Olhe pra luz, lembre de mim escrita por MicaulSoriuns


Capítulo 7
Arco 1: Boticários - Luz das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Hora de pegar o Jiemma, todos estão com sua senha para bater nele? Eu já estou com a minha aqui guardadinha.
Desculpem os erros de português e boa leitura!



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__Corre mais rápido Sting! – Exclamava Lucy correndo-__Força!


__Estou tentando Lucy! – Dizia Sting já sem folego-__Chega, vou na forma da luz!


O corpo do dragão branco foi envolvido por um brilho, em segundos ele já estava quase chegando na sala de onde vinham os gritos. Nessa ansiedade por chegar logo, o loiro não repara seu parceiro se aproximando pelas sombras, ambos colidem e acabam saindo da forma de suas magias.


Os dois se encararam praguejando um contra o outro, é quando escutam outro grito, dessa vez era mais abafado, significava que a pessoa estava cansada. Guardando o belo momento de rogar pragas que estavam tendo, os dragões voltam para a forma mágica, mas dessa vez, luz e sombras cooperam para chegar mais rápido.


Ao adentrar a sala, os magos notam que Jiemma estava prestes a desferir mais um golpe, enquanto Minerva se encontrava do outro lado do aposento usando os braços como escudo. Num piscar de olhos, o ataque é lançado... mas não atinge o alvo.


Rogue havia segurado o golpe e Sting estava carregando Minerva já desacordada. Lucy e Mia chegam na porta nesse momento e vendo o antigo mestre irado pela intromissão, ambas ficam em posição de ataque.


__Os ratos fracos voltaram? – Comentava Jiemma com um sorriso debochado-__Mais servos para o castelo.


O dragão branco deixou Minerva aos cuidados de Mia e voltou-se para o demônio.


Jiemma olhou a filha “mais fraca”, percebeu que não tinham vestígios do veneno... não poderiam ter matado o seu prisioneiro, ou poderiam? Seria uma pena, afinal a filha “mais forte” era seu brinquedo favorito, não tinha porquê deixa-la viva por mais tempo.


Olhando bem quem estava em sua frente, ele pensa que os dragões gêmeos dariam bons demônios se treinados da maneira correta. Aumentando o sorriso, decide que era hora de mostra-los o melhor lado do poder individual.


Os dragões, por sua vez, não tinham o menor interesse nessa proposta. Rogue se mistura com as sombras do escritório enquanto Sting começa a lutar dando um soco envolto em magia branca.


O demônio consegue desviar com facilidade e percebe uma sombra em suas costas, virando-se, ele destrói a barreira mágica que mantinha Rogue nas sombras revelando o dragão negro. Este, por sua vez, ficou impressionado, mas não demorou para reagir, em questão de milésimos ele libera as sombras contidas em sua boca na forma de um rugido que atinge o antigo mestre fazendo-o recuar alguns passos.


Sting aproveitando a distração, também usa seu rugido nas costas do mesmo. Lucy percebeu que o ataque do loiro fez mais danos que o do parceiro, claro, magia branca contra um ser das trevas. Pegando uma das chaves, ela invoca Leo, o leão olha surpreso para o demônio que os dragões gêmeos estão enfrentando.


Entrando na luta, o espírito corre para enfrentar o nefário e cega o demônio quando acerta seu rosto com sua magia. O leão se abaixa para que Sting pudesse pular por cima dele, o loiro não perdendo tempo, aproveita-se da cegueira momentânea do antigo mestre e dando um mortal desfere um chute envolto em magia branca sagrada no queixo do mesmo.


Rogue também havia percebido que seus ataques não faziam tanto dano, para tentar ajudar o parceiro, ele sugava todas as sombras do escritório, deixando somente a luz do dragão branco e do espírito dominarem o local.


Tendo seu poder mágico aumentado, o dragão negro ativa seu Shadow Drive. Observando as ações do parceiro, Sting acha melhor ativar o White Drive.


