O Fim escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 7
Proteção!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Mas não vou desistir da fanfic ok?
Espero que gostem..



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_Sério? É assim que vamos chamá-los? Zumbi? – Gray olhava indignado pra nós.

_Tem um nome melhor gelado? – Natsu pediu erguendo uma sobrancelha.

_Que tal Natsu, eles não usam o cérebro mesmo. – Gray revidou.

_Engraçado, vindo de um homem manco. – Natsu provocou mais.

_Ainda te venço mesmo sem uma perna. – Gray respondeu.

_Ts.. até parece, perdeu para um Zumbi, como venceria de mim? – Natsu perguntou irônico.

_Ora seu... – Gray tentou se levantar, mas foi impedido por um soco na cabeça que o fez sentar novamente.

_Vou quebrar sua outra perna se você não ficar quieto. – Erza ameaçou Gray, Natsu deu uma risadinha. – E você, eu deixo pior que ele.

Com as ameaças da ruiva, os dois ficaram bem quietinhos.

_Então, o nome Zumbi foi escolhido pela Erza Gray. – Eu contei ao garoto.

Ele arregalou os olhos e se encolheu mais ainda, se arrependendo de ter criticado o nome.

_É um nome muito auto explicativo. – disse Erza. – Em todas as histórias que já ouvimos sobre mortos-vivos, eles são chamados de Zumbi.

_E como nas histórias, eles vão nos comer. – Completou Natsu.

_Não se nós lutarmos contra isso. – Eu falei encorajando a todos. – Eu tenho sonhado com isso, e Natsu e eu temos uma teoria, se os meus sonhos forem algum tipo de sinal da Mavis, eu sei onde não podemos ir para que não aconteça uma tragédia.

_E se não for da Mavis? – Erza pediu.

_Vamos ter que confiar nisso. – Gray disse me olhando. – Parece nossa única esperança.

_Espere. – Natsu disse. – Todos confiamos na Lucy e na Mavis. Mas acho que... de repente sair por aí sem rumo...

_O que? – Erza ficou escandalizada. – Você está pensando nisso? Mesmo? Você? O Natsu que eu conheço, sempre quer sair por aí derrotando seus inimigos sem pensar.

_Dessa vez não! – o rosado olhou pra mim.- Prometi proteger a todos! E acredito que se tivermos um plano, é mais seguro, tipo é um incentivo.

_Tudo bem! – Erza concordou. – Pra onde vamos?

_Devíamos ir para a Guilda! – solicitei. – Tentar achar os outros.

_É. – Gray aceitou. – Afinal, Mavis disse que eles tinham voltado, é o mais óbvio eles terem ido para a Guilda.

_Natsu? – a ruiva olhou pra ele pra ver se o mesmo concordava.

Ele fez sinal positivo com a cabeça.

_Então está certo! – Erza disse. – Ao amanhecer peguem tudo e partiremos, afinal, Gray precisa o quanto antes de cuidados médicos.

_Que nada. – o garoto deu uma risadinha e piscou pra mim. – Já tive.

Eu sorri pra ele, mas sabia que era brincadeira, o garoto corria risco de vida, ele precisava de cuidados profissionais.

Natsu se levantou rápido e foi para a janela onde ele ficava de vigia, ele deu uma olhada pra ver se Happy estava bem e olhou em seguida para fora concentrado.

_O que aconteceu com ele? – Erza estava falando comigo. Olhei para ela. – Ele não é assim, está focado, mais maduro, diferente... e agora, ele não pareceu animado como ele realmente ficaria em sair em uma missão.

Olhei para baixo, eu também queria saber o por que ele estava assim.

_Não sei. – respondi sincera. – Se eu descobrir te conto.

Ela sorriu, me levantei e fui até o Natsu.

_O que você quer? – ele pediu sem olhar para trás.

_Eu.. eu só queria saber se você está be...

_Eu estou bem. – ele me interrompeu.

_Tá bem... – eu me virei e saí de perto dele.

Meu peito doeu e eu me senti angustiada, não sei o que aconteceu com ele. Será que fiz algo que ele não tenha gostado? Falei algo de errado? Antes ele foi tão gentil.

_Lucy? – olhei para o lado e Happy estava me olhando, eu peguei ele no colo.

_Posso dormir com você? – eu perguntei ao gato azul.

_Claro, eu ia pedir pra você dormir comigo. – eu sorri. – eu sonhei que você tinha sido mordida.

_Eu estou bem. – eu sentei na cadeira e apoiei meus braços na mesa, Happy se enrolou no meu colo e assim pegamos em sono profundo.

Não demorou para que os Zumbis viessem em centenas atrás de nós.

_Eu pensei que se viéssemos pelo subterrâneo eles não nos seguiriam. – Erza disse.

