Amor Real escrita por AneQueen


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

vou fazer maratona kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/632141/chapter/5

Desde que ela passara a morar no palácio com a família, Robin estava sempre por perto para lhe mostrar tudo o que os turistas nunca iriam ver. Ele a levara para um passeio a cavalo nos jardins do palácio ou permitira que ela o acompanhasse quando ele saía com o seu veleiro. Robin lhe ensinara a pilotar barcos. Não havia nada que Regina amasse mais do que se sentar no meio do oceano enquanto eles pescavam e comiam doces da cozinha palaciana. Ele administrava o palácio e permitia que ela fosse sua sombra. Lembranças preenchiam sua mente enquanto Regina caminhava até o closet e colocava um dos seus vestidos favoritos. Após arranjar o cabelo para trás em um simples coque com três grampos, aplicou maquiagem, calçou sapatos pretos para combinar com a cor do vestido e saiu do quarto. Mas apenas conseguiu alcançar o corredor com sua bolsa de mão quando seu telefone fixo tocou. Presumindo que fosse o pai, ligando para ver como estava. Assim, Regina entrou no escritório e atendeu a ligação. – Senhorita Mills? Aqui é Marcello. Você é esperada na sala de estar. Está pronta? – Sim. Estou indo.

– Então vou informar sua alteza e encontrá-la no corredor principal. – Obrigada. Por causa de Robin, Regina conhecia cada parte do palácio, exceto os apartamentos reais. Ele a levara para a sala de estar principal, onde o rei se encontrava com chefes de estado diversas vezes. Mas seu sorriso desapareceu à medida que cruzava o magnífico edifício para encontrar a mãe de Marian. Regina sabia que a rainha estava de luto. Marcello a encontrou no corredor principal. – Siga-me.

Eles atravessaram os corredores com belíssimos quadros nas paredes para outra parte do palácio, onde viraram à esquerda. Regina espiou a bandeira do país estendida do lado de fora das portas ornadas que iam do chão ao teto. Marcello bateu em uma delas e lhe disseram para que entrasse. Ele abriu a porta, indicando que Regina deveria precedê-lo. O olhar de Regina foi direto para Robin, em seu belo terno azul- marinho. Do lado oposto ao dele, estava a mãe de Marian, com seus 65 anos e cabelo escuro como o da filha. Ela estava usando um vestido preto, com um chapéu combinando, e se acomodava em uma das confortáveis poltronas. – Aproxime-se, Senhorita Mills – pediu Robin.

– Gostaria que você conhecesse minha sogra, sua majestade, a rainha Helena Gold. Regina se moveu na direção deles e fez sua reverência, conforme aprendera quando criança, no palácio. – Majestade... É uma grande honra, mas meu coração tem sangrado pela senhora e pelo príncipe. Eu gostava muito de sua filha. Os olhos da matriarca eram mais escuros e maiores do que os de Marian. Ela assentiu com a cabeça antes de Robin dizer a Regina para se sentar na poltrona do outro lado da mesa de café.

Uma vez que ela estava confortável, ele disse: – Se você se lembra, Marian e eu voamos para o castelo da minha sogra para que ela pudesse dizer à rainha que estávamos grávidos. – Sim. – Para minha surpresa, a inesperada natureza de nossa notícia se mostrou um grande choque para minha sogra, uma vez que minha esposa não a havia informado sobre a nossa decisão de usar uma mãe de aluguel. O quê?!

– Quer dizer que sua filha nunca lhe contou o que ela e o príncipe haviam planejado? – Não – confirmou a rainha. Perplexa, Regina evitou os olhos dela, sem saber o que pensar. – Sinto muito, majestade. – Todos sentiram muito, porque a rainha e Marian discutiram – Robin explicou. – Infelizmente antes de elas poderem conversar de novo, o acidente aconteceu. A rainha gostaria de aproveitar essa oportunidade para ouvir a mulher que ousou ir contra a natureza para prestar um serviço com o qual não irá ganhar nada.

Regina sentiu a cabeça girar. Para Robin ter colocado isso de forma tão direta, na certa ele e sua sogra tinham trocado palavras ásperas, se não amargas. Mas ele era um membro da realeza e, portanto, decidira que a única coisa a fazer era encarar a situação. Robin esperava que Regina fosse lidar com isso por causa da amizade deles ao longo dos anos.

– Você não esclareceu a minha dúvida, Senhorita Mills. Regina lutou para recuperar o fôlego e se manter calma. – Se eu tivesse uma filha que se aproximasse de mim na mesma situação, eu iria perguntar a ela exatamente a mesma coisa, majestade. No meu caso, agi como agi apenas por um motivo. Talvez a senhora não saiba que o príncipe me resgatou da morte quando eu tinha 17 anos. Perdi minha mãe naquele mesmo acidente de barco. Antes de eu ter sido arremessada à costa pelo vento, desmaiei. Ela fez uma pausa, respirou fundo e prossegiu:

– Quando o príncipe me encontrou, eu estava quase morrendo, mas não sabia disso. – Os olhos de Regina cintilaram com as lágrimas. – Se a senhora tivesse ouvido a forma como meu pai chorou ao descobrir que eu fui encontrada e trazida de volta à vida, iria perceber que um milagre acontecera naquele dia. Tudo por causa da rápida intervenção do príncipe. Daquele dia em diante, meu pai e eu passamos a nutrir a mais profunda gratidão pelo príncipe. Com o passar dos anos eu ponderei muitas vezes como retribui ao príncipe por impedir o que poderia ter sido uma completa catástrofe para o meu pai.

As linhas no rosto da rainha se aprofundaram, revelando sua piedade. – O príncipe e a princesa eram o casal perfeito – Regina prosseguiu. – Quando ouvi que a princesa sofrera um terceiro aborto espontâneo, fiquei arrasada. Eles mereciam a felicidade. Antes do Natal eu ouvi de meu pai que o dr. DeLuca sugerira uma maneira para eles alcançarem o sonho de ter uma família. Regina lutou para impedir que as lágrimas caíssem. – Após anos desejando que houvesse algo que eu pudesse fazer, percebi que, se eu me qualificasse como uma candidata, poderia gerar o filho para eles. A senhora não imagina a alegria que me trouxe pensar em fazer algo tão especial para eles. Quando revelei a meu pai o que eu queria fazer, ele ficou surpreso no começo, mas ainda assim apoiou minha decisão.

Regina soltou um suspiro estremecido. – Essa é a minha razão. Uma vida para uma vida. O que eu vou retirar disso é pura felicidade ao ver o bebê que o príncipe e a princesa lutaram tanto para ter, quando o médico colocar a criança nos braços do príncipe. Marian irá viver nesse filho, que será para sempre uma parte do rei Barão de Locksley e de sua esposa, e uma parte sua e de seu marido, majestade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Real" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.