A Filha da Floresta escrita por Aka Padawan


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu fiquei decepcionada em ter apenar 11 visualizações :'( Se continuar assim não terei pique para postas os outros capítulos...
Mas obrigada a aqueles que estão lendo, e boa leitura.



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Alguém batia na porta do meu quarto desesperadamente, levantei-me frustrado, pois aquilo tudo havia sido um sonho. Apenas um sonho. Andei até a porta e abri, deparei com Findecáno desesperado.

— O que foi? — perguntei aborrecido.

— Tauriel fugiu novamente senhor! — Findecáno gaguejou.

Meu estomago embrulhou-se e minha cabeça ferveu de ódio daquela elfa petulante, mesmo mandando meus guardas a perseguirem ela ainda tem a coragem de fugir novamente?

— Corra até os outros guardas e peça para irem atrás de Tauriel! — bradei.

Findecáno curvou-se e correu apressadamente, entrei em meu quarto e segui para o closet rapidamente, vesti minhas típicas vestes prateadas, porém nem me dei o trabalho de colocar a coroa. Calcei minhas botas e a minha espada. Saí do quarto apressadamente e segui para a o lado norte do castelo, onde os portões se encontravam alguns de meus guardas se reuniam para procurar Tauriel, porém dispensei-os e ordenei que ficassem atentos na entrada do castelo, decidi então eu mesmo procurá-la. Montei em cavalo e então seguimos para o meio da floresta, enquanto passávamos ao meio do lamaçal apenas lamentava por sujar meu traje favorito. Enquanto meu cavalo Elladan cavalgava rapidamente, eu bradava o nome de Tauriel a fim de ouvi ao menos o passo da mesma. Então ouvi o barulho de um galho se quebrando. Elladan parou então desci e rapidamente segui o barulho, ele vinha de trás de algumas árvores grossas e gigantescas que ocupavam a visão, havia uma fenda entre as duas árvores. Abaixe-me e olhei através da fenda, então vi que minhas duvidas eram concretas, Tauriel estava sentada em cima de um toco aquecendo-se em uma fogueira. Levantei-me e procurei alguma outra passagem maior para chegar a Tauriel, encontrei um grande buraco que estava escondido por alguns arbustos, entrei cautelosamente. Aproximei-me de Tauriel, a mesma absorta alisava uma pedra com runas lapidadas, a mesma pedra que o anão a deu quando se declarou para a mesma.

— Eu avisei que se caso fugisse novamente você seria expulsa de meu reino — sussurrei em seu ouvido. A mesma saltou de susto, seus olhos arregalaram-se e eu podia ler o medo em seu semblante, admito que nada me divertia mais, sorri cinicamente e me aproximei.

— Como conseguiu me achar? — perguntou surpresa.

Ela achava mesmo que conseguia se esconder de mim, logo eu, que conheço essa floresta como conheço a palma da minha mão, e conheço muito mais seus instintos. Eu conhecia Tauriel quase por inteira, o único enigma que encabulava eram seus sentimentos, esse que eu daria mt coisa para poder desvenda-los.

— Você se acha esperta não acha? — bradei — Porém eu sou mais Tauriel, e eu te avisei o que aconteceria a você se fugisse novamente! — segurei em seus braços agressivamente.

A mesma tentou se soltar de mim, então me remeti aos sonhos que tivera na mesma noite, lembrei se seus doces beijos, que mesmo irreais eram satisfatórios. Mas naquela hora estava nervoso demais para sucumbir a qualquer desejo, a única coisa que sentia era vontade de acabar com Tauriel, pois mesmo sentindo uma forte afeição pela mesma, nutria um ódio devido a sua ousadia.

— Porque o senhor não me deixa em paz! — bradou — Porque simplesmente não me deixa seguir a minha felicidade, porque não deixa seguir o meu coração? — os olhos de Tauriel encheram de lágrimas.

Tais palavras nunca me afetaram tanto, ouvir dela que sua felicidade e seu coração não estavam em Mirkwood soou como uma traição a tantos anos que a protegi e que a amei. Nunca havia me decepcionado daquela maneira, afrouxei meus dedos e depois acabei toldando-a. Fechei os meus olhos para as lágrimas teimosas não deslizarem pelo meu rosto. Dei as costas para Tauriel e sentei-me no toco que a mesma estava sentada antes, coloquei minha mão sobre o meu rosto, nunca havia ficado tão frágil como naquele momento, meu desejo era que aquele sentimento que eu nutria por Tauriel sumisse, eu desejava odiá-la e praguejá-la, porém a cada pensamento eu desejava o contrário, queria a mesma em meus braços, queria amá-la como nunca. A elfa aproximou-se de mim e pousou sua mão em meus ombros.

— Não me toque! — gritei. Então a mesma rapidamente afastou-se de mim com pavor.

Levantei-me bruscamente e encarei Tauriel, peguei-a pelos pulsos e bradei:

— Porque não pode me amar como amou aquele anão?

A minha pergunta a pegou de surpresa, ela permaneceu parada, após alguns segundos raciocinando ela perguntou:

— Do que o senhor está falando? — Tauriel estava perplexa — O senhor é um nunca, nunca exigira amor de alguém como eu.

