The New Avengers: Force of Tomorrow - INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 13
Capítulo extra - parte 1/2


Notas iniciais do capítulo

Olá. Sou eu! Não, não esqueci de vocês. Aqui está uma das partes do extra que vocês pediram. Lembrem-se daquele sinalzinho hein. Nos vemos lá embaixo, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/631827/chapter/13

— Dois Dunots, por favor.

— De avelã ou de leite condensado, senhor?

— Avelã, por favor.

A mulher pega o que o homem pediu e coloca numa caixa branca, fechada, enquanto recebe o dinheiro, dando-lhe o troco.

— Obrigado!

— “Obrigado”? Eu quem agradeço, senhor. Obrigado pelo que fez a todos nós.

— Só fiz minha obrigação senhora. Até.

O homem sai pela porta ao som do sininho suspenso acima da mesma.

Ao andar por duas quadras à esquerda, ouve-se um barulho de tiros, seguidos de gritos de socorro e correria vinda de um banco a alguns metros. De repente, da loja, três homens armados saem com sacolas e mais sacolas de dinheiro, atirando para dentro do banco, tentando dispersar os seguranças que trocavam tiros, porém, por conta do armamento pesado dos três sujeitos, acabaram sendo baleados e mortos.

O homem então deixou os Donuts no chão.

— Nada como um treinamento matinal – Disse ele, enquanto se colocava em posição, como se fosse correr.

Porém, antes que pudesse se mover, uma figura branca aparece em cima do carro que seria utilizado pelos meliantes para a fuga. Os três homens olham para a figura e, sem pestanejar, atiram contra ela. Porém, os tiros param a alguns centímetros do corpo da figura que, com o bater do vento, revela-se o corpo de uma mulher de seios fartos. De repente, o pescoço de um dos homens vira para trás, o outro voa em direção a uma árvore no meio da rotatória da avenida, quebrando-lhe os ossos. O terceiro tentou fugir, mas a mulher lançou-lhe uma faca em sua perna esquerda e outra na direita. Enquanto ele se arrastava a mulher desceu do carro e foi em sua direção, pegou um bastão em sua cintura e bateu na nuca do meliante.

O homem com os Donuts observou a tudo, atônito. Ele reconhecia muito bem aquela mulher que, ao olhar para ele, correu na direção oposta, fazendo com que ele pegasse os Donuts e corresse até ela.

— Ei, não me faça trapacear! – Gritou ele para a mulher – Para logo!

A mulher não dava ouvidos a eles e continuava correndo sem olhar para trás.

— Ah então é assim, bem... Você quem pediu.

O homem então, numa velocidade surreal corre em direção à mulher, gerando um vento que fez voar todos os papéis presentes no beco ligeiramente estreito. Sem que a mulher percebesse, ele havia tirado seu capuz e, ao parar na frente dela, constata quem é.

— Ok Pheonix, chega de jo... O que? – Disse ele assustado, derrubando os Donuts no chão e dando um passo para trás – Não... Não pode ser... Você... Você morreu, sua vadia! Eu vi tudo.

— Calma, eu não vim para te machu...

Antes que ela terminasse de falar, o homem a ataca com um soco, derrubando-a. Ela cospe sangue e estende sua mão esquerda para ele, ainda no chão.

— Por favor, me escute. Eu...

Ele a agarra pelas alças do maiô branco e a coloca contra a parede.

— Eu não quero saber, eu só quero você morta!

— Me perdoa! – Gritou ela.

— Acha que é só chegar e pedir perdão, sua vagabunda?

— Eu... Eu preciso da sua ajuda.

— Ajuda? Seja lá qual o seu truque, eu não vou cair nele.

A mulher então criou um clone que colocou uma faca no pescoço do homem.

— Acha que se fosse um truque eu já não teria te matado agora? – Disse ela – Eu realmente preciso da sua ajuda.

O clone desapareceu e o homem soltou a mulher.

— O que você quer de mim? – Perguntou.

— Quero saber onde está minha irmã.

— Para quê? Quer se vingar?

— Se vingar? Não, quero pedir desculpas para ela, e para todos. Eu não fiz aquilo porque quis, bem... Na verdade eu só queria mostrar que era mais forte que qualquer um nesse seu planeta, mas tudo saiu do controle e...

— Bem, você falhou. E agora, o que quer? Revanche?

— Ao menos está me escutando, seu idiota?

— “Idiota” é para os íntimos, me chame de Dylan.

