Wolfpack escrita por Junior Dulcan


Capítulo 11
1x11 - Born to Power


Notas iniciais do capítulo

Eai Wolfers!
Penúltimo capítulo da temporada! E você ainda ai sendo um leitor fantasma kkkkkkkkkk
Agora teremos uma visão mais abrangente dos planos e vida de James, nosso querido vilão.
Com essa etapa da história sendo fechada e muitos outros parenteses sendo abertos (não fiquem preocupados as lacunas da história serão fechados no futuro). Esse capítulo é mais narrativo e com poucas falas, mas é muito instrutivo para aprendermos um pouco mais sobre James.
No próximo capítulo a promoção vai ser lançada (então fantasmas/ agentes secretos se quiserem tentar ganhar alguma coisa é bom se manifestarem ai pq aqui não é o serviço secreto e eu não sei usar aquele tabuleiro de Ouija para falar com fantasmas)



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Anteriormente em Wolfpack... Finalmente o confronto de irmãos tem inicio. Helen e Kelly vão para a floresta e acabam descobrindo que Max é um monstro, após quase serem mortas as duas encontram com Jonny e juntos partem novamente em busca de David de desapareceu sem explicação na mata. James revela quem ele é e como se aproximou de todos manipulando tudo a sua volta, com a ajuda de Jonny e Eddy o confronto final está formado.

James

Nascer para o poder. Esse era o destino que foi legado a mim e ao meu irmão há muitos anos. Quando ainda era um garoto e percebi que não poderia mais aguentar viver à sombra de minha falecida mãe, foi que realmente aconteceram as mudanças. Nunca menosprezei seu sacrifício, como uma representante da comunidade sobrenatural e entre as muitas matilhas de lobisomens ela se destacou, mostrou como um líder deve ser visto: como fonte de poder e status.

Todos esperavam que meu pai assumisse o lugar dela, afinal ele também era um alfa e agora líder de nossa família e matilha, mas foi patético quando seu luto o consumiu impedindo de alcançar a grandeza que ele merecia. O amor certamente é uma fraqueza, mas também uma ferramenta, se bem usado pode lhe levar ao topo, mas também pode levá-lo ao fundo do poço.

Para mim o amor era uma fraqueza. Uma que eu não poderia me dar o luxo de ter, jamais iria entregar meu coração a outra pessoa. Com tantas propensões a erros e fracassos, confiar seus segredos a outro que pode no futuro usar esse conhecimento para derrubá-lo me parecia idiotice. Por essa razão eu jurei nunca criar esse tipo de laço.

Quando meu pai desistiu de ser quem ele deveria ser, então decidi ser quem ele não mais poderia. Henry meu irmão gêmeo não me entendia, ele não tinha nascido com vontade de um líder como eu, ele era como nosso pai. Procurei orientação com outras matilhas, na época além dos Hale haviam algumas outras que eu conhecia.

Procurei de acordo com antigos contatos que minha família possuía, aparentemente havia um chamado Deucalion que era líder de uma forte matilha. Poderia ter consultado a líder dos Hale, sabia que ela conhecia minha mãe, mas não queria conversar com alguém que tinha uma matilha fundamentada da mesma maneira que minha família tinha. Precisava entender como era liderar estranhos, Deucalion não tinha relação familiar com os membros de seu bando.

Levei alguns dias para localizá-lo, ele não estava nas proximidades da cidade, seu bando tinha seguido para o norte e se tivesse levado mais tempo talvez não o alcançasse. O hotel onde todos estavam hospedados era grande e até bem bonito, com três andares pintados de tons claros e um corredor com corrimão de madeira que formava um tipo de sacada única em todos os andares.

Assim que cheguei ao lugar pude identificar o bando, estavam espalhados por toda a propriedade. Dois conversavam despreocupadamente perto de uma máquina de bebidas, mais três estavam parados na recepção, havia pelo menos dois caminhando em cada corredor e mais um parado ao lado de uma porta a esquerda do terceiro andar.

