O Fim escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 10
A verdade por trás da verdade.


Notas iniciais do capítulo

AVISO! -> SPOILER DO MANGA. Pra quem ainda não leu o manga depois da saga Tartarus, tem spoiler neste capítulo da fanfic.



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_Como diabos derrotaremos Zeref? – Gray pediu alterando sua voz em tom de indignação.

_Antes de respondermos essa pergunta a vocês precisamos conversar o com Natsu e vocês precisam provar sua lealdade a guilda, a este grupo, isso inclui me obedecer, assim sobrevivemos durante sete anos de caos. – Lisanna finalmente revelou o por que ela estava ali na ponta.

_Então me responda mais uma pergunta Lisanna. – Erza se levantou impondo o respeito que ela merecia. – Por que você e não Mira?

Todos baixaram a cabeça, ah não.

_Mira está morta? – Happy pediu quebrando o silêncio.

_Mira morreu no primeiro ano. – contou Elfman cabisbaixo, ele não era mais o mesmo como esperado, ainda era musculoso e maior que homem que já conheci, mas sua expressão era triste e sem vida. – ela estava doente e não tínhamos como tratá-la, então numa noite eu e Lisanna nos descuidamos ao deixá-la sozinha enquanto íamos atrás de suprimentos e outros da Guilda, Jet, Droy se transformaram e mataram ela, quando voltamos, ela queria nos matar, Lisanna a matou por que eu não tive coragem...

_Meu Deus! – exclamei. Olhei para Lisanna, ela estava com o semblante calmo apesar de tudo, a garota havia passado por muita coisa, eu a entendia em ser receosa ao confiar em outros, mas era o Natsu, ela precisava confiar nele. – Quem mais morreu?

_Não se desespere. – Cana respondeu. Essa por sinal, parecia não ter mudado muito, continuava com seu litro de bebida do lado, apenas suas feições estavam cansadas e ela também deixava aparentar o sete anos que passaram em seu rosto. – Laxus, Gildartz e Freed estão em uma missão.

_Que missão? – Erza perguntou.

_Estão matando os mortos vivos que Wendy trouxe para a Fairy Tail. – A garota olhou com reprovação para a pequena dragon slayer.

_Desculpe. – Wendy falou triste, Charlie pôs a pata em seu ombro a consolando. A pequena já não estava tão pequena assim, ela havia crescido, cortado o cabelo e prendido em um rabo de cavalo e pelo jeito treinava muito, pois seus braços e suas pernas estavam mais grossas do que o normal.

_O que você fazia lá fora Wendy? – perguntei.

_Eu sempre vou procurar pessoas vivas. – ela respondeu baixinho. – mas dessa vez eu encontrei um morto vivo especial, ele usou magia em mim, então ouve explosões e os outros mortos vivos ouviram e vieram atrás, até que virou centenas.

_Pelo menos você está viva. – Cana disse sorrindo para a pequena e logo tomando um gole de sua garrafa.

O silêncio reinou novamente na sala, ficamos todos olhando uns para os outros.

_Acho que há uma coisa que vocês devem saber. – Gajeel se pronunciou e no mesmo instante um olhar de cuidado com o que você fala veio da Lisanna, isso era ridículo, por que todos estavam com medo dela?. Gajeel se vestia como sempre, só deixou a barba crescer bastante, e não parecia tão agressivo quanto antes. – Existem categorias dos mortos vivos.

_Chame-os de Zumbi! – Gray aconselhou. – é mais bonito.

_Certo. – Gajeel soltou uma risadinha. – Os zumbis são classificados em categorias. Por enquanto temos três diferentes. Os Zumbis normais, que são pessoas normais, só matam e comem, os Zumbis quase especiais, eles eram magos, mas de certa forma esse vírus mantêm a magia neles, mas esses não usam magia, eles tem, mas não usam, mas nós sempre ficamos de olho, é perigoso, eles podem virar um Zumbi Especial, como o que a Wendy viu hoje, eles ainda conseguem usar magia, totalmente descontrolada, sem nenhum senso, o que os torna mais perigosos ainda e em um nível de destruição bem maior.

_E eu já achava eles chatos sem essas idiotices. – Gray reclamou.

_Por hora, isso é tudo o que podemos contar a vocês. – Lisanna disse finalizando a reunião.

