A Herdeira escrita por Amigo Anônimo


Capítulo 6
Detrás da porta.


Notas iniciais do capítulo

Aleluia, aleluia! Aleluia, aleluuuiaaa! (8)
Nem demorei para postar esse capítulo. Nossa, imagina! Nem demorou quase um mês...
Mas, de toda forma, eu finalmente consegui publicá-lo. Fiquei revisando ele ontem na madrugada e ia enviar no momento em que eu tinha terminado, porém saber o que aconteceu? A internet caiu. Que maravilhoso!
Entretanto, acho que isso não deu muito prejuízo, pois de qualquer jeito eu iria atualizar logo a história.
Ficou "um pouco muito" longo, mas eu espero que isso compense todo o tempo que eu passei sem postar.
Tenham uma boa leitura!



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Depois que eu fiz a minha declaração, meu pai simplesmente concordou com o peito estufado de orgulho. Depois, disse que ele teria que se resolver com a prima com quem estava para fazer negociações de preço sobre o escravo.

Conhecendo minha prima como é, não deixará que de perder algo que queria tão fácil assim. Ela é extremamente mimada. Não que eu não seja, mas pode ter certeza que ela é em um nível totalmente superior ao meu.

Meu pai e minha tia se levantaram da mesa e me deixaram a sós com o meu novo e primeiro Fate. Só com isso já senti certo desespero, pois sabia que conversar com aquele garoto não seria fácil, ainda mais depois da minha demonstração de alguém possessiva por uma pessoa que mal conhecia.

Eu e o garoto ficamos calados, até que eu cansei de ficar brincando com o garfo e o encarei.

— Tu não vais comer? — Perguntei.

Ele me olhou, com uma expressão de dúvida estampada no rosto. Parecia hesitar em até mesmo falar comigo. Isso me deixava um pouco agoniada. Não queria que ninguém tivesse medo de dirigir uma palavra para mim.

— Eu te dou permissão para comer o que quiser — Falei, por fim entendendo que normalmente só comia o suficiente para sobreviver.

Vi a desconfiança presente nele do momento em que se sentou na mesa o mais cauteloso possível, até o que ele finalmente começou a comer.

Como eu já estava satisfeita, apenas o observei degustar do café da manhã. Ele nem mesmo se incomodava comigo a observá-lo. Estava realmente desfrutando de todo o prazer de se comer naquele momento. Parecia que não via comida há muito tempo.

— Qual o teu nome? — O interroguei assim que ele terminou de comer.

Mais uma vez ele permaneceu calado, apenas me encarando. Solto um suspiro.

— Te dou permissão para falar também quando quiser.

— Quarto — O ouvi murmurar.

Sua voz era grossa, como a de um homem deveria ser, mas aparentava ser mais suave no estado normal. Que não era como ele estava agora, pois estava claramente tenso.

— Não quis dizer a tua classificação. Quero saber o teu nome — Expliquei calmamente.

Esperei ele falar, mas não chegou a pronunciar a resposta que eu queria. Parecia estar pensando profundamente em alguma coisa, como se fizesse cálculos matemáticos apenas para conseguir decifrar se eu estava falando sério.

Já estava para falar que ele não era obrigado a dizer o nome se não quisesse, quando então ele decidiu responder:

— Natsu — Mesmo aparentemente incomodado, ele não deixava de me olhar nos olhos. — Natsu Dragneel.

— Oh, Natsu é um nome japonês, não é? Pelo o que eu me lembro, significa... — Parei para pensar. — Verão?

Ele assentiu.

— Eu me chamo Lucy Heartfilia — Deixei um sorriso simpático no rosto, estendendo a mão para ele. — É um prazer, Natsu.

Como ele não correspondeu o meu cumprimento, recolhi a mão, constrangida.

Realmente vai ser difícil conversar com ele.

Terceira pessoa:

Nenhuma das bocas pretendia abrir para falar qualquer coisa. Ambos estavam sem saber o que falar, apesar de que Lucy se sentia muito mais incomodada com isso do que Natsu.

— O que eu tenho que fazer agora? — Natsu perguntou.