*.*.*.*.*


Lucy estava olhando a luta aflita, temia algum golpe acertar Minerva que já se encontrava num estado ruim. Mia segurava a irmã tentando acorda-la.


A loira escuta algumas passadas fortes vindas do corredor, a última coisa que queria agora era mais uma batalha perto da tigresa machucada. Olhando para o local do barulho, ela vê os empregados vindo socorrer o senhor do castelo, todos carregavam alguma arma, seja ela uma espada, uma faca, foices, dentre outras que piorariam a situação da morena.


Desta vez olhando para a luta, vê que Loki está muito ocupado... teria de arriscar. Escolhendo uma das chaves ela chama Taurus, o boi nem teve tempo para elogiar a mestra, a mesma já estava com seu Fleuve d’étoiles indo em direção a multidão.


Lucy já havia chicoteado um mordomo, a segunda vítima que era um guarda foi laçada com o chicote e jogada na frente de Taurus, o boi move seu machado e nocauteia o indivíduo. Percebendo uma empregada vindo por trás de seu espírito, a loira corre e escorrega por debaixo das pernas do mesmo e acerta a suspeita com uma chicoteada que faz a mesma colidir contra a parede.


Taurus vê a governanta do castelo jogando facas de arremesso em sua mestra, ele coloca o machado no caminho fazendo com que as facas caiam no chão. Laçando o lustre, Lucy se balança por cima do boi pousando em sua frente e voltando a lutar lado a lado.


*.*.*.*.*


No escritório as coisas estavam ficando difíceis, Jiemma já sabia todos os ataques em conjunto que o trio podia tentar. Loki não ia aguentar ficar ali por muito tempo, já tinha usado muito de sua magia, o mesmo servia para os Dragon Slayers que logo sairiam do modo Drive e não teriam forças para ativa-lo novamente, muito menos uma Dragon Force.


Numa última tentativa desesperada, Leo libera toda a magia que tinha em um único brilho, a sala havia ficado completamente amarela. Mais uma vez Jiemma estava cego, os dragões gêmeos se uniram num Unison Raid. Correndo com os braços abertos e as mãos posicionadas, eles fazem garras brancas e sombrias com o ataque Retícula do Dragão da Sombra Alva.


As garras atravessam Jiemma que cospe um pouco de sangue e logo cai, quando os dragões se viram, veem Leo desaparecendo com um grande sorriso.


Acabando com o momento, ambos se lembram que devem sair dali o quanto antes. Rogue corre para abrir a janela e chamar Frosch e Lector enquanto Sting vai perto das primas, o loiro pega Minerva e diz para Mia correr.


O dragão branco nem espera os exceeds chegarem, vai logo pulando pela janela com a prima, ação que fez Mia gritar de desespero. A esverdeada parou quando viu que o primo pousou em segurança com sua irmã, logo Lector a segura e começa a leva-la para fora, a mesma coisa acontece com Frosch e Rogue.


Já fora do jardim do castelo eles conferem os ferimentos.


__Espera... – Começava Mia olhando em volta-__Cadê a Lucy!?


__Ela não estava com vocês? – Perguntava Sting olhando em volta procurando a irmã.


__Essa não... – A esverdeada já estava desesperada-__Ela ficou no castelo, esquecemos a Lucy... Rogue... – Mia procura o moreno e não encontra, olha para trás e vê o moreno correndo para o castelo-__Rápido Rogue! – Grita ela.


Sting não fica para trás, desgruda de Minerva e corre para o castelo. Ambos procuravam uma forma de entrar, já que todas as portas e janelas estavam trancadas graças à antiga invasão.


*.*.*.*.*


Ainda no corredor, Lucy fazia de tudo para manter os empregados longe do escritório. Só não sabia que tinham tantos no castelo, logo ela não conseguiria mais segura-los. Taurus acabou sendo atingido por uma foice e desapareceu chorando por não estar mais protegendo a mestra.