— Que seja, olhe Dylan, eu sei que eu trouxe muitos problemas, mas não foi culpa minha, eu estava sendo controlada pelo meu pai e não conseguia ter o controle do meu próprio corpo e dos meus próprios poderes. Eu quase matei minha própria irmã! Pode não parecer, mas eu a amo e jamais faria o mal para ela.

— Se realmente não sabe onde ela está, como adquiriu essa roupa? E por que só foi aparecer agora, depois de tanto tempo?

— Ah, desculpe – Disse ela, mudando a cor de suas roupas para roxo – Foi só uma maneira de chamar sua atenção. E eu tive que retornar ao meu planeta, houve alguns problemas familiares.

— Tipo o quê? Estupro, morte, incesto? É típico da sua família fazer isso.

— Isso não vem ao caso agora. Pode me ajudar?

— Chegou tarde. Eu não mantenho contato mais com eles. Resolvemos nos separar e desistir da iniciativa assim que Cirekovsky assumiu a presidência do que restou da S.H.I.E.L.D. E aconteceram coisas que achamos melhor seguirmos cada um o seu próprio caminho.

— Que tipo de coisas?

— Houve um incidente com o Jhon e... Espera... Isso não é da sua conta sua vadia de merda.

— E agora? Não tem nenhuma ideia de onde podemos encontrá-los?

— Tenho que pensar. Sua irmã acaso sabe que você está viva?

— Acredito que não.

— Já tentou contatá-la, sei lá, telepaticamente?

— Eu perdi essa habilidade.

— Ah então vai pro inferno porque eu tenho mais o que fazer – Disse Dylan dando as costas para Raven.

— Espera! – Pediu Raven pegando pelo braço de Dylan que virou-se para ela novamente – Eles não deram nem sinais de onde poderiam estar?

— Espera... O Henrique ainda está na S.H.I.E.L.D, ele pode nos ajudar a rastreá-los.

— Pode me levar até lá?

— O que eu vou ganhar com isso? Uma facada? Uma broca enfiada no meio do meu...

— Apenas confie em mim.

— Confiar em você? Estamos no natal para pedirmos coisas impossíveis? Qual o próximo pedido, a paz mundial?

— Por favor, Dylan.

Dylan suspirou e olhou para ela.

— Tá! Está certo, vamos.

— Obrigada.

— Vem, sobe aqui – Disse Dylan, dando as costas para Raven subir.

Após ela subir, Dylan correu até a sede da S.H.I.E.L.D mais próxima, que ficava há 90 quilômetros dali. Após 17 minutos os dois chegam e se identificam na entrada a um segurança. Porém, o segurança ao ver que se tratava de Raven, chamou todas as unidades e, em menos de 3 minutos, mais de quinhentos homens estavam armados à porta, apontando as armas para Dylan e principalmente para Raven.

— O que vocês querem? – Perguntou o chefe do esquadrão.

— Queremos ver o agente Henrique Reis, identificação 325044 – Respondeu Dylan.

— Queremos? Então você está junto dessa criatura que quase exterminou a Roma inteira e toda costa leste dos Estados Unidos?

— Sim, estamos. É, eu sei que isso parece estranho, mas acre...

— Teremos que prender os dois, peço que não dificultem as coisas.

— Escute aqui, seu imbecil, se nós quiséssemos criar problemas vocês já estariam mortos, então poupe-me o trabalho de ter que dar explicações para vocês e chame logo o agente Henrique Reis antes que eu perca a paciência.

O homem parou por um momento e encarou Dylan, que retribuiu o olhar, mas ele acreditou em Dylan e mandou um subordinado chamar Henrique, que apareceu em pouco tempo.

— Dylan? O... O que está fazendo aqui? Espera... Essa vagabunda está com você? Seu traidor de merda – Perguntou Henrique, incendiando-se e partindo para cima de Dylan que esquivou com maestria.

— Calma aí, deixa eu explicar – Disse Raven.

— Explicar é o cara... – Disse Henrique tentando socá-la.

— Ei Henrique, calma aí cara. Estamos aqui para pedir sua ajuda – Disse Dylan.

Henrique lançou uma rajada pirocinética em Dylan, que foi protegido por um campo de força feito pelas sombras de Raven. Henrique tentou atacar Raven, criando psicocinéticamente um carro acima da cabeça de Raven que foi protegida por Dylan que a tirou de lá antes que o carro caísse.

