O trapaceiro escrita por SraDornan


Capítulo 27
O trapaceiro - 27 - Problems - Problemas.


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei amores, tudo bem?
Mais um capítulo freeeesquinho pra vocês, tive um tempinho pra escrever hoje e assim fiz, espero que gostem! D:

Boa leitura!



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— O que aconteceu?  - Perguntei um pouco receoso.

— Só preciso falar com você...- Declarou ela, um pouco chateada.

—Então fala...- A encorajei, estava começando a ficar nervoso.

— Não é coisa que se fale pelo telefone! - Ela suspirou e neste exato momento, passou um bando de gente falando alto. - Onde você tá?  - Perguntou ela.

— Num bar com os meninos. - Declarei e depois de alguns segundos ela voltou a falar.

— Hm, então tá, amanhã eu falo com você...- Ela estava estranha.- Beijos, te amo! - Ela nem deixou que eu falasse algo, apenas desligou, eu até tentei ligar de novo pra ela, mas ela não me atendeu... Então eu voltei pra mesa, onde tentei não pensar no que estava acontecendo de errado com a Elena, mas é claro, foi impossível.

♥ ♥ ♥

          No outro dia pela "manhã", eu estava cansado e quase morto de ressaca, Elena me ligou e disse que viria me ver, o que me fez "acordar" pra levantar e tomar um banho pra ver se eu melhorava... Já se passava das 13:40 e o meu corpo sentia como se ainda fosse 06:00. Tomei café na hora do almoço, até porquê, acho que se eu pensasse em tocar em um almoço, acabaria piorando ainda mais.

       Quando a Elena chegou, eu estava sentado na sala, assistindo tevê.

— Nossa, você tá com uma cara péssima! - Ela falou enquanto se sentava ao meu lado e eu dei um meio sorriso.  

        Ela se aproximou um pouco e me deu um selinho rápido.

— Parece que se divertiu bastante!  -  Ela falou e eu ergui a sobrancelha, ela não podia estar com raiva, só saí com os amigos, mais nada.

— Sim…  -  Comentei discretamente enquanto pegava o controle da tevê e a desligava para prestar mais atenção em Elena.  -  Está brava?  -  Fui curto e grosso, nada melhor do que perguntar para tirar as dúvidas.

       Ela sorriu e franziu o cenho incrédula.

— Sério que você acha que eu sou do tipo insegura?  - Neguei com a cabeça, mas ela continuou.  -  Acha que se você disser pra eu não sair com as minhas amigas eu te obedeço?  -  Ela mesmo respondeu. -  Claro que não, por isso eu não me importo se você sair com seus amigos sem me avisar ou coisa assim, mas… Você só precisa ter em mente que tem que me respeitar, mesmo eu não estando ali, com vocês!  -  Ela falou e eu engoli em seco, não tinha feito nada de errado, mas a Elena estava me deixando preocupado, alguma coisa estava errada.

— O que você queria me falar?  -  Mudei de assunto, talvez o comportamento dela estava abalado por conta do que ela queria me dizer.

Ela desviou seu olhar do meu, quando abaixou a cabeça e começou a falar.

— Ontem, quando a minha mãe ligou, eu achei que ela tinha descobrido alguma coisa…  - Ela engoliu em seco e voltou a erguer a cabeça, mas ainda não olhava para mim.  -  Mas na verdade, quem descobriu foi eu…   -  Ela mordeu o lábio e então me olhou com os olhos marejados.  -  Meu pai não era o que eu imaginava, ele era um viciado nojento que deixou a família cheia de dívidas.  -  Ela falou com ódio e rancor.  -  Minha mãe escondeu isso por tanto tempo… E eu nunca, nunca desconfiei de nada.  -  Ela se culpava por não ter percebido antes.

    Passei as mãos pelo rosto e respirei fundo, antes de abraçá-la, ela chorou e aquilo partiu o meu coração em milhares de pedaços, eu já sabia que a Elena não era o tipo de pessoa que chorava na frente dos outros, mas ali, naquele momento eu vi a menina meiga e frágil que ela realmente é.

Quando ela relaxou, me explicou que ele era viciado em tipos de jogos como o “jogo do bicho” que é uma contravenção penal, sendo assim, é um crime, mesmo que não seja um dos mais graves.

— Eu posso te ajudar! -  Falei enquanto secava uma das lágrimas dela e depois levava uma mecha de cabelo até atrás de sua orelha. -  De quanto vocês precisam? Eu posso falar com os meus pais! -  Ela negou com a cabeça.

— Não, nem pense nisso, minha mãe vai tentar conseguir mais empréstimos em bancos e eu vou começar a trabalhar, nós vamos conseguir… – Eu a interrompi.

— Mas eu posso...- Não deixou que eu terminasse de falar.