A loira não teve escolhas, correu para o escritório procurando ajuda. Quando chegou lá, viu somente Jiemma no chão, não havia mais ninguém. Agora ela entrou em desespero, sua magia logo iria acabar, não poderia mais invocar espíritos fortes para ajudá-la.


Uma faca passou raspando pelo seu rosto e parou na porta, ela olha para o lado e vê todos os empregados vindo em sua direção. De algum modo, aquela situação não lhe era estranha, pensou um pouco e decidiu se arriscar, mas dessa vez Natsu não iria estar lá.


Tomando distancia, ela pega impulso o suficiente e corre em direção à janela. Pedia mentalmente para algum de seus espíritos interferirem se algo desse errado, porque já não tinha mais volta.


A maga celestial, com o impulso, sobe numa parte quebrada do que antes era uma mesa, pisa no parapeito da janela e salta para fora. De olhos fechados, ela tenta se convencer de que o impacto não vai doer.


E realmente não doeu, o chão parecia até macio... será que ela tinha morrido? Será que ela chegou a pular da janela? E se ela nem mesmo conseguiu proteger Minerva? E se Jiemma matou todos? Ela estava enlouquecendo com essas perguntas, mas logo se lembra que seus olhos estão fechados, era hora de descobrir o que realmente aconteceu... um... dois... três...


Ela abriu um olho de cada vez, ambos puderam ver as estrelas. Olhando para o lado, nota Rogue olhando para ela preocupado, virando a cabeça para o lado oposto, vê Sting no mesmo estado que o moreno... ela estava viva!


“Estou viva!” gritava Lucy se levantando num pulo. Os dragões gêmeos estavam sem reação vendo a euforia da nova amiga, mas logo também se levantaram, pegar ela não tinha sido fácil, tiveram que se jogar e ainda impulsionar com magia, mas conseguiram. Vendo toda a animação da parceira, Rogue olha para a janela que ela pulou, além de bipolar a loira era suicida.


A empolgação era tanta que ela nem notou Mia e Minerva se aproximando devagar. Ainda gritando “Estou viva!”, Lucy se empolga demais e abraça a primeira pessoa que vê, Rogue.


Os tigres olham aquilo abismados, não era algo comum. Logo depois, a loira dá um abraço em Sting. Eis então que ela nota as duas magas que só observavam a situação, não demorou muito para que ela pulasse na esverdeada para mais um abraço. Nem mesmo Minerva escapou dessa demonstração de afeto e alegria.


Muitos abraços depois, eles começam a caminhada de volta para o que sobrou da pousada. Mia já estava bem mais animada, tudo tinha acabado, a vida iria continuar normalmente. O próximo passo seria colocar novamente em Minerva a marca da guilda.


Dessa vez não demorou muito para fazer o mesmo trajeto, a esverdeada tinha decorado o caminho para a sorte dos tigres, se dependessem do senso de direção de Minerva... iriam ficar se perdendo.


*.*.*.*.* Quebra Tempo *.*.*.*.*


Florisbela estava olhando para a trilha que os tigres seguiram, ela esperava vê-los logo, queria saber se tinham conseguido, se estavam bem.


Não demorou muito para que visse a silhueta de 5 pessoas. Agora ela estava mais aliviada, era sinal de que tudo tinha acabado. Não demorou muito para os magos chegarem perto o suficiente.


Ela observou as expressões, Rogue era o primeiro do grupo e parecia estar muito bravo. Logo depois vinham Sting e Minerva de cabeça baixa, seguidos de Mia e Lucy que carregavam os exceeds.


A albina cumprimentou o moreno e o casal de primos, quando era a vez das duas magas, ela chegou bem perto e começou uma conversa:


__O que aconteceu?


__Sting e Minerva começaram a brigar... – Suspirou Lucy-__O Rogue ficou bravo e chamou a atenção deles.


__Entendo... – Falava Florisbela sem notar o casal de primos se aproximando-__Mas estavam brigando por que?


__Por culpa dessa besta! – Exclamava Minerva dando um tapa na cabeça do primo-__Ele me chamou de gorda!


__Não chamei não! – Se defendia Sting -__Eu apenas disse que você tinha crescido, mas não pra cima.


__Você indiretamente me chamou de gorda, palerma! – A morena já estava perdendo a paciência-__Loiro falso!


__Não precisa ofender esta bela obra dos deuses! – Começava o loiro-__Não sou falso, sou uma joia rara da humanidade, sou uma das maravilhas desse mundo!


