– Fraca – Clint riu virando a garrafa diretamente na boca.

– Não me desafie Barton – Tomei a garrafa dele e fiz o mesmo. Pus a garrafa no balcão e olhei maliciosamente para ele enquanto limpava a bebida que escorria pelo meu queixo. Nesse exato momento eu deveria ter parado de beber e ido para meu quarto, já estava bêbada de mais e começando a pensar merda. Não queria Tony quebrando mais ninguém hoje então me afastei um pouco de Clint indo em direção a pista de dança mas arrastando o arqueiro comigo.

Pov. Clementine.

Arrastei Clint para a pista e comecei a me mover loucamente olhei para ele esperando uma reação tipo “você é maluca garota?” ou “que diabos pensa que esta fazendo, sou um espião, não faço esse tipo de coisa” mas fui surpreendida por Barton dançando também, e pelos deuses, como ele dançava. Reparei nele pela primeira vez, ele provavelmente era bem mais velho que eu, tinha marcas de expressão pela face e algumas cicatrizes também. Seus olhos azuis acinzentados pequenos, a forma como ele sorria. Algo nele me lembrava o meu fanatismo pelo Antonio Banderas quando era mais nova, talvez a tara por homens mais velhos que tive durante um tempo da vida. Ele se movia no ritmo frenético e me olhava de forma maliciosa. Céus, eu o agarraria sem pensar mas: A – Eu não queria Tony assassinando um espião; e B – Já seria estranho o suficiente viver sob o mesmo teto que Steve por causa do beijo, não precisava disso com Clint também. Avistei Nat, Bruce, Loki e Thor conversando animadamente. Oh, wait. Até Loki conversava animado. Bebado, certeza. Guiei o arqueiro comigo para onde eles estavam.

– Gavião finalmente – Nat ralhou com ele rindo.

– Alguns de nós ainda trabalham viúva. – Ele piscou para ela e cumprimentou os outros.

– Não vi mais o Rogers – Comentou a ruiva.

– Aconteceram algumas... Coisas – Lancei um olhar para Loki.

– Que tipo de coisas Lady Clementine? – Perguntou Thor preocupado.

– Ele irritou o Stark – Loki bufou rindo.

– Como assim? – Bruce se manifestou intrigado.

– Ah, longa historia, conto amanha – Sorri para eles – Mas em resumo, Steve ficou indisposto para continuar com a festa.

– Ainda tenho esperanças de que ele se adapte e vire um cara do séc 21 – Nat revirou os olhos.

– O Rogers? – Clint bufou – Duvido muito. – Disse ríspido. Acho que há um atrito entre o arqueiro e o capitão que eu ainda não tinha percebido.

– Vou buscar uma bebida – Declarei indo na direção do bar.

Pov Seth.

Estava a alguns minutos a procura de Petter e Collin, que já deviam estar bêbados a essa hora. Clem estava aparentemente bem. Era amiga do Deus da Trapaça e pelas emoções que pude sentir dele ela estava em segurança na sua presença. E além do mais esse não era o primeiro amigo assassino que a bruxinha arranjava.

“Como ela esta?” – Uma voz soou em minha mente.

“Aparentemente bem – respondi mentalmente – Mas tem alguma coisa provocando lembranças nela, só que não consegui concluir o que, as emoções dela estão um caos”

“Cuide dela Seth, mais do que nunca ela vai precisar de você por perto” – Estava carregado de preocupação, mais do que o normal.

“Mais do que nunca?”

“Jannet vai procurá-la em alguns dias e creio que ela tenha percebido uma visita rápida hoje” - Ele destacou a palavra e eu sabia o que isso significava. Trinquei os dentes perante isso.

“Ele não pode expo-lá assim, faz idéia do quanto seria prejudicial a ela?”

“Sei muito bem disso Seth, mas sabe que não da para controlá-lo” Da sim, eu faria isso, nada que um pouco de tortura não resolva. “Não deixe que o ciúme o cegue” Ele disse percebendo os rumos tomados por meus pensamentos. Sabia muito bem que eu era apaixonado por Clem e não suportava a idéia de ter aquela pessoa perto dela. De novo.