— Huh? — Lucy balbucio, sem entender. — Como assim?

— Minhas tarefas.

Lucy repensou, tentando entender, até que finalmente sua capacidade de raciocinar foi mais forte que sua lerdeza.

— Ah! — Olhou para cima, para logo depois colocar a mão na boca para esconder um sorriso de vergonha. — Desculpe-me, Natsu. Esqueci-me que tu és um servo. Deve estar acostumado a seguir a vontade de teus proprietários. No meu caso, não precisa se incomodar com isso.

Natsu estava surpreso e, acima de tudo, desconfiado. Ou ao menos tentava com todas as suas forças se manter assim.

Para ele, não existia uma pessoa que possuísse simpatia e gentileza ao mesmo tempo. Mas a garota a sua frente ia totalmente contra essas regras de lógica criadas por ele numa primeira impressão. A única explicação era que suas palavras amigáveis e seu sorriso eram uma farsa.

Ela quer me enganar, natsu concluiu. Entretanto, para que me enganar se ela já me possui como escravo? Ela já pode me maltratar como quer.

Ande. Faça isso. Não quero alimentar falsas esperanças.

— Mas essa é a minha função — Falou, com um gosto amargo na boca ao ter que admitir essa maldição que carregava consigo a vida toda.

— Hmm... De fato terias pouco que fazer nessa casa. Então... — Levantou-se da cadeira, caminhando até a cadeira onde Natsu estava. Estendeu sua mão mais uma vez para ele, numa outra tentativa. — Isto não é uma ordem, e sim um pedido. Posso então pedir a permissão para que possamos ser amigos?

Novamente a confusão estava quase escrita em negrito na testa do garoto.

A desconfiança sobre aquela garota só aumentava. Acreditava que, além de falsa, era maluca. Maluca por achar que ele iria cair na armadilha por trás daquele sorriso da loira. E em um momento que ele caísse nessa armadilha e tomasse consciência disso, uma dor de arrependimento o tomaria da mesma forma que há muito tempo atrás.

Mesmo com isso em mente, permitiu que a própria Lucy procurasse por sua mão e a apertasse a qualquer custo. Ainda por cima ele desistiu de resistir e correspondeu o gesto.

Deixou-se ser levado pela influência daquele rosto e voz angelicais. Perguntava-se repetidamente o porquê disso, e concluiu que naquele dia estava totalmente fora da normalidade. Ele nunca quase nunca deixava os seus proprietários o tocarem e acabava criando uma confusão por isso.

Ao sentir a pele da loira contra a dele, teve quase certeza que arrepiou. Sentiu algo lhe preencher por dentro, como um pressentimento bom que jamais teve. Além disso, sentiu como se naquele simples toque uma conexão havia se formado.

Essas emoções o estavam assustando.

Quando pensou ter visto um tipo de aura dourada ao redor de Lucy só ficou mais espantado ainda. Porém, as sensações anteriores faziam com que ele não demonstrasse isso.

Para Lucy não era muito diferente. Ela estava feliz por ele não ter a recusado e afastado sua mão, mesmo quando pensou que tinha quase o obrigado a isso.

Quando percebeu que estavam se encarando já fazia algum tempo, recolheu a mão com um leve rubor no rosto e ele fez o mesmo.

— Eu... Vou ir fazer minhas tarefas — Inventou a primeira coisa que lhe veio e soltou a mão de Natsu.

Com educação, Lucy pediu licença e saiu.

Depois de caminhar aleatoriamente pelos corredores, acabou chegando sem perceber em um lugar onde nunca havia estado antes. Era o fim de um corredor, um local escuro em que a maioria das janelas estavam tampadas. Apenas uma brecha de luz saindo de uma das janelas a deixava capaz de enxergar alguma coisa.

Logo a sua frente estava uma cortina na parede do final do corredor. Algo muito curioso, pois quem colocaria uma cortina onde nem mesmo é possível se ter uma janela? Lucy não quis buscar a resposta. Ela queria ficar sozinha depois do acontecimento anterior na sala de jantar. Parecia que ela tinha tido uma explosão de sensações desconhecidas em questão de segundos.

