Travessuras do Destino escrita por Mystical Girl


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oláa pessoas! Mais um cap novinho para vocês! Espero que gostem... mas to ansiosa é para o próximo, muahahahaha! Boa leitura! :*



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— Você... é... – Naoki tentava dizer, entre intervalos enquanto se esforçava para recuperar o fôlego assim que paramos em frente à escola. – Completamente louca!

— Ah, por favor... não exagere – retruquei, enquanto eu mesma lutava para respirar. Minha perna doída estava incomodando muito mais agora com a dor inconveniente, e meus machucados estavam ardendo de verdade. Meu estômago clamava por uma migalha de comida, e meu corpo tremia consideravelmente. É, eu não estava nada bem.

— Não exagerar?! – ele riu, debochado, ainda sem fôlego. – Olha só o que você nos fez passar!

Eu já estava pronta para responder e cortar mais um de seus dramas quando senti todas as minhas forças se esvaírem. Caí sentada no chão enquanto minha visão embaçava e minha cabeça girava.

"Vamos, Emi, levante-se! Você precisa ir para sua aula, que já aliás já começou! Você não pode demonstrar fraqueza, não na frente de Naoki! Levante-se!"

Eu travava uma luta interna com meu cérebro, tentando convencê-lo a me obedecer, mas foi totalmente em vão.

— Você só pode estar de brincadeira comigo – ouvi sua voz grave, agora mais perto de mim.

— Eu não... preciso... da sua... ajuda – e depois de conseguir soltar essa frase com muita dificuldade, pus minhas duas mãos no chão e levantei em um impulso só.

Bom, eu não deveria ter feito isso, já que mal levantei e já estava caindo novamente... não fosse pelas duas mãos de Shinohara segurando minha cintura e impedido que isso acontecesse.

— Não precisa, é? – sussurrou em meu ouvido, e seu tom de voz indicava que ele estava sorrindo. Não tive muitas forças para respondê-lo ou até mesmo lembrar-me de xingá-lo, pois ele já estava me encaminhando para a enfermaria e eu já estava vendo estrelinhas rondando minha cabeça.

***

Algum tempinho depois eu me encontrava sentada em uma das macas da enfermaria, enquanto comia um delicioso sanduíche e tomava um suco de morango que Misuki-san – a simpática enfermeira da escola – mandou preparar para mim. Meus machucados já estavam enfaixados e minha perna dolorida estava coberta por uma pomada, ou coisa do tipo, para que a dor aliviasse. Eu havia ficado consciente o tempo inteiro, o que me fez ponderar bastante o por quê de Naoki ter feito aquilo. Quer dizer... talvez ele não fosse um sociopata deserdado de sentimentos por completo, pois ele havia de fato me ajudado. Acho que ele teria feito aquilo com qualquer um, na verdade, e essa desculpa foi suficiente para que eu parasse de pensar no assunto.

Consegui ainda assistir às últimas três aulas, e minha aparência realmente chamou atenção.

— Ei, Emi-chan! Você deveria cuidar mais de sua aparência, afinal, como pretende conquistar Shinohara-san desse jeito? – provocou Naomi-san, uma garota muito abusada da Classe A, apenas mais uma bajuladora de Naoki.

— Quantas vezes eu precisarei dizer que EU NÃO GOSTO DAQUELE IDIOTA??? – explodi, sem pensar. Não aguentava mais ouvir todas aquelas provocações e manter a calma, principalmente quando todas elas eram mentira.

— A única idiota aqui é você – Naoki surgiu de trás dela, ficando frente a frente comigo. Estávamos no intervalo do almoço, e esse simples gesto do cretino reuniu uma considerável quantidade de alunos ao nosso redor novamente. – Além de ingrata.

— Não ouse... – tentei dizer, mas fui interrompida por sua voz cortante.

— Ou você já esqueceu quem te encontrou na entrada do colégio e te levou para a enfermaria? – sua tentativa de me intimidar estava funcionando.

— Oh! – uma exclamação saiu da boca de Naomi-san, e ela se aproximou de mim também. – Como você é capaz de tratá-lo assim depois do que ele lhe fez? Sua insensível! – seu rosto se contorcia em uma expressão chamada "estou fingindo estar totalmente surpresa por você quando na verdade estou apenas fazendo meu teatrinho para fazer a escola te odiar e Shinohara-san me notar".

As pessoas ao redor começaram uma onda de cochichos enquanto Naoki me encarava – claramente satisfeito com o que havia feito – e enquanto eu mesma queimava de vergonha. De fato, seu plano de transformar minha vida em um verdadeiro inferno estava indo muito bem.

— Ei! Shinohara! O que pensa que está fazendo com Emi? – Ren surgiu no meio da multidão, enquanto chegava perto de mim e abraçava meus ombros. Vi que Yumi o acompanhava, ficando parada perto de mim também, o que me fez notar que ao fazer isso ela ainda não havia superado Naoki, pois sequer conseguia encará-lo. – Deixe-a em paz, ouviu?

— Ah... quer dizer então que nossa defensora não consegue mais defender-se sozinha... – seus lábios se contorceram em um sorriso debochado. – Não me surpreende, já que nem para isso ela serve.

— Seu...! – Ren soltou meus braços e partiu para cima de Naoki, que apenas deu um largo passo para o lado, fazendo com que Ren se estabanasse em alguns alunos que assistiam ao "espetáculo".

— Mas o que diabos está acontecendo aqui? – o diretor Nakaso aparaceu, furioso.

— Pergunte para esses dois – Naoki respondeu, apontando para Ren e para mim. E com mais um sorriso de lado que apenas eu poderia ver, deixou o refeitório.

***

Após uma longa e cansativa conversa com o diretor, conseguimos finalmente esclarecer os fatos e, vendo as circunstâncias que eu me encontrava tanto física como psicologicamente, o diretor me liberou para que eu fosse para casa, dizendo que eu precisava descansar e manter minha cabeça em ordem.

Ren me acompanhou até a saída assim que deixamos a sala do diretor.

— Obrigada por me defender – eu disse, enquanto colocava minha mochila nas costas. – E por se meter em encrenca também por mim – dessa vez eu ri um pouco, e ele fez o mesmo.

— Não há nada que eu não faria por você... – falou, enquanto tirava uma mecha de cabelo que havia se desprendido da minha trança caída no meu rosto.

E eu não sabia como reagir àquela declaração; quer dizer, agora estávamos ambos ali, sozinhos do lado de fora da escola em um silêncio absurdamente constrangedor, e o que tornava toda a situação pior é que eu não me imaginava dizendo o mesmo para ele...

— É... é melhor eu ir – disse, por fim, enquanto apenas tirava sua mão de meu rosto e dava um sorriso amigável. – Até amanhã.

Não vou negar que fiquei de coração apertado por apenas conseguir dizer aquilo para ele; mas era algo inevitável. E por agora, a única coisa que eu conseguia pensar era um jeito eficiente de me vingar de Naoki... não podia me deixar enganar por seus gestos "de caridade", pois no fundo, eu sabia quem ele realmente era.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Meio tenso esse né... mas tô com grandes planos pro próximo! uhuuu haha, comentem! bjss



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