Todos se levantaram e saíram da sala, eu, Erza, Gray e Happy continuamos ali.

_Me diz que eu não sou a única com vontade de surrar a Lisanna? – Erza exclamou.

_Não podemos mesmo que queremos. – Gray disse. – A guilda inteira, ou pelo menos boa parte está com ela, a defenderia, eu só não entendo o que ela fez pra conseguir mandar neles desse jeito.

_Eu estou com saudade do Natsu! – Happy choramingou.

_E que história foi aquela que ela disse que não podemos confiar no Natsu, que não o conhecíamos de verdade. – falei indignada.

_Nós temos que achar as masmorras e falar com ele. – Erza disse.

_Agora não dá. – eu falei. – Ela está indo lá agora pra falar com ele.

_Podemos segui-la e ouvir o que eles dizem. – Erza disse.

_Tudo bem, é uma boa ideia. – Exclamei.

_Vão sem mim, vou só atrapalhar com minha perna inutilizada. – Gray falou.

_Eu vou ficar com Gray. – Happy disse.

_Tudo bem, vamos então? – Erza olhou pra mim.

Fiz sinal positivo e então saímos da sala deixando eles para trás, segui a ruiva com cautela, se víamos alguém, entravamos em um outro corredor, até alcançarmos Lisanna.

_Como eles são teimosos. – Lisanna dizia.

_São da Fairy Tail. – Gajeel disse. – É claro que são.

_Como vamos convencê-los desse jeito? – ela pediu.

_Só falando com Natsu pra ele os convencer. – Levy disse.

Eu e Erza nos olhamos, estava ficando cada vez mais interessante.

Quando chegamos a uma escada estreita, nós paramos enquanto eles desciam.

_E agora? – Erza me olhou.

_Você fica aqui e eu desço. – eu falei, ela me olhou preocupada, mas fez sinal positivo.

Eu comecei a descer devagar e com cautela. Respirava fundo e tentando fazer o menor barulho possível. Chegando lá em baixo, estava tudo escuro, fiquei com raiva de Lisanna por manter o Natsu num lugar como esse.

Mas me escondi dentro de uma cela para escutar a conversa mais adiante.

_Onde estão os outros Lisanna? – Era a voz do meu amigo, ele estava bravo. – Não acredito que você está agindo assim. Se você machucar um deles, e você Gajeel, seu desgraçado, por que estão me prendendo aqui? E os outros?

_Hey cara, calma, estão bem, só fique quieto para te explicarmos a situação. – Gajeel disse tentando acalmar o Natsu. O metaleiro não era assim, ele era destemido, não deixaria Lisanna mandar nele desse jeito.

_Natsu, nós queremos te contar o que está acontecendo lá fora. – Levy começou calmamente.

Depois que ela contou toda a história que haviam contado para nós Natsu fez a mesma pergunta.

_Como vocês vão derrotar Zeref? – ele pediu sonolento.

_Nós não. Você vai! – Lisanna respondeu.

O que? Como assim?

_Sério? Estão me mantendo preso por que sou a única esperança de vocês? – Natsu perguntou irônico.

_Sim. – Lisanna suspirou e enfim desabafou. – Você é END, o demônio mais forte criado por Zeref que tem o poder de destruí-lo.

Natsu e eu ficamos com a mesma expressão, do que ela esta falando, Natsu foi criado por um dragão, nunca tentou matar alguém e era quem mais Natsu queria derrotar esse tal de END.

_Hahahahahahahahahahhahahaha... – Natsu começou a rir. – Gajeel você me surpreende as vezes, as histórias que você acredita cara.

_É verdade Natsu, está neste livro de Zeref. – Levy apontou um livro, abriu e leu a parte mais interessante. – “.. então eu criei o poderoso END, Etheriuos Natsu Dragneel, com todo o poder e glória para me derrotar”. Achamos isso num templo, é como se fosse um diário.

Isso não podia estar acontecendo, Natsu não podia ser um demônio, ele era um mago, um membro adorado da Fairy Tail, todos o amavam, inclusive Lisanna, Mira me contou a história deles com o ovo de Happy, por que eles estavam fazendo isso, as lágrimas quiseram sair, mas eu não deixei. Estava com raiva desse mundo que só trazia azar para nós, Natsu teria que lutar contra Zeref e ninguém garantia se ele ia ou não vencer, só por que um livro idiota escrito por um idiota dizia que meu amigo teria que lutar contra ele, não quer dizer que ele tenha que fazer isso. Eu quis levantar e ir até lá dar uns tapas neles, mas a voz de Natsu me despertou.