— Já chega! – Exclamou Dylan correndo ao redor de Henrique, movimentando suas moléculas, extraindo seus poderes piro e aerocinéticos, enfraquecendo fisicamente o corpo de Henrique ao ponto do mesmo cair ao chão.

Dylan parou de correr e disse a Rick:

— Calma aí esquentadinho, ela não está aqui para brigar novamente. Estamos apenas querendo sua ajuda.

— Como pode confiar nessa piranha desgraçada?

— Olha quem fala de confiança? Uma pessoa extremamente volátil que não consegue nem controlar a si mesmo, tornando-se uma bomba relógio.

Henrique se calou e ficou olhando para Raven e depois estendeu as mãos para que Dylan o levantasse.

— Você está certo, me desculpe. É bom te ver novamente – Disse Henrique abraçando Dylan.

— Também é bom te ver, amigo.

— Então, o que você e a vadia querem?

— Queremos que você nos ajude a encontrar Jhonatan e Pheonix.

— Certo, mas o Jhon não combinou de não o procurarmos mais?

— Sim, mas alguns combinados podem ser revistos, certo?

— Nesse caso, você pode entrar, mas ela não.

— Ah qual é cara, ela não vai fazer nada.

— Como pode ter tanta certeza?

— Já a derrotamos antes, se quisermos derrotá-la de novo faremos isso.

— Ela matou a Garden e o Cedric, Dylan.

— Eu sei, mas...

— Ok, ok, ok. Então ela pode entrar, mas se ela tentar alguma coisa, eu mato ela e você.

— Faça como quiser, só preciso de ajuda.

Henrique foi até o oficial do esquadrão e conversou com ele para que deixasse Dylan e Raven passarem com ele. Os três foram até a DIRE (Divisão de Inteligência e Registros Especiais) da S.H.I.E.L.D.

Após uma busca global sobre manifestações eletrogamáticas e pulsações de Netrônick, equipamento que capta quaisquer tipos de atividades paranormais e manifestações de poderes, eles acharam Jhonatan e Pheonix. Jhonatan estava em Ludwigsburgo, Alemanha e Phoenix em uma tribo no Zimbábue, África.

— África e Alemanha? Como assim? – Disse Dylan.

— Temos que saber o que aconteceu – Disse Henrique – Eu achei que a Pheonix havia o perdoado.

— Ela perdoou. Nossa, não estou entendendo nada.

— Ok, vamos investigar. Faremos o seguinte: mandarei um esquadrão atrás de Pheonix. Você e vagabunda aí, vão atrás dela.

— Será que pode me chamar de Raven? – Pediu ela.

— Ah claro. Como eu dizia, você e a vadia da Raven vão atrás dela.

— Acho que não precisa de um esquadrão, apenas me dê um D-132 e um piloto e vamos atrás dela.

— Certo. Eu vou para Alemanha ver o que está acontecendo com o Jhon.

Henrique ia saindo pela porta, porém Dylan disse:

— Ei Rick!

— Diga.

— Não deixe o Jhon saber do paradeiro da Raven, ok?

— Pode deixar.

Depois de algumas horas, cada um chegou em seu objetivo. Por conta da sede da S.H.I.E.L.D, estar localizada na Itália, Henrique chegou bem mais rápido que Dylan e Raven. Após seguir a leitura das pulsações de Netrônick em seu tablet, Henrique entra num bar e senta no balcão, onde a atendente loira de olhos azuis, blusa branca e saia xadrez o pergunta:

— Hallo, was los ist, um zu trinken?

— É... Bem... Eu não falo alemão.

— Ah, desculpe, não percebi que era americano.

— Sem problemas... Mia! Bonito nome – Disse Henrique olhando o crachá da moça.

— Obrigada, vai beber alguma coisa?

— Na verdade estou aqui procurando um homem, mas aceito uma cerveja.

A garçonete pegou um copo de cerveja, o encheu e colocou diante de Henrique que observava todo o lugar.

— Aqui está.

— Obrigado – Agradeceu Henrique, dando um grande gole em seguida.

— Então, quem está procurando?

— Você não deve saber o nome, mas é um homem de cabelos negros penteados para trás, olhos castanhos, rosto fino, corpão de atleta, ele deve ter mais ou menos 1,75 de altura.

— Olha senhor...

— Me chame de Rick.

— Certo. Olha Rick, trabalho aqui há sete anos e o único que eu conheço que já apareceu aqui com essas mesmas características foi um homem de barba que sempre vem com uma jaqueta de couro marrom, calça jeans preta e camisa verde, desde que pisou os pés pela primeira vez aqui.

