Good girls escrita por Heda


Capítulo 19
Ate mesmo seu irmão


Notas iniciais do capítulo

Lindo do meu ♥ estou aqui eu com mais um capítulo. LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Thalia bebericou seu café quente mais uma vez. A punk estava sentada na lanchonete do hospital batendo seus coturnos freneticamente no piso barulhento. A sua frente, Silena Beauregard, uma de suas melhores amigas enrolava uma mecha de cabelos enquanto tentava tirar uma lasca de tinta da mesa em que estavam sentadas. Depois de contar a Thalia o que ela e Annabeth encontraram no Necrotério a morena não disse mais nada. Elas apenas pediram seu café e ficaram em silencio esperando alguma se manifestar. Mas nenhuma das duas se manifestou.

Silena pensava em como a vagabunda da Rachel deve ter sofrido ao acordar debaixo da terra, se é que ela tivesse acordado. Era mais que obvio que Silena não gostava da ruiva, mas ela nunca desejaria nada do que aconteceu a Rachel, e o pior de todos os seus problemas com certeza era não ter certeza de nada o que aconteceu naquela noite. Ela ate poderia enganar a policia ao dizer que passara a festa inteira com suas amigas, mas ela sabia a verdade. Não se lembrava de nada. E isso era o pior de seus problemas.

Do outro lado da mesa, Thalia também pensava em seus problemas. E não eram poucos. Para começar a lista ela tinha o fato impressionante de a garota que ela mais odiava na face da terra ter sido enterrada justo em seu quintal. Azar? Muito. Era uma pena que a punk não acreditava em essa coisa de sorte ou azar para ela tudo aconteceu de uma maneira e ela tinha que descobrir como aconteceu. Além disso, ela ainda tinha aqueles malditos sapatos que poderiam joga-la na cadeia de uma vez só, sem direito a fiança. E para completar o seu drama psicológico ainda tinha que resolver a questão amorosa em que se encontrava. Ela havia perdoado Luke algumas semanas atrás (como a caixa havia mandado), mas ainda pensava todos os dias em Nico. É claro que isso era errado, mas ela simplesmente não conseguia evitar. Talvez fosse o desejo de ter um ultimo beijo, ou talvez fosse o sentimento de liberdade que a irrompia quando ela estava com ele. É talvez fosse apenas instinto. E instintos podem ser controlados não é verdade?

Após minutos em silencio, Thalia se levantou.

– Preciso ir ao banheiro o.k.?

Silena assentiu com a cabeça bebendo seu café em um só gole após Thalia sair em direção ao banheiro.

Ela suspirou olhando em volta as pessoas circularem pela lanchonete. Algumas com expressões serias, outras com a face triste. Ela olhou para a fila novamente pensando em pedir outro café, mas algo chamou sua atenção. Ao lado de uma senhora, sua mãe, Afrodite esperava pacientemente seu café enquanto alisava os cabelos loiros. Silena se agachou em baixo da mesa quando a mãe passou por ela em direção ao elevador. Após alguns minutos Thalia voltou com a expressão confusa ao ver a amiga agachada em baixo da mesa.

– O que aconteceu? – ela perguntou deixando o dinheiro em cima da mesa.

– Nada, meu brinco caiu – Silena mentiu se levantando.

– Tudo bem, acho que vou para casa – Thalia disse por fim.

– Bem – Silena olhou para os lados, procurando pela mãe – Eu também vou.

*****

– Talvez tenha caído no elevador – Piper disse novamente enquanto Annabeth andava de um lado para o outro em seu quarto pensando em como tinha sido tão burra em levar os papeis para o quarto. – Annabeth para de andar um pouco.

– Eu tenho certeza que não caiu. – Annabeth sussurrava. – Pegamos todo o documento.

– Bem vocês pararam em algum lugar antes de virem pra cá?

– Só na sala dos uniformes.

– Talvez tenha ficado lá – Piper disse se aconchegando.