_Entendi por que vocês me prenderam. – ele falou com a cabeça baixa. – Não querem que eu lute desnecessariamente lá fora e acabe morrendo e depois não ter ninguém para lutar contra Zeref.

_Você é esperto Natsu. – Lisanna disse. – Mas preciso que prometa que vai convencer aos seus amigos que eles precisam deixar você fazer isso.

_Por que você não fala com eles? – Natsu pediu.

_Por que eles não confiam em mim. – ela respondeu.

_Guardando segredos assim só vai piorar. – Lisanna ficou quieta depois disso.

_Pense nisso Natsu, voltaremos aqui amanhã. – Levy disse, e assim eles subiram as escadas.

Eu fiquei ali por um tempo, processando a ideia, então ouvi um soluço vindo da cela de Natsu, fui quieta até lá.

_O que vocês querem de novo? – ele levantou a cabeça com lágrimas nos olhos, e sofrimento na face, mas seu cenho se desfez quando ele me viu. – Lucy?

Além de preso dentro de uma cela, suas mãos estavam acorrentadas nas paredes laterais. Eu me ajoelhei do lado de fora da cela e apoiei minhas mãos nas grades, ficando na atura dele.

_Você estava ouvindo? – ele pediu preocupado.

_Sim... – respondi olhando pra baixo. - Mas..

_Você precisa me deixar fazer isso e convencer os outros a me deixarem também. – ele disse.

_O que? Por que? – Perguntei.

_Por que eles tem razão, só eu posso fazer isso. – ele olhou pra mim docemente.

_Não, nós podemos enfrentá-lo juntos, como sempre. – argumentei. – Como um time.

Natsu olhou pra baixo e começou a chorar.

_Nastu, por favor não faça isso. – eu implorava. – por que está chorando?

_Lembra quando eu disse pra você que eu havia ganhado algo e que você saberia em breve? – ele olhou pra mim sorrindo.

_Sim. – respondi.

_Eu acabei de perde isso. – ele falou chorando mais ainda.

_Por que? Do que você está falando Natsu? – eu não entendia o que ele estava dizendo que ganhou e agora perdeu.

_Com o que eu sou e o que vou fazer, não vou mais ter aquilo que eu queria Lucy, vou sacrificar algo pelo bem de todos. – ele dizia meio chorando meio rindo.

_Não! – eu falei. – Você não vai sacrificar nada, não, isso não vai acontecer, e quero que pare de pensar assim. Você não perdeu nada ok? Você tem aquilo que você ganhou ainda.

Ele sorriu pra mim de forma tão linda, eu quis quebrar essas grades que nos separavam e abraçar ele dizendo que ia ficar tudo bem, mas eu não tinha forças o suficiente.

_Lucy... – ele me chamou. – eu vou dizer a Lisanna que aceito enfrentar Zeref, e vocês vão dizer que concordam com isso...

_Mas..

_Me escute. – Natsu pediu. – é só uma camuflagem, enquanto isso você treina, aperfeiçoa sua técnica de arqueira e peça para os outros fazerem o mesmo, no dia que eles me mandarem pra lutar, nós vamos dar o fora daqui, entende?

_Sim. – era um bom plano, e ele não iria lutar contra Zeref, isso era tudo o que eu queria.

_Então me prometa que vai ficar segura até lá, que vai ficar num lugar seguro e não vai sair por aí matando Zumbis. – Natsu pediu.

_Como vou treinar então? – argumentei.

_Erza te ajudará. – ele respondeu. – prometa.

_Está bem. – me rendi. – quando eu conseguir, eu volto aqui.

_Ficaria feliz com a sua companhia. – ele sorriu, e me partiu o coração ter que deixá-lo ali, mas pelo menos agora tínhamos um plano, eu corri escada a cima para encontrar os outros e contar isso a eles.

Natsu podia ser o END, podia ser um demônio, mas escolher agir como um ele não iria.


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Notas finais do capítulo

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