— Não, Damon! - Ela falou séria. -  Nós vamos dar o nosso jeito, eu só quero que você seja um namorado normal e só me apoie, não quero que pague uma dívida que nem ao menos é sua! -  Disse em um tom severo, assenti e me mantive calado. -  Desculpa! -  Ela pediu e me deu um beijo no rosto. -  Não queria ter sido grossa! -  Assenti.

   Ela podia até ficar com raiva de mim, me estapear, mas eu iria me intrometer, eu iria pagar aquela dívida, nenhum banco vai fazer um empréstimo tão alto e tão em cima da hora pra Miranda, eu só preciso convencer os meus pais a me darem esse dinheiro, mesmo que eu fique alguns meses sem mesada, valeria a pena.

♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

Elena ficou comigo por um bom tempo, até que ela resolveu que iria pra casa, ela queria passar mais tempo com a sua mãe e irmão, parece que aquilo tinha juntado ainda mais eles, mesmo que Jeremy ainda não soubesse de tal situação, afinal ele era só uma criança.

Eu estava decidido a pedir essa grana aos meus pais, já tinha até um plano caso eles não concordassem em me dar o que preciso, venderia o meu carro e pagaria a dívida.

Eu ainda estava na sala, quando minha mãe se sentou ao meu lado e me encarou com um olhar vitorioso, como se tivesse ganhado na loteria.

— O que foi? -  Perguntei com um pouco de medo da resposta, ela não era muito contente e quando ela estava feliz, ou nós estamos mais ricos ou ela está com alguma ideia ruim na cabeça.

— Eu ouvi. -  Falou dando um meio sorriso satisfeito, franzi o cenho e me fiz de desentendido.

— Ouviu o que? - Ela ergueu uma de suas sobrancelhas e voltou a se levantar, caminhando até a janela da sala de estar, ela olhou para a rua durante alguns segundos e então quando se cansou, voltou a me olhar.

— Não se faça de bobo! -  Ela ordenou séria. -  Eu ouvi que o pai da Elena não era o exemplo de homem que ela imaginava e ouvi também que… -  Ela segurou um riso. -  ela está com uma grande dívida com agiotas… Isso não é coisa de família direita! -  Ela suspirou e eu me levantei.

— Mãe, onde a senhora está querendo chegar? -  Perguntei preocupado, ela não estava com cara de que iria fazer uma coisa boa.

— Quero que você acabe de vez com essa menina! -  De uma hora pra outra, ela ficou séria, eu não entendia o tamanho de sua raiva por Elena, ela nunca tinha feito nada pra minha mãe… Certo que ela nunca demostrou que gostava da mesma, mas… Eu sei que se minha mãe desse uma chance para Elena, as duas se dariam muito bem.

— Você só pode estar brincando! -  Forcei uma risada e cocei a nuca tentando disfarçar o meu nervosismo.

— Não, não estou… -  Continuou com a cara fechada e então completou. -  Eu pago a dívida da família dela se você acabar com o seu namoro com ela. -  Engoli em seco. -  E caso você não faça isso, eu conto pra todo mundo o que o pai dela fazia e em qual situação ele deixou a própria família. -  Finalizou a frase com um toque de orgulho na voz.

— Mãe, por que está fazendo isso? -  Eu sabia o porquê, só queria ouvir ela dizer, só queria que ela dissesse aquilo em voz alta e percebesse o quão péssimo estava  o seu nível de caráter.

— Eu quero que você fique com a Katherine, sempre foi a Katherine e sempre vai ser! -  Ela comentou e eu sorri negando com a cabeça. -  Eu estou te dando escolhas, Damon, aproveite! -  Tentei absorver a ameaça dela, mas era impossível, olhe só no que as pessoas se tornavam por conta de dinheiro… Minha mãe não se importava se eu estava feliz ou não, ela só queria o bem estar de nossas empresas e mesmo que ela já estivesse recuperada, ela sempre queria mais e mais…

Eu não precisava pensar, eu já sabia o que iria escolher, eu nunca deixaria que uma coisa tão importante e pessoal de Elena vazasse assim… Mesmo que a escolha que eu estava prestes a fazer não fosse a  mais feliz, eu simplesmente tinha que fazê-la, pelo bem de Elena, mesmo que aquilo significasse, ter que ficar sem ela.

— Tudo bem, eu termino com ela… -  Declarei nada satisfeito. -  Mas me dê ao menos algumas semanas para eu arrumar uma desculpa, antes de terminar com ela. -  Lily revirou os olhos, mas assentiu.

— Bem… Eu vou resolver tudo, mas se você por algum acaso resolver mudar de ideia, eu conto toda essa história pra todos que ela conhece e você pode ter certeza de que a culpa caíra toda pra cima de você!

Assenti e suspirei cansado, aquilo não podia estar acontecendo!


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Notas finais do capítulo

Ixxi, e aí? O que acharam, não deixem de comentar, favoritar, acompanhar e recomendar...

XOXO.


MOMENTO DIVULGAÇÃO:

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