Chiaroscuro escrita por ChopperChan


Capítulo 18
Capítulo 17- Ervilhas.


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna! Penúltimo capitulo!
—-Ah, só pra constar, ninguém me perguntou de onde brotou o sobrenome da Rouge mas eu coloquei a explicação emsmo assim.--
Proximo e último, semana que vem! Ou antes, sei lá.
ENJOY!



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Ninguém conseguira convencer Lester de que era impossível a existência de uma mulher do diabo, e muito menos uma cria dele.
Por mais prisioneiros que fossem entrevistado, e por mais que Garp insistia na impossibilidade, ele não se convenceria até que todas as possibilidades fossem testadas.

E, por isso, ele jogava suas esperanças na última testemunha possível: o encarregado de Impel Down. Sentado na cadeira da ponta oposta da mesa de reuniões, ele praticamente quicava na cadeira de inquietação.

–-Quando estava preso, ele em falou que tinha uma mulher que o amava.- Shyrium foi direto, querendo retornar logo para sua prisão.

O vice almirante sorriu, convencido.

–-E qual o nome dela? Ele disse?

–-Ele disse que era Ervilha.

–-ERVILHA?!?-Sengoku se exaltou- NOS NÃO VAMOS CAÇAR UMA MULHER CHAMADA ERVILHA!

–-Sim, nós vamos.

–-É idiotice!

–-Nós vamos porque ela existe. Roger não seria idiota o bastante para criar uma mulher imaginária apenas para causar mais confusão. Além do mais, ela deve estar grávida. Vai ser fácil de achar, não? Não há tantas grávidas nesse mundo.

–-Mas seria bem a cara dele.

–-Não, não seria. Eu conheço meu filho, ele nunca mente sobre amor e essas outras coisas de contos de fadas!

–- Nos não vamos achar nenhuma grávida chamada Ervilha por esse mundo!

–-Então revistem todas elas!

–-Como todas? Todas as Ervilhas? Me surpreenderia se encontrássemos uma única azarada com esse nome! Que tipo de pai coloca um nome de vegetal na filha?

–-Revistem todas a mulheres grávidas desse mundo então, idiota! Ervilha deve ser um codinome, um anagrama ou.... QUE SEJA!! SÓ ENCONTRE ESSA MULHER O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL!!

–-Pai, isso é idiotice! Ervilha é....

–- CALE A BOCA. GARP!- Lester fuzilou o filho com o olhar- Cale a boca e vá ajudar o Sengoku.
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Em uma ilha que o tempo apagou o nome, Rouge se sentava solitária na encosta do morro. Daquele ponto, ela admirava os navios da marinha levarem para longe as mães grávidas, para se certificar de que nenhuma delas carregava a criança maldita.

Ninguém nunca imaginaria que aquele fardo era dela.

Era extremamente egoísta fazer aquelas pobres mulheres sofrerem por culpa do filho que ela carregava no ventre, e tinha total noção disso, mas ainda estava disposta a aguentar todo o ódio que lhe fosse dirigido. Ninguém dirigiria palavras ou mesmo pensamentos de ódio àquela criança, porque ela não tinha culpa de nada, a responsável era a mãe. E Rouge estava disposta a carregar aquele fardo do tamanho do mundo sozinha, se isso fosse o suficiente para proteger aquele ser que crescia dentro dela.

Mas ao caminhar na cidade, ouvindo aquelas pragas e maldições contra a mulher de sobrenome "Gold", ela sabia que todas aquelas mulheres a entendiam. Por mais que todos os homens lhe dirigissem aquela ira sem fim, Rouge sentia a compreensão das mães de todo o mundo.

Porque não há uma única mãe que não ame seu filho, que não está disposta a sacrificar tudo pela própria prole. E todas aquelas que conhecem a maternidade não julgavam aquela possível existência em forma de criança.

Além disso, era exatamente essa a existência de Rouge: Possível. Ninguém daquele tempo estaria cem por cento seguro de que o Rei dos Piratas realmente gerara um herdeiro naqueles dois anos.

E, até o momento, ninguém desconfiara daquela mulher ruiva recém-chegada a ilha, cujo ventre levemente arredondado permanecia escondido sob o vestido.

Afinal, que relação teria o sobrenome Portgas com o endemoniado Gold?
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(Flashback)

–-Rouge, eu tenho um sobrenome pra você!- Roger simplesmente soltara, do nada.
Qualquer um ficaria espantado com aquilo, mas não aquela ruiva. Ela já estava muito acostumada com o jeito espontâneo de se comportar que seu capitão tinha.

–-Assim, de repente? Qual o motivo?

–-Eu só acho que esse moleque não vai querer ter o meu sobrenome.- ele apontou para a barriga levemente arredondada da amante.