__Cala a boca Sting! – Gritou Minerva encarando o primo.


__E quem que vai me fazer calar!? – Gritou o loiro encarando a prima.


__Silêncio! – Gritou Rogue já sem paciência.


Os primos ficaram quietos na hora, Mia e Lucy seguraram a risada enquanto Florisbela olhava aquilo sem entender nada.


A albina resolveu acompanha-los até a estação, no caminho ficou sabendo sobre o castelo, a luta contra Jiemma, e também a história de seu pai. Ficou um pouco triste, mas se sentiu aliviada dele não ser mais usado pelos demônios.


O real motivo para escolta-los, era porque queria falar sobre uma coisa importante com Lucy, mas a equipe não se distanciava e ela não conseguia encontrar uma oportunidade.


Parece que suas preces foram ouvidas, em determinado momento os tigres foram comprar os bilhetes, era sua chance.


__Lucy... – Falou a albina segurando o braço da loira-__Tem um minuto?


__Claro, o que foi Florisbela?


__Você comeu algum doce esses dias?


__Comi.... Por que? – Pergunta Lucy, estranhando.


__Você também está contaminada por uma Cravolla Lucy... – Suspira Florisbela.


Lucy não sabia como reagir, ela iria morrer? Não podia ser verdade, não tinha ninguém que fosse envenena-la, não tinha o porquê.


__Não é uma Cravolla que vai te matar. – Explicava a albina-__Mas eu sinto que não é algo bom. – Vendo o rosto incrédulo de Lucy, ela finaliza-__Eu vou descobrir o que é e vou te curar, é uma promessa.


__Obrigada por me avisar Florisbela. – Agradecia a maga celestial-__Eu também vou tentar descobrir o que é.


Elas não puderam continuar a conversa pois o grupo havia voltado, Sting e Minerva estavam brigando de novo deixando Rogue irritado por conta do barulho. Mesmo nessa confusão, Lucy estava preocupada demais para rir das palhaçadas dos tigres.


Já era anunciada a partida do trem em 10 minutos, eles se despediram da dona da pousada e foram ao veículo procurar sua cabine. Ao sentarem, os dragões já estavam um pouco pálidos só de imaginar a tortura que seria voltar para casa.


Mia e Minerva conversavam animadamente enquanto Frosch e Lector tentavam dormir ao lado da maga celestial, a mesma olhava fixamente para a morena. Ela seria um demônio para sempre? Isso era muito triste.


O trem havia começado a andar e os dragões já tinham uma tonalidade verde na face, Lucy desvia o olhar de Minerva e se vira para a janela. Ela vê um dos postes com a luz piscando, provavelmente iria queimar. A lâmpada dá um último brilho intenso e logo apaga, a loira tinha acertado, mas aquilo lembrava algo.


Levando a mão ao bolso, ela tira um cartão em branco que ganhou da senhora da biblioteca. A mulher havia mencionado algo sobre magia negra, Minerva estava sob os efeitos de uma magia negra? Se fosse isso ela podia tentar reverter.


Seus olhos desfocam do cartão para olhar novamente a tigresa, ela não parecia gostar daquela aparência. Sentindo-se triste, Lucy se decide, ela iria trazer novamente o aspecto antigo que agradava Minerva, iria reverter a maldição.


Quando fixou o objetivo, seu cartão brilhou. Isso lhe chamou a atenção e ao mesmo tempo assustou, desse brilho estavam surgindo letras, logo já haviam formado um endereço... era nesse lugar que ela iria achar respostas para a condição atual da parceira.


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