Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 66
Capítulo 66




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"Você pode dizer adeus a sua família e a seus amigos e afastar-se milhas e milhas e, ao mesmo tempo, carregá-los em seu coração, em sua mente, em seu estômago, pois você não apenas vive no mundo, mas o mundo vive em você."

A Cabana

Ally acordou confusa. Sentia seu corpo doer e não sabia onde estava. Ela abriu os olhos lentamente e esperou a vista se focar. Não estava na estrada, nem na igreja. A última coisa que se lembrava era de ter ido pegar água, Daryl gritando para ela ter cuidado e um impacto no corpo. Com cuidado ela se sentou. Depois de uma rápida olhava, viu que estava em um hospital.

– Ally? – ela olhou para o lado de onde vinha a voz e viu Beth para na porta com uma bandeja nas mãos. – Está tudo bem. Não se mexa muito, pode fazer mal.

– Beth, o que aconteceu? Você está bem? Onde estamos? – Ally perguntou se sentando e olhando para a menina na sua frente. Ela parecia bem. Um pouco cansadas, mas bem. Não pareciam ter passado fome ou que foi maltratada.

– Estamos em um hospital. – Beth disse se aproximando da cama e colocando a bandeja de lado. – Deus, quando falaram que tinham encontrado uma mulher na estrada nunca pensei que fosse você. Está bem?

– Sim. Como assim em um hospital? Que hospital? Onde?

– Em Atlânta. – ela disse baixo e olhou para a porta. – Aqui tem uns policiais, paciente e um médico. Eles me pegaram, quando estava fugindo da prisão com Sofia e nos...

– Sofia? Ela também estão aqui? – ela perguntou surpresa. – Onde ela está? Ela está bem?

– Sim. Calma vou explicar. Estávamos fugindo quando e eles nos encontraram e nos trouxeram para cá. Eles cuidaram da gente e mostrou para a gente como eram as regras. Aqui temos que trabalhar para pagar o tratamento que recebemos. Eles cuidam da gente, mas não deixaram a gente sair. A líder disse que estamos seguros aqui e como não sabíamos onde vocês estavam, ficamos. Queriamos ir atrás de vocês, mas não sabíamos que caminho seguir. Sinto muito.

– Tudo bem, querida. – ela disse sorrindo para a menina. – Estou aqui agora.

– Sabe onde estão os outros? Ou apenas você conseguiu escapar?

– Eu...

– Beth, já deu o remédio... Ah, vejo que já acordou. – um homem disse parando na porta. – Como está se sentindo?

– Bem. – Ally respondeu segurando a mão de Beth. – Quando vou poder sair daqui?

– Bem, você terá que falar com a Dawn. – ele disse se aproximando. – Você chegou aqui um pouco fraca e estava desidrata. Cuidamos disso e te examinamos. Beth, será que pode ir chamar a Dawn para mim?

– Está tudo bem. – Ally disse desviando os olhos rapidamente do médico para a loira. – Pode ir. Estou bem.

Beth olhou para ela e depois para o médico e saiu do quarto encostando a porta.

– Ela gosta de você. – ele disse e se aproximou mais da cama. Ally segurou a mão dele no ar. – Vou apenas te examinar.

– Não vai tocar em mim. Não quero que nenhum de vocês toquem em mim. – ela disse olhando para ele. – Estou bem.

– Beth segurava sua mão. Então ela encostou em você.

– Ela é diferente de você, é mulher. E eu a conheço. – falou soltando a mão dele.

– Eu não pensei que pudessem se conhecer. Estavam em locais tão diferentes. – uma mulher disse entrando no quarto olhando para elas. A mulher estava com uniforme policial e olhava séria para as duas. – Como está se sentindo?

– Bem. Quando vou poder ir embora? – ela perguntou novamente.

– Examinou ela? – a mulher perguntou olhando para o médico.

– Ela não deixou. – ele respondeu mostrando o pulso que estava vermelho.

– Você estava mal quando te encontramos. – a mulher se aproximou dela e se sentou na cama. – Estava sangrando.

– Pelo que me lembro, vocês me atropelaram. – ela disse mal humorada. – Onde está Beth?

– Foi terminar seus afazeres. De onde se conhecem?

Ally olhou bem para aquela mulher e a estudou. Ela não estava curiosa, estava estudando Ally, e ela sabia que a policial faria as mesmas perguntas para Beth, e provavelmente, para Sofia também.

– Nos conhecemos na fazenda do pai dela quando meu filho foi baleado, enquanto procurávamos Sofia que tinha se perdido em uma floresta. Nos separamos a pouco tempo quando nosso acampamento foi atacado por um maluco.

– Vocês são amigas.

– Não. – Ally respondeu para a surpresa dois outros dois. – Somos uma família. E vou levar elas comigo, quando for embora.

– Steven, saia. – o homem saiu e deixou elas ali sozinhas. – Aqui estão seguras.

– Vamos estar seguras com o nosso grupo. – Ally respondeu e sentiu uma pontada na barriga. – Estamos juntos desde do começo. A irmã de Beth, os pais e irmão de Sofia estão com eles. Temos que ir.

– Por que? Eles podem encontra um lugar aqui. – ela disse olhando para ela. – Como é seu nome? Beth me contou um pouco sobre o grupo de vocês.

– Ally.

– Você é a Ally? Ela me disse que você é uma grande mulher. Você pode ser muito útil aqui. Sei que podemos encontra alguma coisa para você fazer.

– Meu marido e meus filhos estão lá fora. Não ficarei aqui.

– Temos armas, temos pessoas. Aqui temos segurança, temos coisas importantes. Estamos em segurança até que o exército venha nos buscar. Aqui estamos fazendo um bem maior. Tenha isso em mente.

