Paradoxo - Seson 2 escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 29
Sara West.


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes!
Capítulo quentinho, literalmente....
Bom, esperamos que vocês gostem!



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LUNA

A igreja estava linda, toda decorada em branco e verde, com flores em todos os lugares. Os convidados também não deixavam a desejar, cheguei a ver Diana e Steve Trevor entrando a pouco, mais da metade da Liga da Justiça está presente, vejo Lois e Clark conversando com Felicity, eles acenam para mim a distância, mas precisava me concentrar em não demonstrar pânico no dia mais feliz da vida da minha amiga.

—Tio, há um chamado no Tibete. –escuto a M’egann dizer a J’onn ao meu lado. –Superboy e eu estamos a caminho. Pode pedir perdão ao Wally e Sara, por nós?

—Tudo bem. –ele sorri para ela, que se despede, saindo da igreja.

—Está pronta? –J’onn me pergunta discretamente, ele está obviamente em sua forma humana, e até que ficou elegante em um terno escuro. Balanço a cabeça confirmando. –Luna, precisa respirar. –me lembra, mas só o que sinto é meu coração apertar a cada segundo mais. Faço o que ele diz, e vou em direção a Isis, que estava muito pior do que eu.

Nossos vestidos de madrinhas eram da mesma cor, com o mesmo corte, todos rosa chá, e em cetim. O meu era completamente justo ao meu corpo, se abrindo um pouco acima do joelho em uma saia leve, com um decote generoso nas costas, bordado em volta com pedras delicadas, um tom acima do tecido. O de Isis não tinha decote, com alças finas e bordadas, e dois braceletes bordados na altura das mangas, que a deixou parecendo uma princesa grega. O de Barbara, seguia o mesmo padrão dos nossos, mas ao invés de bordado, ele tinha franjas na altura do busto e das mangas curtas.

—Precisamos ir ver Sara. –toco o braço de Isis que pula de susto, como se estivesse distraída. –Querida, você está bem? –passo a mão em seu rosto gelado, ela olha para os dois lados, e me puxa para um corredor atrás da igreja.

—Luna, por favor, me responde uma coisa, com sinceridade. –confirmo balançando a cabeça, seus olhos estavam em pânico. –Eu sei que você ama a Sara. –engulo em seco. –Ainda não sei o que aconteceu entre vocês duas, mas eu vejo como se olham. –respira fundo, passando as mãos sobre o rosto. –Não estou com ciúmes, eu amo vocês também... –sua voz está embargada, e só o que consigo fazer, é puxá-la para um abraço e Isis se prende a mim, como se precisasse daquilo. Bom, hora do plano, só preciso de cinco minutos, nada melhor do que a verdade.

—Eu fui o contato dela, durante os anos em que esteve trabalhando para o governo. –conto quando nos afastamos, e vejo a surpresa nos olhos de Isis. –Ela precisava de ajuda, e eu estive lá por ela, e de uma forma estranha, ela esteve por mim também.

—Agora tudo faz sentido. –solta um riso nervoso. Vejo Damian e Connor entrando em direção a sala em que Sara está, e seguro nos ombros de Isis, para manter seu olhar sobre mim.

—Me desculpe, por não ter con... contado an... antes. –gaguejo, me odiando por isso.

—Está tudo bem Lu, eu entendo melhor do que ninguém o que é precisar guardar um segredo. –responde em tom de desabafo.

—É uma merda. –completo cheia de sinceridade, me escorando na parede ao seu lado.

 -Con sabe disso?

—Connor parece saber quando existem perguntas que eu não quero que ele faça. Não consigo mentir para ele. –dou de ombros, e ela abre o mínimo sorriso. –Tenho certeza que ele tem as próprias dúvidas. -vejo os garotos saírem novamente, sem serem vistos. –Mas o que quer me perguntar?

—Se fosse a sua vida ou a dela, o que escolheria. –a dela, mas não posso responder isso, vejo nos olhos de Isis que ela estava cogitando contar a visão, dizer a todos o que aconteceria.

