Travessuras do Destino escrita por Mystical Girl


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oláa muchachos! Tô postando logo pq sim, ngm me segura u-u Espero que gostem e boa leitura!



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Acordei com os raios solares atravessando minha cortina e refletindo direto no meu rosto; demorei alguns minutos para me acostumar com o ambiente o qual eu acabara de acordar... Era tudo tão estranho; morar em uma casa desconhecida com uma família desconhecida – mas que já provaram serem pessoas adoráveis –, mas principalmente morar com o garoto o qual mais tira a minha paz. Não sabia o por quê de Deus estar fazendo aquilo comigo, chegava até a ser engraçado a ironia de toda a situação.

Mas então olhei para o relógio na cabeceira e vi que definitivamente eu precisava levantar.

***

A temperatura da água estava no ponto certo; nem muito gelada nem muito quente. Deixei que ela caísse sobre todo o meu corpo e sobre minha cabeça, e por um minuto tentei relaxar e esquecer um pouco de tudo aquilo; mas foi completamente em vão. Por fim desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha que Hana-san havia me dado. Abri a porta do banheiro e...

— Oh, santo Deus! – Naoki exclamou, enquanto meu corpo só de TOALHA paralisava por geral. – Começar o dia com uma visão dessas... – percebi que ele estava prestes a entrar no banheiro no mesmo instante em que eu havia abrido a porta. Por que essas infelizes coincidências insistem em acontecer?!

Meu rosto deveria estar totalmente vermelho; tenho certeza disto. Eu gostaria de poder lhe dar uma resposta daquelas, mas nada me vinha à cabeça, apenas o fato de que ele continuava me encarando naquelas circunstâncias!

— Naoki, você sabe se Emi já... – Hana-san surgiu na escada e parou de falar quando viu a cena que se seguia. – acordou – completou, e por algum motivo pensei ter visto seus olhos brilhando. – Crianças, o que estão fazendo? – ela perguntou, e dessa vez seus lábios se abriram em um sorrisinho.

— N-n-na-da! – exclamei, finalmente saindo do transe. – Foi apenas um incidente! – falei, esbaforida, enquanto caminhava para fora do banheiro e passava raspando em Naoki, que tinha apenas um sorriso debochado no rosto.

— Hum... se você diz... – Hana-san continuou com aquele sorrisinho no rosto, enquanto descia novamente. – Espero vocês lá em baixo para o café! – cantarolou, desaparecendo na escada.

Eu já estava prestes a adentrar o meu quarto – que no caso ficava em frente ao banheiro – quando a voz de Naoki soou novamente, e podia-se perceber que estava achando graça disso tudo:

— Que tentativa horrível de me seduzir... – ele desta vez chegou mais perto de mim; estava vestido com o uniforme da escola, e pude notar seu cabelo parcialmente despenteado; o cheiro de seu perfume amadeirado pairava no ar. – Da próxima vez, melhore seus métodos.

— Ah, claro! Minha meta de vida te conquistar! Garoto cínico! – gritei, entrando no quarto de uma vez. Mas realmente, que jeito de começar o dia!

***

— Bom dia filha! – exclamou meu pai, enquanto eu lhe dava um beijo no rosto. – Dormiu bem?

— Maravilhosamente bem – respondi, com um pequeno sorriso, enquanto me sentava a seu lado e encarava a farta mesa do café.

— Se alimente bem, Emi! – Hana-san disse, com seu costumeiro sorriso ensolarado; eu ainda estava um pouco envergonhada por ela ter me visto naquela situação, mas de certa forma ela havia me tirado da mesma, então... – Hoje você terá de ir para a escola com Naoki, já que você não sabe o caminho.

— Ah... – soltei, sem vontade. Não queria encará-lo depois daquilo, que droga! – Bom saber.

Então assim que mordi o primeiro pedaço da minha torrada com geleia, pude ouvir a voz de Shinohara Naoki novamente.

— Já vou indo – ele avisou, enquanto passava direto pela cozinha e ia em direção á porta.

— Emi, se apresse! – Hana-san me entregou um pequeno depósito. – Seu almoço, querida.

— Obrigada! – respondi, enquanto levantava e pegava minha mochila, acompanhando Naoki.

