The New Avengers: Force of Tomorrow - INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 11
Capítulo 10: Esta é Minha Vida


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos e queridas.
Mais um capítulo pronto para vocês, lembrem-se:
O elemento: "*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*" significa que a ação seguinte (abaixo) acontece simultaneamente com o fim da ação anterior (acima), entendido? Só para lembrar :)



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Após uma tarde de intensos treinamentos e aperfeiçoamento de habilidades, nossos heróis deitam para dormir, porém, Henrique acorda com um barulho vindo do telhado. Ele se levanta, pega sua espada e vai, cuidadosamente, atrás do que causava o ruído.

De repente, ele vê um homem sentado à beira do telhado, tossindo. O homem sentiu sua presença e deu seu parecer.

— Está tudo bem, sou eu, Cedric.

Henrique então se aproxima dele e o pergunta:

— O que está fazendo acordado?

— É essa tosse. Acho que já está no auge. Toda vez que eu volto é a mesma coisa.

— Toda vez que volta da onde? – Perguntou Henrique, assentando-se ao lado de Cedric, que tossia constantemente.

— É uma longa história.

— A noite também e pelo tanto que você tosse, eu diria que você não aguentaria nem mais 2 minutos vivo. Vai, por que não me conta tudo?

— Quer mesmo saber?

— Bem... Por que não? Vamos a um lugar e nem saberemos se sairemos vivos, então talvez eu queira saber um pouco de quem vai lutar ao meu lado.

— Tudo bem então. Eu sou da tribo dos trinobantes, uma das tribos célticas que viveram na Britânia pré-romana. Ela se localizava ao no...

— Vamos direto à parte que importa? – Disse Henrique.

— Enfim, minha mãe morreu no parto e eu... Bem, eu nunca a conheci, só sei que o nome dela era Aiofe. Meu pai, Gavin, era o chefe da nossa tribo, até que, na Revolta de Baodicéia, eu perdi meus 3 irmãos e muitos da minha tribo, inclusive meu pai. Fui levado como escravo para lutar como um gladiador, em Roma.

— Por isso odeia a cidade.

— Exatamente. Por 5 anos batalhei contra todos os tipos de gladiadores, dos mais fortes até os campeões imbatíveis da época e ganhei todas. Até que tive a oportunidade de me vingar do imperador que foi o responsável por matar minha família, mas, depois de matá-lo, fui morto pelos seus sol...

— Ei, ei, ei, espere um pouco. Você disse que foi “morto”?

— Sim. Eu tenho... Não sei se pode-se dizer que é uma benção, está mais para maldição, mas eu tenho uma espécie de... Poder de ressurreição. Sempre que morro, eu volto em algum lugar e em um momento específico, onde seja necessário que a minha presença. Quando os soldados me mataram, eu apareci em Carras, num acampamento militar. Parecia que haviam se passado segundos, porém, foram 7 anos. Fui ajudado pelos turcos e, por incrível que pareça, eu sabia a língua deles, como sei a sua agora. Alguns meses se passaram e eu fui chamado para a Batalha de Carras, em 53 a.C.

— 53 antes de Cristo? Você... Você é imortal!

— Na verdade, eu sou a prova de que, às vezes, o que é imortal, pode morrer no final de tudo. Depois de ter morrido também nessa batalha, percebi que eu estava fadado a renascer em períodos de grandes batalhas. Foi assim no Desastre de Varo, A Segunda Batalha de Adrianópolis, e várias outras, mas eu sempre morria dessa maldita doença que até hoje os médicos não sabem o que é, mas sempre me leva à morte em alguns anos.

— É, vejo que ela parece estar se manifestando agora – Disse Henrique – Você disse que estava procurando sua filha.

— Sim, Natasha.

— Mas... Como ela pode ser sua filha?