—Você não quer a minha resposta. –sussurro, sentindo o nó se formar em minha garganta. –Eu não sei o que está escondendo Isis, o que pode ter ou não visto. Mas não po... posso dizer se escolheria a sua vida ou a de Sa... Sara.

—Não foi isso que eu perguntei. –me interrompe em um sussurro.

—Mas é o que está pensando em fazer! –minha voz sai firme, preciso convencê-la de que essa não é uma opção.

—Por que pensa ser uma visão? –semicerra os olhos me observando.

—Por que te conheço a muito tempo, e sei bem como costuma agir. –obrigada meu Deus, por não me deixar gaguejar. –Seja o que for, não é uma escolha válida e Sara não suportaria o peso de viver, sabendo que foi a razão de sua desgraça. –sussurro, passando a mão por seu rosto. –Vem, vamos ver a noiva. –respiro fundo, e pego a sua mão.

—Nossa, vocês ainda estão aqui! –Babs aparece ao nosso lado, ofegante. –Felicity me pegou em uma conversa sem sentido, sobre o que eu estou dando para Al comer e firewalls 3XD, só consegui chegar aqui agora. É melhor nos apressarmos, ou Sara vai nos matar!

Nós entramos na sala, e vejo Sara de frente a um espelho de corpo inteiro, usando o vestido de Lyla. Preciso piscar algumas vezes para conter as lágrimas e assimilar o quanto ela está linda. Wally terá um ataque quando a ver.

—Já tenho uma coisa velha. –mostra o vestido.

—Então, uma coisa nova. –Barbara pega o véu cumprido, que estava dentro de uma caixa. –Lyla perdeu o dela, então mandamos fazer um igual para você é o nosso presente. –ela nos olha com carinho em resposta.

—É perfeito, obrigada.

—É tem a coisa emprestada. –dou um passo à frente, tirando o meu pingente de estrela do pescoço. –Se lembra disso? –ela sorri, levando as mãos aos lábios. Coloco em volta do pescoço dela. –Vou querer de volta. –digo olhando para seus olhos escuros, e a abraço com força, sinto algo estranho, mas deve ser o pânico que estou reprimindo desde que acordei.

—E uma coisa azul. –Isis pega um pequena caixinha, e prende uma íris azul, no buque de rosas brancas de Sara. Depois a abraça, com tanta intensidade que preciso desviar meus olhos para não desabar. Escutamos batidas firmes na porta.

—Estão todos vestidos? –John pergunta, entrando com a mãos sobre os olhos.

Nós três nos juntamos em um canto, dando passagem para o pai da noiva. Diggle a olha encantado, e acho que essa é a cena mais bonita que presenciei em minha vida, ele leva a mão em punho aos lábios, e abre a boca repetidas vezes sem conseguir dizer nada.

—Está tão linda quanto a sua mãe ficou nesse vestido. –sussurra para a filha, sem conseguir sair do lugar. –Eu não poderia estar mais orgulhoso.

—Eu te amo, pai. –ele cobre a distância entre eles e pega as mãos da filha, beijando cada uma delas.

WALLY

Não sei quantas injeções Damian já me deu, para me fazer parar de vibrar. Olho para a porta esperando que Sara entre logo, ou que Hunt finalmente apareça, ele está mais atrasado do que a noiva. Connor tenta me acalmar, em vão, mas ele é um bom amigo e tomou isso como uma espécie de projeto de vida.

—Kid, não podemos esperar mais. Vamos ter que começar. –meu pai diz.

—Nada do Hunt, ainda? –Damian pergunta, enquanto injetava discretamente mais uma dose em meu braço.

—Não, mas meus parabéns, você é meu novo padrinho. –murmuro vendo o quase pânico em seu rosto. –Pode ficar aqui, atrás do Con.

—Acho que isso é um progresso. –escuto Dick dizer.

—É sim. Só precisaram de cinco anos, um tipo de droga que desacelera o Wally e um padrinho fujão. -Connor devolve o deboche, e os dois disfarçam a risada com tosses grotescas.