_Pensou errado Erza. – Disse Gray que estava apoiado em mim.

_Eles são em muitos! – Falou Natsu que mal dava conta de queimar todos.

_Eu não consigo usar magia. – Gray lamentou-se. – Estou esgotado.

_E com febre. – completei. – Você não pode se esforçar, vai piorar.

_Tenho que arranjar uma enfermeira particular assim.- Gray sorriu pra mim.

Eu sorri e olhei para Natsu, ele estava nos olhando, assim que me viu o encarando ele virou o rosto e pareceu que sua raiva aumentou em nível absurdo, pôs o fogo ficou mais intenso, pude sentir o calor aumentar e assim ele vaporizou dezenas de Zumbis.

_Belo golpe, mas ainda tem mais. – Erza disse trocando de armadura e saindo em disparada no meio deles cortando as cabeças que víamos voar para cima e em seguida cair no chão.

_Vamos! – Natsu passou por nós sem olhar para o lado. Happy voou em seu ombro e assim começamos a caminhar de novo.

_Erza?! – Chamei a garota. – Vamos, assim está bom já para passarmos.

Ninguém respondeu, Gray olhou para mim assustado.

Eu deixei ele sentado e fui atrás dela. Mas braços me pegaram pela cintura, eu dei uma cotovelada na altura da barriga e depois me virei para dar um soco no rosto, mas parei ao ver Natsu com as mãos na barriga sentindo dor.

_Natsu?! – me abaixei. – Você está bem? Me desculpe.

_Sim.. fique aqui que eu vou ver se a Erza está bem. - Ele se levantou e disse sem me olhar. – Vejo que não precisa de proteção.

Eu me senti tão mal com aquele comentário, olhei para baixo desanimada. Eu bati nele, mas eu não sabia que era ele, também por que ele tinha que me segurar daquele jeito, é óbvio que eu pensaria que era um Zumbi.

Mas logo ele voltou correndo com a cara assustada.

_Cadê a Erza? – perguntei procurando atrás dele.

_Ela foi mordida e está do lado deles agora.. – ele falou muito rápido, pegou na minha mão e correu para o lado do Gray. – Levanta cara.

_Não, não vamos deixar a Erza. – eu disse puxando minha mão, soltando a de Natsu. – Não vou sem ela.

_Você não entende. – ele me olhou com raiva. – ela morreu.

Natsu falava tão frio, ele jamais falaria assim de uma amiga.

_Vamos, agora! – ele disse olhando pra mim daquela forma. – ela se foi e se você não quiser morrer assim, venha.

As lágrimas quiseram sair, mas eu as segurei, não iria chorar de novo, segurei elas, mas eu precisava de alguma forma me impor.

_LUCY!!! VAMOS!!! – agora ele gritava. – A Erza vai te ma..

Ele se calou quando minha mão atingiu o rosto dele. Ele ficou olhando para o lado que o sua cabeça virou, então vi suas mãos cerrarem e as chamas cobrirem a pele que envolvia seu punho.

Seu olhar se direcionou para mim com raiva e nojo. Eu quis correr, mas meus pés não me obedeceram.

Ele pulou em minha direção, ouvi a vós de Gray gritar para Natsu parar antes de levar um soco de fogo na barriga e voar para trás, me senti uma bola de boliche, pois derrubei oito Zumbis quando cai. Um deles me pegou pelos ombros e me puxavam para trás, outro segurou meus pés e os tentou levar a boca, eu puxei com toda a minha força, mas senti uma dor intensa no braço esquerdo, um deles havia me mordido e puxava a minha pele como um galeto.

_Ahhhhhh, socorro! – olhei para Natsu e ele olhava pra mim sem expressão, senti novamente a dor na coxa e em seguida no ombro direito e depois na bochecha, eu fechei os olhos, além de não aguentar a dor de ser mastigada e desmaiar, morreria sendo odiada por um amigo tão querido.

Abri meus olhos, e senti um calor imenso na minha cabeça, como o fogo de Natsu, o sol batia em mim através do vidro da janela, já era o amanhecer, estava na hora de partir.

_Lucy? Você está bem? Está toda suada. – Erza me olhou.

_Sim, só tive um sonho ruim. – olhei para Happy que dormia em meu colo.

_Mais um daqueles sonhos? – Gray pediu se apoiando em uma muleta.

_Sim, eu sei de um lugar onde não devemos passar. – respondi.

_Ótimo! - Gray expressou feliz. – Isso que você tem é um dom.

Sorri leve pela empolgação dele, quem dera ele soubesse como são esses sonhos, ou melhor, pesadelos.

_Está na hora de irmos! – Natsu falou sem olhar para nós, ele aguardava na porta.