— Em 1941 eu conheci Irina Romanoff, mãe de Natasha e a mulher mais incrível que já tive em toda minha vida. Apaixonamo-nos, mesmo eu tentando evitar por saber que eu poderia morrer a qualquer momento e acordar anos depois apenas com a certeza de que ela não seria mais minha e que nunca mais a veria. Mesmo assim, me entreguei a ela, e foi a melhor coisa que já fiz. Tive uma filha com ela, Natasha. Vivi os 5 anos mais felizes com ela e Irina – Disse Cedric com um olhar perdido e lágrimas lutando bravamente para escorrer de seus olhos – Depois desse tempo, eu comecei a piorar, tive que ir ao hospital e... Depois de 3 semanas... Eu soube que estaria fadado a morrer novamente.

Cedric não resistiu às lágrimas e chorou. Seu choro não condizia com aquele homem de estatura alta, robusto, mas, quando a tristeza bate, não há homem forte o suficiente que consiga segurar o peso infinito de uma lágrima de saudade.

— Eu... Eu sinto muito, parceiro – Disse Henrique, sem reação. Rick não sabia muito bem lidar com os sentimentos das outras pessoas, principalmente quando elas choravam perto dele, isso o fazia lembrar o seu passado – Eu... Eu perdi meus pais quando eu tinha sete anos. Agentes da HIDRA tentaram me pegar para fins bélicos ao saberem sobre minhas habilidades. Meus pais me esconderam, mas... Não conseguiram salvar a si mesmos. Depois disso fui “adotado” pela S.H.I.E.L.D, onde fui treinado por Nick e posteriormente por Natasha. Éramos grandes amigos antes de ela morrer. Mas o que importa é que por isso estou aqui, quero vingar a morte dela. E sei que juntos temos uma chance de fazer isso.

— E se você morrer? E se todos morrermos?

— Bem, - Disse Henrique levantando – se morrermos, pelo menos teremos uma chance de encontrar nossos amigos, onde quer que estejam. Boa noite parceiro.

— Boa noite.

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— Por que está nos ajudando, Jhon? – Perguntou Garden deitada frente à Jhonatan que encontrava-se com sua cabeça apoiada na dobra do seu braço esquerdo.

— Isso importa?

— Para mim sim.

Jhonatan virou-se de barriga para cima e colocou ambas as mãos atrás da cabeça enquanto Garden deitava em seu peito.

— Quando eu tinha seis anos aconteceu uma tragédia. Minha casa simplesmente caiu em um buraco que eu não sei como criei...

— Algo me diz que sabe sim.

— Por que acha isso?

— Porque você era criança Jhon, crianças não manifestam poderes sobrenaturais espontaneamente sem uma espécie de gatilho emocional.

— Aprendeu isso vendo Discovery Channel?

— Estou falando sério.

— Tudo bem... – Jhonatan suspirou e contou a ela – Meu pai, desde os quatro anos me molestava. Eu não contava a minha mãe porque ele sempre dizia: “se você contar eu racho sua cara no meio e mato a mamãe”.

— Mas... Ele te molestava como?

— Ele passava a mão em mim, pegava na minha bunda, me obrigava a pegar no... Enfim, essas coisas.

— Mas... Se desde os 4 anos ele fazia aquilo e você não teve nenhuma crise, o que o fez ter aquele ataque?

— Minha mãe encontrou sangue em uma das minhas cuecas e me perguntou o que era aquilo. Eu contei, porém, meu pai estava escondido e ouviu tudo. Ele partiu para cima da minha mãe com uma faca e a esfaqueou no peito tantas vezes que eu não consigo nem lembrar. Depois disso ele correu atrás de mim. Foi quando tudo começou a tremer. Eu saí da casa enquanto ele ficou preso por conta de uma rachadura no chão que prendeu seu pé. Eu fiquei apenas olhando da rua enquanto ele dizia as palavras que nunca vou esquecer: “eu vou te estuprar no inferno, seu demônio!”Garden apoiou-se em seu cotovelo e viu os olhos de Jhonatan encherem de lágrima. Ele resistia bravamente à vontade de chorar e continuou – Os vizinhos chamaram a polícia e eles me levaram até a delegacia e depois fui levado para as instalações da S.H.I.E.L.D, lá eu fiquei por 4 anos. Nunca encarei aquele lugar como abrigo, era tudo militarizado, eles me obrigavam a desenvolver meus poderes até o limite, limite que eu nunca alcancei e eles sempre me julgavam por isso. Até que eu descobri uma brecha no sistema de segurança e consegui fugir.