Minha vontade era de agarra-la e roubar-lhe um beijo, porém minha ira no momento era maior do que a minha paixão, então escarrei palavras que logo me arrependi:

— Você tem razão, não há nexo um rei como eu me apaixonar por você — voltei a minha postura imponente — uma elfa como você, no mínimo só tem algo a me oferecer. — sorri maliciosamente.

Tauriel bateu em meu rosto, só alguns minutos depois dei contra do que a mesma havia feito, como a amava a odiava na mesma intensidade e esse ódio nutria-se intensamente. Parti para cima dela, minha ira era tão grande que algumas de minhas cicatrizes apareceram, Tauriel espantou-se ao vê-las.

— O senhor está bem...? — perguntou preocupada.

— Se eu estou bem? É óbvio que não, após tanta ousadia vinda de você, depois de tanta traição e ingratidão eu só penso em uma coisa... — bradava, porém Tauriel tocou na minha cicatriz delicadamente, suas mãos pequeninas e macias acariciavam meu rosto, as cicatrizes ao pouco foram desaparecendo. Seu toque me fazia fechar os olhos e delirar, tão cheio de amor, tão cuidadoso, mas lamentava que esse amor não era o amor que eu desejava.

— Você não sabe o quanto eu te odeio — abri os olhos a encarando — por você ter tanto controle sobre mim. Tauriel cessou a caricia, soltei-a e disse me afastando.

— Faça a sua escolha, volte ao meu castelo agora, ou nunca mais apareça por lá nem pela aldeia. — dei as costas para ela e montei em Elladan. — Se quiser me seguir, então venha. — estendi minha mão para ela. Ela rejeitou minha proposta, disse que o lugar dela era nas florestas e viajando pela a Terra-Média sem rumo. Eu de certo ponto concordava com ela, eu mesmo a nomeei como A Filha da Floresta, e apenas na floresta ela seria feliz. Meu orgulho impediu-me de me despedir dela, então bati com o pé na traseira de Elladan e enquanto me afastava do lugar não conseguia olhar para trás. Enquanto cavalgava lembrava-me da primeira vez que trouxera Tauriel para a floresta, Legolas não fora junto pois treinava sozinho arco e flecha.

— Não corra Tauriel — ordenei. Ela não parava quieta, corria para todo canto, porém quando olhou para mim a lancei aquele olhar e ela parou.

— O que vamos fazer senhor? — perguntou curiosa.

Neguei-me a responder, levantei meu rosto e mantive minha pose imponente, Tauriel cruzou seus braços e bufou.

— Siga-me — andei a sua frente, mas ela sequer moveu um centímetro.

— Eu já falei para me seguir! — me voltei para a pequena — Você anda me desacatando demasiadamente Tauriel. Ela começou a me encarar, ela não tinha medo de olhar em meus olhos, era atrevida demais e até certo ponto eu gostava disso nela.

— Você não quer me dizer para onde vamos — continuou com os braços cruzados perguntei.

— Isso não vale — grunhiu.

Sorri vitorioso, as bochechas dela coraram e ela emburrou a cara.

— Nunca me enfrente Tauriel — disse friamente — eu sempre estou com a razão. Acha que consegue fazer isso criatura? — perguntei.

Ela solta um sorriso e responde:

— Mas é claro que não — pulou dos meus braços — Agora que conheço essa floresta obedecerei a ela.

— Porém eu continuo sendo o seu rei — me aproximei — e eu posso castigá-la.

A pequena encarou-me e disse:

— Eu não tenho medo de você.

Sua petulância não me irritou, apenas me fez sorrir como sempre, porém após a morte da minha esposa meu coração se fechou para qualquer tipo de sentimento.

Até agora.

Narradora

Thranduil chegou ao castelo, todos os seus guardas estavam em suas posições, Thranduil os dispensa e silenciosamente anda até seus aposentos, o mesmo mantinha sua pose imponente, porém por dentro sentia-se desolado, mas o mesmo era muito orgulhoso para admitir. Adentrou seu aposento gigantesco e majestoso, dirigiu-se para sua pequena adega particular e de lá tirou um ótimo vinho de uma safra magnífica. Voltou ao seu quarto e sentou-se em sua poltrona, apoiou seus pés em sua mesa e bebeu o vinho direto da garrafa, infringindo todas as leis de etiqueta.

Tauriel

Após a partida de Thranduil voltei a sentar no toco e a aquecer-me na fogueira. Perplexa parei para pensar em tudo o que ele havia me dito ‘’porque não me ama como amou aquele anão?’’

— Porque ele disse isso. — sussurrei, eu não o compreendo. Joguei mais madeira na fogueira, peguei a pedra que Kili havia me presenteado. — Faz tanto tempo que você se foi... — deixei algumas lágrimas caírem — Eu espero te encontrar um dia. Coloquei a pedra no bolso e me debrucei e assim adormeci.

Narradora

No dia seguinte todos no palácio evitavam em falar de Tauriel. O rei desceu para a sala de jantar e sentou-se em sua majestosa mesa. Enquanto tomava seu desjejum o elfo Elrus adentrou a sala e curvou-se diante de Thranduil.

— Ao seu dispor vossa majestade.

— Prepare meu cavalo — ordenou.

— O senhor sairá para alguma missão meu senhor? — perguntou.

Thranduil levantou-se e encarou o elfo.

— Isso não lhe diz respeito, apenas cumpra as ordens.

O rei estava pronto para novamente derrubar o seu orgulho e ir atrás de Tauriel.

Ir atrás de seu amor.


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