Meus sonhos não faziam sentido nenhum, Natsu jamais faria algo como no sonho, ele era gentil e faria de tudo para proteger quem era importante pra ele, seus amigos, mas ele foi grosso comigo ontem, será que ele era capaz mesmo de fazer algo ruim a mim? Não, pare de pensar besteira, ele nunca faria algo assim.

_Gray. – Erza o chamou. - não seria melhor você se apoiar na Lucy?

Natsu virou a cara mais ainda para nós.

_Acho melhor não. – eu disse.

_Também acho. – Gray disse. – Não quero ser peso morto pra ninguém.

_Vamos fazer tudo diferente do meu sonho. – Eu expliquei e Erza concordou.

_Por onde vamos então? – Natsu pediu olhando pra fora.

_Não podemos ir pelo subterrâneo se meus pesadelos estiverem certos. – Informei.

_Droga, pensei ser uma boa ideia. – Erza bufou.

_Eu e você morremos! – eu expliquei tentando confortá-la que a ideia era ruim.

Todos me olharam espantados, dessa vez Natsu me olhou também, eu desviei o olhar dele, não conseguia encará-lo depois do que sonhei.

_Certo, nada de subterrâneo então. – Gray confirmou. – por onde?

_E se subíssemos nos telhados das casas? – Erza sugeriu.

_Tem a perna do Gray? – eu lembrei. – ou você consegue?

Ele me olhou e riu.

_Vou dar um jeito.

_Vamos então. – Erza chamou e assim saímos do bar, começamos a escalar o prédio, enquanto Happy ajudava Gray a subir.

Chegamos no telhado e vimos uma vista horrível.

_É a primeira vez que subo num telhado. – contei. – Nunca mais vou esquecer essa imagem.

Fogo, fumaça, entulhos de casas, árvores caídas e um cheiro de carne podre que chegava a doer quando penetrava nas narinas.

_Vamos. – Natsu chamou. Ele caminhou na frente e assim que chegou a extremidade do telhado, pulou para o próximo, Erza fez o mesmo, os dois pousaram com elegância.

_Gray? – Olhei para ele, observando o que o mesmo faria.

_Ice Make... – ele criou uma ponte de gelo forte o suficiente para que ele passasse para o outro lado. O observei passar devagar, mas totalmente seguro. – venha!

Ele me chamou e deixou a ponte para que eu passasse por ela também. Eu sorri, acho que não conseguiria pular para o outro lado.

Pisei na ponte e comecei a caminhar devagar, a distância entre os dois prédios era mais ou menos de 4 metros, e lá em baixo no beco havia pelo menos uma dúzia de Zumbis. Quando estava bem no meio, ouvi um pequeno gemido e Gray caiu deitado no telhado, ao mesmo tempo sua magia começou a se desfazer, eu pensei rápido e pulei para tentar segurar na ponta do telhado, mas não consegui alcançá-lo, olhei para baixo vendo onde iria cair, mas minha queda parou quando senti uma mão quente segurando a minha, olhei para cima e vi os olhos assustados de Natsu.

_Você está bem? – ele perguntou. Olhei em seus olhos, e vi ele me deixando cair sem pena para os Zumbis me comer, virei o rosto. – Lucy?!

_Puxe ela... – a voz de Erza mandou.

Senti que ele me puxou e me colocou sentada no telhado. Ele tocou em meu ombro, mas eu rastejei para longe.

_Não, fique longe... – toda vez que ele me tocava ou me olhava, eu imaginava ele me deixando pra morrer dizendo que eu não precisava de proteção.

_Lucy..? – a voz dele soava chateada. – O qu.. ?

_Natsu espera. – A voz de Erza o interrompeu. – Lucy... Você está bem?

_Me deixe.. eu estou bem... – me levantei. – Como está o Gray? O que aconteceu com ele?

_Éh, o joelho está infeccionando, parece que está com febre. Temos que nos apressar. – erza explicou. – E você..

_Vamos então. – fui até o eu amigo. – Eu te ajudo.

Gray se apoiou em mim e assim seguimos em frente.

Natsu e Erza não falaram mais nada. E Happy ficava o tempo todo ajudando Gray a passar de um prédio para o outro, eu insisti em me virar.

Natsu era super poderoso, sobreviveria a esse caos sem ajuda de ninguém, Erza não preciso dizer nada e Gray só se machucou por minha causa, se eu não tivesse ali com eles, uma inútil, eles se virariam muito bem, todos tem poderes, quase todos magos classe S, o time mais forte como foram chamados, eu sempre dependi deles, preciso começar a me virar, com ou sem poderes, afinal, Natsu não estaria ali para sempre.


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Notas finais do capítulo

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