–-Porque não? É um nome bem... Famigerado.

–-Não faço a menor ideia do que isso significa, mas... Eu vou morrer. Vou morrer antes dele nascer, e isso com certeza vai deixar ele bravo.
Rouge pousou a mão no rosto do moreno.

–- Ora Roger....Toda criança se orgulha dos próprios pais... Ou, pelo menos, deveria.

–- Mas é aquelas que nem mesmo sabem quem eles foram? Como você?
Rouge deu um sorriso doce.

–- Vamos reformular a frase, então. Toda criança deve se orgulhar do nome daqueles que a amaram. Por isso, aquelas que não conheceram os próprios pais, fazem como eu. Adotam para si o nome da primeira pessoa que lhes ensina o que é amor. Por isso, prefiro Gol D Rouge.

–-Mas não é seguro, Rouge! Você acha que o governo deixaria pra lá qualquer um com o nome Gol D? De jeito nenhum!

–-Então o que você sugere?

–-Seu nome Vai ser Portgas Rouge. Eu que inventei!! Tem uma sonoridade legal!
Rouge soltou um um suspiro, conformado. Não conseguiria fazê-lo mudar de ideia, de qualquer modo.

–-Pelo menos o D eu posso usar? Só pela tradição?

–-Portgas D Rouge... É, isso soa bem! Gostei! Está batizada, pronto!
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Ela sorriu para a própria barriga. Já faziam 11 meses que ela carregava aquele pequeno ser dentro dela, aquela pequena semente de vida. Claro, isso segundo uma estimativa não muito segura, mas ela não podia se arriscar a fazer exames. Exames significariam o fim do dosfarce da gravidez. Não podia se submeter aos testes e torturas executadas pela marinha. Por isso, Não sabia se menino ou menina, perfeito ou imperfeito, nem mesmo se era apenas um ou mais. Mas ela sabia que... Amava com toda força o que quer que estivesse lá. Nem mesmo o conhecia, mas já o amava.

Gravidez. Grávida. Uma criança dentro de mim. Eram os pensamentos mais frequentes que ela conseguia ter, e a cada vez que pensava, passava a mão na curva da barriga, acariciando por fora o ventre e sussurrando para a criança que ainda não ouviria, em um tom de voz tão baixo que ela não podia ter certeza de estar emitindo algum som:

"Ainda não, só mais um pouquinho. Espere só mais um pouquinho."

E, de pouquinho em pouquinho, se passaram mais 9 meses.
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Garp não sabia como Rouge se escondera a ponto de não ter seu filho tomado. Um milagre, só podia. A morte pode ser considerada um milagre? Ele não tinha cabeça o suficiente para pensar nisso.

Mas, se ela ainda estava viva em algum lugar, ele não reconheceria seu esforço tomando conta daquela maldita criança.

–-Pai, essa mulher não existe.

–-Cale a boca Garp! - nos meses que se passavam, Lester beirava cada vez mais a insanidade, a obsessão em encontrar a maldita Ervilha- Ela existe sim! Roger nunca inventaria que ama alguém, e você sabe disso!

–-Ele disse que amava uma "Ervilha". Olhe esse livro.- Garp deslizou o encadernado por cima da mesa- Reconhece alguém?

O mais velho encarou a gravura aberta em cima da mesa. Não, ele não reconhecia ninguém. Mas havia uma legenda, em letras miúdas, no canto de baixo. Ele aproximou rosto do escrito, a vista cansada lentamente focalizando as palavras:

"Princesa Ervilha"

–-Você está tentando me dizer que esse tempo todo estivemos procurando por... Uma personagem? Uma princesa fictícia?

–-Estive, pelos últimos onze meses. Mas obrigado por notar.

E, de repente, o Monkey mais velho começou a rir. E esse riso se transformou em uma gargalhada irônica de escárnio.

–-Céus! Isso é tão a cara dele! Como... Como não percebi antes! É a mesma da gravura que ele carregava quando criança!

–-É, temos que concordar que Roger sempre foi estranho. E eu creio seriamente que, depois de onze meses, não encontraremos alguma mulher que tenha um herdeiro do Rei dos Piratas.

–-Você está certo. Sengoku! Encerre as buscas nesse exato momento! Vamos poupar as mães do sofrimento.


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Notas finais do capítulo

Ei ei, depois de amanhã é meu aniversário?Posso ser cara de pau o bastante pra pedir pra você favoritarem, como presente??
Até a próxima! O/
P.S.: ninguém entendeu a referência, capítulo passado. Decepcionada com vocês.
P.S.2:Ajnda não sei quando vou atualizar a RH. Aconteceram uns imprevistos então.... Sei lá. Explico depois.



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