Jane adorava quando Maura era mandona, pensava que ela ultrapassava os limites do sexy. A loira era tão calma e delicada no trabalho, mas em casa parecia outra, sentia-se como se tivesse namorando duas pessoas.

– Jane cala a boca, eu tenho um quarto novo em folha e eu vou estrear ele agora com você. Entendeu?

– Sim senhora. – Foi o que ela conseguiu responder antes de tomar os lábios de sua amada para ela.

A mão de Maura foi de encontro a sua nuca a fim de estreitar mais a distância entre elas, Jane a abraçava pela cintura, sentiam urgência, sede, fome uma da outra. Elas ainda estavam apenas se beijando, mas Jane conseguia arrancar gemidos da Drª Isles o que a enlouquecia e fazia com que ela respondesse com mais ânsia ainda. O ar começava a faltar, mas o fogo era tão grande que elas nem se importavam.

Tateando pelas costas de Jane Maura abriu o zíper de seu vestido o deixou que ele escorregasse revelando a lingerie da outra. Ela observava aquela mulher a sua frente e mordia os lábios em desejo. Jane não conseguia entender mesmo com 01 mês de namoro e várias noites regadas a sexo ela sempre se sentia como se fosse à primeira vez, e o olhar de Maura a fazia corar toda vez, adorava aquela sensação, parecia que a adrenalina nunca iria embora.

Maura alisava o abdômen de Jane enquanto sua feição mudava de sexy para perversa, foi então que Jane resolveu tomar partido primeiro, sabia o que lhe esperaria depois. Voltou a beijar sua loira só que agora suas mãos estavam nas coxas de Maura ela ia subindo a mão devagar alisando aquela pele macia, ao mesmo tempo em que ia suspendendo o vestido, passou pela bunda, pela cintura fina da outra, seios, pescoço e pronto. Maura estava apenas de lingerie como ela. Foi a empurrando em direção à cama deitando-a delicadamente e ficando por cima do corpo da outra.

Jane atacava-lhe o pescoço sem nenhum pudor, e Maura respondia com gemidos e arranhões nas costas e também parecia não se importar com marcas no futuro. Maura prendeu Jane entre suas pernas, e voltou a beijar-lhe com volúpia a morena respondia o ímpeto da outra e involuntariamente as unhas da outra cravaram nas costas da morena com muita força.

– Ai... Devagar. – Foi o que Jane conseguiu falar entre os beijos. Maura nada respondeu apenas sorria com malicia.

Elas tiraram as ultimas peças uma da outra sem nunca quebrar o contato, elas tinham pressa de sentir pele na pele, o toque daqueles corpos nus faziam seus sexos encharcarem mais ainda. Era como um vício um estar com a outra, esqueciam-se da hora, do mundo, das obrigações, de tudo, a concentração era total no momento.

Já inebriada de desejo Jane foi em direção ao pescoço de Mau e desceu em direção à clavícula foi fazendo seu caminho ao chegar aos seios da outra, atacou sem pena, mordia, chupava beijava um enquanto apertava, alisava e beliscava o outro. Ouvir os gemidos de dor e prazer de Mau a deixava sem controle dos seus atos, apenas sentia e fazia. Foi descendo beijando, lambem e mordendo o abdômen da outra, parou no ventre e beijou carinhosamente. Olhou pra Maura mais uma vez e viu o quão cheio de desejo a outra estava. Sua respiração estava acelerada, seu peito subia e descia descompassado. – Jane, por favor. – Foi o que ela ouviu da outra, amava quando ela implorava por ela. Resolveu parar de torturar e fazer o que queria desde que a viu naquele vestido na festa.

Enfiou o dedo devagar dentro da outra e a observou arquear as costas de desejo. Então atacou com a boca o clitóris chupando e lambendo enquanto a estimulava com o dedo. Maura rebolava o quadril em busca de mais contato. Jane retirou o dedo e cravou as mãos na cintura da outra que a olhou incrédula.

