A Filha da Floresta escrita por Aka Padawan


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, aqui está outro capitulo, espero que gostem :)



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Tauriel acordou banhada pelos raios de sol, quando se espreguiçou suas costas estalaram e a mesma sentiu uma dor desconfortável. Levantou-se e retirou suas botas, seus pés estavam doendo e latejando, a mesma andou até a margem de um pequeno lago e assim que os molhou sentiu um grande alivio, agachou-se e lavou seu rosto. Após isso olhou seu reflexo na água cristalina e não gostou do que viu. Achou-se horrível. Levantou-se e calçou suas botas, pegou seu arco e então partiu para outro lugar, sem rumo. Tauriel pretendia viver como uma nômade, sem um lugar fixo. A mesma desejava sair por ai e olhar todos os céus e presenciar todos os espetáculos. Andava absorta observando a beleza da floresta, admirava o cantar dos pássaros e o cavalgar dos cavalos silvestres, ela admirava qualquer manifestação da natureza e assim concluiu que aquele era o seu verdadeiro lugar.

Ao sentir fome, Tauriel sobia em árvores frutíferas e as colhia, a mesma não gostava de matar os animais para o seu animento, pois para ela qualquer vida era preciosa. Sentou-se em um galho grosso e encostou sua cabeça no tronco. A cada mordida em sua maça aleatoriamente imagens de Kili passavam por mente. Não havia um dia que a elfa não se lembraria do seu falecido amado, algumas lágrimas escaparam de seus olhos, Tauriel limpou-as com a manda de sua blusa, jogou o resto na maça no chão e pulou da árvore. A elfa ouviu o relinxar e assustou-se, sumiu na arvora rapidamente e permaneceu em silêncio. Ouviu alguns passos amassando as floras secas, quando viu a imagem de seu rei seu coração acelerou-se.

— Eu sei que está em algum lugar Tauriel — a voz do rei ecoou pela floresta.

A elfa segurou firme no ganho que estava, porém o mesmo quebrou-se a derrubando no chão em frente ao rei. Tauriel sentiu-se patética e azarada, a mesma levantou-se rapidamente e tentou correr de seu rei, mas o mesmo fora mais rápido e segurou grosseiramente em seu braço.

— E eu achava que você teria mais criatividade para se esconder — sorriu ironicamente.

— Ontem o senhor disse para eu não permanecer em seu reino, eu já estava partindo — olhou para os olhos de Thranduil — A única coisa que me intriga é o porque me segue tanto? — perguntou.

Thranduil entortou sua boca e nada respondeu, apertou seus braços os machucando.

— Responda-me! — bradou — O senhor não é bom em ofender e rebaixar as pessoas? E não tem coragem de me responder uma simples pergunta?

A mão palma da mão de Thranduil atingiu o rosto da elfa que depois de alguns segundos desabou-se em choro. Thranduil não fizera de propósito, e sim por extinto. Tauriel jogou se de joelhos no chão colocando suas mãos em seu rosto.

— Porque não me deixa em paz? Porque não me esquece? — bradou — Você não se deu conta que eu quero esquecer a minha velha vida? A vida que me lembra das tantas conversar com o meu melhor amigo, meus passeios com o senhor, minhas fugas para cá, mas me lembra da dor de ver alguém que eu amei ser morto, a dor de lembrar-se de seu sorriso e de seu rosto, a dor de saber que eu poderia ter salvo vida dele, mas eu fracassei! — soluçava — Isso explica as minhas centenas tentativas de fuga durante esses anos.

Thranduil deixou sua máscara austera cair, então deixou se levar por seus sentimentos, ajoelhou-se na frente de Tauriel e a abraçou. Seus olhos já não suportavam a carga de água então Thranduil fechou os olhos deixando suas lágrimas caírem.

— O sentimento de perda é horrível minha criança — beijou sua testa — lembra-se do que eu te disse quando o anão morreu?

— Que o meu amor era real? — perguntou aos soluços.

— Exatamente — respondeu o rei — Você não sabe o quanto me custou dizer tais palavras.

Tauriel levantou seu rosto e perguntou:

— Porque diz isso?

Thranduil sorriu e respondeu:

— Minha afeição por você mudou criança. — o rei aproximou-se da elfa e depositou um beijo em seus lábios, o que era um sonho antes agora se tornou real como seus sentimentos pela elfa.

— Eu não entendo... — disse Tauriel, mas o rei colocou seu indicador sobre os lábios da elfa.

— Decida-se, você vem comigo ou você vai embora.

Só Thranduil sabia o quanto aquela pergunta o derrubou, o mesmo não queria que a amada se fosse, mas isso só dependia dela.

— Eu vou embora — sorriu sem vontade — eu preciso me encontrar.

Thranduil engoliu o choro e levantou-se voltando a sua pose majestosa.

— A escolha foi sua — disse — que Eru ilumine o seu caminho. Alwa [boa sorte]— disse rispidamente.

Tauriel curvou-se diante de Thranduil, o mesmo deu as costas para a mesma e subiu em seu cavalo, agora o mesmo ia embora de verdade e não cogitava procurar a elfa nunca mais.

Tauriel

Assim que o rei foi embora sentei-me no chão e debulhei-me em lágrimas, toda aquela confusão tomava meu peito.

— Porque chora Mellon? — rapidamente reconheço dono da voz, em um salto voltou-me para a mesma.

— Legolas? — bradei, o mesmo sorri e abra seus braços. Rapidamente corri para abraça-lo.

Lúmë anta avánië [faz muito tempo] — disse Legolas afagando-se em meus cabelos. Alassëa tyë-omentien [Eu estou feliz em te encontrar].

— Por onde anda? — perguntei.

— Logo você saberá — respondeu — E porque você estava chorando? — perguntou.

Olhei para o chão, não seria fácil explicar tudo para Legolas.

— Pra falar a verdade eu vi tudo — disse acariciando o meu rosto gentilmente — Mesmo não entendendo esse essa afeição de Thranduil por você. — disse afetado — Mas peço para que não se magoe.

Permaneci quieta, Legolas cessou a caricia e disse:

— Vá para Valfenda por enquanto, Elrond a receberá de braços abertos — sorriu — Você precisa respirar novos ares Tauriel, eu sei que não esquecerá Kili, mas você não pode se magoar tanto.

— Pretendo viajar por aí Legolas, como planejávamos quando crianças. — disse.

— Eu insisto que vá para Valfenda e fale com Elrond — suas expressões ficaram sérias — Eu te acompanho até lá.

— E o rei? — perguntei.

— Ele não saberá Tauriel — olhou em meus olhos.

— O que faz aqui Legolas? — perguntei mudando de assunto.

Legolas sentou-se em uma pedra e respondeu:

— Decidi vê-la, faz dez anos Tauriel, sei que é um piscar de olhos em nossas vidas, mas para mim foi uma eternidade.

Sorri a ouvir a resposta de Legolas, o mesmo levantou-se novamente e me estendeu sua mão perguntando:

— Pronta para a jornada?

Peguei em sua mão e respondi:

— Sempre.


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