Henrique se lembrou de que essa era a roupa usada por Jhonatan na primeira vez que o viu.

— É ele! Ele está aqui?

— Está sim. É aquele ali – Disse Mia apontando para um homem sentado, bebendo à mesa, perto de uma janela, bebendo chope e olhando para a janela.

Henrique desconfiou de que fosse realmente Jhonatan por estar naquela situação degradante. Ele estava sujo, com uma barba consideravelmente grande e odor de bebida. Suas roupas estavam rasgadas e ligeiramente sujas, assim como seus sapatos.

— Jhonatan? – Disse Henrique assentando-se na cadeira frente ao homem.

— Quem é você? – Perguntou o homem tomando um gole de chope sem nem olhar para Henrique.

— É você mesmo?

— Não, sou o Barack Obama com vitiligo. Fala logo o que você quer.

— Sou eu Jhon, Henrique.

Jhonatan mudou sua expressão, levantou-se, pagou sua bebida à Mia e foi embora. Henrique deixou dinheiro sobre a mesa e correu atrás do amigo que cambaleava pela calçada por conta do efeito do álcool, sem entender o porquê dele ter saído daquela maneira.

— Jhon! Espera aí – Gritou Henrique indo atrás do companheiro.

— O que você quer? – Exclamou Jhonatan, caindo ao chão quando tentou virar-se de frente para Henrique.

Rick abaixou-se para ajudar Jhonatan.

— Eu quero falar com você, Jhon – Disse ele tentando levantar o bêbado caído.

— Não tenho nada para conversar com você.

— O que houve cara? Por que está assim?

Jhontan silenciou-se.

— Venha, vamos para algum lugar – Disse Henrique colocando o amigo nas costas, incendiando-se e voando em direção a um hotel.

*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--**--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--

Ao descer do helicóptero, Dylan e Raven pedem ao piloto para que esperem a alguns metros. Os dois então andam sobre o solo árido, sob um forte calor que os faziam sentir como se a sua pele fosse se desintegrar. Eles então avistam algumas pequenas, aparentando ter não mais que 8 anos. Todas estavam nuas e, ao ver os dois, assustaram-se e gritaram para que alguém viesse os ajudar. Imediatamente apareceram 8 adultos, nus, vestidos apenas com algumas argolas em seu pescoço e orelhas e muitos outros adereços de cor vermelha e verde. O que estava no meio e frente aos outros, usava um manto vermelho que cobria todo seu torso, no meio de sua perna direita havia um pedaço do mesmo manto enrolado.

Os homens estavam munidos de arco e flechas e alguns estavam com lanças. Todos empunhavam suas armas fazendo careta e gritando insistentemente.

— Levanta os braços – Disse Dylan.

— Por quê? – Perguntou Raven levantando os braços mesmo assim.

— Eles devem nos achar uma ameaça.

— Você entende o que eles falam?

— Não, e você?

— Vou tentar.

Raven começou a comunicar-se com o líder.

— O que ele está dizendo e o que você falou para ele? – Perguntou Dylan.

— Eu disse que viemos em paz e que estou procurando minha irmã. Ele disse que não tem irmã de mulher cinza aqui. Tem certeza que esse é o lugar certo.

— Tenho sim, será que eles estão mantendo ela como prisioneira? Já sei, diga o nome dela e diga que está aqui porque o povo dela está em guerra com uma tribo do mal.

Raven traduziu para o líder que a respondeu.

— Ele disse que precisam dela tanto quanto a gente e que para vê-la precisamos provar sermos dignos disso.

— Só pode estar de sacanagem. De que teste precisam?

O líder jogou uma lança para Dylan e chamou um dos seus subordinados para perto dele, falou algo em seu ouvido e o subordinado logo deu um grito. Os outros homens formaram uma roda ao redor de Dylan enquanto as crianças puxavam Raven para fora da roda, tocando nela para sentir sua pele. Os demais faziam barulhos como sons de instrumentos rústicos com a boca e com batidas em seus próprios tórax.

O subordinado fez um sinal de reverência para Dylan, tocando no coração ele e em seguida dando um pequeno corte em seu braço e passando o sangue na testa de Dylan.

— Eu não estou gostando nada disso, Raven. Se você fez isso de propósito eu te mato sua vagabunda – Disse Dylan olhando para o subordinado que dançava em sua frente.