– Eu comando – Jane falou olhando-a maliciosamente. E voltou a atacar-lhe os lábios com a língua. Era involuntário, Maura gemia e tentava mexer o corpo, mas Jane a travava e impedia o movimento, queria torturar um pouquinho.

– Jane, Jane... Por favor; - Implorava enquanto puxava o travesseiro e colocava na boca a fim de amenizar seus gritos de agonia e prazer. Enquanto a língua de Jane invadia seu sexo sua mão livre foi subindo em direção aos seios e então até a boca de Maura, e a loira respondia chupando lhe os dedos entre os gemidos, quando estes já estavam encharcados Jane desceu a mão novamente e invadiu a outra com três dedos de uma só vez. Maura gritou de dor e prazer, Jane a estocava com força, não parou o movimento enquanto sua boca foi de encontro aos seios de Mau e por fim novamente até sua boca, elas se beijavam e gemiam juntas enquanto Jane a invadia com desejo. Foi sentindo as paredes do canal de sua amada se estreitarem-ela sabia que ela estava chegando lá, não demorou muito e Mau explodiu em um orgasmo violento. Sentia-se sem ar, estava toda vermelha, mas não teria tempo de descansar. Jane a beijou novamente.

*****

Uma semana depois Emma estava sentada em seu apartamento pesquisando destinos para uma viagem, ela precisava daquilo, precisava se isolar.

Sem perceber se pegou pesquisando “Regina Mills e Scott Werner” no google, ao clicar em imagens viu a mesma foto que tinha em um porta retrato no escritório da morena, lágrimas caíram dos seus olhos, ficou parada observando a foto enquanto sua mente viajava de volta ao aniversário de Regina.

Flashback on

Ao ouvir Ruby falar que Regina era novamente solteira num impulso Emma foi atrás de Regina na festa, a observou dançar com outras pessoas, a morena estava linda e animada. Dançavam ao som de Pussycat Dolls. Regina a avistou e começou a dançar de forma sensual enquanto olhava para Emma com um sorriso maldoso, ela cantava enquanto olhava para Emma, Estava se oferecendo ao som da musica.

I know you want it (I know you want it)

It's easy to see (it's easy to see)

And in the back of your mind

I know you should be with me

Regina cantava e dançava enquanto chamava Emma com os dedos, como um cachorrinho a outra atendeu o chamado e foi em direção a ela colando seus corpos enquanto dançavam sensualmente. Regina continuou a provocar com a musica que tinha caído como uma luva para ela.

Don't cha wish your girlfriend was hot like me?

Don't cha wish your girlfriend was a freak like me?

Don't cha?

Don't cha?

Emma tentava se controlar, mas era uma missão impossível com aquela morena rebolando na frente dela e a olhando com malícia. Não dava, ela tinha que botar pra fora:

– Regina por tudo que é mais sagrado, você está tão gostosa que nem consigo controlar minha vontade de te agarrar aqui e agora.

– Então não controle. – Regina respondeu sorrindo de forma perversa.

Emma sorriu de volta e quando ia atacar Regina a parou.

– Espera... Vem comigo. – Falou puxando a loira pela mão.

Emma se viu novamente no escritório de Regina. Lá o som era bem baixo. Regina encostou a porta, Emma ficou um pouquinho decepcionada esperava finalmente conhecer o quarto da outra, resolveu ser sincera:

– Escritório? Achei que a gente ia pro seu quarto...

– Calma meu amor, teremos a noite toda pra aproveitar meu quarto. Ou acha que vou deixar você ir embora essa noite?... Nem pense nisso, Emma você é minha... Agora vem aqui, senti tanto sua falta, sua birrenta – Regina respondeu aproximando da outra.

– Então vou poder me aproveitar de você na sua cama? – Perguntou provocando.

– Claro... Mas a primeira rodada eu quero aqui, na minha mesa – Falou jogando tudo que tinha na mesa no chão.