Guardei meu almoço e aproveitei para tirar de lá a minha leitura atual; não ficaria esse tempo inteiro ao lado de Naoki sem fazer nada e tolerando ( ou não, como sempre ) suas provocações.

Eu caminhava um pouco atrás dele; de fato não queria ficar a seu lado, e assim eu poderia ler calmamente.

— O que você está fazendo aí? – sua voz perguntou, mesmo a frente.

— Lendo, não está vendo? – perguntei, sem tirar os olhos do livro.

Ouvi sua risada debochada mais uma vez.

— Se eu fosse você, prestava atenção por onde andava.

Antes que eu pudesse ignorar esse seu pequeno "conselho", senti meu meu pé afundar em algo que percebi ser um buraco, o qual eu não pude soltar a tempo, e como resultado me debrucei com tudo no chão.

— Ai! Droga – resmunguei, enquanto tentava levantar. Logo de cara notei meu joelho ralado, assim como meu cotovelo e meu braço direito. Minha perna estava doída e meu uniforme, sujo. Ótimo, maravilhoso mesmo.

Ouvi a gargalhada de Naoki de longe... droga! O quão longe ele já estava! Eu precisava chegar até ele. Finalmente arranjei forças para levantar – contanto com o fato de que eu ainda não havia tomado café – e corri o mais rápido que pude para alcançá-lo.

À essa hora já havíamos chegado na avenida principal, e precisávamos descer a escada no outro lado da pista para chegar ao metrô. A pista estava um verdadeiro caos e por um minuto, pedi Shinohara de vista. E foi na mesma hora que percebi que meu livro não estava mais comigo. Será que ele ainda estava na rua em que eu havia caído? Olhei para o relógio, e ainda restavam dez minutos até o metrô chegar, e como eu já sabia o caminho a percorrer para chegar até ele, resolvi arriscar e voltar na rua – que não estava muito longe – para pegar meu livro de volta.

Cheguei à rua ofegante e já me sentindo cansada, com os machucados ardendo e me provocando um leve desconforto. Respirei fundo e comecei a pequena busca pelo meu livro, até que o achei debaixo de pequenos arbustos próximos ao buraco. Sorri satisfeita por o ter achado, e logo quando estava prestes à voltar...

— Ah, aqui está você! – um Naoki furioso surgiu à minha frente, enquanto pegava meu braço não machucado bruscamente me arrastava para voltarmos ao caminho. – Francamente, garota, você é retardada ou o que? Se atrasarmos mais um minuto vamos perder o metrô!

— Mas o que... – comecei, processando o que estava acontecendo. Ele realmente havia voltado por mim? Mas que diabos? E como sabia onde eu estava?

— Eu te deixo para trás pensando que estar a me seguir, mas quando te procuro te vejo voltando – ele disse, claramente impaciente. – Sabe quanto tempo você nos fez perder por causa de um livro idiota?

— Ei! – gritei, enquanto me soltava. – Que fique bem claro que você voltou porque QUIS! Assim como eu voltei porque também quis. Se eu perderia ou não o metrô, o problema era meu! – falei, rapidamente. – E por que voltou, afinal?

— Primeiro porque você não sabe a droga do caminho, e segundo porque minha mãe vai me encher de perguntas quando eu chegar em casa, e se eu dissesse que te deixei para trás, ela não hesitaria em cortar o meu pescoço – respondeu, enquanto caminhava em passos rápidos. Eu penava para conseguir acompanhá-lo.

Mas então nós percebemos um pequeno detalhe assim que adentramos a estação: o metrô acabara de partir.

Ficamos então nós dois lá, parados atônitos observando o metrô ir embora enquanto nós éramos deixados para trás.

— Feliz agora, senhora "Tenho Tudo Sob Controle"? – Naoki só faltava soltar fumaça pelas narinas.

— Ainda temos uma saída, garoto – eu resmunguei, me dirigindo até a avenida novamente e respirando fundo. – Ainda faltam 20 minutos para as aulas começarem.

— E qual a sua ideia genial?

— Vamos do modo tradicional! – eu falei, involuntariamente o pegando pela mão e começando a correr loucamente, e logo o joguei para a frente para que ele guiasse o caminho.


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Notas finais do capítulo

E então? O Naoki pode querer fazer da vida da Emi um inferno, mas isso não quer dizer que ela não vá dá o troco! hahaha, bjss e até o próximo!