Ainda não acredito que obriguei aquele garoto a ser meu servo. Como eu pude falar daquele jeito tão possessivo?

Foi com esses pensamentos que a loira encostou-se à parede e se sentou no chão, bem ao lado da enorme cortina vermelha que cobria certa parte da parede.

— Mal começou o dia e eu já quero que ele acabe... — Ela disse para si mesma, soltando um suspiro.

Distraidamente, começou a passar a mão pelo pano da cortina vermelha. Seus dedos sentiram a maciez do tecido que ela identificou como veludo. Nesse ato de esfregar seu indicador e seu polegar contra o pano, acabou abrindo um pouco da cortina. Demorou um pouco para notar uma madeira na parede. Assim que percebeu isso, a curiosidade a moveu, fazendo sua mão automaticamente abrir a cortina e revelar por trás dela uma porta. Estava consciente de que a mansão era enorme e ainda tinha muitos lugares inesperados para se explorar, mas nunca imaginava que teria uma porta num lugar daqueles.

Era como se aquilo fosse um segredo.

Passou a mão pela exótica maçaneta feita de uma pedra transparente rara, a admirando por um tempo até girá-la.

A porta estava trancada.

Mas é claro que estaria, pensou Lucy. Se essa entrada está tão escondida é óbvio que não querem que eu entre.

Isso só alimentou mais a vontade dela de saber o que tinha lá dentro. Foi quando tinha decidido começar a procurar pela chave daquela porta que Lucy ouviu passos de longe. Procurou por algum lugar para se esconder, só que não tinha nenhum. Tentou novamente abrir a porta, porém o resultado foi o mesmo.

— Lucy? — Escutou a voz do pai a chamar pelo nome. Virou-se para ele e viu em seu rosto uma expressão surpresa que logo foi tomada por algo que assustou Lucy. Ele lançou o seu olhar mais penetrante, que parecia entrar em sua alma para perturbá-la por mais do que só uma noite.

— Pai, eu—

Foi interrompida quando ele foi andando rapidamente até ela para lhe dar um puxão pelo braço. A mão dele apertava o seu braço e a fazia grunhir de dor.

— Lucy, o que merdas você acha que está fazendo aqui? — Jude gritou.

— Eu não vim fazer nada! Apenas acabei passando por aqui! — Teve que resistir de se debater contra o pai ou mandar que ele a soltasse, pois ela sabia que isso só iria piorar.

— Tu mentes. Eu lhe eduquei para nunca mentir para mim.

Ele saiu a arrastando pelos corredores, levando-a em direção ao seu quarto. Parecia que a cada passo Jude botava mais força na mão e seu olhar piorava.

— Falo a verdade, eu juro — Lucy disse no meio do caminho, a ponto de chorar. Sua força contra que isso acontecesse estava quase se esgotando. — Acredite em mim, por favor!

— Que confiança eu posso ter em ti? És igual a tua mãe, mente tanto quanto ela! — Abriu a porta do quarto de Lucy e praticamente a jogou lá dentro.

Lucy quase tropeçou e caiu sentada no chão, mas conseguiu manter o equilíbrio. Antes de a porta bater com força na sua frente e a ouvir ser trancada, viu Natsu observando toda a cena.

Ela estava tentando entender como tudo aquilo foi acontecer, mas não encontrou resposta. Botou a mão na testa, para depois passar a mão pelo cabelo e soltá-lo do coque que tinha feito. Jogou-se na cama, fazendo com que as molas produzissem barulho.

O dia mal tinha começado e ela queria que ele acabasse logo.

Estava cansada, mas não conseguia dormir.

Foi com essa inquietude que Lucy teve que lidar durante todo o tempo presa dentro de seu próprio quarto.

●●●

Lucy se virou de costas para a porta quando ouviu a porta do quarto se abrir. Assim que percebeu que era uma das empregadas, se acalmou.

— O sr. Jude ordena que a senhorita vá agora para a sala de jantar.

— Obrigado pelo aviso. Já pode se retirar.

A empregada pediu licença e fechou a porta.