— Por que fugiu se lá você tinha tudo para sobreviver?

— Porque eu ouvi um guarda falar sobre uma revista onde um mestre que descobriu os segredos da gravidade. Era minha chance de conseguir controlar meus poderes que sempre oscilavam, mas antes eu quis dar uma passada nos meus parentes, porém nenhum deles me reconhecia, mesmo eu dizendo meu nome. Meus avós disseram que nunca tiveram filhos. Nunca entendi o porquê de terem mentido para mim, poxa, eu era uma criança.

— Sinto muito.

— Tudo bem. Foi então que eu percebi que não adiantava me lamentar porque ninguém se importava comigo. Peguei um navio, clandestinamente, em direção à Londres para me encontrar com Pièrre Boudiere, que foi quem me ensinou tudo o que eu sei.

— Você conseguiu alcançar o seu limite?

— Não, e nem me importo com isso. Só quero viver minha vida daqui para frente.

— Entendo. E o pessoal da agência, eles te procuraram?

— Sim, dois anos depois me encontraram, porém Pièrre entrou em um acordo com eles e eles deixaram de me perseguir. Claro que surgiam sempre uns espertinhos tentando me levar de volta, mas nunca conseguiram.

Dylan acordou com a falação dos dois.

— Meu Deus, são três da manhã, espero realmente que vocês dois estejam transando selvagemente e não batendo papo como se fosse o chá das 5hrs – Disse Dylan, levantando-se e pegando um copo de água. A luz da geladeira iluminava seu corpo mostrando que estava vestido apenas com uma cueca preta.

— Cara, por que você não dorme de bermuda? – Perguntou Jhonatan

— Espera, deixa eu conferir aqui – Disse Dylan abrindo novamente a geladeira, pegando um pão de forma e olhando-o – Hum... Olha que legal! Aqui está escrito que é porque eu durmo com o que eu quiser.

Henrique abre a porta e se depara com Dylan.

— Meu Deus cara, ninguém é obrigado a ficar vendo bunda de macho não. A não ser o Jhonatan, ele tem cara de quem gosta – Debochou Henrique.

— Verdade Rick, principalmente a sua bundinha que na noite passada estava uma delícia. Macia e apertadinha.

Henrique ficou sério enquanto Dylan ria de sua cara.

— Vocês são uns idiotas – Disse Garden.

A única que dormia calmamente era Pheonix. Dylan olhou para ela e depois perguntou ao pessoal:

— Vocês confiam nela?

— Por que não confiaríamos? Se ela fosse realmente uma ameaça, não estaria dormindo perto de nós. Ela estaria em pé nos matando enquanto dormíamos – Disse Jhonatan – Agora vamos deitar.

Todos voltaram a deitar. Uma noite de descanso talvez recuperasse o cansaço dos últimos dias turbulentos e fatídicos que nossos heróis tiveram. Eles estavam sim preocupados com a ameaça que lhes esperava, porém, sua força de vontade suprimia o medo e a insegurança, restando lugar a apenas um sentimento: esperança.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Peço desculpas por não ter tido o capítulo a tarde. Eu comecei a fazer curso a manhã toda e de tarde eu aproveito para dormir.
CALMA, a história de alguns foi contada, porém ainda terá o capítulo extra para contar a história dos outros. Até mais pessoal. Beijos do THE