Então a música começa e Don e Dawn entram, seguidos por Chloe jogando flores sobre o tapete.  Barbara é a primeira das madrinhas a aparecer, seguida por Isis e por último Luna, que ficaria ao lado de Sara no altar. Elas sorriem para mim, e eu tento retribuir como posso, meu coração parecia estar a ponto de saltar do meu peito. A música muda, e só percebo que parei de respirar, quando sinto a mão de Connor em meu braço e escuto sua voz me dizendo para ficar calmo.

Sara entra com Diggle, e por Deus, ela merece uma estátua, todos precisam vê-la dessa forma. Abro um sorriso tão grande que nem sabia ser capaz. Desco os degraus do altar, me controlando para usar uma velocidade humana e normal. John me abraça com carinho.

—Finalmente, meu filho. –ele sussurra em meu ouvido, antes de colocar a mão de Sara sobre a minha. –Cuidem e respeitem um ao outro, só o amor, nem sempre é o suficiente. –aconselha antes de se afastar, contendo as lágrimas.

—Eu te amo. –sussurro para Sara, enquanto caminhamos até o altar e ela me olha de lado, com um sorriso contido. Acho que é a primeira vez que a vejo fazer isso, deve estar mesmo nervosa.

O ministro começa a celebrar a cerimônia, mas não consigo tirar os olhos da mulher a minha frente. Nada mais importa nesse momento. Sara sorria de volta, parecendo tão feliz quanto eu.

—Os noivos escreveram os votos. –o ministro dá a deixa.

—Eu não sou muito bom em falar as coisas... – começo sem jeito mas sou interrompido pelo barulho de incredulidade dos nossos convidados. – Qual é gente, ainda estamos em uma igreja, não podem deixar para me contradizer quando estivermos lá fora? – os convidados dão risada, e Sara abre um dos seus sorrisos que me desconcentram, por isso quando volto a falar minha voz soa confusa. – Mas como eu estava dizendo, não sou muito bom em falar esse tipo de coisa. – balanço nervosamente as mãos e consigo sentir uma nova picada do sedativo, isso faz a minha cabeça raciocinar com alguma clareza. – Como declaração de amor público, mas como você nunca foi algo assim, nunca foi algo declarado, o que temos é nosso, só nosso, nunca precisei dizer o que sinto, e todos sempre souberam. Te amar Sara, é o que me faz levantar todos os dias. Eu tenho todos os motivos do mundo para correr, mas você é a única coisa que me faz querer ir devagar, que faz a velocidade não ser assim tão atraente. – Sara tinha um sorriso tremulo no rostos, não posso culpa-la, se não fosse por Damian, provavelmente estaria intangível. –Por isso, meu voto hoje e por toda a nossa vida, vai ser apenas um. Não vou me apressar em nenhum dos nossos momentos, quero viver cada segundo que tenho a seu lado em câmera lenta se possível. Você é minha melhor parte. -pego suas mãos entre as minhas. – E eu te amo.

—Eu te amo. –Sara sussurra com os olhos cheios de lágrimas, quando termino de falar. –Não quero que se esqueça nunca disso.

—Não vou. –respondo, antes de me virar para pegar a aliança que Connor estava me entregando. Me viro, concentrado em sua mão na minha, e estendo minha mão para colocar a aliança. Mas só o que escuto é o tintilar do metal no chão. Sara se fora, era como se algo a tivesse arrancado de mim. Tudo parece controverso e confuso, olho para os lados a procurando, segundos antes de ser tomado pelo espanto e exclamações sem fim dos convidados.

Vejo o rosto de Luna em pânico, Isis parecia estar a ponto de desmaiar, só se mantinha em pé por que Barbara a segurava dessa forma. Tento correr, mas com tantas injeções, não consigo acessar a Speed Force, o que me faz entrar em pânico, até sentir as mãos de Connor e Damian me puxando do altar. A última coisa que vejo é o rosto devastado de Diggle, Clark e meu pai saírem em disparada da igreja e Lyla sendo segurada por minha mãe.

—SARA! –grito, quando consigo encontrar a minha voz. Metade da igreja já estava de pé, consigo ouvir Damian falando com alguém que eu pressupus ser o Batman pelo comunicador, Connor e Dick me arrastam até a sacristia, sendo minhas pernas praticamente enquanto estou completamente sem ação. Sinto náuseas por causa do meu estado nervoso, e todo o meu corpo parece lento, preciso me livrar desses tranquilizantes. Tento em vão vibrar meu corpo para me livrar do sedativo.

