Should I Tell? escrita por Hp


Capítulo 7
VII- Visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é só para mostrar um pouco sobre a família de Annie
Tá meio chatinho, mas vai fazer a história dar um andada para frente.
Estou pensando em postar uma vez na semana pelo menos, todo sábado( pode não parecer, mas meu sábado é uma correria) e se não der no sábado vai no domingo mesmo.
Isso não vai fazer muita diferença mesmo hehe :)




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/632784/chapter/7

Capítulo VII

Visita inesperada

A campainha de casa estava tocando, mas eu fiquei com preguiça de levantar para ver quem era, continuei deitada na cama olhando para o teto, hoje era sábado, sem escola, nada divertido para fazer, ficar em casa o dia todo, um tédio. Depois de Alehara ter chantageado o Sulivan a gente voltou para sala e fizemos tarefas e essas coisas, a cada dia nessa semana eu percebia que ficava mais próxima da Ale e ela de mim. O som irritante da campainha não parava, quando eu estava me levantando para abrir a porta minha mãe grita um pouco incomodada, acho que da cozinha:

— Filha, faz o favor de ver quem é?!

— Está bem, já ia fazer isso mesmo. —Gritei para ela saindo do quarto e passando pela sala, é minha mãe estava na cozinha — Já vai! — Falei para quem quer que esteja do lado de fora

Abri a porta lentamente e vi uma pessoa que eu não esperava, não por esses dias.

Um homem com barba por fazer, cabelos curtos castanhos escuros bem confundíveis com preto e alguns fios brancos, olhos em um castanho aparentemente, mas sei que eram verdes e um sorriso maravilhoso no rosto.

— Pai! — Exclamei num misto de surpresa e alegria, quase pulando em cima dele no abraço, fazia uns cinco meses que não via ele.

—Garota, pensei que não ia mais abrir a porta. — Reclamou no seu tom debochado retribuindo meu abraço bem apertado, quase não consigo respirar.

—Pai... dá para afrouxar esse abraço de urso? — Reclamei

— Que isso minha filha ficou fraca nesse tempo... — Murmurou balançando a cabeça em negativa e em seguida dando um beijo na minha bochecha. — Vamos entrando. Claro que não preciso ser convidado para entrar. — Falou passando por mim e entrando, percebi que carregava uma sacola

— Claro né. — Sorri, meu pai sempre consegue alegrar meu dia com esse jeitão dele.

— Marie, adivinha só quem é que veio fazer visita. — A voz inconfundível do meu pai ressoou pela casa e ele se jogou no sofá totalmente à vontade com um sorriso de quem estava aprontando, e ele estava, para fazer uma surpresa dessas.

Minha mãe colocou a cabeça para fora da cozinha pensando que tinha ouvido vozes e então o viu no sofá e deu um sorriso, surpresa, passou a mão nos cabelos para dar uma ajeitada mínima.

Só estava observando os dois como sempre, quando eles se encontravam de novo depois de um tempo, meu pai se levantou foi até minha mãe e falou o quanto ela era bonita, sorriram um para o outro e então se beijaram, matando a saudade. Acho muito interessante esse amor deles, mesmo depois de tanto tempo, com problemas e essa distância entre os dois, ainda continuava o mesmo.

— Amor, tenho que terminar de fazer o almoço. — Afirmou se separando dele e voltando para cozinha

Me sentei no sofá e meu pai ao meu lado

— Filha, tenho uma grande surpresa para você! — Exclamou me fazendo cosquinhas e eu tentei revidar, mas não consegui.

— O que? Já não era a sua visita em si? — Falei entre os risos — Para, você quer me matar?

Ele riu e falou:

— Nossa, não sabia que me amava tanto. — Disse sarcasticamente e pegou a sacola que tinha colocado em cima do tapete e tirou uma caixinha de dentro, não, não era o que estou pensando — É exatamente o que está pensando, um celular novinho — Afirmou parecendo ler meus pensamentos, balancei a cabeça em negativa num misto de incredulidade e felicidade.

— Que foi não gostou? Pensei que todo adolescente só era adolescente com um celular... — guardou de volta na sacola, com uma fingida frustação estampada na face — Pensei que iria gostar, vou devolver amanhã. — Deu um sorriso debochado

— Não! Eu amei, passa para cá isso que eu quero ver. — Falei enquanto tentava pegar a sacola dele, mas não consegui, novamente. Parece até que é ninja

—Fala que me ama e eu te dou. — Fez chantagem

—Te amo pai, agora me dá?

— Parece até que foi obrigada — Falou em um tom irônico revirando os olhos e me deu a sacola.

Para falar a verdade eu não entendo nada de celulares, só soube o nome desse por causa da caixinha, acho também que não tinha muita utilidade, mas depois que a Ale pediu meu número para a gente conversar num tal de whatsapp e eu falei que não tinha celular, hum... E agora eu ganhei um, nossa, isso é muito legal mesmo. Abri a caixinha e tirei o aparelho de dentro. Fiz todo aquele procedimento de colocar a bateria e ligar para ver se presta e se é interessante.

— Pai, por que gastou dinheiro com isso? — Perguntei depois do entusiasmo passar

— Tá reclamando? — Indagou sem tirar os olhos da tv — Na verdade, tenho mais uma novidade, mas só vou contar quando sua mãe estiver com a gente.

— Ok. — Murmurei fuçando no meu novo celular, TouchScreem, muito massa, nunca tive um parecido antes, para ser sincera, nunca tive um celular, não via utilidade. Vai precisar de chip

Ah, essas coisas dão dor de cabeça. Coloquei o celular de volta na caixa, já me cansando dele.

É eu me canso rápido das coisas.

Meu pai me olhou de soslaio e fez uma careta, já imaginava que eu não ficaria muito tempo com o aparelho eletrônico, só pode. Minha mãe logo chamou todos para comer, nos sentamos à mesa e meu pai disse que tinha um comunicado com uma voz bem séria, coisa não muito comum para ele.

— Nesses meses eu andei trabalhando muito, muito mesmo, queria alguma promoção e... há um mês eu consegui alcançar o meu objetivo, fui promovido! — Ele falou sorrindo de orelha a orelha — Mas... não é só isso, com essa promoção eu pude escolher para onde queria ser transferido, a capital ou Minas, e vocês já dever saber qual das duas eu escolhi.

Eu não estava nem acreditando mais no que meu pai me disse de tamanha que era a felicidade, ele viria morar com a gente na capital, era isso?

—Então isso quer dizer que você veio para ficar, então? — Minha mãe murmurou na mesma situação que eu me encontrava.

— Ahan, mas é claro. Agora vão ter que me aguentar — Deu um sorrisinho e começou a comer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Should I Tell?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.