Emma não pode deixar de ficar feliz ao notar que a outra não tinha cuidado nenhum com o porta retrato, concluiu que era apenas uma foto como qualquer outra, e que Ruby estava certa, Scott não era especial.

– O que está esperando, Swan? Eu já estou pronta.

Emma percebeu que Regina já estava sentada em cima da mesa.

– Porque na hora do sexo só me chama de Swan?- Perguntou se aproximando da morena.

– Porque eu sei que você fica nervosa... E o resultado é... Bom é bem gostoso!

Emma ficou satisfeita com a resposta e atacou sua morena, nunca foi sua intenção ser selvagem com Regina, mas era tanto desejo reprimido que não podia evitar, e ficou muito feliz ao saber que a morena gostava daquela abordagem. A beijava com vontade enquanto apertava suas coxas. Sentia seu corpo ferver de desejo, se fosse uma viciada em drogas com certeza Regina seria sua cocaína, o cheiro, a pele, o beijo, o toque daquela mulher, tudo a deixava viciada, queria ela pra sempre, toda vez que se beijavam parecia que sua vida dependesse daquilo.

Sua mão ia de encontro ao sexo da outra quando ouviu alguém abrindo a porta, se afastaram rapidamente, achou que era algum bêbado caçando o banheiro, Regina se espantou ao ver quem era. Emma cerrou os dentes... Era ele, o cara da foto.

– Encontrei você. – Scott falou entrando na sala e fechando a porta nas suas costas.

Ao aproximar-se das outras continuou:

– E você deve ser o brinquedinho novo da minha mulher. – Falou apontando pra Emma, Regina nada falava só ficava de olhos arregalados.

– O que você está fazendo aqui? - Regina conseguiu falar finalmente, estava indignada.

– É... Sai daqui, Regina não é nada sua não é mais sua noiva.

– É verdade. Não é mais minha noiva porque é minha esposa. – Falou sorrindo.

Emma olhou pra ele incrédula, depois olhou pra Regina esperando alguma resposta, que a morena desse um tapa na cara do homem, qualquer coisa, mas nada, a outra não fazia nada.

– Não vai dizer nada? – Perguntou pra morena.

– Dizer o que, é verdade. – Scott respondeu.

– Regina, isso é verdade?

– É verdade, você é só um passatempo, loirinha. – O outro continuava a responder por Regina.

Emma cerrou os punhos. Respirou fundo e continuou olhando pra morena esperando uma resposta, gritou ao ficar impaciente:

– REGINA.

Regina pareceu acordar, tentou pegar nas mãos de Emma, mas essa se afastou.

– Emma, por favor, eu posso explicar...

– Não precisa... Já esta explicado, era por isso que você queria esconder a gente. – Falou apontando para o homem que apenas sorria com a cena.

– Emma, vamos conversar... Eu... – Regina tentava falar com lágrimas nos olhos. Tentou pegar novamente nas mãos de Emma.

– Não... Acabou. – Falou se desvencilhando e saindo da sala.

Pode ouvir Regina gritar seu nome mais uma vez, mas não olhou pra trás. Viu a morena saindo pela porta atrás dela enquanto arrancava com seu carro.

Flashback off

Acordou dos seus pensamentos com seu telefone tocando, era Regina... Desde o acontecido a morena a ligava o dia inteiro tentando falar com ela, foi em seu apartamento algumas vezes, mas sem sucesso Emma a evitava a todo custo, Jane e Maura sempre ligavam também, mas ela evitava todas as mulheres, até mesmo Belle que morava ali, pediu Belle pra não trazer Ruby também, a outra respeitou o pedido.

Recostou-se no sofá e colocou as mãos no rosto, estava furiosa. Não sabia se sentia mais raiva de Regina por ser uma mentirosa, das outras mulheres que acobertavam, ou dela mesmo porque sentia no fundo que estava se enganando e mesmo assim resolveu seguir em frente.

– Eu sou muito burra mesmo. – Falou pra si mesmo.