—A cidade está sofrendo ataques simultâneos em diversos lugares. – Barbara entra com Felicity, que corre para me abraçar, ela sussurra que encontraríamos a Sara, e pede que eu respire, depois volta a me puxar para seus braços trêmulos. –Estão tentando nos distrair.

—Estão conseguindo. –Dick aparece ao meu lado já vestindo o seu uniforme, parte da minha mente se pergunta se estava com o traje por baixo do terno. Tento mais uma vez vibrar meu corpo, e começo a sentir parte sedativo se dissipando, mas havia muito em meu sistema. –Parte da Liga e do Time estão focados nisso.

—John e Lyla? – consigo em fim me concentrar em algo, antes que minha mente se estilhasse na tentativa de acelerar meu metabolismo a ponto de acessar a Força de Aceleração.

—Lyla foi para a ARGUS assim que conseguiu voltar a pensar com clareza. Ela vai tentar localizar Sara. John está nas ruas. – meu padrinho tem fúria contida em cada uma das palavras. –Alguma ideia de quem possa ter a sequestrado?

—Flash Reverso? – minha mãe entra junto Isis.

—Ele está preso. –Felicity responde, entrando no sistema de vigilância da prisão da Star Labs.

— O rastreador da Sara? – tento, minha mente mesmo turva procura algo em que possa se fixar. Percebo que Dick, Connor e Damian não estavam mais na sala, nem mesmo os vi saindo.

—Foi dei... deixado, no jardim da igreja. –Luna mostra o dispositivo em sua mão.

—Já temos os nomes de quem está atacando a cidade? –minha mãe pergunta enquanto procura por pistas, pelo celular, com seus contatos. –O que tenho são só informações desconexas. – se lastima, e sinto minha aceleração voltar, o suficiente para voltar a correr.

—Fel, me guia. - peço enquanto corro, pressionando meu anel que libera meu uniforme.

HUNT

Não gosto desse uniforme, não gosto das cores, gosto menos ainda do primeira Flash Reverso, mas é melhor do que nada, quando tiver algum tempo crio algo com minha cara. Sara não para de se revirar em meus braços, tentando se desvencilhar de mim como pode, meu eu do futuro me avisou da força e a resistência dela, mas o que Diggle não entende é que eu não sou o vilão, sou o herói que vai tornar o herói ainda melhor. Esse é o sacrifício necessário e ela deveria se sentir honrada.

A solto no alto de um prédio, posso nos ver através das janelas espelhadas do prédio da frente. Sara sempre foi uma mulher linda, dona de uma personalidade única, mas hoje em especial ela está ainda mais adorável, dentro do vestido de noiva dos sonhos, mal posso imaginar a alegria do Wally por se casar com o amor de sua vida, ou quase se casar. Um dia ele ainda vai me agradecer, tenho certeza.

—O que diabos, você quer? –pergunta com esforço enquanto corro em volta dela, tirando seu ar.

—Ah Sara, eu sempre gostei de você, espero que esteja tão animada quanto eu! –ela me olha horrorizada em resposta.

—Você é louco? – grita enquanto olha para as laterais a procura de uma saia.

— Não tem para onde correr. – faço que não com o dedo, minha voz está distorcida pela a vibração das cordas vocais, mas não tinha intuito de disfarça-la, era mais pela empolgação do que estava para acontecer. –Está vendo isso de maneira errada, se sinta privilegiada. Graças a nós dois, Flash será grande. –paro de correr e seguro seu rosto lindo com minhas mãos. –Esse é só o primeiro degrau que ele irá percorrer.

—O que tenho a ver com o Flash? – tenta disfarçar, mas não adianta, alguma coisa em seus olhos a traem, como surpresa.

—Se poupe querida, ainda não está na hora. Precisamos de plateia. Quanto tempo até nos encontrarem?