“Vou cuidar dela”

“Sei que sim, foi por isso que só você permaneceu” E após isso não senti mais sua presença em minha mente. E então avistei Coll e Pett.

Pov. Clementine.

– Clemiiiii! – Escutei uma voz feminina histérica nas minhas costas e quando me voltei para olhar quem era já estava sendo abraçada/esmagada por três pessoas - Sua filha da puta como ousa – Gritou Collin com raiva quando me soltaram.

– Eu não acredito que estão aqui – Gritei super animada para eles. Collin, Petter e Seth eram meus melhores amigos da vida e sem duvida estavam muito chateados com meu sumiço recente.

– Acho que devíamos torturá-la como castigo – Seth deu um sorriso maníaco

– Sai daqui psicopata americano – Petter o empurrou de leve – Olha para nós, todo mundo aqui, juntinhos – Ele nos juntou num abraço quádruplo.

– Isso ai quarteto do terror reunido again! – Collin deu pulinhos.

– Céus como estava com saudades de vocês – Disse sincera. Eu e Seth éramos amigos desde o primário, Collin era prima dele e conseqüentemente minha amiga, quando começou a namorar Petter a três anos, formamos o “quarteto do terror”, que foi como minha mãe começou a nos chamar por aprontarmos juntos.

– Então... Homem de ferro? – Petter arqueou uma sobrancelha.

– Loucura né? – Ri.

– Vai ter que nos contar tudo – Exigiu Coll.

– Sem duvida alguma, mas isso pode rolar outra hora, já que temos umas semana em NY – Disse Seth – Agora temos outras prioridades.

Ele caminhou até o bar, pegou uma garrafa de tequila, quatro copos e os encheu. Nos olhamos sugestivamente e pegamos os copos. Aquilo era um ritual de inicio de noitada épica.

– Arriba, abajo, al centro y adentro – Dissemos em coro fazendo as menções com o copo e os virando em seguida. Peguei a cabeça de Seth e comecei a chacoalhar e ele fez o mesmo com a minha, assim como Coll e Pett. Isso era o indicativo de uma noite de bebedeira.

– So... – Collin nos olhou maliciosamente e levantou a garrafa de tequila – Party on!

E então a seguir tudo o que eu via eram uns Flashes embaçados.

Collin virando a garrafa inteira.

Petter tentando impedi-la.

Seth secando um litro de Jack.

Um momento tocando Tik Tok.

Dançamos histericamente.

Tudo girava.

– Eu to muito bêbada – Coll gritou enquanto eu e ela pulávamos freneticamente.

– E eu não estou? – Perguntei o obvio. Sabia que a ressaca amanha seria sensacionalmente horrível.

Petter caiu num desnível da pista.

Quase fiz xixi de tanto rir dele.

Seth secou outro litro de Jack e parecia muito sóbrio. Ele sempre bebeu feito um louco e eu nunca o vi bêbado. O guri era forte.

Movi minha cabeça rápido de mais e então senti todo o mundo girar.

– Ai – Levei a mão a cabeça e senti as mãos de Seth na minha cintura.

– Acho que já chega – Ele me olhou protetor.

– Qual é psicopata – Eu disse e ele riu. Talvez minha frase não tenha saído exatamente assim. – Eu estou bem. Olha. – Me afastei dele e tentei andar em linha reta. Péssima idéia. Senti minhas pernas torcerem e esperei meus joelhos se chocarem contra o chão, mas não aconteceu. Fui suspensa no ar por braços musculosos, musculosos de mais para ser Seth e quando levantei o olhar encontrei os olhos azuis acinzentados de Clint.

– Já chega de festa por hoje – Ele me olhava preocupado e... Irritado?

– Eu to bem passarinho, relaxa. – Ri me aconchegando em seu peito. Quando dei por mim estávamos na sacada da sala de estar da mansão. Clint me sentou no chão e esticou uma garrafa com água. Sequei-a em segundos.

– Você tem olhos lindos Barton – Ri maliciosa para ele – 6 olhos lindos.

Então senti meu estomago na garganta. E depois a escuridão.