Não demorou muito para perceberem o que eu era, não era todo dia que se via um garoto lobisomem. Um dos betas de Deucalion se aproximou, ele parecia bem confiante e até sorria. Quando estava apenas alguns passos de distância parou e me encarou, ele conseguiu sentir o que não era um garoto qualquer.

–Quero falar com seu líder. –O rapaz apenas me encarou. Ele parecia estar ponderando meu pedido.

–Aqui não é o lugar para uma criança. –Meu sangue ferveu, não por ser chamado de criança, mas pelo tom usado. Aquela voz carregada de insolência.

–Se usar esse tom de deboche novamente, vou garantir que você não o faça novamente. –Ele me encarou deixando escapar um leve rosnado e o brilho fraco de seus olhos dourados, sua postura, no entanto mudou quando mostrei a ele os meus olhos.

–Deixem-no passar. –Deucalion havia aparecido no terceiro andar, os outros abriram caminho e então sem mais delongas segui até onde ele estava. Ele fez sinal para que eu entrasse no quarto, dois dos seus betas o seguiram. O quarto que ele estava era razoavelmente bonito, com paredes revestidas de madeira, mobília clássica, ornamentada com peças de arte e quadros, um jazz suave tocava em um aparelho de som moderno que destonava com o restante do lugar. Ele se sentou em uma poltrona grande e confortável indicando o sofá, me sentei nem um pouco intimidado e isso parecia diverti-lo.

Deucalion era um homem de boa aparência por volta dos trinta e cinco eu diria, talvez menos ou mais, era difícil de dizer quando se trata de lobisomem com poderes de regeneração que prolongam sua vida. Tinha olhos de íris azul semelhante a mármore, sobrancelhas pequenas, nariz uma curvatura rapineira, rosto de linhas rígidas e retas, maçãs do rosto levemente maiores destacando sua expressão, lábios finos e queixo um pouco grande. Os cabelos castanhos claros estavam curtos em um penteado meio moderno e sua barba curta e rala lhe dava a aparência que devia conquistar e cativar as pessoas.

–E então. A que devo a visita de um Lautner? –Ele tinha um sotaque britânico, nunca tinha conversado com ele antes então não sabia suas origens.

–Preciso de sua opinião em algo. –Os olhos claros daquele líder demonstraram surpresa por alguns instantes, mas ele recompôs a expressão.

–Estou surpreso, geralmente alfas buscam orientação com druidas e não com outros alfas.

–Eu não conheço nenhum druida, mas conheço sua reputação. –Ele apenas sorriu confiante, era o tipo de líder que eu queria ser: confiante de si mesmo. –Quero criar meu próprio bando, mas não sei muito sobre como ser um alfa, um líder e uma figura que os outros depositam sua confiança.

–Entendo. Ser um bom líder é algo que leva anos, você aprende a discernir as situações vivenciando-as. Sua matilha é sua família, somos ligados uns aos outros, obtemos força com esse laço e o trabalho do alfa é garantir que essa força não escape ao seu controle. –Ele parou de falar e encarou, conseguia captar a essência de suas palavras, mas era como ele havia dito no começo: tinha que vivenciar para entender.

–Não entendo muito bem. Minha experiência com família apenas me mostrou que esse tipo de relação enfraquece as pessoas. –Ele franzia o cenho com minhas palavras, cruzou os dedos em uma postura pensativa antes de fala:

–Façamos o seguinte: Acompanhe meu bando por alguns dias em Beacon Hills e veja por si mesmo como funciona a relação de um alfa e seu bando. –Aquilo era algo que eu poderia concordar, seria também mais fácil entender o que significava ser um líder se pudesse ver um em ação.

Os dias seguintes mantive escondido de meu irmão e pai que estava aprendendo com Deucalion. Dava para entender como ele organizava seus betas em funções: guardas pessoais, vigilantes, mensageiros, novatos em treinamento e até os dois membros de maior confiança o braço direito e o esquerdo.

Deucalion sempre dizia que era importante fazer com que o bando se sinta participante, qualquer membro que se sinta excluído logo abandonará a matilha se tornando o ômega ou o beta de outra matilha, essa também era uma forma de fazer com que te respeitassem e não quisessem tomar seu poder para eles, afinal um beta pode tomar o poder de um alfa para si matando-o.