Lucy sentou-se na cama, sentindo o sangue descer pela sua cabeça depois de tanto tempo que passou deitada. Sua visão “piscou” algumas vezes, como um flash, até que voltasse ao normal.

Ficou encarando o chão debaixo dos pés, indecisa se ia logo ou não. Mas mesmo que optasse pela segunda opção, logo alguém iria obriga-la a sentar-se na mesa de jantar e comer.

Pelo menos eu não vou morrer de fome...

Conformada com esse pensamento se levantou da cama, se arrumou apropriadamente e saiu do quarto.

Chegando à sala de jantar, viu sua tia Elaine lhe lançando um olhar preocupado. Jude que tinha parado de comer para a encarar, tentando claramente conter o desgosto. E Natsu, que estava ao lado de seu pai mantinha sua cabeça baixa até que ouviu ela começar a dizer:

— Boa noite — Mesmo que não tenha olhado nenhum relógio desde que ficou trancada dentro do quarto, podia deduzir que já era noite.

Após o cumprimento, se reverenciou um pouco contra a vontade.

Juntou-se a eles, sentando-se na mesa ao lado direito de Elaine e longe de Jude. Durante todo o tempo sentada comendo, não teve sequer vontade e coragem para olhar para qualquer pessoa. Apenas concentrou-se na aparência e no sabor que tinha a comida.

— Espero que esteja arrependida por ir contra minhas ordens hoje — Jude falou, a tirando de sua concentração e a obrigando a olhá-lo nos olhos.

— Estou, papai — Estava mentindo. Mas, do que exatamente ela devia se arrepender? Não fez nada de errado, e não poder dizer nada contra era um absurdo. Porém, por mais insuportável que seja, tinha que lidar com isso.

— Pois então demonstre teu arrependimento.

Lucy lutou contra a vontade de não dizer o que realmente queria falar.

— Desculpe-me, papai.

Jude fechou minimamente os olhos, como se tentasse arrancar toda a verdade que tinha naquelas palavras.

— Lembre-se, Lucy, só porque és minha filha não significa que eu não possa trata-la tal como umavagabunda caso tu desobedeça-me.

A loira abaixou a cabeça, tentando esconder a sua expressão de indignação. Já não sabia mais o que sentia, se era raiva ou tristeza. Porém, de uma coisa tinha certeza: Acumular rancor daquele homem não adiantaria de nada. Até porque viviam na mesma casa e compartilhavam o mesmo sangue.

— Irei me lembrar.

Jude respirou fundo e esperou que todos terminassem de comer para que anunciasse:

— Eu e a tua tia vamos sair hoje à noite para tratar de negócios — Disse, levantando-se da cadeira e arrumando a sua gravata.

Lucy sentiu uma mão tocar na sua e percebeu que era a de sua tia. Olhou para ela, como se quisesse dizer que iria desabar. Sua tia, em resposta, apertou sem por força a mão dela, passando a mensagem de que estaria disposta a ouvi-la assim que tivesse o devido tempo.

— Até logo, querida — Elaine aproximou seu rosto do de Lucy e beijou sua testa.

— Até.

A adolescente observou em silêncio os seus parentes indo embora.

Quando Natsu pensou que a garota iria começar a chorar, como era o mais provável, ela o encarou e seus lábios rosados formaram um sorriso.

— Tu já podes comer.

E então ele se sentou-se à mesa, começando a degustar da comida calado. Resistia à tentação de buscar pelo olhar de Lucy e de perguntar se ela estava bem. Obviamente a resposta verdadeira seria não.

Um momento. Desde quando eu me preocupo com ricos?

Sacodiu a cabeça, tentando tirar esses pensamentos da cabeça. Lucy estranhou a atitude, sem saber o que lhe tinha acontecido, mas preferiu ignorar.

●●●

Natsu estava deitado na cama mais confortável que já deve na vida, no melhor quarto que já teve na vida. Aliás, quase tudo o que tinha agora era um conforto que não conseguia acreditar que possuía.

Claro que em quase todos os proprietários que teve desde que virou Fate lhe ofereciam boas condições para que continuasse vivo. Mas essa era a primeira vez em que a sua proprietária é gentil e ao menos tentava ser simpática, por mais que mal trocassem palavras.