— Fica calmo, ele não vai fazer...

O homem então tentou desferir um ataque em Dylan, tentando furá-lo com a lança enquanto dançava.

— É... Acho que ele quer brigar – Disse Raven.

— Mas eu não quero.

— Se vira aí.

O homem dançava e eventualmente atacava Dylan, que esquivava de seus golpes com maestria.

— Ah quer saber? Vocês que pediram – Disse Dylan fincando a lança no chão.

Dylan então começou a rodar ao redor do homem, produzindo um redemoinho em volta do homem que, assustado, não sabia o que fazer. Ele ajoelhou-se e pôs sua cabeça ao chão. Dylan então pegou a lança da mão dele e parou em suas costas, com a lança apontada para a nuca do nativo prostrado.

Todos pararam e olharam para Dylan, atônitos e amedrontados. Dylan olhou para eles, deixou a lança no chão e estendeu a mão para o nativo, levantando-o e o abraçando em seguida. O líder deles deu um grito e falou algumas coisas enquanto se aproximava de Dylan. Todos se ajoelharam e faziam sinais de adoração para Dylan.

— Ele disse: bendito sejas tu, deus da tempestade e da ventania – Disse Raven.

— Sério isso?

— Pelo que parece, sim.

O líder achegou-se a Dylan, tirou todos os seus colares para colocar em Dylan, mas ele fez um sinal com a mão e pegou apenas metade dos colares, fazendo com que o líder sorrisse e gritasse para todos que vibraram e foram até Dylan, tocando-o.

— O que ele disse? – Perguntou Dylan enquanto era tocado pelos nativos.

— Ele disse: somos abençoados, pois o deus da tempestade e ventania ouviu nossas preces e irá nos libertar de nossos inimigos.

— Ah meu Deus.

— E isso é porque ele não viu o Thor.

— Que você matou, sua piranha.

— Não começa.

O líder fez sinal para que o seguisse. Raven e Dylan então foram entrando na aldeia, enquanto todos os habitantes vieram os saudar. Todos os tocavam, principalmente à Dylan que retribuía o carinho.

— Parece que você está gostando de ser deus por um dia – Comentou Raven.

— Fazer o que, diferente de seu pai, eles não querem me usar.

— Vai jogar na cara até quando?

— Sei lá, o seu povo geralmente morre com quantos anos?

— Vai se ferrar.

Os dois continuaram seguindo o líder, enquanto o mesmo parou frente à uma oca grande e oval, feita de barro e pedaços de madeira dispostas vertical e horizontalmente, forrada com folhas de bananeira e palmeira. Não havia porta, apenas uma entrada angular larga.

*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--**--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--

Ao entrar no quarto, Henrique coloca Jhonatan na banheira e fecha a porta. Após alguns minutos, Jhonatan sai do banheiro, já de banho tomado e quase completamente sem efeito do álcool, sentando-se à cama.

— Agora você vai me contar o que houve – Disse Henrique.

— Não tenho na...

— Ah qual é, pelo amor de Deus. Chega disso. Para com esse seu showzinho de merda e me conta logo o porquê de estar assim?

Jhonatan respirou fundo, olhou para baixo e contou para Henrique.

— Desde que cada um de nós seguiu seu próprio caminho eu tenho tido visões com a morte de Garden e o incidente com a Pheonix. Isso tem me enlouquecido.

— Mas já faz 9 anos, Jhon. Eu sei que você superou a morte da Garden, mas sobre a Pheonix, aquilo foi um acidente.

— Eu sei, mas nada consegue me tirar da cabeça que se eu tivesse me controlado, estaríamos juntos aqui, agora. A verdade é que eu sou volátil demais para ficar perto de quem eu amo.

— Jhon, a culpa não foi sua. Entenda isso. Foi um acidente e hoje ela está boa de novo.

— Mas ela quase morreu por minha causa.

— Exatamente, quase morreu. Quase, mas não morreu. Poxa, Jhon, olhe para você agora, você virou um alcóolatra depressivo, acha mesmo que ela estaria orgulhosa de você agora?

— Eu quase a matei! – Gritou Jhonatan.

— E você está se matando a cada dia por isso. O que é pior? – Perguntou Henrique gritando na mesma intensidade.

Jhonatan olhou para baixo novamente e era possível ver lágrimas caindo de seus olhos.

— Porque a vida perdeu o sentido.