Conheci através de Deucalion outra alfa chamada Kali, ela também era uma líder determinada de seu bando e mantinha uma relação de amizade com outros alfas, criar relações amistosas era um meio de garantir que não houvessem lutas entre matilhas.

Algum tempo depois me senti confiante o bastante para criar meu primeiro beta. Escolhi alguém que já conhecia a alguns anos, um amigo da escola que sempre me dei bem. Com ajuda de Deucalion pude ensinar a ele o que era ser um lobisomem e o que o aguardava no futuro, após isso me separei do bando do alfa que me serviu de mentor. Ele tinha outros assuntos a tratar e eu agora já podia liderar minha própria matilha.

Não foi nada fácil, mas com algum trabalho duro logo tinha cerca de dez betas sob meu comando. Estabelecemos nossa base em um prédio abandonado nos limites da cidade e em seguida parei de retornar ao lugar que um dia conhecia como casa. Minha relação com Henry não melhorou depois disso, ele não se relacionava bem com minha matilha e algumas vezes acabou quebrando o nariz e membros daqueles que o desafiavam. Não falei ao meu bando que eles poderiam se tornar alfas matando meu irmão, não queria plantar aquela ideia em suas cabeças.

Dizem que com o poder vem a irresponsabilidade e descaso e isso aconteceu com meu bando, ficamos muito acostumados com a vida em uma cidade com tantos bandos de lobisomens. Nossas brigas e pouco cuidado sobre nossas identidades logo atraíram a atenção de caçadores, que passavam sua vida matando seres como nós.

Inicialmente não houve nenhum conflito, eles nos observavam e colocavam armadilhas na floresta. Apenas fizeram seu primeiro movimento quando Gerard Argent apareceu. Ele era um homem sem escrúpulos, apesar de sermos arruaceiros nunca chegamos a fazer nada que merecesse tortura e morte. O homem era como um demônio disfarçado de idoso.

Fomos atacados diretamente em nossa base, um bando de adolescentes dormindo em um apartamento não esperavam ser surpreendidos por caçadores bem armados. Eles chegaram com bombas e armas envenenadas com wolfsbane, mataram cinco dos nossos e diante dos meus olhos eu vi quando aquele homem pendurou um garoto que não tinha mais que onze anos em uma corda no teto pelos pulsos e o partiu ao meio com uma espada, sentindo prazer em executar um ser humano com toda uma vida pela frente.

Em um acesso de fúria fui capaz de derrubar a maior parte do grupo e quando derrubei aqueles dois caçadores próximos ao corpo de meu companheiro não tive nenhum remorso ao cravar minhas garras diretamente em seus corações e arranca-los de seus peitos, uma parte de mim mudou para sempre naquela noite. Ainda não sabia o nome do caçador que tinha matado meus companheiros, mas logo saberia o nome do maior monstro que já colocou os pés Beacon Hills.

Essa informação veio de Deucalion que estava se movendo para a cidade a fim de tentar negociar um acordo de paz com esse caçador, eu já sabia que isso não aconteceria, mas escolhi não interferir nos planos do meu mentor. Gerard e sua família tinham um longo e complicado relacionamento com os lobisomens, afinal havia toda uma mitologia que os “Argents” eram os matadores naturais dos lobisomens, nossa fraqueza e “prata”.

Os que sobreviveram ao ataque assim como eu mudaram, podia sentir a raiva dentro deles, a sede de sangue e de vingança. Precisávamos de um novo plano de ataque, aquela foi a única vez que pedi ajuda ao meu irmão e ele se negou a me ajudar, era esperado de um fraco como ele, mas ainda assim ele me seria útil.

Recrutei mais alguns betas que eu sabia que não teriam problemas em matar e preparei meu plano de ataque, sabia que os caçadores estavam a minha procura e que queriam se “vingar” das mortes de seus companheiros. Acompanhei meu irmão de perto nos dias seguintes e logo a informação que eu esperava veio: ele marcou um encontro longe dos olhos de nosso pai. Com isso fiz com que os caçadores soubessem para onde ele estava indo achando que ele fosse eu, afinal éramos gêmeos idênticos.

