A Filha da Floresta escrita por Aka Padawan
Notas iniciais do capítulo
Bom pessoal, aqui está outro capitulo, espero que gostem :)
Tauriel acordou banhada pelos raios de sol, quando se espreguiçou suas costas estalaram e a mesma sentiu uma dor desconfortável. Levantou-se e retirou suas botas, seus pés estavam doendo e latejando, a mesma andou até a margem de um pequeno lago e assim que os molhou sentiu um grande alivio, agachou-se e lavou seu rosto. Após isso olhou seu reflexo na água cristalina e não gostou do que viu. Achou-se horrível. Levantou-se e calçou suas botas, pegou seu arco e então partiu para outro lugar, sem rumo. Tauriel pretendia viver como uma nômade, sem um lugar fixo. A mesma desejava sair por ai e olhar todos os céus e presenciar todos os espetáculos. Andava absorta observando a beleza da floresta, admirava o cantar dos pássaros e o cavalgar dos cavalos silvestres, ela admirava qualquer manifestação da natureza e assim concluiu que aquele era o seu verdadeiro lugar.
Ao sentir fome, Tauriel sobia em árvores frutíferas e as colhia, a mesma não gostava de matar os animais para o seu animento, pois para ela qualquer vida era preciosa. Sentou-se em um galho grosso e encostou sua cabeça no tronco. A cada mordida em sua maça aleatoriamente imagens de Kili passavam por mente. Não havia um dia que a elfa não se lembraria do seu falecido amado, algumas lágrimas escaparam de seus olhos, Tauriel limpou-as com a manda de sua blusa, jogou o resto na maça no chão e pulou da árvore. A elfa ouviu o relinxar e assustou-se, sumiu na arvora rapidamente e permaneceu em silêncio. Ouviu alguns passos amassando as floras secas, quando viu a imagem de seu rei seu coração acelerou-se.
— Eu sei que está em algum lugar Tauriel — a voz do rei ecoou pela floresta.
A elfa segurou firme no ganho que estava, porém o mesmo quebrou-se a derrubando no chão em frente ao rei. Tauriel sentiu-se patética e azarada, a mesma levantou-se rapidamente e tentou correr de seu rei, mas o mesmo fora mais rápido e segurou grosseiramente em seu braço.
— E eu achava que você teria mais criatividade para se esconder — sorriu ironicamente.
— Ontem o senhor disse para eu não permanecer em seu reino, eu já estava partindo — olhou para os olhos de Thranduil — A única coisa que me intriga é o porque me segue tanto? — perguntou.
Thranduil entortou sua boca e nada respondeu, apertou seus braços os machucando.
— Responda-me! — bradou — O senhor não é bom em ofender e rebaixar as pessoas? E não tem coragem de me responder uma simples pergunta?
A mão palma da mão de Thranduil atingiu o rosto da elfa que depois de alguns segundos desabou-se em choro. Thranduil não fizera de propósito, e sim por extinto. Tauriel jogou se de joelhos no chão colocando suas mãos em seu rosto.
— Porque não me deixa em paz? Porque não me esquece? — bradou — Você não se deu conta que eu quero esquecer a minha velha vida? A vida que me lembra das tantas conversar com o meu melhor amigo, meus passeios com o senhor, minhas fugas para cá, mas me lembra da dor de ver alguém que eu amei ser morto, a dor de lembrar-se de seu sorriso e de seu rosto, a dor de saber que eu poderia ter salvo vida dele, mas eu fracassei! — soluçava — Isso explica as minhas centenas tentativas de fuga durante esses anos.
Thranduil deixou sua máscara austera cair, então deixou se levar por seus sentimentos, ajoelhou-se na frente de Tauriel e a abraçou. Seus olhos já não suportavam a carga de água então Thranduil fechou os olhos deixando suas lágrimas caírem.
— O sentimento de perda é horrível minha criança — beijou sua testa — lembra-se do que eu te disse quando o anão morreu?
— Que o meu amor era real? — perguntou aos soluços.
— Exatamente — respondeu o rei — Você não sabe o quanto me custou dizer tais palavras.
Tauriel levantou seu rosto e perguntou:
— Porque diz isso?
Thranduil sorriu e respondeu:
— Minha afeição por você mudou criança. — o rei aproximou-se da elfa e depositou um beijo em seus lábios, o que era um sonho antes agora se tornou real como seus sentimentos pela elfa.
— Eu não entendo... — disse Tauriel, mas o rei colocou seu indicador sobre os lábios da elfa.
— Decida-se, você vem comigo ou você vai embora.
Só Thranduil sabia o quanto aquela pergunta o derrubou, o mesmo não queria que a amada se fosse, mas isso só dependia dela.
— Eu vou embora — sorriu sem vontade — eu preciso me encontrar.
Thranduil engoliu o choro e levantou-se voltando a sua pose majestosa.
— A escolha foi sua — disse — que Eru ilumine o seu caminho. Alwa [boa sorte]— disse rispidamente.
Tauriel curvou-se diante de Thranduil, o mesmo deu as costas para a mesma e subiu em seu cavalo, agora o mesmo ia embora de verdade e não cogitava procurar a elfa nunca mais.
Tauriel
Assim que o rei foi embora sentei-me no chão e debulhei-me em lágrimas, toda aquela confusão tomava meu peito.
— Porque chora Mellon? — rapidamente reconheço dono da voz, em um salto voltou-me para a mesma.
— Legolas? — bradei, o mesmo sorri e abra seus braços. Rapidamente corri para abraça-lo.
— Lúmë anta avánië [faz muito tempo] — disse Legolas afagando-se em meus cabelos. — Alassëa tyë-omentien [Eu estou feliz em te encontrar].
— Por onde anda? — perguntei.
— Logo você saberá — respondeu — E porque você estava chorando? — perguntou.
Olhei para o chão, não seria fácil explicar tudo para Legolas.
— Pra falar a verdade eu vi tudo — disse acariciando o meu rosto gentilmente — Mesmo não entendendo esse essa afeição de Thranduil por você. — disse afetado — Mas peço para que não se magoe.
Permaneci quieta, Legolas cessou a caricia e disse:
— Vá para Valfenda por enquanto, Elrond a receberá de braços abertos — sorriu — Você precisa respirar novos ares Tauriel, eu sei que não esquecerá Kili, mas você não pode se magoar tanto.
— Pretendo viajar por aí Legolas, como planejávamos quando crianças. — disse.
— Eu insisto que vá para Valfenda e fale com Elrond — suas expressões ficaram sérias — Eu te acompanho até lá.
— E o rei? — perguntei.
— Ele não saberá Tauriel — olhou em meus olhos.
— O que faz aqui Legolas? — perguntei mudando de assunto.
Legolas sentou-se em uma pedra e respondeu:
— Decidi vê-la, faz dez anos Tauriel, sei que é um piscar de olhos em nossas vidas, mas para mim foi uma eternidade.
Sorri a ouvir a resposta de Legolas, o mesmo levantou-se novamente e me estendeu sua mão perguntando:
— Pronta para a jornada?
Peguei em sua mão e respondi:
— Sempre.
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