– Vim buscar? Bem maior? Você acredita mesmo nisso? Dawn, estou lá fora desde que isso começou. Vi várias coisas e posso te afirma com toda a certeza, não tem mais ninguém para nos salvar. O mundo acabou. Meu grupo está tentando seguir em frente, sobreviver. Passamos por coisas, conhecemos pessoas boas e más. Matamos e quase fomos mortos e posso te dizer com toda a certeza desse mundo, ou do que sobrou do mundo que costumávamos viver, ninguém vai vim te salva e salvar essas pessoas. Meu grupo acreditava nisso, até chegamos ao CCD e vermos vários soldados mortos, quase morremos por que ali estava em procedo de alto destruição. Minha família e eu deixamos de acreditar que quem quer que esteja vivo esteja procurando por outras pessoas. Precisamos de alimento, armas e um lugar grande para fazer de abrigo. Acha que isso qualquer um pode dá. Acredite em mim, os mortos não são o maior perigo de lá de fora.

– E mesmo assim prefere está lá?

– Minha família está lá, então sim.

– Você não teme o que tem lá fora?

– Não. Com o tempo você vê que não importa onde você esteja, sempre vai estar correndo perigo. – Ally respondeu se arrumando na cama, tentando diminuir a dor. – Eu sou casada e meu marido é o líder do nosso grupo. Mais cedo ou mais tarde, ele vai descobri onde estamos e vai vim. E quando ele chegar aqui, vai ser difícil ele escutar o que vocês têm para dizer. Ele vai vim com o nosso grupo e uma coisa eu posso te falar com toda a certeza do mundo. Meu grupo é forte. Você tem pessoas e armas. A gente também, mas além disso, temos paciência. Temos um caçador, um general do exército, meu marido era policial, assim como você. Já fizemos armadilhas antes, já matamos pessoas antes disso. E pelos nossos, matamos sem dó nem piedade.

– Quantas pessoas você já matou desde que isso começou? – Dawn perguntou olhando para ela com atenção.

– Vinte e três. Pelo menos foram as que eu conseguir contar. – falou se mexendo novamente na cama. A dor em sua barriga estava incomodando muito. – Não podemos confiar em mais ninguém. Ou eles querem suas coisas, ou querem você.

– O que quer dizer com isso? Olha, encontramos pessoas más e cuidamos delas. As matamos e continuamos aqui.

– Também encontramos pessoas assim e matamos a sangue frio e mesmo assim seguimos em frente. Sabemos o que é estar lá fora, sabemos o que é sofre com o que aquele povo é capaz de fazer. E somos capazes de fazer qualquer coisa por qualquer um de nos. Mataremos e torturaremos se for preciso.

– Aqui tem lugar para todos.

– Não acredito nisso. – ela disse e colocou a mão na barriga. – Eu não... Ai, eu não posso ficar aqui.

– Você está bem? – Dawn perguntou olhando para ela preocupada. – Onde está doendo?

– Minha barriga. – ela disse e afastou um pouco o lençol. – Parece que eu estou sendo rasgada por dentro.

Dawn afastou o lenço dela e viu que Ally estava sangrando. A mulher se levantou rapidamente e correu para a porta. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas isso não podia ser uma coisa boa.

– Steven. – Dawn gritou o mais alto que pode. – Steven, venha aqui agora.

O homem correu até o quarto com Beth e Sofia logo atrás. Os três estavam surpresos, Dawn nunca gritava.

– O que aconteceu? – ele perguntou ofegante.

– Ela está sangrando. – ela disse entrando no quarto junto com os outros.

Steven a examinou rapidamente, antes de olhar para as meninas assustado. Ela já tinha visto isso antes, é claro, principalmente em seus anos de residência, mas nunca pensou que fosse ver isso em pleno apocalipse.

– Tem chance dela está gravida? – ele perguntou indo até a mesa e pegando alguns frascos e indo até Ally novamente, ele olhou os olhos dela e depois escutou seu coração.

– Ela é casada. Sempre dormia com o marido, ás vezes, eles escapavam pela prisão e se encontrássemos eles estariam em uma situação comprometedora. – Beth respondeu segurando a mão de Ally que estava gelada. – Então, acho que sim. Ela e Rick já tiveram um bebê depois que isso começou. E bom, acho que eles nunca usaram proteção. Nossa última casa foi uma prisão e quem pensa nisso nesses dias?

– Ela está sofrendo um aborto. – o médico disse pegando soro e colocando ao lado dela. – Beth, vou precisar da sua ajuda. Temos que estancar o sangramento. Peguei isso aqui. Você sabe como fazer isso. Precisamos colocar na veia dela. Sofia você precisa de você também. Pegue luvas para mim e outra bolsa de soro. Temos no quarto ao lado.

Eles começaram a cuidar de Ally. Em poucos minutos o sangramento estava controlado. Depois de Dawn aceitar, ele pegou o ultrassom e começou a examinar Ally com mais atenção. Ele conseguiu ver o bebê e escutar o coração dele. Estava tudo bem, pelo menos por enquanto.

– Ela está bem? – Sofia perguntou olhando para ele.

– Sim. O bebê também. – ele respondeu limpando as mãos. – Ela teve apenas o início e isso não é um problema. Não realmente. Conseguimos parar, ela vai ficar bem.

– Por que isso aconteceu? – Beth perguntou passando a mão na cabeça da amiga.

– Provavelmente o atropelamento. Ela chegou aqui sangrando, mas foi um sangramento pequeno, pensei que não fosse nada demais. Ela vai precisar descansar.

– Tudo bem. – Sofia disse e se sentou ao lado dela. Dawn fez sinal e Steven saiu com ela. Deixando as três sozinhas.


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