Meu plano correu quase que totalmente bem, Gerard atacou meu irmão e sua namorada dando a Henry um motivo para lutar. A luta foi difícil e com isso perdi a maior parte do meu bando, mas com a ajuda de meu irmão acabei com a maior parte dos caçadores naquela noite. Se pudesse matar Gerard então não teria que temer mais ninguém, mas Henry se acovardou e preferiu voltar para sua humana fraca.

Era hora de ensinar uma lição a ele. Remover de dentro dele sua maior e ridícula fraqueza: o amor por aquela garota idiota. Esperava atribuir sua morte aos caçadores, mas meu irmão apareceu e em seguida seu amigo Peter Hale. Isso não diminuiu minha convicção, executei a garota diante dos seus olhos.

As grandes mudanças vieram depois disso, ao matar aquela garota algo se rompeu dentro de mim. Tive acesso há um poder que nunca tive antes, minha forma de alfa mudou e agora eu era verdadeiramente um lobo monstro. Minha matilha restante contava apenas com quatro betas, eles desaprovavam minhas decisões e estavam descontentes com o resultado da luta.

Decidi que era hora de mudanças. Não iria mais ter uma matilha como a anterior, queria o controle sobre tudo que estivesse acontecendo, não iria mais dar a chance para os caçadores fazerem o que tinham feito. Estive com druidas após aquilo, já havia abandonado Beacon e deixado a guerra que se instaurou entre lobisomens e caçadores. Aprendia cada vez mais sobre o poder dos alfas, o controle que podem exercer sobre betas, como acessar memorias através de minhas garras e como removê-las.

Henry me seguia a todos os lugares que fui, ele estava decidido a me fazer pagar pelo que houve e tivemos alguns confrontos. Em todos aqueles anos depois do ocorrido apenas voltei a Beacon por dois motivos: Quando Gerard cegou Deucalion e semanas depois retornei quando matou meu pai. Não vou entrar em detalhes sobre o que houve com meu pai, foi um dos poucos momentos que tive uma trégua com meu irmão.

Deucalion após ter sua proposta de paz entre caçadores e lobisomens negada por Gerard e ainda tendo seus olhos perfurados pelo mesmo mudou completamente. Sua condição o fez parecer fraco aos olhos de seu bando que o tentaram trair e tomar seu poder, o beta foi morto facilmente pelo alfa. Agora ambos tínhamos visões parecidas do mundo, Deucalion até me falou de algo estranho sobre matar um dos seus, como se a força do seu beta tivesse passado para ele.

Henry ficou em Beacon após a morte do nosso pai e eu continuei minha viagem, recebi notícias quando o incidente com a família Hale aconteceu. A casa da família pegou fogo matando grande parte da família e deixando os poucos sobreviventes em péssimas condições. Logo em seguida soube que os “Peacemakers” ou simplesmente “Pacificadores” começaram a caçar Henry o acusando de várias mortes.

Em meu caminho para entender melhor os poderes dos alfas descobri o que aconteceu com Deucalion, ao matar um beta de seu bando o alfa toma seu poder e o soma ao que já tem, é até lógico uma vez que o beta que mata o alfa toma seu poder. Não tive nenhum remorso em matar meu bando. Logo fiquei sabendo que meu mentor havia feito o mesmo.

Foi apenas na América do Sul que consolidei meu plano. Após aprender com os druidas locais como controlar a mente dos betas através de hipnose e tomar suas memorias com poderes de alfa. Em uma das minhas viagens conheci uma família de caçadores, eles eram bem relacionados e tinham contatos inclusive com grupos como Las Calaveras e os Argents.

Tive um conflito ao encontrar com Henry novamente, ele parecia bem arrasado. Poucas palavras foram necessárias para entender que ele estava sendo perseguido por todos os lugares por coisas que eu tinha feito, todas as mortes atribuídas a ele foram cometidas por mim e surpreendentemente por Gerard e seus caçadores. Tinha um plano em execução no momento não tinha tempo para aquelas bobagens.

