Amor Real escrita por AneQueen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

GENTE, esses primeiros capítulos estão lentos, mas prometo que vem fortes emoções!!



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REGINA MILLS, conhecida pelos amigos como Gina, sentou-se sozinha no sofá em seu apartamento no palácio, secando o cabelo, com os olhos fixos na televisão. Ela assistia ao programa ao vivo do príncipe Robin abrindo o festival das Maças da varanda do palácio. Gina não sabia que ele voltara. Seu pai, Henry Mills, o chefe da segurança do palácio, andara tão ocupado que não tivera tempo de informá-la.

Ela conhecera Robin 16 anos atrás, quando o pai se tornara o chefe da segurança do palácio. O rei trouxera Henry, sua esposa americana e a filha da embaixada da Itália em Washington, D.C., para viver no apartamento do palácio. Na ocasião, Gina tinha 12 anos, e Robin, 18.

Gina passara a maior parte da adolescência estudando Robin, sobretudo sua constituição física alta e musculosa. Em vez de uma estrela de filme ou um famoso cantor de rock, ela idolatrara Robin. Regina até mesmo mantivera um álbum de colagem de artigos de jornais que seguiam a vida dele, mas o guardara escondido dos pais. É claro, isso fora muitos anos atrás.

O príncipe da coroa, o homem mais impressionante que Regina conhecera na vida, tinha muitos estilos, dependendo do seu humor. Pelo que ela podia ver agora, Robin parecia mais descansado desde a viagem. Algumas vezes, quando ele estava distante, aqueles olhos claros e as sobrancelhas escuras que combinavam com o cabelo brilhante intimidaram-na para que não se aproximasse dele. Em outras ocasiões ele se mostrara charmoso e divertido, mesmo provocante. Ninguém era imune ao carisma masculino dele.

Marian fora a mulher mais feliz deste mundo. O retrato de Robin estava sempre estampado na capa das revistas e dos jornais da StoryBrooke. Perseguido pela imprensa, ele fazia as notícias noturnas na televisão em algum lugar do continente a cada dia do ano. Saber que Robin estava em casa depois de suas viagens enviou uma onda de calor através do corpo dela. Seis semanas sem vê-lo ou conversar com ele sobre o bebê pareceram uma eternidade. Regina sabia que Robin iria entrar em contato com ela em algum momento. Mas após o período de ausência, ele deveria ter tanto trabalho para pôr em dia, em casa, que poderia levar mais uma semana antes que ela ouvisse sua voz ao telefone.

Na tevê, Robin agora deixava a varanda e voltava para o interior do palácio, e a emissora passou a mostrar um segmento do funeral que tinha sido televisionado em cada canal por todo o reino seis semanas antes. Ela nunca iria se esquecer do telefonema do pai. Sua mente voltou para aquele momento. – Tenho más notícias, filha. Antes de Robin e Marian voltarem para StoryBrooke hoje, ela saiu para uma cavalgada matinal.

Robin foi com ela. Marian galopava à frente dele quando o cavalo pisou em um buraco. Isso fez com que ela voasse para longe do animal. Ao atingir o chão, a princesa morreu com o impacto. Regina congelou. Marian estava morta? Era como um déjà vu, mandando Regina de volta para aquele momento terrível, quando ouvira que sua própria mãe tinha morrido. Pobre Robin. Ele vira toda a cena... Ela não poderia suportar isso. – Oh, papai... Robin perdeu a esposa... O bebê deles nunca vai conhecer a mãe!

Antes do previsto, ela foi levada para o hospital, onde foi atendida pelo Dr. DeLuca. – Minha querida Regina, que choque terrível deve ter sido para você. Estou feliz por seu pai tê-la trazido até aqui. Vou mantê-la internada durante a noite e possivelmente por mais tempo, para me assegurar de que você esteja bem. O príncipe já tem dores demais com que lidar. Saber que você está sendo cuidada será um grande conforto para ele. Dê-me licença enquanto eu providencio um quarto particular. Quando ele partiu, Regina se virou para o pai. – Robin deve estar desesperado.