Olho em volta e vejo explosões, e sirenes se espalhando por toda a cidade, abalando o que seria um dia calmo. Tenho que me dar credito, com o casamento e esse monte de superpoderosos na cidade, precisaria de algo como o incêndio de Chicago 1871, alguma coisa perto do caos, para que eles não interferissem nos meus planos. Espelho está criando desordem em cada ponto, tornando impossível que nos rastreiem.

— Sofrimento molda o caráter, Wally vai crescer depois disso, se tornar um Flash muito melhor. Você o ama, eu fui testemunha por anos do romance quase sem graça de Wally e Sara, almas gêmeas. –sorrio com carinho para ela. –Não digo sem graça como um insulto, até por que as brigas de vocês são hilárias.

—Você não sabe nada sobre mim, ou Wally. –Sara acerta um golpe em meu braço e consegue se soltar, correndo em vão.

Preciso de alguns segundos para me recuperar da dor, merda, essa mulher é incrivelmente forte. Mas igualmente lenta, se comparada a mim. Em menos de um segundo a pego, nos levando de volta as ruas. Ele estava próximo, conseguia sentir em cada parte minha, a empolgação me faz para o que dá a Sara a chance de voltar a correr, era uma tentativa patética, mas louvável. Mas assim como agora, ela só é um atraso, algo no caminho. Vou até ela, as câmeras de vigilância da rua nos capitaram, logo ele estaria aqui, a pego pelo pescoço a levantando, queria que entendesse, mas não sei como explicar.

—Eu gosto de você. –repito, eu queria que ela entendesse que não era pessoal. - Gosto de você desde que te conheci. – afago os seus cabelos.

 Sara foi especial para mim, desde o primeiro momento que a vi e do nosso trato de como usar Wally para me conseguir garotas, antes disso, quando ela ajudou a me salvar dos valentões da faculdade. Um pequeno sorriso me vem com a lembrança, parecia uma vida tão distante dessa.

—Você. É. Louco. –sussurra com esforço.

—Me desculpe, ele precisa melhorar, e você é o preço. –o vejo do outro lado da rua, chegou o momento.

Sou rápido, Sara não merece sofrimento. Escuto um barulho agradável, quando quebro seu pescoço, sinto a sua vida se desfazer, e antes de desaparecer, consigo ver o desespero nos olhos de Wally, posso descrever como quase insanidade. Tudo vai mudar a partir de agora, ele vai estar pronto.

 -É só o começo.

WALLY

—Não, não, não. –murmuro vendo o borrão amarelo desaparecer, deixando o rastro de um raio azul e o corpo da minha âncora no chão, sem vida. –Sara. –murmuro a tomando em meus braços, estava pálida sua pele quase esverdeada.

Tiro com cuidado o véu de seus cabelos, e os afasto do rosto vendo seu pescoço naquela posição estranha. Não consigo respirar, me mover ou pensar com clareza, apenas a abraço já sentindo falta de seus braços em volta do meu corpo, sua voz... Enquanto a sinto ficar mais fria a cada segundo.

—Kid. –é a voz do tio Barry, não olho para ele, não quero falar com ninguém, quero Sara viva, em meus braços mais uma vez.

—Temos que tirá-lo daqui, vai acabar expondo a própria identidade. –escuto a voz do Superman.

—Wally. –meu pai se abaixa em minha frente e reconheço os seus olhos, os meus olhos. –Filho, vamos leva-la.

—Não existe mais ela. –respondo em um sussurro, vendo seu rosto devastado se encher de empatia, mas só o que sinto é tudo se afrouxar, nada mais me prende. E o canto da sereia nunca foi tão atraente como agora, não tenho mais motivos para desacelerar.  –Não existe mais nada. –sou exatamente como me sinto, um homem morto.


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Notas finais do capítulo

Tenho duas noticias, uma ruim e a outra pior. Primeiro, não terá volta no tempo, Wally não vai desfazer o que aconteceu, não estamos felizes por isso, mas não queremos que seja a mesma história da primeira parte. A pior, é que tudo pode ter sido em vão...
Sorry Guys, agora é ver a consequência.
Nos conte o que acharam. #R.I.P Sara.
Bjnhos.



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