Quando matei a família do caçador e o transformei, usei minhas garras para acessar suas memorias e apagar todas as lembranças do que tinha ocorrido. Usando minhas novas técnicas de hipnose modulei sua mente para apenas atender ao meu chamado, do contrário ele não ativaria seu poder de lobisomem em nenhuma outra ocasião. Ele m e foi extremamente útil nos anos seguintes, com as informações que ele me passava fui capaz de eliminar muitos caçadores, mas isso atrai a atenção dos Leões das Oliveiras.

Eles eram uma família muito antiga de caçadores que viviam na América do Sul, eram extremamente competentes e não tardaram a me encontrar. Felizmente nunca tinham visto minha forma humana então não sabiam quem eu era. Com alguma pesquisa localizei uma das famílias mais antigas em uma cidade do interior, um dos membros da família morava sozinho e era uma oportunidade de ouro de ter alguém dentro de uma família importante.

Meu plano era simples: Criar uma situação onde poderia emboscar o jovem morde-lo e aplicar o mesmo método usado em Max, meu fiel beta. Não demorou muito para meu peão plantar a ideia de uma festa na reserva local, era uma ótima oportunidade para escolher novos betas e estabelecer um domínio no local. Novos betas seriam fonte para mais poder, assim me tornaria ainda mais forte quando os matasse e atribuindo as mortes ao caçador local ninguém suspeitaria de nada.

Infelizmente meu plano não saiu como esperado, meu alvo deixou o local cedo demais, mas a oportunidade de recrutar era boa demais para ser desperdiçada. Então comecei minha busca, um rapaz próximo a fogueira parecia promissor, mas me arrependi no momento que o mordi, tinha medo demais nos seus olhos para que ele fosse um beta que valesse a pena. O matei em seguida e aproveitando a confusão comecei a procurar um candidato.

Logo algo promissor surgiu. Dois rapazes que eu havia percebido antes na floresta estavam tentando ajudar outros, pessoas assim valiam a pena. Tudo ficou ainda melhor quando ele tentou proteger uma garota, a ironia de tudo aquilo me fazia até rir. Fiquei impressionado por não terem fugido e sim por terem me enfrentado, mesmo quando não podiam vencer.

Após mordê-los os deixei na floresta num local protegido, afinal logo eles teriam utilidade para mim. Max já estava na cidade há dias à minha espera, é claro que ele não sabia que era esse o motivo. Convoquei ele algumas vezes para sabotar a casa dos caçadores e assim permitir sua entrada sem que os demais percebessem quem ele era.

O único problema em meu plano foi a chegada de Henry, ele estava fazendo amizade com meu novo beta e se continuasse assim o mesmo acabaria se tornando beta do meu irmão. Isso fez com que tivesse que acelerar meus planos, com tantos caçadores chegando a cidade era a hora de começar a destruí-los por dentro.

Todos os meus movimentos como o ataque na escola e fazer com que o Henry fosse visto pelo caçador que eu procurava foi planejado, assim o jovem acreditaria que havia mais a ser explorado, o fazendo ir a floresta numa tola tentativa de entender o que aconteceria. Quando percebi sua presença convoquei meu beta e o fiz incapacita-lo assim após falar com Henry o transformaria e daria seguimento ao meu plano.

Sabia que logo teria uma visita de Deucalion, ele odiava caçadores tanto quanto eu e quando visse meu plano em ação tinha certeza que ele concordaria. Tinha recebido notícias que ele estava agora com uma matilha de alfas e pretendia me juntar a eles no tempo certo, a única peça que faltava era Henry, agora era o momento de tê-lo ao meu lado ou tira-lo do meu caminho de vez.

Aquela noite tinha provado apenas que tinha que apagar o meu passado de uma vez e cortar as pontas soltas. Matar todos ali com exceção dos caçadores que seriam os betas sob meu comando. Meus dois betas ainda estavam sob meu comando em um embate com duas humanas fracas e um caçador quase inconsciente.