— Como é que é? Não, você não pode ser o Jhonatan que eu conheci – Disse Henrique levantando-se – Que merda é essa, Jhon? Desde quando eu te conheci eu te invejava pelo seu jeito brincalhão, feliz e alegre. Você sempre foi um sujeito centrado e eu realmente admirava isso em você. Qual é cara, eu te invejava, todos te invejavam, até mesmo a Pheonix.

— Não quero mais falar sobre ela.

— Mas eu quero e vamos falar. E a propósito, por que a deixou, Jhon, se você sabia que foi um acidente e ela também?

— Eu falei com ela para seguirmos caminhos diferentes para a segurança de..

— Segurança, Jhon? – Interrompeu Henrique – Segurança de quê?

— Você é burro ou o quê? Você viu o que aconteceu com a gente em Praga. Pheonix ficou um ano e meio se recuperando daquilo, diferente da cidade que agora são só cinzas. Quantas pessoas morreram? Ou melhor, quantas eu matei? Eu ferrei com tudo Rick. A iniciativa foi fechada definitivamente por minha causa.

— Mas Jhon, tudo pode ser revertido.

— Isso não pode mais.

— Pode sim, cara, ela te ama e eu sei que você também a amava e a ama. Vocês ficaram 2 anos juntos, isso não significou nada?

— Talvez não.

— Olhe nos meus olhos e diga que você ainda não a quer – Disse Henrique curvando-se e ficando face a face com Jhonatan.

Jhonatan continuou com a cabeça baixa.

— Foi o que eu pensei – Disse Henrique sentando-se ao lado de Jhonatan – Olhe parceiro, eu não quero te ver assim, esse não é você. A Pheonix está te esperando e sei que se você quiser voltar ela irá te receber. Eu só não quero te ver assim de novo. Podemos voltar a ser uma equipe.

— Acha mesmo que é a melhor opção?

— Nos separamos e você virou alcóolatra. Pior que isso não fica.

Jhontan pensou um pouco e disse:

— Tudo bem, podemos tentar.

— É isso aí. Agora vamos, temos que nos encontrar com o Dylan na S.H.I.E.L.D. Mas antes, troque de roupa, tire essa barba e corte seu cabelo, você está parecendo um Chewbacca.

*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--**--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--

— Diga a ele para trazê-la aqui – Disse Dylan.

Após Raven falar com o líder, ele a chamou e Pheonix apareceu. Ao reconhecer a irmã, Pheonix correu em direção dela e ambas se abraçaram, chorando de alegria por se reverem.

— Co... Como? Você está...

— Viva Phe, estou viva – Disse Raven sorrindo para a irmã.

— Eu senti tanto a sua falta.

— Eu também minha irmã. Me perdoe por tudo que eu fiz.

— A culpa não foi sua Raven, foi o Gavin, mas agora ele está morto e você está de volta.

— Sim! E o que você está fazendo aqui?

— É uma longa história, mas basicamente eu decidi viajar pelo mundo e ajudar as pessoas que precisam.

— E o que você faz aqui para ajudar?

— Cuido da enfermaria. Aprendi tudo sobre o corpo dos humanos e agora posso ajudar a curá-los e eventualmente trago alimentos a eles. E por que vocês estão aqui?

— Eu apenas trouxe sua irmã. Ela queria te ver e... Bem... Aí estão – Disse Dylan.

— Obrigado Dylan, senti sua falta – Disse Pheonix abraçando o amigo.

— Eu também senti. Sempre achei que nunca devíamos ter nos separado.

— É, mas o Jhon...

— Não precisa falar sobre isso se não quiser. Olha, queria te perguntar se, sei lá, você estivesse a fim de voltarmos a ser uma equipe.

— Não sei se isso é uma boa ideia, Dylan.

— Por que seria ruim? Somos amigos e nós sabemos que sempre queríamos nos reencontrar e voltarmos a ser o que éramos antes.

— Isso é verdade, mas... Eu não posso deixá-los.

— Você já fez demais por eles. Por favor, eu imploro.

— Tudo bem então. Podemos tentar novamente.

Os três se abraçaram por alguns instantes enquanto o restante da aldeia observava aquilo e vibravam com tambores e outros instrumentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Ficou grande pra cacete né? Mas vocês que pediram, então não reclama! E aos que não superaram o falecimento de Garden, quero-lhes dizer: lamento MUHAHAHAHA. Até a próxima e beijos do THE!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The New Avengers: Force of Tomorrow - INTERATIVA" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.