– Eu não faço ideia, mas tenho que devolver isso – ela apontou para os papeis. – Antes que alguém note que sumiu.

– Tudo bem – Piper sussurrou depois de Annabeth sair apressada de seu quarto.

Piper ainda não se sentia segura, mesmo em um hospital. A garota verificava se alguém a estivesse vigiando e a qualquer momento a enforcasse com um travesseiro, como nos filmes americanos. Ela se deitou embaixo das cobertas e dormiu depois de apenas minutos, não percebendo a porta se abrindo lentamente.

Talvez se Piper levasse mais em conta sua intuição de que alguém a estivesse observando e ficasse mais alguns minutos de olhos abertos, talvez tivesse visto a mulher entrar lentamente em seu quarto e depositar um beijo em sua testa. Com certeza Silena estava certa. Afrodite não veio agendar uma consulta a essa hora da noite.

*****

– Tem certeza que esta pronta para ir pra casa? – Frederick perguntou para Annabeth enquanto a loira penteava os cabelos.

– Pai – ela disse pausadamente. – Recebi alta hoje. Eu realmente não quero mais pisar neste hospital. Nunca mais.

Frederick acompanhou a filha ate a saída.

– Você ainda vai à escola? – ele perguntou enquanto dirigia pelas ruas de San Francisco.

– Acho que sim.

– Tem certeza? – ele insistiu – Se você quiser pode ficar em casa mais alguns dias...

– Pai, eu irei à escola – ela disse calmamente enquanto pensava em como lidar com todos a encarando mais que o costumeiro.

Como previu todos realmente não pouparam os olhares sobre a loira. Ao entrar no grande edifício, Annabeth se perguntou se tinha algum problema. Talvez sua cara estivesse suja de lama, ou sua calça estivesse rasgada, ou talvez eles tivessem apenas olhando a garota que foi atacada na casa da melhor amiga. O braço de Annabeth ainda doía por conta do ferimento e ela não tinha certeza se o peso no braço a ajudasse muito.

– Quer ajuda? – Percy perguntou pegando a bolsa do braço de Annabeth. – Que peso!

– Obrigada – ela disse mexendo os braços. – Acho que ninguém se importou em me oferecer ajuda – ela olhou para o moreno. – Além de você, claro.

– Sim! – ele exclamou a seguindo ate seu armário – Por que eu sou fabuloso!

– De onde você arruma um ego tão grande?

– Bem, as garotas do time de natação me acham...

– Cala a boca! – ela deu uma gargalha enquanto pegava alguns livros em seu armário.

– é serio. A maioria fica me encarando durante todo o treino e depois me agarram no vestiário enquanto...

– Percy, por favor, cala a boca.

– Tudo bem, mais depois não pode reclamar quando alguma garota vim me encher o saco quando estivermos nos beijando.

– Não vamos nos beijar! – ela exclamou sorrindo.

– Você que pensa.

******

– Por favor, Piper – Thalia suplicou – Você precisa me ajudar nesse jantar. E como você é a namorada de Jason, você pode o acompanhar.

– Ajudar por quê? O que tem de tão ruim nesse jantar?

– Tirando a vaca da minha madrasta me enchendo o saco? Apenas o meu pai me enchendo a paciência.

– Eu tenho que acompanhar meu pai em uma viagem, me desculpa – Piper disse sorrindo enquanto deixava seus livros em seu armário. Já era hora do intervalo e ela ainda não havia conversado com Annabeth.

– Por favor – Thalia pediu suplicando.

– Não posso peça pra Silena.

– Eu pedi! Mas ela tem uma reunião em família com Afrodite e Drew.

– Então peça pra Annie.

– Annabeth passou a aula toda fazendo desenhos de mim com um chapéu pontudo e uma verruga no nariz.

– Ela vai superar isso, ela só precisa de um tempo sozinha.

Nesse momento uma voz soou no corredor. Elas reconheceram a voz do diretor anunciando para todos os alunos se reunirem no auditório para um comunicado.