Para minha surpresa me encontrava em uma luta contra meu irmão e um wendigo, um dos mais improváveis aliados. O segundo rapaz que eu havia mordido já era um ser sobrenatural, minha mordida devia apenas ter despertado esse lado adormecido dele.

Os dois lutavam bem juntos, havia até certa sincronia entre eles, mas era brincadeira de criança. Quando avançaram para o ataque foi fácil desviar de seus golpes, Henry tentou me segurar pela cintura e derrubar e com isso apenas conseguiu ganhar vários cortes nas costas, o wendigo não se saiu melhor que ele. Apesar de ter desviado dos meus primeiros golpes logo ele entrou muito perto da minha guarda o que foi providencial para acerta-lo com um corte no peito que o fez perder muito sangue.

Ao longe conseguia ouvir as vozes das garotas que gritavam enquanto tentavam proteger o rapaz. Uma delas segurava uma lança e mantinha os betas bem ocupados com bons movimentos que não os deixava se aproximarem, ela parecia ter pego alguma experiência com luta conta lobisomens.

–David! Por favor pare! –Tolas, não entendiam que ele não poderia quebrar meu controle tão facilmente. Para aquele garoto tudo não passava de um sonho.

A outra garota amparava o caçador enquanto segurava uma pistola, apesar do peso do rapaz era admirável como ela mantinha a arma firme caso precisasse.

–Olhe para sua própria luta! –Henry rosnou e veio em minha direção, patético e cheio de aberturas.

–Por favor, isso nem sequer chega a ser uma luta. –Já estava começando a me entediar, era hora de matar todos de uma vez.

Enquanto as garotas tentavam desesperadamente manter os betas afastados uivei em comando para que as matasse de uma vez. Max passou por ela indo em direção a garota com o caçador e o que se chamava David atacou a garota da lança. Ela girou a lança e atacou diretamente seu peito, ele desviou com um movimento que parecia um drible arrancou a lança de suas mãos e a derrubou. Aquele momento valia a pena ser visto, o momento que ele ergue a mão para rasgar a garganta da garota.

Ele ficou parado daquela forma por mais tempo que seria normal, então com um passo largo ele passou por cima dela e rasgou as costas de Max. Os dois se encararam e rosnaram um para o outro, não conseguia acreditar que ele tinha ido contra o meu comando. Fui em direção ao beta, iria mata-lo ali e naquele momento, não iria aceitar aquela afronta.

A dor queimou em meio peito quando uma ponta de lança me transpassou, pelo canto dos olhos pude ver Henry segurando firmemente o metal. Apesar da dor aquilo não era nada. Arranquei o pedaço de ferro com apenas um puxão e bati com o ferro na cara dele. Meu corpo se renegava ao mesmo tempo que minha besta interior rugia e me mudava para uma forma animalesca.

Quando abri os olhos novamente via apenas os vermes que agora pereceriam, meu uivo ecoou por todos os cantos. Não poderia conversar naquela forma, mas pude ver nos olhos de todos o terror que eles sabiam que acompanharia suas mortes.

–-----------------Sneak Peak - End Game (Season Finale)------------------

O último capítulo da season irá trazer o desfecho do confronto contra James e as consequências de tudo que aconteceu. Helen e David finalmente não tem mais segredos entre eles, o que isso trará para a relação dos dois ainda é um mistério. Com a revelação de quem eles são Kelly reavalaria seus sentimentos por Jonny. Com o fim da season também veremos como os planos de James irão repercutir na matilha dos alfas.


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Notas finais do capítulo

Deucalion *-*
Cara eu gosto tanto desse vilão e ele foi tão pouco usado.
Com esse capítulo você conecta vários eventos de TW com WP e até descobre mais sobre o passado de James com Deucalion. Sobre os pontos pouco explicados sobre o passado de James, como a morte do seu pai e algumas de suas jornadas pelo mundo, serão abordados no futuro em outras histórias, então fiquem tranquilos aqui nada se perde.
Gasparzinhos do meu coração, parem de se esconder e apareçam para dar suas opiniões na fict.
Lembrando que após a season finale a fict vai entrar em hiato de 30-60 dias mais ou menos.



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