Henry beijou-lhe a testa. – Sei que sim, mas no momento é com você que estou preocupado, filha. Sua pressão sanguínea está alta e pretendo ficar ao seu lado. – Não pode ficar comigo aqui, papai. Seu lugar é no palácio. O rei irá exigir sua presença. – Não esta noite. Meu assistente está no comando, e o Barão vai estar no palácio por causa do filho. Minha filha precisa de mim e eu preciso dela, então permita que isso seja o final da discussão.

As palavras do pai foram claras. No fundo, Regina ficou contente por ele ter permanecido com ela. Gina continuou assistindo ao funeral, na tevê. Era chocante ver o quão magro e sombrio os bonitos traços de Robin tinham ficado. A morte da esposa pareceu tê-lo envelhecido. O homem mais lindo que ela já conhecera formava, naquelas imagens, uma figura impressionante e ainda assim solitária em seu traje de luto. Mais uma vez sua alma estremeceu ao ver a expressão dolorosa dele enquanto Robin caminhava atrás do cortejo fúnebre em direção à catedral.

Ele guiou ao seu lado a montaria favorita de Marian do estábulo do palácio. A égua castanha estava coberta com rosas cor-de-rosa, que eram as preferidas de sua esposa. A cena era de partir o coração. Regina sentiu as lágrimas arderem em seus olhos mais uma vez. Atrás de Robin seguiam o rei, em seu uniforme de estado, e sua sogra, usando um traje preto. Eles iam na carruagem preta e dourada, com as irmãs de ambas as famílias. Quando a câmera se moveu dentro da catedral, Regina tornou a ouvir o arcebispo lendo as sagradas escrituras. Quando terminou e os sinos da catedral soaram, ela estava mais uma vez trêmula com emoções dolorosas.

– Para aqueles que acabaram de ligar a tevê, vocês estão assistindo ao cortejo fúnebre da sua alteza real, a princesa Marian, esposa do príncipe da coroa, Robin de Locksley, do principado de StoryBrooke. Mais cedo, nesta semana, ela morreu em um trágico acidente, ao galopar pelos jardins do palácio real da ilha de Arendelle. Houve uma pausa. – Na carruagem está sua majestade, Barão de Locksley, rei de StoryBrooke, sogro da princesa. A esposa dele, a rainha Elsa, faleceu há dois anos. Sentado próximo ao rei, sua filha,a princesa Anna e seu marido, o conde Kristoff , de Arendelle. Do lado oposto, sua majestade, a rainha Helena Gold, mãe da princesa Marian. O marido, o rei Hans Gold, faleceu recentemente.

Também acomodados à carruagem real estão sua alteza real, o príncipe da coroa Robin de Locksley, e o príncipe Will Scarlet, irmãos da princesa Marian. Regina enxugou os olhos úmidos. – Nesse dia de grande tristeza para ambas as casas reais, alguém especulou sobre o futuro do principado de StoryBrooke. O mundo esteve à espera para ouvir que sua alteza real esperava um filho depois de três abortos espontâneos, mas tragicamente o amor entre Marian e Robin terminou cedo demais.

A princesa Anna e seu marido, o conde Kristoff, deveriam ter uma descendência, então o filho deles seria o terceiro na linha sucessória para o... Regina desligou a tevê com o controle remoto e ergueu-se do sofá, incapaz de assistir a mais alguma coisa. Não devia ter permitido a si mesma viver aquele funeral uma segunda vez. A viagem de Robin pareceu ter-lhe feito algum bem. Era melhor deixar o passado trágico para trás e se concentrar no futuro.

Regina caminhou até o escritório para fazer algum trabalho em seu laptop. Seu jantar seria servido em breve. Exceto pela refeição ocasional com sua melhor amiga, Emma Swan, Regina normalmente comia enquanto trabalhava em um de seus resumos legais. Mas estava com pouco apetite nessa noite. Como devia ser difícil para Robin voltar para o palácio sem ter a esposa para recebê-lo... A solidão deveria ser intensa, e o coração de Regina doía por ele.


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