*****

– O que eles fazem aqui?- Silena perguntou ao ver Hylla e Octavian entrarem no auditório acompanhados do Senhor D.

– Talvez eles tenham um recado – Leo Valdez disse ao seu lado enquanto mexia freneticamente em seu celular.

– Eles podem dar palestras na escola? – Silena perguntou para Annabeth sentada ao seu lado.

– Aparentemente sim – a loira respondeu.

Hylla caminhou ate o grande palco e se sentou em uma das poltronas vermelhas. O diretor pegou o microfone enquanto tentava desfaze um nó em sua gravata verde. Octavian lançou um olhar para Silena antes de se sentar ao lado de Hylla fazendo a garotas revirar os olhos.

– Alunos! – O senhor D. gritou chamando a atenção de todos. – Sabemos que um assassino vem aterrorizando essa pacata cidade desde que uma jovem foi assassinada brutalmente. – ele parou como se fizesse algum tipo de oração silenciosa honrando a memoria de Rachel – Alguns dias depois, outra garota foi assassinada. – ele disse se virando para Hylla que se levantou. – Agora queremos respostas.

Ele saiu do palco dando lugar a Hylla. Ela arrumou a camisa branca e depois olhou para os alunos.

– Bem como o senhor D. disse: um assassino esta assombrando a paz desta cidade. – ela fez uma pausa antes de continuar – Infelizmente ele ainda esta solto e fazendo barbaridades- ela olhou para o braço enfaixado de Annabeth e depois continuou. – Eu morava em uma cidade costeira da Nova Zelândia. E como San Francisco ela foi assombrada por um psicopata. – ela desceu do palco improvisado passando pelos alunos. – Este psicopata matava de um jeito, digamos que assustadoramente trágico. Degolava suas vitimas e depois fazia um memorial em seu covil com todas as cabeças empilhadas na cabeceira de sua cama – um sorriso se formou em seus lábios, como se fosse divertido contar aquilo. – Em uma noite, depois de beber com alguns amigos, nós saímos pelas ruas em busca do assassino dizendo que íamos mata-lo! Nunca passou pela minha cabeça que o encontraríamos, mas o encontramos! – Os alunos permaneceram em silencio enquanto ela passava por eles – Ele partiu o meu melhor amigo ao meio e depois veio pra cima de mim. – ela fez sinal como se golpeasse alguém. – Ele me atacou e feriu o meu braço – ela disse levantando um pouco a manga da camisa e exibindo o braço onde uma cicatriz enorme fazia contraste com a pele bronzeada – E depois eu consegui pegar uma faca que havia trago comigo. De repente ele sumiu. Eu o havia esfaqueado. – ela continuou andando pelos alunos parando em frente á Silena. – Eu voltei pra casa, pensando que o tinha assustado, mas ao chegar lá eu vi rastros de sangue por toda a entrada. Eu segui os rastros ate a piscina e encontrei meu irmão com uma faca encravada no peito. Ele estava se agonizando no chão como um animal e naquele momento eu tive certeza que ele morreria.

Todo o auditório ficou em silencio absorvendo as informações.

– Eu disse a minha família que o assassino havia matado meu irmão, mas era mentira. Eu o matei! - Ela olhou para Annabeth sentada ao lado de Percy. – O assassino pode ser quem vocês menos esperam. Seu professor. – ela olhou para Leo. – Seu namorado – ela disse encarando os olhos verdes de Percy. – Seu melhor amigo. Ou ate mesmo seu irmão.


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Notas finais do capítulo

OI, OI DE NOVO. Bem pessoas, eu quero saber a opinião de vocês, leitores sobre o rumo da fic. Me digam se vocês querem que eu foque um pouco mais no romance ou continue focando no assassino. Dai eu focaria na relação da Piper e o Jason, da Thalia e seu triangulo amoroso, Percabeth claro e Silena com Charles que ate agora não deu o ar da graça.
Bem só avisando, próximo capitulo terá duas mortes, então façam suas apostas.



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