E o momento em que tocou na mão da garota lhe proporcionou emoções estranhas. Ter que pensar nisso o deixava agitado.

É melhor eu ir dormir logo...

Quando já tinha fechado os olhos e estava para iniciar tentativas inúteis de dormir ouviu o barulho da porta rangendo. Sentou-se na cama, quase pulando com susto em que levou.

— Natsu?

Reconheceu que aquela era a voz de Lucy, aliviando-se ao saber que não era um ladrão ou alguém querendo assassiná-lo. Tal conclusão precipitada podia parecer desnecessária ao ponto de vista de outras pessoas, porém ele tinha seus motivos, portanto preferia manter-se prevenido.

— Desculpe-me se o acordei — A loira disse, permanecendo-se fora do quarto e com a porta entreaberta.

Natsu não podia enxergar o rosto de Lucy, mas podia jurar que ela estava com uma expressão de preocupação e de culpa.

— Não me acordou.

— Que bom... — Lucy sorriu sem mostrar os dentes.

O silêncio dominou o cômodo durante alguns segundos, dando-se apenas a escutar as cigarras. Lucy estava indecisa no pedido que iria fazer, sem saber se era algo adequado para se perguntar.

— Natsu — Decidiu, enfim, tomar coragem. — Tu poderias acompanhar-me?

Sem perguntar nada, Natsu apenas se levantou da cama e caminhou até a porta, ficando de frente para Lucy, mas mantendo certa distância.

Só quando se aproximou dela que percebeu que ela trajava um vestido branco de mangas rosa meio transparentes que caíam graciosamente nos seus braços, próximo ao ombro. Um laço com um rosa mais escuro enfeitava a parte do busto. Os seios estavam bem justos e levemente a mostra em um pequeno decote em formado de “C” ao contrário. O vestido ficava quase na altura dos joelhos, ultrapassando-os por alguns poucos centímetros.

Uma coisa que certamente chamava atenção eram seus cabelos. Dessa vez eles estavam soltos e corriam livremente pelas suas costas até a sua cintura, formando ondulações nas pontas.

A simplicidade do traje fazia uma maravilhosa combinação com Lucy. Misturava duas coisas totalmente opostas, sedução e fofura, transformando em algo diferente do “casual”, que eram roupas mais exageradas em enfeites.

Era impossível não admitir que Lucy estava linda.

— Senhorita, permite-me saber para onde exatamente vamos? — Perguntou com educação assim que conseguiu tomar a consciência de volta depois de algum tempo admirando a beleza natural de Lucy. Ela estava arrumada, mesmo que mais simples, portanto podia-se concluir que eles iriam para algum evento.

— Vamos para a festa de comemoração da primavera. Ah, tinha me esquecido! É melhor que se arrume, já que vamos para esse festival.

— O teu pai não me avisou disso, isso quer dizer que...

— Sim, nós vamos fugir.

Ouvindo isso, Natsu pensou profundamente se sua senhorita não tinha perdido o juízo. Talvez fosse a rebeldia tomando ela após a discussão que teve com o pai, mas ela precisava saber que o que ela pretendia fazer tinha riscos e podia fazer muitas outras consequências para ela.

Odiava admitir, mas odiava ver mulheres sofrendo por injustiças, apesar de que não sabia ao certo o motivo do castigo de Lucy. Não queria vê-la sofrer. Por mais que o seu rancor por quem o comprava fosse eterno, uma compaixão ainda havia lhe restado.


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Notas finais do capítulo

Vocês viram a nova capa que eu fiz para a fanfiction? Eu simplesmente amei ela! (Orgulhosa? Nem um pouco. Enfim, o resultado final realmente me agradou. E, sim, eu também fiz ela ontem durante a madrugada.
Não sei quando vou atualizar a fanfic de novo, mas eu pretendo não demorar mais tanto quanto antes. Para os desinformados, meu atraso se deve por conta das semanas de prova.
Me desculpem por esse capítulo estar um pouco parado, eu espero que isso não os tenha decepcionado muito.
Beijos e até o capítulo sete!



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