

— Para quando quiser falar mais sobre livros — Por fim, sussurrou no ouvido de Lucy antes de distanciar-se e desaparecer na multidão de gente.

A loira fechou sua mão no papel, sentindo-se contente por saber que as duas ainda tinham chance de se encontrarem. Escondeu o papel por entre os seios sem que ninguém percebesse, já que não possuía nenhum bolso no vestido que trajava. Agora só lhe restava procurar Natsu naquele meio, o que provavelmente não seria tão fácil.

Não muito longe de onde Lucy estava, próximo à fogueira, Natsu tinha seu braço apoiado em uma tábua de madeira e seus olhos fitavam os do rapaz a sua frente. O tal rapaz era um homem de cabelo loiro arrepiado, olhos de íris verdes com uma cicatriz profunda em formato de raio que passava por uma das pálpebras e músculos dos braços bem amostra, como se fossem exibidos propositalmente. O Fate não sabia como tinha acabado naquela situação, mas de algum modo fora convencido a participar de várias partidas de queda de braço. Tinha começado somente com uma brincadeira, e até agora no pensamento dele continuava assim, pois não estava levando com tanta seriedade como alguns de seus oponentes estavam fazendo.

Depois de humildemente ganhar de vários homens, finalmente chegou a vez daquele que, de acordo com os boatos que ouvira, era o mais forte entre todos ali. O tal homem honrado e cheio de força chamava-se Laxus.

Assim que a partida decisiva tinha começado, Natsu estava determinado em apenas concentrar-se na força e nas técnicas de seu braço, porém uma voz vinda de longe o atrapalhou completamente e fez com que perdesse facilmente para o homem à sua frente que comemorava euforicamente a vitória. A voz pertencia a Lucy que, intencionalmente, acabou deixando Natsu disperso ao chama-lo pelo nome.

— Natsu, desculpe-me por sumir sem avisar nada — Lucy adiantou-se, logo se desculpando. Estava ofegante depois de uma corrida até onde o rapaz estava e teve que esperar que isso passasse até perceber a roda de homens ao redor dele. Percebeu rapidamente que se tratava de uma competição. — Eu interrompi algo?

Natsu negou com a cabeça e levantou-se de onde estava sentado, ficando de frente para Lucy. Não ficava muito ressentido por uma simples brincadeira como aquela, mais não podia negar que no fundo queria uma vitória para si. Despediu-se dos rapazes que, mesmo eles tendo fracassado, decidiram de forma inteligente não guardarem rancor de algo tão bobo.

— Até mais, garoto — Laxus, o vencedor, falou em tom de brincadeira. — Espero poder ter a oportunidade de competir de novo contigo.

Natsu apenas acenou para ele e andou com Lucy até um lugar mais calmo. Os dois acabaram chegando em um morro coberto por grama e com algumas belas flores ao redor que logo iriam desabrochar com o primeiro sol da primavera. Sentaram-se por ali e, mesmo em meio a terra e a grama que lhes faziam cócegas na pele, sentiram-se confortáveis. Natsu, como sempre, hesitou em aceitar o convite de Lucy para se sentar ao lado de Lucy, mas logo desistiu e cedeu. Entretanto, manteve uma distância respeitável da garota.

Já Lucy não se deixou incomodar-se com isso. Apenas a companhia daquele rapaz a estava agradando.

— Fico feliz que eu não tenha sido a única a se divertir. Me sentiria culpada se não fosse assim — Disse Lucy com uma voz suave e calma que se misturava com o serenidade da noite. — Natsu, obrigado por vir comigo aqui. Eu realmente lhe sou muito grata.

— Por que me agradece? — Perguntou confuso, encarando os olhos castanhos dela. — Eu sou o teu escravo, tenho a obrigação de obedecer a todas as tuas ordens.

— Não tens essa obrigação. Tens a liberdade de poder expressar também as tuas vontades. Como eu disse, foi um pedido e não uma ordem — Falou sem desviar o olhar. — Sei que não me mostrei nada conveniente ao toma-lo como Fate para mim, acabei parecendo possessiva. É que...

É que o quê? Nem mesma eu consigo explicar o porquê de eu ter tomado tal atitude.

Abaixou seus olhos para encarar o chão. Não conseguia mais continuar sua fala e mal tinha percebido o quão nervosa tinha ficado ao admitir seu erro. Temia que Natsu só buscasse se afastar mais dela por ter mostrado essa péssima característica citada que, até então, nunca tinha pensado ter. Lucy começou a brincar com as mãos, procurando se distrair de alguma forma.

Por outro lado, Natsu não sentia rancor de Lucy. Na verdade, sentia totalmente o oposto disso. Lucy tinha mostrado ser alguém que buscava de fato alcançar a confiança dele e não teve interesses impuros sobre ele até agora. Aquela garota tinha se arriscado até mesmo a pedir a sua amizade.

Sentiu-se no dever de agradecer.

— Obrigado por ser gentil.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo!~